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RIBEIRÃO PRETO
2021
MARIANA BARATO BUOSI
RIBEIRÃO PRETO
2021
AGRADECIMENTOS
Gostaria de agradecer primeiro á Deus por ter sido meu alicerce, me ajudou a
ultrapassar todos os desafios durante minha graduação e me permitiu concretizar meus
objetivos durante esses anos de estudos.
1. INTRODUÇÃO...................................................................................................6
2. OBJETIVO.........................................................................................................9
3. JUSTIFICATIVA...............................................................................................10
4. MATERIAIS E MÉTODOS...............................................................................11
5. RESULTADOS.................................................................................................12
6. DISCUSSÃO....................................................................................................31
7. CONCLUSÃO...................................................................................................37
REFERÊNCIAS.................................................................................................38
6
1 INTRODUÇÃO
Pacientes com tendinopatia patelar tendem a ter um polo inferior patelar mais
longo em relação aos outros. Mas, esse polo inferior mais longo pode ser classificado
como um osteócito que será desencadeado pela pressão excessiva exercida no
membro, não sendo obrigatoriamente como um fator de anormalidade que contribuiu
para tal patologia. Esses indivíduos tendem a ter a tíbia com comprimento maior do
8
2 OBJETIVO
3 JUSTIFICATIVA
4 MATERIAIS E MÉTODOS
Tratou-se de uma revisão da literatura. Para busca dos artigos foram utilizadas as
seguintes bases de dados: Medline, Pubmed, PEDro e Scielo. Foram incluídos
estudos publicados nos idiomas inglês e português nos últimos 12 anos, com
indivíduos de ambos os sexos, com idade entre 18 a 40 anos, com diagnóstico de
tendinopatia patelar, e que não possuam histórico de trauma ou cirurgia no joelho.
Foram selecionados artigos que responderam a seguinte pergunta: “Quais
abordagens produzem melhores resultados em relação à dor e melhora da função em
pacientes com tendinopatia patelar?”
5 RESULTADOS
Os exercícios
isométricos consistiam
em 5 repetições de 45
segundos de contração
isométrica em cada
perna no aparelho
extensor.
Os exercícios
isotônicos eram
realizados em 4 séries
com 8 repetições, de
cada membro no
aparelho extensor.
As contrações eram
realizadas por 3
segundos na fase
concêntrica, seguindo
pela excêntrica de 4
segundos.
Após os exercícios em
cada membro, os
participantes
descansavam por 15
segundos.
A carga era aumentada
em 2,5% por semana
sempre que era
possível.
RIO EBONIE et. al. O estudo contou com a 29 atletas foram Verificou-se
(2017) (9) participação de 20 recrutados para o que ambos os
atletas de voleibol e estudo, porém, 7 protocolos são
basquete do sexo não completaram efetivos para
ESTUDO: Ensaio Clinico masculino e feminino, as sessões e 2 atletas, porém,
Randomizado com idade a partir de desistiram durante os que
16 á 27 anos; E foi o período da envolvem
ISOMETRIC realizado durante 4 realização do contrações
CONTRACTIONS ARE semanas, em 4 protocolo, com isso isométricas
MORE ANALGESIC sessões por semana. o estudo contou fornecem
THAN ISOTONIC – Foi coletado altura e com 20 atletas. melhora da dor
CONTRACTIONS FOR peso dos participantes, Ambos os grupos imediata.
PATELLAR e registrada por três evidenciaram
TENDINOPATHY
vezes. Foi utilizado melhora no Score
para avaliação do Visa durante as 4
16
45seg; Amplitude de
joelho á 60°.
Eram realizados nos
dias em que os
exercícios específicos
de esportes não eram
realizados.
2- Exercícios
isométricos do estágio
1. Eram realizados com
o Leg Press ou Leg
Extension, realizando 4
series de 15
repetições; A
angulação da flexão do
joelho variava de 10 á
60°. A angulação do
joelho ficava em quase
extensão completa, e
flexão á 90°.
3-Exercícios
pliometricos e de
corrida: agachamento,
saltos de caixa e
manobras de corte.
Era realizado a cada 3
dias, iniciando com 3
séries de 10
repetições, e
progredindo para 6
series de 10 repetições
usando apenas uma
perna.
4- Exercícios
específicos do esporte
– que era definido de
acordo com o esporte
que o atleta praticava.
A progressão para
próximo estágio era
definida se o Score
VAS fosse 3 ou menos,
e os exercícios do
19
Grupo EET –
Provocador de dor
Era realizado duas
vezes ao dia, durante
12 semanas.
Os exercícios
excêntricos eram
realizados em uma
prancha de declive de
25°.
Estagio 1 –
Agachamento em
Declínio Unipodal –
Fase excêntrica era
realizada com o
membro sintomático, e
a fase concêntrica era
realizado com o
membro contralateral,
e deveria ser realizado
com dor. Se não
houvesse relato de dor
ou uma dor mínima, foi
indicado adicionar
carga para
intensificação do
exercício.
Estagio 2- Era iniciado
se o estágio anterior
tivesse sido realizado
completamente, e se
os exercícios eram
20
Ambos os grupos
realizaram um
aquecimento composto
por uma serie, com
descanso de 2-3min
antes da aplicação do
protocolo.
A cada duas semanas
um teste Submáximo
de 5RM era realizado
para estimar 1RM e
ajustar a carga;
depois do treino
excêntrico. Com
duração de 30seg e
descanso de 1min em
cada alongamento.
A sessão deveria ser
realizada uma vez ao
dia e cinco vezes por
semana, durante
quatro semanas.
WARDEN SJ, et. al. O estudo contou com O estudo teve Estudo não
(2008) (14) 27 participantes a partir inicio com 34 evidenciou
de 18 anos. Era participantes, diferença na
ESTUDO: Ensaio Clinico realizado 7 dias na porém 27 utilização do
Randomizado semana, com a concluíram. LIPUS ativo ou
duração de 12 Não houve no LIPUS
LOW INTENSITY semanas. diferenças nas inativo nos
PULSED ULTRASOUND Para avaliação do escalas entre os pacientes no
FOR CHRONIC protocolo, foi utilizado grupos usando final do
PATELLAR Score VISA, VAS, LIPUS ativado ou tratamento.
TENDINOPATHY VAS-U e VAS-W. inativo.
O Lipus era
administrado por 20min
por dia, 7 dias na
semana durante 12
semanas. Os
participantes foram
orientados a se sentar
com os joelhos fletidos
a 90°. Caso o
participante sentisse
dor bilateral, o que
fosse mais sintomático
seria o escolhido, caso
fosse igual em ambos
os membros, era
escolhido um de
maneira aleatória.
Lipus Ativo – 13
voluntários. Nesse
grupo a cabeça do
25
Lipus Inativo – 14
voluntários. Neste
grupo os participantes
utilizaram o ultrassom
com a mesma
aparência, porém, não
produzia saída de
ultrassom real.
Todos os participantes
realizaram exercícios
excêntricos, dentre
eles agachamento
unilateral em uma
prancha de declínio,
com 3 séries de 15
repetições.
Legenda:
NPS: Pesquisa de
Satisfação do Cliente.
excêntricos com o
tornozelo e pés em
plano padrão.
Grupo B–
Agachamento com
Declínio – Composto
por 8 voluntários;
realizaram
agachamento
excêntrico em pé com
uso da Prancha
Declínio de 25° para
aumentar a tensão nos
extensores do joelho.
Os treinamentos
excêntricos eram
realizados 2 vezes ao
dia, com 3 séries de 15
repetições, durante 12
semanas realizando
em um único membro.
Todos foram
orientados a realizar o
exercício com o tronco
ereto, flexionando
lentamente o joelho até
90̊ de flexão e, se
possível, realizar carga
excêntrica apenas do
quadríceps e retornar à
posição inicial com o
membro não lesado.
O estudo
FROHM A. et. al. Participaram do estudo Todos os mostrou que
(2007) (18)
20 atletas, entre eles 16 participantes ambos os
homens e 4 mulheres. O concluíram o protocolos
ESTUDO: Ensaio Clínico protocolo teve a protocolo em 12 excêntricos com
Randomizado duração de 12 semanas. Houve dispositivo
semanas, e foi utilizado melhora em ambos Bromsman e
o score VAS para os grupos, mas não agachamento
29
Grupo 2 – Treinamento
Excêntrico Unilateral:
Era realizado em uma
prancha com declínio
de 25°, com 3 séries de
15 repetições de
agachamento unilateral
com o membro
lesionado. O aumento
da carga era realizado
se a pontuação VAS
fosse 3, assim, a carga
evoluiria para 5kg, com
adição de peso na
mochila ou nas mãos,
mas caso a pontuação
VAS excedesse 5, a
carga seria reduzida.
31
6 DISCUSSÃO
Estudos realizados por YOUNG (2004) (6), CUNHA (2015) (7), PURDAM (2003)
(17) e FROHM (2007) (18) contaram com 17 e 20 participantes respectivamente, e foram
realizados durante o período de doze semanas. YOUNG (6) e CUNHA (7), realizaram
os exercícios com o joelho em flexão de 60°, diferente de PURDAM (17) que realizou
com o joelho a 90° de flexão. PURDAM (17) e YOUNG (6) utilizaram o score VAS, e
para avaliação da funcionalidade do joelho CUNHA (7), YOUNG (6), e FROHM (18)
utilizaram o score VISA, CUNHA (7) e FROHM (18) também contaram com a escola
EVA para mensuração da dor durante o protocolo. Ambos autores dividiram seus
participantes em dois grupos, a divisão entre os autores ocorreu da seguinte forma:
32
YOUNG (6) dividiu os participantes em dois grupos, sendo eles: Grupo Declínio-
utilizaram a prancha de declínio de 25° para que realizassem os agachamentos, e
Grupo Step – utilizaram um degrau de 10 cm para realização dos agachamentos. E
foram orientados a realizar os exercícios duas vezes ao dia, durante as 12 semanas,
completando 3 séries de 15 repetições nas sessões. CUNHA (7) os dividiu em dois
grupos distintos, sendo eles, Grupo sem Dor (GS) que realizavam os agachamentos
sem a presença de dor, e Grupo Dor (GD) que realizavam o agachamento com
presença de dor; ambos realizaram o mesmo exercício excêntrico de agachamento
com prancha de declínio de 25°. Ambos realizaram 3 séries de 15 repetições. E
PURDAM (17) dividiu seus voluntários também em dois grupos, Grupo A: Agachamento
Padrão, que realizavam o agachamento excêntrico com o tornozelo e pés em plano
padrão. e Grupo B: Agachamento Declínio, que realizaram agachamento excêntrico
em pé com uso da Prancha Declínio de 25° para aumentar a tensão nos extensores
do joelho. Ambos realizaram 2 vezes ao dia, com 3 séries de 15 repetições. E FROHM
(18) dividiu seus participantes em Grupo 1- Treinamento de Sobrecarga Excêntrica no
Dispositivo Bromsman, realizando 4 series com 4 repetições, e Grupo 2 – Treinamento
Excêntrico Unilateral: era realizado em uma prancha com declínio de 25°, com 3 séries
de 15 repetições de agachamento unilateral.
YOUNG (2004) (6), CUNHA (2015) (7), PURDAM (2003) (17) e FROHM (2007)
(18) relataram melhora da dor e da funcionalidade do joelho em atletas com
tendinopatia patelar com a realização de exercícios de agachamento com declínio de
25°.
O que difere do estudo de VAN ARK M. (2015) (8) que contou com 29
participantes durante o período de 4 semanas. Para avaliação do protocolo foram
utilizados o Score VISA que avalia funcionalidade do joelho e NRS que se trata de um
34
No estudo de VAN ARK (8) concluiu-se que não houve diferença nos scores
VISA e NRS, mas evidenciou que houve melhora significativa da dor e da função do
joelho em ambos os grupos isométricos e isotônicos. Isso mostra que que as cargas
altas foram aplicadas no músculo, mas sem provocarem o tendão e aumentando a
dor dos atletas. Assim como CUNHA RONALDO A. et. al – 2015 (7) que relatam que
não é necessária a aplicação de tensão dolorosa direcionada no tendão para
promover e melhora dos pacientes. VAN ARK (8) relata que outros estudos sugerem
que os exercícios isométricos tem um maior efeito na dor aguda dos pacientes com
tendinopatia patelar, enquanto que, os exercícios isotônicos promovem uma redução
da dor, mas de maneira mais gradual.
Excêntrico com Alongamento foi mais benéfico para os pacientes com tendinopatia
patelar.
STEPHAN J BREDA et al. (10) concluíram que não houve diferença entre os
grupos em doze semanas, porém, evidenciaram que o grupo PTLE teve melhora
significativa no score VAS quando comparado com o grupo EET após as vinte e quatro
semanas de intervenção. O protocolo PTLE promoveu retorno de 21% ao esporte
após 12 semanas, e de 43% após 24 semanas, e era menos doloroso de serem
realizados. Já o grupo EET apenas 7% retornaram aos esportes em 12 semanas, e
27% após 24 semanas.
Os autores concluíram neste estudo que não houve diferença entre os grupos
em doze semanas de tratamento com os grupos que receberam aplicação de Lipus
Ativo ou Inativo; o que evidenciou que o Lipus não é eficaz para o tratamento da
tendinopatia patelar, as melhoras obtidas foram referentes aos exercícios aplicados.
O estudo de KAORI TAMURA, et. at. – (2019) (16) contou com a 13 voluntários. E
contou com a utilização da Escala NPS. Para aplicação do protocolo foi utilizada a
Kinesio Tex Gold de 2 polegadas, Kinesio Holding Corporation, Albuquerque, Novo
México, EUA. Ela foi aplicada de acordo com as instruções, sendo colocada no
músculo Vasto Medial, e uma faixa corretiva no Tendão Patelar com uma tensão
adequada. Para colocação da faixa o joelho foi flexionado á 30°. O participante ficou
com os olhos vendados enquanto era feito a colocação. Após a colocação o indivíduo
era orientado a realizar um aquecimento de 5 minutos na bicicleta e após, ele era
direcionado para a prancha em declínio de 20° e orientado a realizar um agachamento
unilateral com pelo menos 45° de flexão de joelho e realizar cinco repetições, após a
realização ele relata seu nível de dor verbalmente, e ao termino, ele realizava salto
vertical máximo, com a utilização do Sistema de Medição Vertec. Após os cinco
minutos de descanso, os participantes realizaram um teste isométrico de extensão de
joelho com o quadril e joelhos fletidos á 90° com medição através do goniômetro, e
para medição da força foi utilizado um Dinamômetro de Mão.
37
(16)
KAORI TAMURA evidenciou em seu estudo que a utilização da fita Kinesio
Tapping no tendão patelar e uma faixa facilitadora muscular reduziu significativamente
a dor durante uma aterrisagem do salto, mas provocou uma diminuição da altura do
salto. Não houve evidência de melhora da dor durante o agachamento unipodal e no
teste de força extensora do joelho, o que mostrou que o uso da Kinesio Tapping pode
ser utilizado e recomendada para praticantes de atividades com salto, desde que, a
altura do salto não seja de grande importância.
38
7 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
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40
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