Você está na página 1de 27

CENTRO UNIVERSITÁRIO CENTRAL PAULISTA

CURSO DE FISIOTERAPIA

ALINE DE SOUZA QUADROS

ATUAÇÃO DA FISIOTERAPIA NO TRATAMENTO DE OSTEOARTROSE DE


JOELHO

SÃO CARLOS
2023
ALINE DE SOUZA QUADROS

ATUAÇÃO DA FISIOTERAPIA NO TRATAMENTO DE OSTEOARTROSE DE


JOELHO

Trabalho de Conclusão de Curso do curso de


graduação em Fisioterapia do Centro Universitário
Central Paulista como parte dos requisitos para a
obtenção do título de Bacharel em Fisioterapia.

Orientadora: Heloisa Giangrossi Machado Vidotti

Coorientador: Prof. Ms. Daniel Augusto dos Santos

SÃO CARLOS
2023
FOLHA DE APROVAÇÃO
DEDICATÓRIA

Aos dois pilares da minha vida, meu marido e minha mãe. Seu amor, apoio e
compreensão tornaram possível este feito. Cada palavra deste trabalho é um reflexo
do amor e gratidão que sinto por vocês.
AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus em primeiro lugar, por ser sabedoria, força e inspiração que me
guiou ao longo desta jornada acadêmica. Sua graça e orientação foram minha luz
nas horas mais difíceis e minha esperança nos momentos de incerteza.

Agradeço ao meu amado marido, por seu apoio incondicional, amor constante e fé
em mim. Suas palavras de encorajamento e gestos de carinho foram a âncora que
me manteve firme durante as tempestades.

À minha mãe querida, meu porto seguro e exemplo de perseverança, dedico parte
deste trabalho. Sua dedicação, sacrifícios e amor infinito foram minha inspiração
diária. Sua presença e sabedoria moldaram não apenas meu caráter, mas também
este trabalho que agora apresento.

Agradeço também a todas as pessoas que amo, familiares e amigos, que estiveram
ao meu lado, oferecendo suporte emocional, compreensão e incentivo. Cada palavra
de estímulo e gesto de amizade não passaram despercebidos e foram fundamentais
para minha jornada.
RESUMO

A osteoartrite (OA) é uma doença articular crônico degenerativa caracterizada pelo


desgaste da cartilagem articular, clinicamente evidenciada por sintomas como dor,
rigidez matinal, crepitação óssea, atrofia muscular e alterações radiológicas como
estreitamento do espaço intra-articular, osteófitos, esclerose do osso subcondral e
formações císticas. Este estudo tem como objetivo analisar o impacto da osteoartrite
na qualidade de vida, considerando a capacidade funcional, níveis de dor, melhora
da força muscular e riscos de queda. Para alcançar este propósito, foi escolhido um
indivíduo do sexo feminino, 71 anos, com diagnóstico clínico de osteoartrose de
joelho, que não estava em tratamento fisioterapêutico no momento da inclusão. A
paciente participou voluntariamente do estudo, fornecendo consentimento
informado. Durante a pesquisa, a paciente foi avaliada utilizando a escala visual
analógica (EVA) para medir a dor, o teste time up and go (TUG) para avaliar a
mobilidade, goniometria para a amplitude de movimento, teste de força muscular,
teste CS-5 e TC6 para avaliar a capacidade funcional. Estas medições foram
fundamentais para a análise do impacto da osteoartrite e para identificar estratégias
de manejo e intervenções eficazes.

Palavras chave:
ABSTRACT
SUMÁRIO
8

1 INTRODUÇÃO
A osteoartrose (AO) também conhecida como osteoartrite é uma doença
articular crônico degenerativa que se evidencia pelo desgaste da cartilagem
articular. Clinicamente, a osteoartrose caracteriza-se por dor, rigidez matinal,
crepitação óssea, atrofia muscular e quanto aos aspectos radiológicos é observado
estreitamento do espaço intra-articular, formações de osteófitos, esclerose do osso
subcondral e formações císticas (DUARTE et al., 2013).

1.1 Epidemiologia
Doença articular mais comum; afeta predominantemente pacientes a partir
dos seus 50-60 anos de idade; na faixa etária acima de 75 anos, esse nº eleva-se a
85%. Além disso, representa uma das principais queixas da consulta médica e é
responsável por um número exorbitante de absenteísmo e aposentadorias por
invalidez (ROBBINS, 2013).

1.2 ETIOLOGIA
Na maioria dos casos, a osteoartrose aparece de modo insidioso com a
idade e sem causa iniciadora aparente (osteoartrose primária). Em tais casos, a
doença usualmente é oligoarticular (isto é, afeta poucas articulações), como as
articulações das mãos, dos joelhos, dos quadris e da coluna vertebral mais
comumente afetadas. Na circunstância incomum (menos de 5% dos casos) em que
a osteoartrose ataca na juventude, há tipicamente alguma condição predisponente,
como trauma prévio, deformidade do desenvolvimento ou doença sistêmica
primária, como ocronose, hemocromatose ou obesidade marcante. Nesses
contextos, a doença é chamada de osteoartrose secundária, e frequentemente
envolve uma ou várias articulações predispostas. O sexo tem alguma influência, os
joelhos e as mãos são mais comumente afetados em mulheres, enquanto os
quadris são mais afetados em homens (ROBBINS, 2013).

1.3 PATOGENIA

Anteriormente, pensava-se que a OA era simplesmente uma doença de


"desgaste". Acreditava-se que a sobrecarga crônica e a biomecânica prejudicada na
9
articulação levavam à destruição da articulação da cartilagem e inflamação
resultante. Posteriormente, isso levou à rigidez, inchaço e perda de mobilidade.
Sabe-se hoje que a OA é um processo muito mais complexo, composto por fatores
inflamatórios e metabólicos.
A OA é mais notável pelo seu efeito na cartilagem articular, que fica
gravemente degradada ao longo da doença. A cartilagem articular é a cartilagem lisa
na extremidade ossos longos e dentro dos discos intervertebrais. Fornece uma
superfície de baixo atrito para articulação ao mesmo tempo em que é capaz de
transmitir cargas pesadas. Embora a meia-vida do colágeno dentro da cartilagem é
longo, ele cicatriza muito lentamente, se é que cicatriza, mesmo com ferimentos
leves. Embora a cartilagem apresente as alterações mais notáveis, toda a
articulação é afetada, incluindo a sinóvia, ligamentos articulares e osso subcondral.
A inflamação, incluindo sinovite ativa e inflamação sistêmica, desempenha um papel
fundamental na patogênese da OA. Uma possível explicação é que a cartilagem
degradada induz uma reação de corpo estranho nas células sinoviais. Isto pode
levar à produção de metal-loproteases, angiogênese sinovial e produção de
citocinas inflamatórias, que leva a mais destruição da cartilagem. Outras teorias
propõem um papel central de ativados macrófagos sinoviais e o sistema
imunológico inato na progressão da OA. A inflamação sistêmica também pode
desempenhar um papel na patogênese da OA. Um estudo de Yusuf e colegas
(2010) descobriram que o peso corporal era um forte fator de risco para
desenvolvimento de OA de mão. Isto sugere que outras consequências da
obesidade podem estar em jogo além do peso corporal e da mecânica articular.
Fatores sistêmicos relacionados à obesidade, síndrome metabólica e aterosclerose
provavelmente desempenham um papel importante. Um papel sistêmico no
desenvolvimento da OA, possivelmente através da leptina e outras adipocinas.
Efeitos diretos do envelhecimento na cartilagem (devido à senescência dos
condrócitos, danos ao DNA envelhecimento da matriz da cartilagem, estresse
oxidativo, disfunção mitocondrial e autofagia), bem como o efeito do sistema
endócrino e do estrogênio na saúde das articulações também estão sendo
investigados. (ABRAMOFF, 2020).

1.4 TRATAMENTO DA OSTEOARTROSE


10
Não há cura atual para a OA. O tratamento pode ser amplamente
classificado em redução de fatores de risco modificáveis, terapia intraarticular,
modalidades físicas, terapias alternativas e tratamentos cirúrgicos. Há também
evidências emergentes de vários novos tratamentos. No início do curso da AO o
tratamento concentra-se na redução da dor e da rigidez. Mais tarde, o tratamento se
concentra na manutenção do funcionamento físico.

1.5 TRATAMENTO NÃO FARMACOLÓGICO

Redução dos fatores de risco modificáveis. A obesidade pode ser o fator de


risco modificável mais forte. Um ensaio randomizado realizado por Messier e
colegas (2011) demonstrou que uma redução de 10% no peso corporal diminuiu
significativamente a carga nas articulações dos joelhos. Outro estudo demonstrou
que o risco de AO sintomática do joelho em mulheres diminuiu em 50% com a perda
de 5 kg de peso. Estudos recentes também mostraram melhora estrutural da
cartilagem e alterações positivas em biomarcadores de cartilagem e osso com perda
de peso.
O exercício também tem sido investigado como modalidade de tratamento
para OA. Uma rede meta-análise de 60 estudos de controle randomizados por
Uthman e colegas (2013) descobriram que o exercício melhorou a dor e a função
em indivíduos com OA. Este estudo também sugeriram intervenções que
combinassem fortalecimento, flexibilidade e exercícios aeróbicos. Os exercícios
aquáticos também podem ser eficazes. Uma revisão Cochrane sobre artrite no
joelho descobriu que o exercício levou à diminuição da dor, melhorou a função física
e melhorou ligeiramente a qualidade de vida. A melhoria observada foi semelhante a
estudos anteriores que avaliaram medicamentos anti-inflamatórios não esteroides
(AINES). A maioria dos pacientes provavelmente se beneficiaria de um programa de
terapia guiada com um fisioterapeuta ou terapeuta ocupacional certificado antes de
iniciar um programa de exercícios em casa. Isso permite que o paciente tenha
orientação e equipamentos no local, o que pode ajudar na adesão ao programa nos
resultados. Há informações limitadas para orientar recomendações específicas em
termos de dosagem e tipos específicos de exercício. As técnicas terapêuticas
específicas usadas incluem alongamento passivo, mobilização de tecidos moles,
exercícios ativos de amplitude de movimento e fortalecimento muscular progressivo.
11
Objetivos específicos (como aumentar a força, flexibilidade e amplitude de
movimento) geralmente progridem com o tempo em um programa de fisioterapia.
Embora sejam necessárias mais pesquisas, a órtese pode ser eficaz no
tratamento da OA de joelho A remoção de joelheiras pode proporcionar algum alívio
sintomático na OA medial e lateral do joelho. Para AO patelar, mangas com
dispositivo peripatelar ou fita adesiva podem ser úteis. Para joelheiras
multicompartimentais, joelheiras neutras podem ser eficazes. Joelheiras podem
fornecer algum calor e alívio. Palmilhas em cunha lateral e medial também podem
ser eficazes no tratamento da AO. Terapias alternativas também foram investigadas
para OA. Os resultados dos estudos foram mistos, com pouco suporte definitivo
para a acupuntura em estudos de alta qualidade. Apesar disso, não parece haver
risco significativo associado à acupuntura no joelho e pode ser útil para alguns
pacientes.
A autogestão e a educação são outra abordagem potencial para tratar a dor
da OA. Autogestão é o conceito de colocar o manejo dos sintomas e consequências
da doença nas mãos do paciente. Conceitos específicos incluem o seguinte:
 Construção de autoeficácia;
 Definição de metas e planejamento de ações;
 Tomando uma decisão;
 Solução de problemas;
 Auto adaptação;
 Parceria entre as ações dos pacientes e dos profissionais de saúde.
Os programas de autossugestão da artrite demonstram ser benéficos e
melhorar dor e incapacidades. O aumento da dor com OA tem sido associado a
disfunção psicológica, depressão, ansiedade, catastrofização da dor, isolamento
social e estratégias de enfrentamento inadequadas. A terapia cognitivo-
comportamental, psicoterapia que utiliza sessões estruturadas para ajudar os
indivíduos a identificar e modificar pensamentos e comportamentos negativos,
também tem sido utilizada no tratamento da OA. Outros tratamentos utilizados como
lasers, estimulação elétrica nervosa transcutânea, ultrassom e terapia de campo
eletromagnético são comumente usados, mas há evidências pobre em sua eficácia.
(ABRAMOFF, 2020).
12

1.6 TRATAMENTO FARMACOLÓGICO


OS AINES e o paracetamol são geralmente considerados terapias de
primeira linha no tratamento da OA. OS AINES são eficazes para a dor geral da OA.
Não há fortes evidências de benefício de qualquer AINE específico em relação a
outro. AINES, devem ser usados com cautela em pessoas com doenças
gastrointestinais, incluindo inibidores seletivos de cox-2 ou AINES não seletivos com
adição de um agente gastroprotetor. O paracetamol demonstrou ser eficaz no
tratamento da OA, embora modestamente. Eles também são menos eficazes que os
AINES. O paracetamol é geralmente seguro e pode ser preferível quando os AINES
são contraindicados. Opções tópicas como a capsaicina e os AINES tópicos
também estão disponíveis e são eficazes. (ABRAMOFF, 2020).

1.7 TRATAMENTO INTRAARTICULARES


A injeção intra-articular de esteróides é uma opção no tratamento de crises
inflamatórias de OA, embora a eficácia seja limitada e de curta duração.
Viscossuplementos, como o ácido hialurônico têm efeitos incertos quando usados
intraarticuladamente para o tratamento de OA no joelho. Embora possivelmente
menos eficazes a curto prazo, podem proporcionar tratamento mais duradouro na
AO. (ABRAMOFF, 2020).

1.8 TRATAMENTOS CIRÚRGICOS


A artroplastia total da articulação é o tratamento padrão-ouro para pacientes
com OA grave que não responderam ao tratamento conservador ou que a dor está
afetando gravemente sua qualidade de vida. Pode proporcionar alívio acentuado da
dor e melhora funcional em pacientes com OA grave de quadril ou joelho. Um
estudo descobriu que após 12 meses os pacientes tratados cirurgicamente tiveram
maior alívio da dor e melhora na qualidade de vida do que o tratamento
conservador. Com as técnicas contemporâneas, os pacientes normalmente podem
suportar peso conforme tolerado no membro afetado imediatamente a após a
cirurgia. O controle da dor é importante e realizado por uma abordagem multimodal.
AINEs, analgésicos e narcóticos podem ser usados. Os pacientes normalmente
ficam no hospital por 2 ou 3 dias, embora mais pacientes saiam logo após a cirurgia.
A prevenção de complicações logo após a cirurgia é fundamental. As complicações
precoces incluem infecções, falha da prótese, deiscência da ferida e trombose
13
venosa profunda. Pneumonia ou atelectasia podem ser prevenidas com um
espirômetro de incentivo. Eventos trombóticos são prevenidos por meias de
compressão e/ou profilaxia química. Exercícios ativos com deambulação precoce e
frequente também podem ajudar a prevenir a trombose. A mobilização precoce no
dia da cirurgia ajudou a melhorar os resultados e diminuir o tempo de internação
hospitalar. A fim de prevenir a luxação do quadril após artroplastia total do quadril
(ATQ), os pacientes são colocados sob precauções no quadril. As precauções de
uma ATQ feita por abordagem anterior direta incluem evitar hiperextensão, adução e
rotação externa do quadril. Para cirurgia feita por via posterior o paciente deve evitar
hiperflexão, adução e rotação interna do quadril. Não há um consenso claro sobre a
frequência, duração ou intensidade ideal da reabilitação física após cirurgia de
substituição articular. Um programa de terapia bem estruturado que inclua amplitude
de movimento, treinamento de marcha, fortalecimento do quadríceps e treinamento
em atividades da vida diária é um componente importante do processo de
reabilitação após a cirurgia. Os pacientes normalmente ficam no hospital por 2 ou 3
dias, embora mais pacientes saiam logo após a cirurgia. (ABRAMOFF, 2020).
14

2 JUSTIFICATIVA
A osteoartrose de joelho representa um desafio clínico significativo em todo
o mundo, afetando a qualidade de vida e a funcionalidade dos pacientes. A
fisioterapia emergiu como uma abordagem terapêutica essencial no manejo dessa
condição, oferecendo métodos não invasivos e personalizados para aliviar a dor,
melhorar a mobilidade articular e fortalecer a musculatura periarticular.
15
3 OBJETIVOS

3.1 OBJETIVO GERAL

Validar uma conduta fisioterapêutica em paciente com OA de 4 semanas


atendida na Clínica Escola de Fisioterapia do Centro Universitário Central Paulista
(UNICEP).

3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Analisar o impacto da osteoartrose com melhora na qualidade de vida,


incluindo capacidade funcional, níveis de dor, melhora da força muscular e riscos de
queda, a fim de identificar estratégias de manejo e intervenções eficazes.
16
4 MATERIAL E MÉTODO

4.1 DESENHO DE ESTUDO

Esse presente estudo trata-se de um estudo de caso realizado na Clínica


Escola de Fisioterapia do Centro Universitário Central Paulista (UNICEP).

4.2 CRITÉRIO DE INCLUSÃO

No presente estudo foi escolhido um indivíduo do sexo feminino com idade


de 71 anos e diagnóstico clínico de osteoartrose de joelho. No momento da inclusão,
não estava realizando tratamento fisioterapêutico e aceitou participar do estudo,
assinando o termo de consentimento livre e esclarecido.

4.3 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

Após a inclusão da paciente, a mesma foi avaliada quanto amplitude de


movimento por meio da goniometria.

4.3.1 GONIOMETRIA

O instrumento mais utilizado para medir amplitude de movimento é o


goniômetro universal. Os goniômetros universais (assim chamados por MOORE,
1949), dada a sua versatilidade, podem ser de plástico ou metal e de diferentes
tamanhos, mas com o mesmo padrão básico.
Todos têm um corpo e dois braços: um móvel e outro fixo. É no corpo do
goniômetro que estão as escalas, podendo ser um círculo completo (0-360 graus)
ou de meio círculo (0-180 graus) (AMELIA, 2003, p 04).
17
4.3.2 TESTE DE FORÇA MUSCULAR

A utilização do teste muscular manual é válida em pessoas sadias ou em


pessoas com fraqueza ou paralisia secundária a transtornos da unidade motora
(lesões do neurônio motor inferior e transtornos musculares). A resistência manual é
aplicada a um membro ou outra parte corporal após ele ter completado sua
amplitude de movimento ou após ele ter sido colocado na amplitude final pelo
examinador.
Os graus para um teste muscular manual são registrados como escores
numéricos variando de zero (0), que representa ausência de atividade contrátil, a
cinco (5), que representa uma resposta normal ou a melhor possível do teste
(HELEN, 2008, p. 02).
Escore Qualitativo
5 Normal
4 Bom
3 Regular
2 Fraco
1 Traço de atividade
0 Sem atividade
Fonte: Helen, 2008.

4.3.3 SENTAR E LEVANTAR 5 REPETIÇÕES

O teste CS-5 avalia o equilíbrio durante a subida para a posição sentada.


Uma cadeira sem braços com encosto reto é usada para este teste, que é colocada
contra uma parede por segurança. Com as costas apoiadas no encosto e os pés
apoiados no chão, a participante cruza os braços com o dedo médio em direção ao
acrômio e, a um sinal, levanta-se, fica em pé e depois retorna à posição sentada.
Após uma tentativa, o sujeito é solicitado a repetir o teste 5 vezes o mais rápido
possível. O tempo para completar o teste é registrado em segundos. Para avaliação,
o teste é realizado uma vez (MAIA; CARANDINA, 2012).
https://www.scielo.br/j/rbme/a/jGJcBqN7ZmN3F4DKbdzDhvx/?format=pdf&lang=en

4.3.4 TIMED UP AND GO (TUG)

O teste TUG avalia tarefas motoras essenciais para uma vida independente
tais como: auto controle postural e de equilíbrio, tanto para sentar-se como para
erguer-se, caminhar uma pequena distância e mudar a direção da caminhada. O
teste quantifica em segundo a mobilidade funcional por meio do tempo em que o
18
indivíduo realiza a tarefa de se levantar de uma cadeira de 46 cm de altura com
apoio para braços, caminhar três metros o mais rápido possível, sem correr, virar,
voltar e sentar-se com as costas apoiadas na cadeira. Bischoff et al. Consideram
que a realização do teste em até 10 segundos é o tempo considerado normal para
adultos saudáveis, independentes e sem risco de quedas; valores entre 11 e 20
segundos é o esperado para idosos com deficiência ou frágeis, com independência
parcial e baixo risco de quedas; acima de 20 segundos, sugere-se que o idoso
apresenta déficit importante da mobilidade física e risco de quedas. (BISCHOFF,
STAHELIN, 2003). https://www.scielo.br/j/fm/a/9f6PqfLJLqsQMTwjJkj9GPG/?
format=pdf.

4.3.5 TC6

Antes da realização do teste, os pacientes deverão fazer um período de


repouso de no mínimo 10 minutos. Durante esse período, deverão ser avaliadas as
contraindicações, dados de pressão arterial, oximetria de pulso, nível de dispneia
(Escala de Borg.), frequência cardíaca e respiratória. O teste deverá ser realizado
em corredor com comprimento mínimo de 30 metros e que seja livre de circulação de
pessoas. Durante a realização dos testes, frases de encorajamento podem ser
utilizadas em períodos de tempos. O teste deverá ser interrompido imediatamente,
caso durante a realização dele o paciente apresente dor torácica, dispneia
intolerável, sudorese, palidez, tontura e/ou câimbras. (MARIA, CARLOS. 2011).
https://www.scielo.br/j/jbpneu/a/FPwLbNQBW58wgVZY377m6Lt/?
format=pdf&lang=pt

 Equipamentos necessários:
 Cronômetro;
 Cones para delimitação do circuito;
 Esfigmomanômetro
 Estetoscópio
 Oxímetro de pulso
19

4.4 INTERVENÇÃO FISIOTERAPÊUTICA

4.4.1 EXERCÍCIOS AERÓBICOS

Preparo físico é um termo geral usado para descrever a habilidade em


realizar um trabalho físico. A execução de um trabalho físico exige funcionamento
cardiorrespiratório, força muscular, resistência muscular à fadiga e resistência física.
Uma composição corporal ideal também é incluída quando se descreve o
preparo físico. Para se tornar fisicamente preparada, a pessoa precisa participar
regularmente de algum tipo de atividade física que utilize grandes grupos
musculares e desafie o sistema cardiorrespiratório. Pessoas de todas as idades
podem melhorar seu estado de preparo físico geral participando de atividades, como
caminhar, pedalar, correr, nadar, subir e descer escadas e treinar com pesos.

4.4.2 EXERCÍCIOS RESISTIDOS

O exercício resistido irá promover o fortalecimento muscular, utilizando de


máquinas, bandas elásticas e até mesmo o próprio peso corporal. (SANTOS et al.,
2022).
4.4.3 MOBILIZAÇÃO

A mobilização da articulação afetada é muito importante para realização de


movimento ideal sem dor, mantendo a extensibilidade da articulação ou aumentando
se estiver com restrições periarticulares. (AMARAL; CERDEIRA; VIDOTTO, 2009
p.05). A mobilização proporciona a circulação do líquido sinovial, nutrindo as
superfícies articulares, diminuindo a dor na articulação devido à estimulação dos
receptores articulares. Para os pacientes com osteoartrose, a mobilização é muito
importante, pois o paciente apresenta diminuição da amplitude de movimento, com
isso, causa encurtamentos, contraturas em músculos e estreitamentos capsulares
ocasionando em uma dificuldade no movimento (AMARAL; CERDEIRA; VIDOTTO,
2009 p.05).
20

5 RESULTADOS

Os resultados do tratamento da AO que incluem medições da goniometria,


teste de força muscular, teste de sentar e levantar (5 repetições), velocidade da
marcha (TUG) e TC6, foram meticulosamente documentados e apresentados no
gráfico 1 e 2, bem como nos tabelas 1 e 2. Nas tabelas 1 e 2, são apresentados os
dados pré-intervenção e pós 4 semanas de intervenção fisioterapêutica. Os valores
antes e depois do tratamento são claramente organizados, oferecendo uma
compreensão visual imediata das mudanças observadas ao longo do período de
intervenção.

Tabela 1 – Goniometria de extensão MMII


Movimento Amplitude °C
Extensão MID Antes do tratamento 6
Extensão MID Após o tratamento 2
Extensão MIE Antes do tratamento 6
Extensão MIE Após o tratamento 6
Fonte: O Autor, 2023.

Tabela 2 – Goniometria de flexão MMII


Movimento Amplitude °C
Flexão MID Antes do tratamento 150
Flexão MID Após o tratamento 150
Flexão MIE Antes do tratamento 145
Flexão MIE Após o tratamento 148
Fonte: O Autor, 2023.
21
No Gráfico 1 e 2, as medições da amplitude de movimento ao longo do
tempo são representadas visualmente.

Figura 1 - Goniometria de extensão MMII

Amplitude de Movimento (Ex-


tensão)
6 6 6
6
5
Amplitude °C

4
2
3
2
1
0
Extensão MID Extensão MID Extensão MIE Extensão MIE
Antes do Após o Antes do Após o
tratamento tratamento tratamento tratamento
Movimento

Gráfico 2 - Goniometria de flexão MMII

Amplitude de Movimento
(Flexão)
150 150
150 148
148
Amplitude °C

145
146

144

142
Flexão MID Antes Flexão MID Após Flexão MIE Antes Flexão MIE Após
do tratamento o tratamento do tratamento o tratamento
Movimento

A tabela 3 representa os dados relacionados capacidade funcional (TSL), à


velocidade da marcha (TUG) na tabela 4 e ao TC6 representado nas tabelas 5 e 6,
antes e após a intervenção. A melhoria na velocidade da marcha e no desempenho
22
do TC6 após 4 semanas de intervenção é claramente visível, indicando uma melhor
capacidade funcional e mobilidade da paciente.

Tabela 3 – Sentar e levantar 5 rep. e Time up and go test (TUG) nas situações pré e
pós tratamento.
Pré Tratamento Pós Tratamento
Sentar e levantar cinco vezes 30,59s 9,41s
Time up and go test (TUG) 18,47s 6,12s

Tabela 5 – Teste de caminhada de 6min nas situações pré e pós tratamento.

PRÉ INTERVENÇÃO
Número de voltas SpO2 (%) FC (bpm) Borg dispneia Borg dor PA (mmHg)
- Repouso 97 64 6 11 140x80
2 1´ 93 94 6 11 -
3 2´ 98 58 6 11 -
3 4´ 97 93 6 11 -
2 6´ 98 79 6 11 140x70
Distância percorrida (m) = 347 Previsto (m) = 491
PÓS INTERVENÇÃO
Número de voltas SpO2 (%) FC (bpm) Borg dispneia Borg dor PA (mmHg)
- Repouso 93 73 6 6 120x80
2 1´ 84 75 6 6 -
2 2´ 83 68 6 6 -
4 4´ 84 67 6 6 -
4 6´ 85 69 6 6 140x120
Distância percorrida (m) = 450 Previsto (m) = 491

Essas representações visuais dos resultados fornecem uma análise


compreensível e detalhada do progresso da paciente ao longo do tratamento,
destacando os benefícios da intervenção fisioterapêutica na gestão da osteoartrite.
23
6 DISCUSSÃO

O estudo realizado teve como objetivo principal avaliar os efeitos da


intervenção fisioterapêutica em uma paciente diagnosticada com osteoartrose de
joelho ao longo de um período de 4 semanas. Durante esse período, a participante
foi submetida a um programa específico de exercícios fisioterapêuticos, com o
intuito de reestabelecer a força muscular, diminuir a dor e consequentemente,
melhorar a qualidade de vida. Uma análise aprofundada dos resultados revelou que
a intervenção fisioterapêutica teve um impacto significativo na qualidade de vida da
participante. Este achado é crucial, pois sugere que além de tratar sintomas físicos,
a abordagem adotada foi eficaz em melhorar a percepção subjetiva da paciente
sobre seu próprio bem-estar. Além disso, observou-se um aumento notável na
velocidade da marcha, indicando uma melhora na mobilidade e na função física.
Uma das descobertas mais notáveis deste estudo foi a redução substancial
da dor relatada pela participante após o período de intervenção. Esta melhoria não
apenas indica a eficácia dos métodos fisioterapêuticos empregados, mas também
sugere um impacto positivo na capacidade de realizar atividades diárias com menos
desconforto. Além disso, o programa de exercícios demonstrou reestabelecer a
força muscular, um aspecto crucial para a funcionalidade do joelho e a capacidade
geral de movimentação da paciente.
24

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
25
8 REFERÊNCIAS

AMARAL, D. M; CERDEIRA, F. A. VIDOTTI, J.J.


Tratamento fisioterapêutico rm pacientes com osteoartrose: estudo de caso.
Universidade do Vale do Itajaí, 2010.

CIPRIANO, Joseph. Lesões Gerais da articulação do quadril. In: ______


Manual fotográfico de Testes Ortopédicos e Neurológicos. 5 ed. Porto Alegre:
Dieimi, 2012. p. 400- 565.

COIMBRA, G. Eficácia da mobilização articular no tratamento da


osteoartrite de joelho em idosos: revisão da literatura. Universidade Federal de
Minas Gerais. 2019. 27 f.

DUARTE, V. et al. Exercícios Físicos e a Osteoartrose: Uma revisão


sistemática, Universidade Federal do Amazonas. n. 1, p. 193-202, jan./mar., 2013.

HISLOP, Helen. Sistema de Graduação. In______ Prova de Função


Muscular. 8 ed. Rio de Janeiro, Elsevier, 2018. P. 02- 462.

MAIA, M. et al. Associação do valgo dinâmico do joelho no teste de


descida de degrau com a amplitude de rotação medial do quadril. Goiânia,
30 Ago, 2012. Disponível em<
https://www.scielo.br/j/rbme/a/hWR7KHQpv7F3BBb5chKd8Kd/?lang=pt&format=html
#>.

RIGOTTI, M. A.; FERREIRA, A. M. Intervenções de enfermagem ao


paciente com dor. Arq Ciênc Saúde, v. 1, n. 12, p.50-54, 2005.

Rezende MU, Campos GC, Pailo AF. Conceitos atuais em osteoartrite.


Acta
Ortop Bras. [online]. 2013;21(2):120-2. Disponível em: http://www. scielo.br/aob
26
MARQUES, Amélia Pasqual. Manual de goniometria. São Paulo: Manole
LTDA. 2003.

SANTOS, Tamirys. Os efeitos do treino resistido na dor e na função de


idosos com osteoartrose de joelho: um estudo de revisão. v.5, n. 1, 2022.

Vasudevan PN, Vaidyalingam KV, Nair PB. Can Trendelenburg's sign be


positive if the hip is normal? J Bone Joint Surg Br. 1997 maio;79(3):462-6.

YAMADA EF, MÜLLER FA, TEIXEIRA LP, SILVA MD. Exercícios de


fortalecimento, de marcha e de equilíbrio no tratamento de osteoartrite de
joelho. R. bras. Ci. e Mov 2018;26(3):5-13.

Você também pode gostar