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BRUNO ANDREOLLI
PAULO ROGÉRIO
Guarulhos – SP
2014
ANHANGUERA EDUCACIONAL
Guarulhos – SP
2014
RESUMO
Todo ser humano já nasce consciente de que irá passar por um período
irreversível e repleto de consequências e mudanças. A velhice, embora atinja a todos os
indivíduos, sem preconceito quanto a cor, religião, raça ou situação econômica.
E como hoje pode-se interferir nos efeitos relacionados com o envelhecimento,
discute-se muito sobre o envelhecer com saúde, afinal, quando isto não ocorre, as
consequências podem ser desastrosas, afetando diretamente a independência e a qualidade de
vida do indivíduo na terceira idade, como também de seus familiares. Os efeitos relacionados
à velhice mais recorrentes são a diminuição de massa magra, e o aumento do porcentual de
gordura. O aumento de gordura na composição corporal começa a aumentar a partir da
terceira década de vida, processo do qual não se interrompe antes dos setenta anos de idade.
Essas modificações correspondem ao declínio substancial da massa muscular. O
enfraquecimento muscular ou sarcopenia pode ter um marcante efeito na autonomia funcional
dos indivíduos na terceira idade, comprometendo a execução de atividades que exijam um
grau mínimo de força, como carregar as compras de mercado, varrer a calçada, levantar-se da
cama.
A osteoporose também é uma doença que atinge na maioria das vezes pessoas
mais velhas e geralmente tem maior incidência em mulheres. Os ossos ficam finos, sensíveis,
ocos e suscetíveis a fraturas. Pesquisas realizadas por BALSAMO (2005) sugerem que
exercícios com sobrecarga em locais específicos e impacto promovem um estímulo mais
efetivo, quer dizer, o exercício tem um efeito local sobre o osso, sendo este, sensível à
sobrecarga que age sobre ele e respondendo prontamente à elas. Muitos outros estudos
revelam que os exercícios físicos estimulam o aumento de massa óssea no corpo, sendo
considerados tão importantes quanto a ingestão de fontes de cálcio. Além do ganho de mais
massa óssea, o treinamento de força preserva o equilíbrio e aumenta a força e a massa
muscular.
Por mais que pareça uma contradição, já se tem provado que os exercícios mais
eficazes na prevenção e na diminuição do problema são os exercícios com carga, e com
impacto, pois estimulam os osteoblastos, célula responsável pela reposição da massa óssea no
corpo. Segundo Fleck 2007, ao envelhecer, ocorre a perda da força e da potência muscular,
onde fica mais difícil realizar as atividades diárias e de lazer, a pratica regular de um
treinamento de força, vai reduzir os riscos de doenças degenerativas, aumenta a auto-estima,
conseqüentemente melhorando a saúde. O autor também afirma que, o objetivo de um
programa de força é aumentar e manter a força durante e no decorrer do envelhecimento,
beneficiando assim a qualidade de vida do idoso, fazendo com que consiga realizar suas
atividades cotidianas.
O treinamento de força pode reduzir lesões, melhorar a auto-estima, o social e o
psicológico do idoso. Assim o impacto, desde que moderado, não muito intenso e nem de
volume excessivo, tem um efeito desejável para estimular a massa óssea, por conta da pressão
aplicada ao osso. O treinamento de força é muito importante para os indivíduos com
osteoporose e sarcopenia pois aumentam força e massa muscular, melhoram o equilíbrio,
coordenação motora, postura e resistência muscular. Essas adaptações resultam na melhora do
processo de remodelação óssea e ganho de massa muscular que é conseguida por ser esse, um
tipo de treino que impõe um estresse ao esqueleto através de forças de tração e compressão.
SARCOPENIA O termo sarcopenia, oriunda do grego: sarco ou músculo e penia ou perda, foi
sugerido por Rosenberg (1989), que na época já demonstrava preocupação com a perda da
massa corporal magra e seus riscos na vida dos idosos, inclusive, alertando para a necessidade
de novos estudos acerca da relação deste declínio e exercícios físicos.
2 - OBJETIVO
2. 1 OBJETIVO GERAL
Realizar uma revisão de literatura para verificar os benefícios do treinamento de
força na prevenção da sarcopenia e da osteoporose no idoso.
3 – METODOLOGIA
Verificamos para a estruturação desse trabalho uma série de revisões
bibliográficas, onde utilizamos ferramentas de busca na internet e livros para encontrar
informações sobre envelhecimento, fisiologia do exercício, sarcopenia, osteoporose,
treinamento de força, dentre outros.
4 – REVISÃO DE LITERATURA
ENVELHECIMENTO
SARCOPENIA
Steven Fleck sugere que a prescrição do treinamento de força para prevenção das
fraturas ocasionadas pela osteoporose seja feita antes dos 30 aos 35 anos, para que dessa
forma se aumente ao máximo a massa óssea, e que depois disso se mantenha a prática regular
para que haja a diminuição gradual de densidade mineral óssea devido o envelhecimento.
Segundo ele: “O treinamento de força pode ter o efeito de estimular a formação do osso por
meio das células ósseas chamadas osteoclastos, responsáveis pela retirada de cálcio do osso.
(FLECK, SIMÃO, 2006, Pag. 76, 77).
Uma informação de extrema importância, é que os ossos não respondem tão
rapidamente quanto os músculos no treinamento de força, enquanto os músculos podem levar
alguns meses ou semanas para dar uma resposta positiva, a massa óssea necessitaria de um
longo período regular de treinamento.Maiores estudos precisam ser realizados, porém ao que
parece o treinamento de força realizado com oito a dez repetições por série, com 80% de 1
RM, traz melhores resultados na densidade mineral óssea. (FLECK, SIMÃO, 2006).