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ANHANGUERA EDUCACIONAL

BRUNO ANDREOLLI

BRUNNO QUIRINO DE ALMEIDA

DOUGLAS RODRIGUES DO AMARAL

ELISÂNGELA DA CRUZ ARAÚJO

PAULO ROGÉRIO

WANDERLEY GOMES DE CASTRO JR

BENEFÍCIOS DO TREINAMENTO DE FORÇA NA PREVENÇÃO DA


OSTEOPOROSE E SARCOPENIA EM IDOSOS.

Guarulhos – SP

2014
ANHANGUERA EDUCACIONAL

BRUNO ANDREOLLI RA 23667

BRUNNO QUIRINO DE ALMEIDA RA 25357

DOUGLAS RODRIGUES DO AMARAL RA 8486196961

ELISÂNGELA DA CRUZ ARAÚJO RA 25365

PAULO ROGÉRIO RA 23683

WANDERLEY GOMES DE CASTRO JÚNIOR RA 25378

BENEFÍCIOS DO TREINAMENTO DE FORÇA NA PREVENÇÃO DA


OSTEOPOROSE E SARCOPENIA EM IDOSOS.

Trabalho apresentado na Disciplina de Atividade Física e envelhecimento como


requisito básico de avaliação para o Curso de Educação Física Bacharelado.

Orientador: Profº. Luciano Saragossa

Guarulhos – SP

2014
RESUMO

Este artigo buscará relatar os possíveis benefícios que o treinamento de força


proporciona na possível prevenção da sarcopenia e osteoporose em idosos. Vale ressaltar que
sarcopenia é a perda de massa muscular que geralmente ocorre em idosos. Já a osteoporose é
uma doença que afeta cada vez mais as pessoas. Segundo pesquisas recentes o treinamento de
força tornou-se um importante aliado na prevenção de doenças musculoesqueléticas, pois
além de estimular o aumento da força muscular, auxilia a melhorar a densidade mineral óssea
e consequentemente ajudara na diminuição dos fatores de riscos que a sarcopenia e
osteoporose pode causar, como por exemplo, os diversos tipos de lesões e fraturas. Dessa
forma buscamos exaltar a grande importância do treinamento de força, não só para estética,
mas principalmente para condicionar e proporcionar melhor qualidade de vida
1- INTRODUÇÃO

Todo ser humano já nasce consciente de que irá passar por um período
irreversível e repleto de consequências e mudanças. A velhice, embora atinja a todos os
indivíduos, sem preconceito quanto a cor, religião, raça ou situação econômica.
E como hoje pode-se interferir nos efeitos relacionados com o envelhecimento,
discute-se muito sobre o envelhecer com saúde, afinal, quando isto não ocorre, as
consequências podem ser desastrosas, afetando diretamente a independência e a qualidade de
vida do indivíduo na terceira idade, como também de seus familiares. Os efeitos relacionados
à velhice mais recorrentes são a diminuição de massa magra, e o aumento do porcentual de
gordura. O aumento de gordura na composição corporal começa a aumentar a partir da
terceira década de vida, processo do qual não se interrompe antes dos setenta anos de idade.
Essas modificações correspondem ao declínio substancial da massa muscular. O
enfraquecimento muscular ou sarcopenia pode ter um marcante efeito na autonomia funcional
dos indivíduos na terceira idade, comprometendo a execução de atividades que exijam um
grau mínimo de força, como carregar as compras de mercado, varrer a calçada, levantar-se da
cama.
A osteoporose também é uma doença que atinge na maioria das vezes pessoas
mais velhas e geralmente tem maior incidência em mulheres. Os ossos ficam finos, sensíveis,
ocos e suscetíveis a fraturas. Pesquisas realizadas por BALSAMO (2005) sugerem que
exercícios com sobrecarga em locais específicos e impacto promovem um estímulo mais
efetivo, quer dizer, o exercício tem um efeito local sobre o osso, sendo este, sensível à
sobrecarga que age sobre ele e respondendo prontamente à elas. Muitos outros estudos
revelam que os exercícios físicos estimulam o aumento de massa óssea no corpo, sendo
considerados tão importantes quanto a ingestão de fontes de cálcio. Além do ganho de mais
massa óssea, o treinamento de força preserva o equilíbrio e aumenta a força e a massa
muscular.
Por mais que pareça uma contradição, já se tem provado que os exercícios mais
eficazes na prevenção e na diminuição do problema são os exercícios com carga, e com
impacto, pois estimulam os osteoblastos, célula responsável pela reposição da massa óssea no
corpo. Segundo Fleck 2007, ao envelhecer, ocorre a perda da força e da potência muscular,
onde fica mais difícil realizar as atividades diárias e de lazer, a pratica regular de um
treinamento de força, vai reduzir os riscos de doenças degenerativas, aumenta a auto-estima,
conseqüentemente melhorando a saúde. O autor também afirma que, o objetivo de um
programa de força é aumentar e manter a força durante e no decorrer do envelhecimento,
beneficiando assim a qualidade de vida do idoso, fazendo com que consiga realizar suas
atividades cotidianas.
O treinamento de força pode reduzir lesões, melhorar a auto-estima, o social e o
psicológico do idoso. Assim o impacto, desde que moderado, não muito intenso e nem de
volume excessivo, tem um efeito desejável para estimular a massa óssea, por conta da pressão
aplicada ao osso. O treinamento de força é muito importante para os indivíduos com
osteoporose e sarcopenia pois aumentam força e massa muscular, melhoram o equilíbrio,
coordenação motora, postura e resistência muscular. Essas adaptações resultam na melhora do
processo de remodelação óssea e ganho de massa muscular que é conseguida por ser esse, um
tipo de treino que impõe um estresse ao esqueleto através de forças de tração e compressão.
SARCOPENIA O termo sarcopenia, oriunda do grego: sarco ou músculo e penia ou perda, foi
sugerido por Rosenberg (1989), que na época já demonstrava preocupação com a perda da
massa corporal magra e seus riscos na vida dos idosos, inclusive, alertando para a necessidade
de novos estudos acerca da relação deste declínio e exercícios físicos.

2 - OBJETIVO

2. 1 OBJETIVO GERAL
Realizar uma revisão de literatura para verificar os benefícios do treinamento de
força na prevenção da sarcopenia e da osteoporose no idoso.
3 – METODOLOGIA
Verificamos para a estruturação desse trabalho uma série de revisões
bibliográficas, onde utilizamos ferramentas de busca na internet e livros para encontrar
informações sobre envelhecimento, fisiologia do exercício, sarcopenia, osteoporose,
treinamento de força, dentre outros.
4 – REVISÃO DE LITERATURA

ENVELHECIMENTO

O envelhecimento é um processo dinâmico e progressivo, no qual há alterações


morfológicas, funcionais e bioquímicas, que vão alterando progressivamente o organismo
deixando-o mais suscetível às agressões intrínsecas e extrínsecas. A velhice é um processo
comum a todos os seres vivos, sendo um fenômeno biológico, cultural e social. Verifica-se
atualmente um aumento das doenças infecto-contagiosas. A atividade física surge como parte
do tratamento não medicamentoso de diversas doenças infecto-contagiosas. A atividade física
surge como parte do tratamento não medicamentoso de diversas doenças que acometem o
idoso, como osteoporose, sarcopenia, osteoartrose e osteoartrite, onde os exercícios atuam no
metabolismo energético, diminuem o nível de insulina, regulam a pressão arterial e tonificam
a musculatura.

SARCOPENIA

A remodelagem das unidades motoras é um processo contínuo normal que


envolve o reparo e a reconstrução da placa motora terminal. A remodelagem das unidades
motoras se deteriora gradualmente na idade avançada resultando em (atrofia muscular por
desnervação), uma degeneração irreversível das fibras musculares (particularmente fibras do
tipo II e das estruturas da placa terminal. Isso reduz progressivamente o corte transversal e a
massa do músculo (condição essa que chamamos de sarcopenia). As fibras musculares tendem
também ao “agrupamento de conformidade com o tipo”, pois as fibras musculares rápidas e
lentas perdem sua distribuição típica em tabuleiro de xadrez e costumam aglomerar-se em
grupos de um tipo semelhante talvez como resultado da desnervação e da morte subsequente
das fibras. Mcardle
A sarcopenia e a perda de força observadas com o envelhecimento refletem os
efeitos combinados da deterioração neuromotora progressiva e da redução crônica na
sobrecarga muscular regular. (Mcardle pag. 903).
BENEFÍCIOS DO TREINAMENTO DE FORÇA NA PREVENÇÃO DA
SARCOPENIA.

Dentre todos os benefícios do treinamento de resistência incluem-se os de


tratamento para a sarcopeniaonde vemos um aumento da síntese e a retenção de proteínas,que
leva a diminuiçãoda perda que chamamos de normal e muitas vezes inevitável de massa e
força muscular que ocorre com o decorrer da idade, existe também uma melhora na densidade
óssea, no equilíbrio dinâmico, no estado funcional global, redução de lesões ortopédicas.
Mcardle cita um estudo que foi realizado com homens entre 60 e 72 anos de
idade, nos quais treinaram durante 12 semanas com um exercício de resistência padronizada
com cargas equivalentes a 80% de sua capacidade de força muscular dinâmica (1RM), no qual
mostra que a força muscular aumentava progressivamente durante todo o período de
treinamento. Em torno da 12ª semana, a força de flexão do joelho aumentava em 107%, e a
força de extensão do joelho em 227%. Houve também uma hipertrofia significativa das fibras
musculares de contração rápida e lenta. (1)

Fonte: MCARDLE, William D., et. al.


A sarcopenia é uma das principais responsáveis pela redução da capacidade
funcional do idoso, por provocar diminuições na força muscular, no equilíbrio, na
flexibilidade e na resistência aeróbia, de acordo com o ACSM (2009) o que prejudica
sobremaneira a qualidade de vida dos idosos. Pesquisa realizada por Kryger e Andersen
(2007), que avaliaram 30 idosos (85-98 anos) fragilizados, de ambos os sexos, dos quais sete
foram excluídos por não atenderem determinados pré-requisitos e sendo os demais divididos
em grupo controle, composto por 12 idosos e grupo treinado composto por 11 idosos,
submetido a 12 semanas de treinamento intenso (80% 1RM), três vezes por semana. Os
achados deste estudo mostraram que além do aumento da força e do volume muscular,
também ocorreu aumento no tamanho das fibras rápidas e na quantidade relativa total das
cadeias pesadas de miosina IIA, dos músculos extensores e flexores do joelho, que foram
avaliados através de biopsias, pré e pós-treino, na seção média do músculo vasto lateral do
grupo de treinamento, exceto em dois participantes que manifestaram a recusa. A utilização
de programas envolvendo treinamento de força para idosos tem demonstrado ser uma medida
profilática eficiente no combate à perda de massa e força muscular, elementos estes presentes
nas mais diversas ações realizadas no dia a dia desta população, proporcionando-lhes uma
melhor qualidade de vida e maior independência. E tal contramedida se mostra, adequada,
justamente, por apresentar respostas positivas em curtos períodos de execução,
correspondente a poucas semanas de treinamento de força, conforme relatado na literatura
existente sobre o assunto.
OSTEOPOROSE

A osteoporose se dá pela perda de densidade mineral óssea, essa perda leva ao


enfraquecimento do tecido, podendo causar fraturas.
É uma “doença silenciosa” que progride sem um sinal visível, algumas vezes por
décadas até que ocorra uma fratura. (NIEMAN, 1999).

BENEFÍCIOS DO TREINAMENTO DE FORÇA NA PREVENÇÃO DA


OSTEOPOROSE.

Steven Fleck sugere que a prescrição do treinamento de força para prevenção das
fraturas ocasionadas pela osteoporose seja feita antes dos 30 aos 35 anos, para que dessa
forma se aumente ao máximo a massa óssea, e que depois disso se mantenha a prática regular
para que haja a diminuição gradual de densidade mineral óssea devido o envelhecimento.
Segundo ele: “O treinamento de força pode ter o efeito de estimular a formação do osso por
meio das células ósseas chamadas osteoclastos, responsáveis pela retirada de cálcio do osso.
(FLECK, SIMÃO, 2006, Pag. 76, 77).
Uma informação de extrema importância, é que os ossos não respondem tão
rapidamente quanto os músculos no treinamento de força, enquanto os músculos podem levar
alguns meses ou semanas para dar uma resposta positiva, a massa óssea necessitaria de um
longo período regular de treinamento.Maiores estudos precisam ser realizados, porém ao que
parece o treinamento de força realizado com oito a dez repetições por série, com 80% de 1
RM, traz melhores resultados na densidade mineral óssea. (FLECK, SIMÃO, 2006).

Fonte: FLECK, Steven; SIMÃO, Roberto.

Durante a fase do envelhecimento, o idoso perde a massa óssea e muscular


tornando-se mais frágil seus ossos e articulações. A ativação do músculo esquelético através
da musculação seguida de um treinamento de força é conhecida por trazer mudanças
morfológicas, fisiológicas e bioquímicas, dependendo da duração e intensidade do estímulo
do exercício. O trabalho de força pode ajudar a compensar a redução na massa e na força
muscular, normalmente associada ao envelhecimento normal, por isso benefícios adicionais
do exercício regular incluem a melhora da saúde óssea e, portanto, a diminuição do risco de
osteoporose, melhora da estabilidade postural, reduzindo, assim, o risco de quedas, lesões e
fraturas associadas, incremento da flexibilidade e amplitude do movimento.
Nieman afirma que “um dos principais benefícios do exercício regular para as
pessoas idosas é a redução do risco de quedas”. Ele apresenta também que:
“O ACSM (apud Nieman, 1999), na sua comunicação do
posicionamento sobre a osteoporose e o exercício, argumenta que “o
programa ideal para as mulheres mais velhas deve incluir atividades
que melhoram a força, a flexibilidade e a coordenação que pode
indireta, mas efetivamente, diminuir a incidência de fraturas por
osteoporose por meio da redução da possibilidade de queda”.
(NIEMAN, 1999, pag. 116).
CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com o presente estudo de revisão de literatura podemos verificar os efeitos do


treinamento resistido na prevenção da sarcopenia e osteoporose em idosos, e vimos os
benefícios do treinamento resistido, de acordo com alguns autores. Com isso constatamos a
grande necessidade de um estudo mais aprofundado sobre o assunto.
Referências

1 - MCARDLE, William D., et al, Fisiologia do Exercício. Energia, Nutrição e


DesempenhoHumano,5ª edição – Editora Guanabara Koogan S.A- 2003.
2 – FLECK, Steven; SIMÃO, Roberto. Força. Princípios Metodológicos para o
Treinamento – Editora Phorte.
3 - BÁLSAMO, Sandor; SIMÃO, Roberto. Treinamento de força: para
osteoporose, fibromialgia, diabetes tipo 2, artrite reumatóide e envelhecimento. São Paulo:
Ed. Phorte, 2005. KNOPLICH, José.
4 – Osteoporose: o que você precisa saber. São Paulo: Ed. Robe, 2001. NUNES, J.
F. Atividade física e osteoporose. Londrina: Midiograf, 2001.
5 - BUZZACHERA, C. F., et al. Efeitos do Treinamento de Força com Pesos
Livres sobre os Componentes da Aptidão Funcional em Mulheres Idosas. Revista da
Educação Física/UEM, Maringá, v. 19, n. 2, p. 195-203, 2008.
6- FLECK, S. J.; KRAEMER, W. J. Fundamentos do Treinamento de Forca
Muscular. 3 ed. Porto Alegre: Artmed, 2006.
7 - SILVA, T. et al. Sarcopenia associada ao envelhecimento: aspectos etiológicos e opções
terapêuticas. Rev. Bras. Reumatol, v-46, n. 6, p. 391-397, no./dez. 2006.
8 - TEIXEIRA, V.; FILIPPIN, L.; XAVIER, R. Mecanismos de perda muscular da
sarcopenia. Rev. Bras. Reumatol, 2012;52 (2): 247-259
9 - BOMPA, Tudor O; CORNACCHIA, Lorenzo J. Treinamento de força
consciente. São Paulo:Phorte, 2000.
10 - CAMPOS, Maurício de Arruda. Musculação: diabéticos, osteoporóticos,
idosos, crianças, obesos. 2.ed. Rio de Janeiro: Sprint, 2001.
11 - GUARNIERO, Roberto; OLIVEIRA, Lindomar Guimarães. Osteoporose:
atualização no diagnóstico e princípios básicos para o treinamento. Revista Brasileira de
Ortopedia, vol.39, n.9, set.2004. Disponível em: http://www.rbo.org.br/pdf. Acesso em:
02.mai.2007.
12 - NUNES, Joie de Figueiredo. Atividade Física e Osteoporose. Londrina:
Midiograf, 2001.
13 – NIEMAN, David C. Exercício e Saúde: Como se prevenir de doenças usando
o exercício como seu medicamento.1ª edição brasileira: Editora Manole, 1999.

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