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BIBLIOGRÁFICA
Sarcopenia foi um termo aplicado por Irwin Rosenberg para definir a perda de massa
muscular que ocorre com o avançar da idade. A perda de massa muscular foi observada pela
primeira vez pelo famoso neurologista inglês, MacDonald Critchley, que destacou que essa
perda foi mais acentuada nas mãos e pés.
Hoje, a sarcopenia é considerada uma perda da massa muscular em uma pessoa idosa, e
contribui para a incapacidade, diminuição da autonomia, risco aumentado de quedas e
aumento de risco de morbidade e mortalidade.
Vários estudos indicam que a função muscular em idosos sarcopênicos pode sem equilibrada
e até mesmo potencializado pelo exercício físico, especificamente o treino resistido e o
consumo de proteínas em quantidades superiores ao recomendado melhorando a força e a
massa muscular entre os idosos.
No entanto, fornecer exercícios para idosos mais frágeis é especialmente desafiador devido
a comorbidades subjacentes que restringem a disponibilidade de energia para o exercício e
um regime alimentar restrito de baixa qualidade.
O presente estudo se propôs a realizar uma narrativa sobre a sarcopenianum modo geral,
pois é uma condição que afeta uma grande parte da população idosa e que pode levar a
consequências graves como a morte.
Metodologia
Como processo metodológico foi utilizado revisão literária onde as buscas foram realizadas
nos meses de abril e maio de 2022 de artigos e publicações em inglês, português e espanhol,
disponíveis nas bases de dados Lilacs, Pubmed, e Scielo, onde foram utilizados os
descritores: “idoso”, “sarcopenia”. No Lilacs foram encontrados 190 resultados, no Pubmed
foram encontrados 8.943 resultados e no Scielo foram encontrados 46 resultados. Foram
selecionadas 15 amostras no período de 2009 até 2021 no qual os mesmos foram escolhidos
mediante a leitura de cada um na íntegra.
Discussão
Um estudo do FNIH com mais de 4.900 pacientes com 60 anos descobriu q a idade média
dos pacientes sarcopênicos era 70,5 anos entre os homens e 71,6 anos entre s mulheres. A
sarcopenia pode ser mais comum em indivíduos de países não asiáticos do que em
indivíduos asiáticos. Alguns dos principais fatores desta variabilidade são o tamanho do
corpo, origem cultural, características étnicas, dieta e qualidade de vida. Além disso, os
pontos de corte para as populações asiáticas são menores do que para os não asiáticos em
ambos os gêneros.
Em 2018, o grupo de trabalho (EWGSOP) atualizou sua definição inicial de sarcopenia para
levar em conta as evidências científicas e clínicas que surgiram durante os últimos 10 anos.
¹ O novo consenso concentra-se na baixa força muscular como uma característica chave da
sarcopenia. Os pontos de corte são: Força de preensão palmar <27 kg para homens e <16 kg
para mulheres e >15 s para elevação de cadeira para ambos os sexos. Utiliza a detecção de
baixa quantidade muscular e para confirmar o diagnóstico de sarcopenia (pontos de corte)
são: massa muscular esquelética apendicular <20 kg para homens e <15kg para mulheres. ¹
um indicativo no desempenho físico que pode identificar uma sarcopenia grave é (ponto de
corte): velocidade de marcha < 0,8 m/s.
Os métodos mais precisos para avaliar a massa muscular em ambientes clínicos são
bioelétricos. Análise de biopedância (BIA), absorciometria de raios X de dupla energia
(DXA) que é considerado padrão ouro por sua precisão, ampla disponibilidade e também por
ser a única ferramenta radiológica com valores de corte aceitos para diagnosticar
sarcopenia.
As causas são geralmente divididas entre declínios nas atividades e declínios na ingestão
nutricional. Os idosos são menos ativos, em parte devido ao aumento da carga de doença
que leva à dor e fadiga. Além disso, diminui a quantidade adequada de proteínas, bem como
a supernutrição que resulta em obesidade sarcopênica e perda de massa magra e função
muscular.
O treinamento resistido, também conhecido como peso ou treinamento de força pode ser
usado para neutralizar a perda muscular relacionada à idade, aumentando o número e o corte
transversal de fibras musculares esqueléticas.
Conclusão
A sarcopenia continua sendo um importante problema clínico que afeta milhões de idosos
em ambos os sexos e etnias. As intervenções para a sarcopenia continuam a ser
desenvolvidas com maior ênfase em exercícios e intervenções nutricionais com
suplementação de proteína, mas espera-se que os ensaios terapêuticos e o desenvolvimento
de intervenções ganhem impulso. Portanto o objetivo maior sempre será a identificação
precoce dos fatores de risco para a sarcopenia nos idosos, a fim de mudar o perfil negativo e
evitar deteriorização, incapacidade e mortalidade acelerada.
Referências Bibliográficas
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