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Atividade 1 - Resenha Crítica do Livro "Uma Introdução à Arquitetura" Silvio Colin

Nome: Livia Pereira Sandrini

Período: 1º

Turno: Manhã

O livro “Uma Introdução à Arquitetura” a princípio foi publicado no ano 2000. De


forma coloquial e didática, Silvio Colin, autor do livro, possui graduação em
Arquitetura e Urbanismo pela Faculdade UFRJ (1970), é doutor em Teoria e História
e professor na UFRJ também, É escritor, autor de dois livros: Uma Introdução à
arquitetura e Pós-modernismo, aborda os elementos preliminares da teoria da
arquitetura desde as vanguardas até os mais recentes movimentos, como o
pós-modernismo e o desconstrutivismo.

De acordo com algumas declarações de Colin, a apresentação de “Uma introdução


à arquitetura” surge como um meio de oferecer aos iniciantes da área, a
possibilidade de conhecer assuntos básicos ligados à profissão de arquitetura.

O autor já começa falando sobre a conceituação de arquitetura, pela palavra


arquiteto, onde o prefixo arqui indica superioridade, assim, etimologicamente,
arquiteto, quer dizer “grande carpinteiro”. Arquitetura é uma profissão de nível
superior muito abrangente já que existem nela diferentes áreas do conhecimento,
desde matemática até artes e história.

A Graduação compõe-se em 3 áreas distintas de conhecimento, sendo elas,


Exatas: Resistência dos materiais; Mecânica dos Solos; Cálculo Estrutural;
Instalações Prediais.

Humanas: Teoria e História de Arquitetura, Urbanismo e da Arte; Psicologia e


Sociologia aplicadas.

Técnica: Geometria Descritiva; Desenho Artístico; Desenho Técnico Arquitetônico;


e Normativas Técnicas.
Também é ressaltado que a arquitetura é um produto cultural, cujo é fruto das
convenções sociais, ideológicas e culturais do contexto em que se insere, podendo
ser submetida a mudanças de estilo e estrutura a partir das transformações culturais
e das evoluções tecnológicas. Ao mesmo tempo que a manifestação humana, com
sua estética, pode ser considerada uma arte, considerando também os edifícios
históricos, arquitetura é uma profissão capaz de produzir obras-primas.

Em “Arquitetura como Arte”, o autor assegura que tipicamente, a arquitetura como


uma das belas-artes, juntamente com a escultura, a pintura, a música e o teatro.
Segundo Colin, para que os edifícios sejam considerados arte, além do atendimento
aos requisitos técnicos, como a solidez estrutural e a qualidade dos materiais, e das
demandas utilitárias, como a adequação dos espaços, aos usos, deve o edifício
tocar a nossa sensibilidade, nos incitar à contemplação, nos convidar à observação
de suas formas, à textura das paredes, ao arranjo das janelas, ao jogo de luz e
sombras, às cores, à sua leveza e solidez. Porém, afirma-se que diferente de outras
artes que a técnica se diz secundária, na Arquitetura, a técnica antecede a estética
“Pensa-se antes na solidez estrutural e na estanqueidade das paredes (para
garantir a segurança das pessoas que utilizarão do espaço), para, depois, pensar-se
na aparência.”

Uma curiosidade é que a palavra estética envolve as palavras arte e estética,


desde a antiguidade até a idade média, a arte era definida como “a maneira correta
de se fazer uma coisa”. Além disso, a arquitetura tem desenvolvimento
independente, podendo influenciar positiva ou negativamente na concepção de
edifícios.

Cada edifício feito, constrói a paisagem urbana, o cenário que compõe nossa vida
cotidiana. A arte da arquitetura não se expõe nas galerias ou salas de concerto, mas
sim, nas ruas por onde passamos, por onde se desenvolve a nossa vida, ou seja, é
praticamente impossível evitar esse contato com uma construção que não lhe
agrade. Esta é a terceira característica a diferenciar a arquitetura das outras artes,
por onde se desenvolve a vida.

Em “As Divisões da Arquitetura Segundo Vitrúvio”, o autor alega que Vitrúvio é um


nome de conhecimento obrigatório a todos os estudantes de arquitetura: “ele foi o
primeiro a escrever sobre o assunto, o livro “Os dez livros da arquitetura”, escrito no
início do Império Romano inspirou diversos tratados a partir do Renascimento, ainda
hoje, apresenta a atualidade em algumas de suas suposições teóricas, além da
importância histórica e documental. Entre as divisões, destacam-se duas de maior
relevância: “Significado e Significante”, aquilo que é significado e aquilo que
significa, o que mais tarde se tornou um dos maiores métodos de crítica da arte do
século XX. Outra divisão bastante interessante quando falamos dos sistemas da
arquitetura, segundo o autor é a de que tudo que se constrói deve ter solidez,
utilidade e beleza, cujo no latim que é o original, é dito firmitas, utilitas, venustas.

A solidez se refere aos sistemas estruturais, ao envoltório físico, às tecnologias e à


qualidade dos materiais utilizados; a utilidade trata-se da condição dos espaços
criados, seu correto direcionamento para atender aos requisitos físicos e
psicológicos, e da maneira como estes espaços se relacionam; e a beleza refere-se
às preocupações estéticas que deve-se ter ao projetar e construir.

Em “O sistema da estrutura e do envoltório do edifício: Firmitas” o autor afirma que


a arquitetura deve ter solidez e resistir às intempéries. Para isso dois fatores devem
ser considerados a durabilidade dos materiais e a excelência técnica, os materiais
que já vem praticamente prontos da natureza são: a madeira, a argila e a pedra.

Entre essas e mais informações que podem ser encontradas no livro, o autor
basicamente quer dizer que um arquiteto deve saber e entender tanto de técnica
quanto de arte, o que inclui consciência sobre geometria e formas, assim como
estudos sociológicos e históricos sobre valores artísticos e históricos com os quais a
arquitetura se funde.

A arquitetura pode ser reconhecida como arte a partir de um olhar mais estético do
que funcional, assim como pode se saber mais sobre uma civilização apenas
observando e analisando suas construções. O que diferencia a arquitetura de outras
artes, é que ela deve ter um propósito, cujo está sujeito à ergonomia, à iluminação,
à adequação às atividades humanas, dentre outras coisas. Outra coisa que conta e
muito nessa diferença, é a participação da arquitetura no cenário urbano, doméstico
e profissional na vida das pessoas, são construções que são dificilmente ignoradas,
diferentemente de uma peça exposta num museu, por exemplo, que o indivíduo
escolhe ver ou não. Assim ela fica suscetível a avaliação pública, trazendo mais
uma responsabilidade, que é estar harmoniosa com o que está ao seu redor.

“”As funções de uma construção possuem caráter sintático, semântico e pragmático.


A função sintática refere-se ao papel que ele tem dentro do espaço urbano: não pela
atividade que é desempenhada dentro dele, mas pelo motivo de ele estar localizado
em tal ponto. Essa função relaciona-se com o meio externo, o local onde ele está
inserido. A função semântica é a simbologia que o prédio tem, o significado de seu
papel dentro de uma sociedade; por exemplo, as igrejas expressam religiosidade, as
escolas expressam o papel da educação, etc. A função pragmática refere-se às
atividades desempenhadas dentro do local: cada prédio tem uma finalidade, logo,
seus elementos estarão de acordos com o que será exercido no espaço que foi
construído.“”

A arquitetura é material e funcional por natureza, pois desempenha um papel na


vida de um indivíduo. Portanto, sua referência parte de objetos pré-existentes, que
são utilizados para estabelecer uma relação com o espaço estrutural da estrutura.
Você precisa de formas para dividir o espaço e precisa de um espaço/local para as
formas ocuparem. Portanto, o arquiteto precisa ter em mente os conceitos de
composição, harmonia, estrutura e imaginação em seus projetos, combinando esses
elementos em um único espaço que atenda às suas necessidades funcionais.

Analisando um pouco Vitrúvio em seu livro, Vitrúvio escreveu como arquiteto. Ele
disse que, como seu trabalho exige conhecimento de muitos aspectos, mesmo que
não trabalhe nessas áreas, não há como ser perfeito, mesmo que a busca pela
excelência seja necessária. Portanto, ele não será um faz-tudo, mas terá
conhecimento médio em uma ampla gama de campos. Como arquiteto, é seu dever
utilizá-los para que no seu campo principal, a arquitetura, possa compreender o
espaço e construí-lo segundo as regras de disposição, ordem, coerência, solidez,
utilidade e beleza.

O livro todo em si, é descrito como essencial para alunos de arquitetura, arquitetos
já formados e professores, por ter toda uma síntese sobre o básico totalmente
indispensável da arquitetura.
E por fim, segundo Vitrúvio, "não há como atingir a perfeição, ainda que se deva
procurar alcançar a excelência.”

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