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Carga horária semanal = 4 horas aulas Horário = Quarta Feira das 19:00 às 22:30
horas
PLANEJAMENTO DA DISCIPLINA
1.0 CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO
MF = Média Final
A1 = Avaliação
A2 = Avaliação
TS = Trabalhos em Sala
2.0 OBJETIVOS
Fornecer ao aluno as ferramentas e conhecimentos necessários ao bom desenvolvimento
do projeto arquitetônico, considerando as condicionantes da legislação pertinente, as
noções de funcionalidade, conforto e estética.
3.0 EMENTA
Conceitos e definições de arquitetura. As condicionantes do projeto e o programa de
necessidades. Conflitos arquitetônicos gerados no projeto. Informações sobre o Código
Sanitário, Lei do zoneamento urbano. Execução de Projeto: Habitação de Interesse Social.
Execução de Projeto de Edificio Institucional. Execução de Projeto: tema livre
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4.0 INTRODUÇÃO
"Arquitetura seria toda e qualquer forma de intervenção no meio ambiente criando novos
espaços, quase sempre com determinada intenção plástica, para atender as necessidades
imediatas ou a expectativas programadas, e caracterizadas por aquilo que chamamos de
partido."
Lúcio Costa, grande teórico da arquitetura brasileira e autor do plano piloto de Brasília
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O mais antigo tratado arquitetônico de que se tem notícia, e que propõe uma definição
de arquitetura, é o do engenheiro-arquiteto romano Marco Vitrúvio Polião. Em suas
palavras:
"A arquitetura é uma ciência, surgindo de muitas outras, e adornada com muitos e
variados ensinamentos: pela ajuda dos quais um julgamento é formado daqueles
trabalhos que são o resultado das outras artes."
A definição de Vitrúvio, apesar de inserida em um contexto próprio, constitui a base para
praticamente todo o estudo feito desta arte, e para todas as interpretações até a
atualidade. Ainda que diversos teóricos, principalmente os da modernidade, tenham
conduzido estudos que contrariam diversos aspectos do pensamento vitruviano, este
ainda pode ser sintetizado e considerado universal para a arquitetura (principalmente
quando interpretado, de formas diferentes, para cada época), seja a atividade, seja o
patrimônio.
Vitrúvio declara que um projeto de arquitetura deveria ser elaborado considerando
relações estéticas em campos como a música, a astronomia, etc. O racionalismo, o
empirismo, o estruturalismo, são exemplos de como estas relações influenciaram o
projeto de arquitetura.
A interpretação de Leonardo da Vinci do homem de Vitrúvio. Esta obra sintetiza uma série
de ideais a respeito da relação do homem com o universo. Da mesma forma, ela está
associada à arquitetura, tanto quanto um instrumento de projeto quanto como um
símbolo.
O HOMEM VITRUVIANO
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Desta forma, e segundo este ponto de vista, uma construção passa a ser chamada de
arquitectura quando, além de ser firme e bem estruturada (firmitas), possuir uma função
(utilitas) e for, principalmente, bela (venustas). Há que se notar que Vitrúvio
contextualizava o conceito de beleza segundo os conceitos clássicos. Portanto, a venustas
foi, ao longo da história, um dos elementos mais polémicos das várias definições da
arquitectura.
A questão da busca do belo se caracteriza como uma das áreas de interesse humano mais
bem documentada desde a antigüidade. Os antigos textos examinam principalmente o
belo arquitetônico e dentre as tradições que perduram até os nossos dias está a da beleza
como um atributo das coisas. Os escritos de Platão sobre a beleza estão baseados na sua
concepção de essência. Argumenta que tudo o que sabemos pela experiência cotidiana é
opinião e que se deve procurar um saber real e permanente que consistiria de essências.
Uma dessas essências seria a da beleza, propriedade permanente de todos os objetos
belos e que permanece imutável independentemente da admiração daquele objeto por
algum indivíduo.
Um dos aspectos constantes dessa beleza permanente seria a proporção. Atribui-se a
Pitágoras a primeira tentativa de utilizar a linguagem matemática para conceber uma
abordagem para esta idéia. Crê-se que Pitágoras descobriu as relações dimensionais de
proporção no comprimento das cordas de instrumentos musicais que produzem a
harmonia de tons. A partir daí a noção de harmonia extraída da música passa ser aplicada
a todo o cosmo: os números formam a essência de todas as coisas.
Pitágoras, ainda, nutria certa admiração mística e sagrada pelo pentágono regular e pelo
pentagrama, o polígono regular estrelado de cinco pontas inscrito neste pentágono
regular. Sobre estas bases buscou explicar também a proporção geométrica ideal dos
aspectos físicos das coisas naturais, principalmente aquela de um corpo humano ideal, e
de aplicá-la na arquitetura e na arte.
Definiu, então, uma relação de proporção particular que se encontra no pentágono
regular e no pentagrama, a da divisão de um segmento em média e extrema razão.
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A tradição grega de proporção se manteve na arquitetura romana clássica, e chegou até
nossos dias através do texto de Vitruvio. Vitruvio afirmava que um edifício é belo não só
quando a aparência da obra é de bom gosto e agradável, mas também quando seus
elementos são proporcionados de acordo com os princípios corretos de simetria, aqui
entendida no sentido original grego, como uma concordância correta ou justa de medidas
entre os elementos de uma mesma obra e de sua relação com o esquema geral do
conjunto e de certa parte, deste mesmo conjunto, eleita como módulo. Em geral, através
da unidade modular do diâmetro das colunas (“canon” ou cânone) de uma determinada
ordem eram definidas todas as medidas dos outros elementos que compunham as
construções. As ordens (dóricas, jônicas, coríntias e toscanas) eram para os gregos e
romanos, na antigüidade, a forma mais perfeita de expressão de beleza e harmonia.
Mesmo durante a Idade Média, onde os textos da antigüidade clássica não eram muito
utilizados, as proporções e relações geométricas e numéricas continuaram sendo
consideradas atributos importantes.
O Renascimento ocasionou um novo interesse pelos conhecimentos da antiguidade e
reavivou o estudo das proporções pitagóricas. Um estudo de Leonardo Da Vinci mostra as
relações de proporção no rosto humano.
O maior tratadista de arquitetura do Renascimento Leon Battista Alberti, deu enorme
ênfase aos aspectos formais dos edifícios principalmente com relação à proporção,
definindo-a da forma geral como a entendemos hoje: “a relação das partes de uma
determinada composição entre si e das partes com o conjunto”. No entanto, o
ressurgimento, no Renascimento, pelo interesse na divisão proporcional de Pitágoras de
média e extrema razão se deve ao matemático Lucca Pacciolli di Borgo. No seu livro De
Divina Proportione, apresentado em Veneza em 1509 e ilustrado por Leonardo Da Vinci.
Esta divisão proporcional veio, mais tarde a ser chamada de seção áurea pelo próprio
Leonardo Da Vinci e continua sendo muito aplicada ainda hoje com essa denominação:
“Um segmento de reta está dividido de acordo com a seção áurea quando é composto de
duas partes desiguais, das quais a maior está para a menor assim como o todo está para a
maior”. Deriva deste conceito o que veio a se conhecer como retângulo de ouro ou
áureo: um retângulo cuja razão entre os lados maior e menor é equivalente ao chamado
número de ouro [F = 1, 618...].
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RELAÇÕES GEOMÉTRICAS NO RETANGULO AUREO
TRAÇADO REGULADOR
Na busca da boa proporção, artistas e arquitetos estabeleceram uma idealização abstrata
geométrica denominada traçado regulador. Se pode definí-lo como um traçado
geométrico com uma lógica ou lei de formação proporcional que ordena e regula a
disposição dos principais elementos de uma composição arquitetônica. Este sistema de
proporcionalidade procura estabelecer as linhas gerais de uma espécie de esqueleto
estrutural que determina o posicionamento e as relações intrínsecas, no âmbito da
plástica arquitetônica, de seus elementos geradores (linhas, planos e volumes).
Funciona como uma retícula ou grade imaginária que contribui para a organização dos
elementos da composição, segundo uma determinada regra geral, procurando unificar
visualmente múltiplos elementos, relacionando-os dentro de uma mesma família de
proporções.
Não é um esquema geométrico fechado e rígido cujo uso pudesse ser rigorosamente
prescrito, como uma tabela de coeficientes matemáticos, mas um esquema geral que
contempla diversas possibilidades operativas permanecendo aberto à engenhosidade e à
livre intuição do artista. Este recurso compositivo é conhecido desde a antigüidade e vem
sendo aplicado formalmente por arquitetos desde Palladio, na Renascença, a LeCorbusier
no século XX.
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EXEMPLO DE TRAÇADO REGULADOR
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7.0 INÍCIO DO PROCESSO DE ELABORAÇÃO DO PROJETO
Sendo assim, pode-se concluir que o partido arquitetônico não é uma etapa do processo de
projetação, mas a descrição, em linguagem adequada, dos traços elementares da proposta
desenvolvida. A representação do partido não é uma tarefa que somente se possa executar
através de desenhos. Por razões operacionais, de comunicação com o cliente, por exemplo,
poderá representar o partido adotado através de croquis, esquemas, etc.; porém, de
qualquer modo, o partido arquitetônico é um conjunto de caracteres que pode ser descrito,
inclusive, pela linguagem verbal, do tipo "solução em três pavimentos com circulação
vertical implantada externamente e dependências de serviço agrupadas em um bloco
único". Ou seja, o partido arquitetônico não é a representação esquemática da concepção,
mas sim o conceito representado. Este conceito deriva do processo de elaboração mental
que procura sintetizar o resultado das principais decisões tomadas pelo projetista enquanto
procura definir os traços essenciais do objeto em concepção.
a. Arquitetura neolitica;
b. Arquitetura antiga;
c. Arquitetura clássica;
d. Arquitetura medieval,
e. Arquitetura renascentista;
f. Arquitetura moderna;
g. Arquitetura pós moderna;
Arquitectura Neolítica
a. Menir: consiste numa coluna rudimentar, erguida em direcção ao céu, sendo muitas vezes
trabalhado de modo a apresentar uma configuração cilíndrica ou cónica, associada à forma
fálica. Na sua origem, admite-se estar uma manifestação ritual à vitalidade e à fertilidade
da terra ou, pela sua forma fálica, uma evocação à fecundidade.
b. Alinhamento: designação dada a um agrupamento de menires organizado em linha recta.
c. Cromeleque: designação dada a um agrupamento de menires organizado em círculo. Os
cromeleques acentuam a ideia de recinto sagrado ou lugar de culto. Alguns podem estar
relacionados com a astronomia e o estudo de fenómenos celestes. Stonehenge é o maior, o
mais complexo e o mais característico monumento megalítico edificado pelo homem.
d. Anta ou Dólmen: construções megalíticas formadas por pedras colocadas na vertical sobre
as quais assenta uma laje formando uma câmara circular que serviriam como locais de
sepultamento ou de culto ligado à morte.
Arquitetura antiga
Arquitetura clássica
A arquitetura medieval
A arquitetura medieval foi influenciada principalmente pelo recrudescimento das cidades (e
conseqüente ruralização da Europa e criação de feudos) e a ascensão da Igreja Católica. À
medida que o poder secular submetia-se ao poder papal, passava a ser a Igreja a detentora do
capital necessário ao desenvolvimento das grandes obras arquitetônicas. A tecnologia do
período desenvolveu-se principalmente na construção das catedrais, estando o conhecimento
tectônico sob o controle das corporações de ofícios ligadas a igreja.
Durante praticamente todo o período medieval, a figura do arquiteto (como sendo o criador
solitário do espaço arquitetônico e da construção) não existe. A construção das catedrais,
principal esforço construtivo da época, é acompanhada por toda a população e insere-se na
vida da comunidade ao seu redor. O conhecimento construtivo é guardado pelas corporações,
as quais reuniam dezenas de mestres-obreiros (os arquitetos de fato) que conduziam a
execução das obras mas também as elaboravam.
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Catedral de Colónia,na Alemanha.
A Cristandade definiu uma visão de mundo nova, que não só submetia a vontade humana aos
desígnios divinos como esperava que o indíviduo buscasse o divino. Em um primeiro
momento, e devido às limitações técnicas, a concepção do espaço arquitetônico dos templos
volta-se ao centro, segundo um eixo que incita ao percurso. Mais tarde, com o
desenvolvimento da arquitetura gótica, busca-se alcançar os céus através da indução da
perspectiva para o alto.
Arquitetura renascentista
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arquitectura passou, cada vez mais, a tentar concretizar conceitos clássicos como a Beleza,
acreditando que a canonização e o ordenamento estabelecido pelos arquitetos da Antiguidade
Clássica constituíam o caminho correto a ser seguido a fim de alcançar este mundo ideal.
Sendo a Natureza uma criação perfeita, também o Homem volta a ser visto como ser perfeito:
ele tanto se manifesta como o ser que é a semelhança de Deus na Terra, como volta a se
considerar como medida e referência do Universo. É neste sentido que vai se manifestar de
forma bastante impactante (e talvez, com importância ainda maior que a do Classicismo) o
atributo humanista do Renascimento. O Humanismo manifestar-se-á como um profundo
sentimento comprometido com a valorização da presença do Homem no Universo, na medida
em que este indivíduo humano afirma-se perante a Natureza e deixa de apenas observá-la
para entendê-la, procurando alterá-la e buscando aquilo que ele considera como o
Conhecimento do mundo (mais do que simplesmente o "conhecimento" da coisas).
A importância da perspectiva
Arquitetura moderna
Principais características
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Outra característica importante eram as idéias de industrialização, o novo conceito marxista de
interpretar a economia e a recém-descoberta noção do design. Acreditava-se que o arquiteto
era um profissional responsável pela correta e socialmente justa construção do ambiente
habitado pelo homem, carregando um fardo pesado. Os edifícios deveriam ser econômicos,
limpos, úteis.
Duas máximas se tornaram as grandes representantes do modernismo: menos é mais (frase
cunhada pelo arquiteto Mies Van der Rohe) e a forma segue a função ("form follows function",
do arquiteto proto-moderno Louis Sullivan, também traduzida como forma é função). Estas
frases, vistas como a síntese do ideário moderno, tornaram-se também a sua caricatura.
É possível traçar três principais linhas evolutivas nas quais pode-se encontrar a gênese da
arquitetura moderna. O que une as três linhas é o fato de que elas terminam naquilo que é
chamado de movimento moderno na arquitetura, considerado o clímax de uma trajetória
histórica que desembocou na arquitetura realizada na maior parte do século XX.
A primeira destas origens é a que leva em consideração que o ideário arquitetônico moderno
está absolutamente ligado ao projeto da modernidade, e, em particular, à visão de mundo
iluminista. Esta linha localiza o momento de gênese na arquitetura realizada com as inovações
tecnológicas obtidas com a Revolução Industrial e com as diversas propostas urbanísticas e
sociais realizadas por teóricos como os socialistas utópicos e os partidários das cidades-jardins.
Segundo esta interpretação, o problema estético aqui é secundário: o moderno tem muito
mais a ver com uma causa social que com uma causa estética.
Pós-modernidade
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A arquitetura Pós-moderna é a condição sócio-cultural e estética do capitalismo
contemporâneo, também denominado pós-industrial ou financeiro. O uso do termo se tornou
corrente, embora haja controvérsias quanto ao seu significado e pertinência. Tais
controvérsias possivelmente resultem da dificuldade de se examinar processos em curso com
suficiente distanciamento e, principalmente, de se perceber com clareza os limites ou os sinais
de ruptura nesses processos.
Para o crítico marxista norte-americano Fredric Jameson, a Pós-Modernidade é a "lógica
cultural do capitalismo tardio", correspondente à terceira fase do capitalismo, conforme o
esquema proposto por Ernest Mandel.
Já o filósofo alemão Jürgen Habermas relaciona o conceito de Pós-Modernidade a tendências
políticas e culturais neoconservadoras, determinadas a combater os ideais iluministas.
A segunda metade do século XX assistiu a um processo sem precedentes de mudanças na
história do pensamento e da técnica. Ao lado da aceleração avassaladora nas tecnologias de
comunicação, de artes, de materiais e de genética, ocorreram mudanças paradigmáticas no
modo de se pensar a sociedade e suas instituições.
Considerando que os fatores determinantes são infra-estruturais, pode-se dizer que a pós-
modernidade começa com a passagem das relações de produção industriais para as pós-
industriais, baseadas fundamentalmente em serviços e em trocas de bens simbólicos ou
abstratos, como a informação e a circulação de "dinheiro" nos caminhos virtuais da
especulação financeira. Neste caso, ela seria de distribuição desigual: realidade já presente em
algumas regiões e ainda muito distante para outras, pois a organização das relações de
produção não se dá de forma homogênea em todas as partes do mundo.
Contudo, se for a super-estrutura o que define as alterações, a pós-modernidade nasce no
processo de contestação das certezas metafísicas do pensamento moderno na segunda
metade do século XX, quando uma onda de revisionismo e romantismo varreu o pensamento
ocidental e cosmopolita.
Gradualmente, cresceu a concepção de que nem o capitalismo seria demoníaco e nem o
socialismo seria libertador, ou vice-versa. A Pós-Modernidade corresponderia a essa
configuração da cultura. Não por acaso as contestações relativistas surgiram justamente na
Europa Ocidental e na América do Norte, em países onde a economia se encaminhava para o
estágio de produção pós-industrial. Nesses países verificou-se o conjunto de fenômenos sócio-
culturais que permitiram identificar esses novos valores.
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A crise de representação
A estética pós-moderna
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70) em figuras como Robert Venturi, Philip Johnson e Michael Graves nos Estados Unidos, Aldo
Rossi na Itália, e na Inglaterra James Stirling e Michael Wilford, entre outros.
Os arquitetos pós-modernos utilizaram uma série de estratégias para estabelecer a crítica do
modernismo, principalmente a sua versão mais difundida e homogênea: o estilo internacional.
Entre estas estratégias a principal foi a reavaliação do papel da história, reabilitada na
composição arquitetônica, principalmente como meio de provocação e crítica à austeridade do
modernismo. Philip Johnson (antes um ávido defensor do estilo internacional), por exemplo,
adotou uma postura irônica em seus projetos utilizando um "armário antigo" como referência
formal para o seu edifício da AT&T em Nova Iorque. Outros arquitetos adotaram padrões de
ornamento e formas de composição antigas. A cidade histórica foi re-estudada em busca da
reabilitação da escala humana no urbanismo por Rob Krier, entre outros.
Outras tendências podem ser associadas aos pós-modernos, como o interesse pela cultura
popular e a atenção para o contexto de inserção do projeto. Robert Venturi, por exemplo,
chamou atenção para as muitas formas de arquitetura vernacular (produzidas segundo uma
estética da cultura popular) em seu livro Aprendendo com Las Vegas. Aldo Rossi, por sua vez,
preocupou-se com a relação entre o novo projeto e os edifícios existentes acompanhando a
escala, altura e modulação destes. Esta postura de congregação entre o novo e o antigo
convencionou-se chamar de contextualismo.
As críticas à arquitetura moderna ganharam força nos anos 60 através de figuras como a
socióloga e ativista política Jane Jacobs e o arquiteto e matemático Christopher Alexander.
Ambos criticam através de observações sociológicas a escala monumental e a impessoalidade
do modernismo. Suas críticas, dirigidas principalmente à visão urbanística anterior, apontam a
desagregação das comunidades e das relações humanas como resultado dos preceitos
modernos.
Em sua expressão inicial as tendências pós-modernas estão ligadas ao movimento de contra-
cultura nos anos 60.
Pós-modernismo no Brasil
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O pós-modernismo provocou muito impacto na Europa e nos Estados Unidos, no Brasil não
existiu o debate com o mesmo vigor e a grande tradição moderna, mesmo bastante
desgastada, não permitiu muito espaço para uma crítica de qualidade da produção
arquitetônica.
A chamada "arquitetura pos-moderna" brasileira se reflete em grande parte na adoção dos
elementos formais mais óbvios da manifestação norte-americana do "movimento". No Rio de
Janeiro seu exemplo mais conhecido talvez seja o edifício Rio Branco 1, projeto de Edison
Musa, que repete o uso do frontão - que se tornou uma marca de Philip Johnson - e subdivide
o edifício em base, corpo e coroamento (como na divisão clássica). Igualmente, o arquiteto
mineiro Éolo Maia adota como estilo alguns elementos da arquitetura do americano Michael
Graves entre outros (Maia utilizou um largo repertório de referências em sua arquitetura).
Ainda que criticada pela fragilidade de sua base teórica, a adoção do "pós-modernismó" como
estilo teve o importante papel de atenuar a hegemonia da arquitetura moderna no Brasil,
apontando a possibilidade de novos rumos.
Definições
Forma: Estrutura, organização e disposição das partes ou elementos de um corpo ou objeto.
Modo pela qual uma determinada coisa em um dado contexto se revela a nossa percepção.
São atributos de uma forma: sua configuração, seu tamanho, sua textura, sua cor e sua
localização.
Espaço: Extensão do campo tridimensional que abrange tudo o que nos cerca. É onde as coisas
do mundo sensível existem, e no qual nos deslocamos em três dimensões: esquerda e direita,
para frente e para trás e para cima e para baixo. Relações de posição entre corpos. Intervalo
vazio entre corpos e parte de um corpo, ou entre objetos. Estas definições não são suficientes
para explicar a complexidade deste tema. Ao contrário, estes apontamentos apenas vão
introduzir alguns conceitos fundamentais da organização da forma e do espaço arquitetônico e
de suas implicações na concepção arquitetônica.
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A COMPREENSÃO DA FORMA: FORMAS REAIS E FORMAS IDEAIS
As formas reais são as coisas do mundo sensível e devem sua existência a causas físicas,
biológicas, funcionais e/ou finais, ou sócio-culturais. Neste universo real, forma e contexto são
interdependentes e complementares. Já as formas ideais são os modelos abstratos produzidos
pela imaginação humana. Estes modelos utópicos, inviáveis no mundo real, são perfeitamente
regulares, exatos em medida e contorno, teoricamente fixos e estáveis e identicamente
reproduzíveis. Formas que independem do seu contexto, pois o espaço que ocupam ou
delimitam é indefinível, infinito e homogêneo. Para compreender as coisas do mundo sensível
e para intervir neste mundo se faz uso da Geometria. Esta geometria, que chamamos de
Euclidiana, é um dos produtos mais notáveis da capacidade de abstração e racionalização
humana. Registrada por Euclides por volta do ano 300 AC é a síntese da geometria grega,
objetivava ensinar a medir e demarcar regiões ou partes do espaço real a partir do estudo de
um espaço abstrato e de figuras espaciais ideais. Própria para cálculos em superfícies planas –
onde, por exemplo, os ângulos internos de um triângulo somam sempre 180° e as linhas
paralelas se mantêm à mesma distância uma das outras – foi o principal instrumento até o
século XIX para interpretar com rigor matemático coisas do mundo sensível. No século XIX,
alguns matemáticos compreenderam que são necessários diferentes tipos de geometria para
descrever os equivalentes de triângulos, de linhas paralelas e assim por diante em superfícies
curvas. Foram então propostos sistemas geométricos absolutamente novos, e, por mais
abstratos e esotéricos que essas geometrias parecessem na época, no princípio do século XX a
chamada Geometria de Riemann viria a ser encarada como mais verdadeira que a Geometria
Euclidiana.
Ao procurar definir a arquitetura o arquiteto, e mais importante tratadista do século XX,
LeCorbusier argumentou que a geometria seria de fato a linguagem do arquiteto. Seja como
instrumento de controle e meio de representação ou como símbolo e modelo, como da forma;
para a arquitetura a geometria é uma condição necessária e essencial. No entanto, a
concepção das formas e dos espaços arquitetônicos requer a construção mental de um
sistema de referência. O que difere um tetraedro que se encontra no pensamento do
arquiteto daquele que se encontra no pensamento do geômetra é o seu tamanho, diferença
fundamental entre as duas linhas de pensamento. A geometria do espaço arquitetural
concebida como projeção do espaço do pensamento no espaço real requer uma regra de
passagem: a escala
Segundo Paul Klee, professor da BAHAUS, em sua definição sobre Teoria Plástica da Forma os
elementos básicos para idealização e concepção da forma são: ponto, linha, plano e volume.
Ponto: um ponto marca uma posição num campo espacial, conceitualmente não possui
dimensão e é fixo, estático, sem direção.
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Plano: uma linha entendida transforma-se num plano, conceitualmente tem comprimento e
largura.
ESTRUTURA CONCEITUAL
A Arquitetura se distingue pela sua forma construída e pela sua natureza espacial: A forma na
arquitetura é a delimitação e organização de lugares para atividades humanas. No entanto o
autor Nicolaus Pevsner vai argumentar que se toda Arquitetura é construção, nem toda
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construção é Arquitetura. Arquitetura seria uma construção com uma intenção plástico-
formal. É bem verdade que, sob um ponto de vista antropológico, cujo alvo de interesse é a
investigação de instituições sociais e de sistemas culturais, a afirmação de Pevsner – datada de
1943 num texto que toma como exemplo da diferença entre uma catedral e um abrigo de
bicicletas – é, de certa maneira, insustentável. Sob esta ótica, as duas edificações deixam de
pertencer a universos distintos, passando então a situar-se em pólos opostos de uma mesma
dimensão dentro de um determinado contexto cultural. As construções, os edifícios e os
espaços urbanos passam a ser vistos como entidades físicas que emolduram atividades
humanas ao estabelecer cenários que cristalizam rituais ou ações e comportamentos
repetidos.
ESQUEMAS DE TRANSFORMAÇÃO
Os principais são: transformação por distorção, topológica, por inversão e ornamental.
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CONCEPÇÃO DOS ESPAÇOS E DAS FORMAS ARQUITETÔNICAS
A produção de edificações se institui hoje segundo fases distintas pelas quais a operação de
concepção se separa da atividade construtiva. A principal função de arquitetos e engenheiros
no atual contexto sócio-econômico não é o de produzir construções e sim idealizá-las. Intervir
essencialmente na qualidade dos projetos. Um projeto se estabelece a partir de uma
representação que antecipa o que será uma futura edificação e enquanto documentada
unicamente no papel ou em modelos não é mais que um conjunto de intenções e promessas.
No seu sentido mais amplo e compreensivo, projeto significa antecipação. O objeto desta
antecipação não é necessariamente um dado ou evento material. No entanto, no seu uso
corrente, favorecido talvez pelo seu uso proeminente em arquitetura, o termo é efetivamente
usado como antecipação de um evento material.
O projeto enquanto antecipação implica não só numa referência ao futuro, mas também numa
condição de possibilidade de realização neste horizonte temporal. Considerar a capacidade de
projetar do homem é pressupor que o futuro não se determina de maneira unívoca, que o
mundo real é um campo onde se pode desenvolver a criatividade humana. O ato de projetar
envolve, então, a capacidade de analisar e avaliar situações; a habilidade para antecipar
eventos futuros e a capacidade de um pensamento criativo com o qual se desenvolve soluções
adequadas. Do ponto de vista construtivo, projetar é organizar e fixar construtivamente os
elementos formais que resultam de uma vontade ou intenção de transformar um dado
ambiente ou lugar. Projetar é um jogo criativo, que incluirá algum procedimento de avaliação
restrita, que resultará na definição das formas possíveis de alguma coisa e/ou como esta coisa
será feita.
Embora se tenha tentado reduzir a ação projetual a um processo de busca e síntese, será
sempre uma arte, uma mistura peculiar de racionalidade e irracionalidade. Projetar significa
lidar com qualidades, com conexões complexas, com paradoxos e ambigüidades. A invenção
de qualquer artefato pressupõe a habilidade de se abstrair e de se antecipar. Estas faculdades
existem, em maior ou menor grau, mesmo naqueles indivíduos mais resistentes à aquisição
formal de conhecimentos. Para os arquitetos a concepção de projetos envolve as capacidades
de abstração – sobre dados de um programa de necessidades – e de antecipação – idealização
e representação de soluções plausíveis.
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A FORMA ARQUITETÔNICA E SEU CONTEXTO:
SUBORDINAÇÃO E CONTRASTE
As ilustrações a seguir, propostas por Dieter Prinz no seu livro (Configuração Urbana),
demonstram como a forma arquitetônica pode se relacionar com seu contexto nas duas
maneiras básicas: subordinando-se a ele, ou destacando-se pelo contraste.
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Definição
Cada fonte, ou centro luminoso, emana ondas ouvibrações que, impressionando a vista, dão
precisamente a sensação de luz. A luz se compõe de uma mistura de radiações de diferentes
longitudes de ondas. A mistura uniforme e simultânea de todas estas ondas produz em nós a
percepção do branco. Tais ondas e vibrações têm sua própria longitude ou freqüência que, por
serem diferentes, resultam em cores diferentes. Então, a luz que convencionalmente
chamamos de branca é o resultado da combinação de muitos raios coloridos, dos quais a vista
humana percebe somente uma parte. Quem primeiro fez esta demonstração foi Isaac Newton,
no ano de 1666.
Cores Primárias: São as cores que não podem ser formadas por nenhuma mistura. Azul,
amarelo e vermelho.
Cores Secundárias: São as cores que surgem da mistura de duas cores primárias.
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Cores complementares: são as cores opostas no disco de cores. Ex: o vermelho é
complementar do verde. O azul é complementar do laranja. As cores complementares são
usadas para dar força e equilíbrio a um trabalho criando contrastes. Raramente se usa cores
apenas cores complementares em um trabalho, o efeito pode ser desastroso. Ressaltamos que
as cores complementares são as que mais oferecem contrastes entre si, sendo assim, se
queremos destacar um amarelo, devemos colocar junto dele um violeta.
Cores análogas: são as que aparecem lado-a-lado no disco de cores. São análogas porque há
nelas uma mesma cor básica. Por exemplo, o amarelo-ouro e o laranja-avermelhado têm em
comum a cor laranja. Elas são usadas para dar a sensação de uniformidade. A composição em
cores análogas é considerada elegante, e podem ser equilibradas com uma cor complementar.
Tom das cores: Refere-se ao maior ou menor quantidade de luz presente na cor. Quando se
adiciona preto a determinada matiz, este se torna gradualmente mais escuro, e essas
graduações são chamadas escalas tonais. Para se obter escalas tonais mais claras acrescenta-
se branco.
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A temperatura das cores: designa a capacidade que as cores têm de parecer quentes ou frias.
Cores contrastantes: São cores que, quando usadas próximas umas das outras, produzem uma
sensação de choque. As cores contrastantes são diretamente opostas no disco das cores.
Assim, a cor que mais contrasta com o vermelho é o ciano; o mesmo acontece com o azul e o
amarelo; e com o magenta e verde. Se a cor é primária, contrasta sempre o a secundária e
vice-versa. O resultado estético dessas combinações nem sempre é satisfatório, a não ser que
haja interesse em explorar o choque visual produzido por elas. Quando mais forte forem elas,
maior será esse impacto.
Cores neutras: São as cores: o branco, o preto, as cinzas e os marfins. As cores podem parecer
diferentes em função da cor do fundo.
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