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Pau dos
Ferros-RN
2022
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O documento contido nas páginas que se seguem,
será utilizado como instrumento de avaliação,
sendo componente parcial da nota final do
primeiro módulo do semestre 2022.1, da
disciplina de Estética e História das Artes I,
elemento curricular obrigatório na matriz do
curso de arquitetura e urbanismo da Universidade
Federal Rural do Semi-Árido, ministrada pelo
professor doutor Gabriel Leopoldino Paulo de
Medeiros.
Pau dos
Ferros-RN
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A Relevância da Arquitetura: Paul Goldberger
- Conjuntura Biográfica Literária
Ganhou várias premiações nas suas áreas de atuação, como; o Prêmio Pulitzer de
Crítica, o prêmio Vincent Scully Prize, e também recebeu das mãos do prefeito de
Nova York, Rudolph Giuliani o prêmio Preservation Achievement Award em
reconhecimento a contribuição dos seus trabalhos na preservação histórica.
Além de publicar artigos científicos também escreveu vários livros como; “Why
Architecture Matters”, “Building Art: The Life and Work of Frank Gehry” e em 2011
lançou uma de suas mais célebres obras traduzida para o português pela editora Bei
“A Relvância da Arquitetura”.
Logo após, o escritor cita como exemplo a casa londrina do arquiteto Sir John
Soane, mais especificadamente sua sala de desjejum, descrevendo seus elementos em
concordância com a definição vitruviana, orientando a visão do leitor a coisas
aparentemente imperceptíveis mas que compõem o cômodo de modo a deixar
determinada impressão ou sensação.
Soane Gostava de criar cômodos dentro de cômodos e espaços que se
comunicavam de maneira inesperada com outros espaços; na sala de desjejum é
possível perceber que ele faz isso não apenas para explorar um malabarismo
técnico versão 1800, mas para proporcionar uma espécie de conforto
psicológico.
(GOLDBAERGER, 2011, p.27-28).
Com o avançar dos parágrafos, o autor cita outros exemplos com um nivel de
destalhamento surpreendente, descreve uma análise profunda e clara sobre as
construções citadas, expondo detalhes quase que imperceptiveis, após isso, a partir do
objeto de uma conjectura -nesse caso a música-, faz uma analogia com a percepção
arquitetônica e seus níveis de sensibilidade.
É certo que não poderíamos viver constantemente atentos à música e por certo
ingnoraríamos até os mais belos sons se eles nos circundassem o tempo todo,
como faz a arquitetura. A onipresença da arquitetura nos obriga a ignora-la.
Como vimos, não somos capazes de absorvê-la sempre em seu nível máximo de
intensidade. Contudo, tampouco é possível deixar de absorvê-la.
(GOLDBAERGER, 2011, p.33).
O escritor envereda o capítulo para uma das questões cernes da arquitetura – o
teor social, inicia seu paragráfo com a seguinte frase “A arquitetura é social, além de
individual” detalhando e exemplficando uma das características primárias da
arquitetura, a inalienabilidade do social, o quão disformes e incompletas ficam as
obras arquitetônicas sem quem as utilize, as obras arquitetônicas são insegregaveis
dos seus utilizadores, a sua existência conceitual é paralela ao seu tempo de
utilização, pois a partir do momento que uma obra deixa de ser utilizada, é uma
questão de tempo para que deixe de ser o resultado manipulação humana racional da
natureza e volte a integrar a natureza em sua forma primordial.
É preciso muita gente para criar uma obra arquitetônica, e muita gente para
utilizá-la. O romance pode atingir seu mais profundo sentido na leitura de um só
indivíduo, porém as salas de concertos, os museus ou prédios de escritório ou
até mesmo residências, derivam grande parte de seu sentido dos atos sociais que
ocorrem no seu interior e de como sua forma concreta se liga intrinsecamente a
esses atos sociais.
(GOLDBAERGER, 2011, p.34).
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