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OSTEOPOROSE - DEFINIÇÃO

“Doença esquelética sistêmica


caracterizada por baixa
massa óssea e deterioração
da microarquitetura do
tecido ósseo com
consequente aumento da
fragilidade dos ossos e
suscetibilidade a fraturas”.
OSTEOPOROSE - EPIDEMIOLOGIA
• Osteopatia metabólica mais comum em idosos,

• Principal causa de fraturas em mulheres idosas,

• Prevalência e incidência elevam com aumento da


expectativa de vida,

• Doença progressiva e silenciosa,

• 250.000 idosos com fratura de fêmur por ano,

• Grande morbidade e mortalidade,

• Consequências físicas, psicossociais e financeiras.


OSTEOPOROSE - EPIDEMIOLOGIA
OSTEOPOROSE - FISIOPATOLOGIA
Dois tipos de ossos:

 Osso cortical (laminar)

• Diáfise dos ossos longos,

• Compõe 80% do esqueleto adulto.

 Osso trabecular (esponjoso)

• Compões 20% do esqueleto adulto,

• Principal reservatório de cálcio,

• Mais comprometido na osteoporose.


OSTEOPOROSE - FISIOPATOLOGIA

 REMODELAÇÃO ÓSSEA CONTROLADA EM TRÊS NÍVEIS:

• Nível molecular: colágeno

• Nível celular :

→ osteoblastos sintetizam matriz e mineralizam cavidades,

→ osteoclastos reabsorvem substância óssea através de ação


enzimática e fagocitose,

• Nível orgânico: hormônios e sobrecarga


OSTEOPOROSE - FISIOPATOLOGIA
HORMÔNIOS REGULADORES DE CÁLCIO:

1. Paratormônio

• Produzido pela paratireoide.

• É estimulado pela diminuição de Ca sérico.

• Aumenta a absorção intestinal e diminui a excreção renal.

2. Calcitonina

• Produzido pela tireoide.

• É estimulado pelo aumento de Ca sérico.

• Inibe osteoclastos.
OSTEOPOROSE - FISIOPATOLOGIA

3. Vitamina D

• Estimula absorção intestinal de Ca


OSTEOPOROSE - FISIOPATOLOGIA
HORMÔNIOS SISTÊMICOS:

1. Glicocorticoides

• Produzidos pela suprarrenal.

• Encontrado nos medicamentos anti-inflamatórios.

• Altas concentrações inibem os OB e estimulam OC.

• Inibem absorção intestinal de cálcio e aumentam sua


eliminação urinária.

2. GH

• Estimula os osteoblastos.

• Grandes concentrações durante a infância e adolescência.


OSTEOPOROSE - FISIOPATOLOGIA

3. Tiroxina

• Produzido pela tireoide,

• Seu excesso causa hipercalcemia, que por sua vez inibe PTH
e vitamina D,

• Utilizado em tratamentos para emagrecimento.

4. Hormônios sexuais

• Não está bem estabelecido como,

• Ausência de estrógeno inibe OB.


OSTEOPOROSE - FISIOPATOLOGIA

FATORES LOCAIS:

1. Prostaglandinas

• Em altas concentrações, estimulam a reabsorção óssea.

FATORES DE CRESCIMENTO:

Íons:

 Cálcio, magnésio, fluoreto, potássio


OSTEOPOROSE - FISIOPATOLOGIA

 Jovem: equilíbrio deposição e reabsorção

 Pico de massa óssea: 30 anos

 Mulheres: < massa óssea = acentuação com envelhecimento.

 Osteoporose:  reabsorção óssea e/ou  neoformação óssea.


OSTEOPOROSE - CLASSIFICAÇÃO
 TIPO I OU PÓS-MENOPÁUSICA: mulheres

Perda de substância trabecular

Aumento da reabsorção com neoformação normal

Fraturas: vértebras e Colles

 TIPO II OU SENIL: ambos sexos, acima 70 anos

Perda de substância trabecular e cortical

Redução da formação de osso novo

Fraturas: fêmur
OSTEOPOROSE – FATORES DE RISCO
• Idade: fenômeno universal;

• Sexo:

 Estrógeno: reduz absorção de Ca intestinal e excita OC,

 Mulheres: menor massa óssea que homens;

• Genética e etnia: mulheres brancas, latinas ou asiáticas;

• Peso corporal (IMC <19kg/cm2);

• Hipertireoidismo e hiperparatireoidismo;

• Alterações das gônadas, menopausa precoce;

• Doenças intestinais.
OSTEOPOROSE – FATORES DE RISCO
 Hábitos de vida:

 Sedentarismo,

 Baixa ingestão de cálcio,

 Tabagismo: antecipa menopausa e reabsorção óssea,

 Consumo álcool: desnutrição e ↓ absorção intestinal de


cálcio,

 Cafeína: aumenta perda urinária e fecal de cálcio,

 Desuso ou imobilização: localizada ou generalizada,

 Medicamentos: principalmente corticoides.


OSTEOPOROSE - SINAIS E SINTOMAS
• Dor;

• Limitação funcional;

• Fraqueza muscular;

• Alterações posturais;

• Alterações de marcha;

• Alterações de equilíbrio;

• Quedas;

• Redução progressiva da estatura;

• Redução da expansibilidade pulmonar.


FRATURAS OSTEOPORÓTICAS

OSSOS MAIS ACOMETIDOS


OSTEOPOROSE - DIAGNÓSTICO
MEDIÇÃO DA DMO:

1. RX: após 30 a 40% de redução revela fraturas .

 Sinal de risca de giz

 Vértebra bicôncava

 ↓trabéculas horizontais

 Rarefação óssea

 Colapso vertebral
OSTEOPOROSE - DIAGNÓSTICO

2. TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA: alta carga de RX e alto custo.

3. ULTRASSONOGRAFIA: Mede a velocidade de propagação e


atenuação do som no calcâneo. Mensura a resistência óssea.
Exatidão questionada.

4. EXAMES COMPLEMENTARES: (hemograma e dosagens de cálcio e


fósforo, fosfatase alcalina e calciúria)
OSTEOPOROSE – DIAGNÓSTICO
5. DENSITOMETRIA ÓSSEA:

• Expressa a medida de massa óssea por centímetro quadrado


de osso (g/cm2).

• Normalmente medida na coluna lombar, fêmur proximal e

punho.

• Quando fazer: mulheres com mais de 60, menopausa

precoce, amenorreia prolongada, IMC baixo, fratura


atraumática, homens com mais de 70, diminuição de estatura
(2,5cm) e hipercifose, uso de corticoide por mais que 3 meses.
OSTEOPOROSE - DIAGNÓSTICO

VALORES DE REFERÊNCIA:

Z - score: Compara a DMO do indivíduo com a média do grupo de


mesma idade.

T - score: compara a DMO do indivíduo com a média de jovens


saudáveis (mais usado).
T score:

Normal: até -1 DP.

Osteopenia: de -1 DP até -2.5 DP.

Osteoporose: abaixo de -2.5 DP. (OMS, 1996)


Osteoporose grave: abaixo de -2.5 DP com fratura.
OSTEOPOROSE – TRATAMENTO

ORIENTAÇÕES:

• Exposição ao sol;

• Evitar bebidas ricas em cafeína;

• Ingerir alimentos ricos em cálcio e vitamina D;

• Controle do tabagismo e etilismo;

• Controle de patologias associadas;

• Exercícios físicos;

• Prevenção de quedas.
OSTEOPOROSE – TRATAMENTO

Forças mecânicas aplicadas ao osso


 TREINO DE FORÇA;

 TREINO DE FLEXIBILIDADE;

 TREINO DE EQUILÍBRIO; Deformação

 TREINO DE MARCHA.

Estímulo de remodelação óssea

EXERCÍCIOS TERAPÊUTICOS DEVEM OBEDECER 5 PRINCÍPIOS:


1 – PRINCÍPIO DA SOBRECARGA

 Os exercícios devem começar de forma suave e aumentar


progressivamente.

 A intensidade deve ser superior àquela imposta pelas AVD.

 Exercícios com carga são mais eficazes que exercícios aeróbicos.

 Estudo: Nadadores apresentaram DMO igual a de jovens


sedentários.
2 – PRINCÍPIO DA ESPECIFICIDADE

 O efeito é específico ao local do estímulo desencadeado pelo


movimento.

 Fratura de Colles X caminhada.

 A direção e o tipo de força deve ser diversificado, incluindo


estímulos de compressão, tensão e torção em planos diversos.

 Estudo: metatarsos de bailarinos apresentaram maior DMO


 Estudo: antebraço de tenistas apresentaram maior DMO no lado
dominante.
3 – PRINCÍPIO DOS VALORES INICIAIS

 Quanto menor a massa óssea, mais benefícios com o programa


de exercícios.

4 – PRINCÍPIO DA REVERSIBILIDADE
 Os ganhos obtidos com os exercícios regridem se eles forem
suspensos.

5 – PRINCÍPIO DA DIMINUIÇÃO DO RETORNO

 Existem limites biológicos e genéticos que determinam a


extensão da melhora, com estabilização em um platô.
• Atividade física adequada;

• Manutenção postural; FASE 01: OSTEOPENIA


• Treino de marcha e equilíbrio.

• Atividade física adequada;

• Manutenção postural;

• Treino de marcha e equilíbrio; FASE 02: OSTEOPOROSE

• Treino de reações de proteção;

• Prevenção de quedas;

• Prescrição de acessórios para marcha;

• Fisioterapia respiratória; FASE 03: OSTEOPOROSE GRAVE

• Tratamento das fraturas.

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