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CARACTERÍSTICAS NUTRICIONAIS

DA DIETA DO IDOSO

Profa. Lúcia Rota Borges


Dietética 2
Envelhecimento
• Consequências de fatores relacionados ao estilo de vida
• Influenciados por fatores genéticos e ambientais
• OMS  > 60 anos países em desenvolvimento
 > 65 anos países desenvolvidos
• Planejar uma dieta é propor alimentos e preparações considerando:
• Estilo de vida
• Hábitos e atitudes alimentares
• Condições biopsicossociais do idoso
Envelhecimento
• Processo natural e inevitável, com velocidade e qualidade
variando entre os indivíduos;
• Fase biológica natural: crescimento completo, quando os
sistemas do corpo começam a se desgastar intensamente;
• Desgaste controlado pelo indivíduo.
• Exemplo: Redução da massa muscular, da massa óssea e
da resistência muscular podem estar atribuídas à prática
reduzida de atividade física.
Senescência # Senilidade
• Envelhecimento bem sucedido • Envelhecimento patológico
ou envelhecimento ativo • Modificações determinadas por
• Processo orgânico natural de afecções que acometem o idoso
envelhecimento • Caracterizado pela perda de
• Redução progressiva da reserva capacidade de memorização, déficit
funcional dos indivíduos de atenção, discursos incoerentes,
• Em condições normais, não desorientação, perda da capacidade
costuma provocar qualquer de controle do esfíncter anal e
problema. incontinência urinária.
Epidemiologia do Envelhecimento
Epidemiologia do Envelhecimento

BRASIL
• Até 2060 a população idosa será 4x maior

• Expectativa média de vida: dos atuais 75 anos para 81 anos.

• IBGE  As mulheres continuarão vivendo mais

• 2060  A expectativa de vida será de 84,4 anos versus

78,03 dos homens.

• Expectativa Atualmente por sexo: Mulheres: 78,5 anos –

Homens: 71,5 anos


FATORES QUE AFETAM A ALIMENTAÇÃO DOS IDOSOS
Fatores biopsicossociais
- Enfermidades e medicamentos
- Alterações fisiológicas e metabólicas
Fatores Psicossociais
- Perda do cônjuge
- Depressão
- Isolamento social
- Pobreza
- Integração social
- Capacidade de deslocamento
- Capacidade cognitiva
Fatores Econômicos
- Dependência de aposentadorias e pensões
- Exclusão do mercado de trabalho
- Consumo de alimentos de menor custo
Alterações na percepção sensorial
• Percepções declinam com a idade  ingestão alimentar e
estado nutricional
• > 50% perdem a percepção olfatória
 Restrição na habilidade para detectar alimentos deteriorados
• Alteração na percepção gustativa  disgeusia (deficiência de
Zn e medicamentos);
• Redução de botões gustativos
• Altera o limiar para detecção do gosto e diminui a
sensibilidade por gostos primários (doce, amargo, salgado
e azedo)  Adição excessiva de sal e açúcar
Cavidade oral e trato digestório
• Saúde bucal  determinante das escolhas alimentares
• Dentição incompleta - próteses desajustadas; doença
periodontal  Menor ingestão de fibras
• Xerostomia (prevalência de 30%) + alterações na composição
da saliva (espessa)  Mais sensíveis em temperaturas extremas
- Menor produção de muco e menor proteção da mucosa
- Menor secreção de ácido pelas glândulas (infecções)
- Reduz tolerância por alimentos quentes/gelados

• Disfagia  risco de aspiração  alimentos espessos (ex:


sopas, cremes e vitaminas de frutas).
• Menor produção de suco gástrico  reduz secreção de ácido
clorídrico - HCl (hipocloridria), reduz fator intrínseco (FI),
pepsina e muco  Menor absorção de Ca, Fe e Zn
• Anemia megaloblastica – deficiência de B12, necessita de FI -
produzido com o HCl para ser absorvida
• Reduz função bacteriana do HCl: menor secreção, maior
predisposição ao supercrescimento bacteriano (Helicobacter
Pylori)
• Medicações: reduz a produção de HCl - biodisponibilidade de
nutrientes. Redução na capacidade regenerativa das células
– atrofia da mucosa  comprometendo a superfície de
absorção
• Modificações na fisiologia do esôfago (Refluxo gastro
esofágico – redução do tônus muscular Esfincter Esofágico
Inferior) alimentação fracionada e em pequeno volume.
• Alterações na motilidade intestinal  maior propensão à
constipação (alimentação pobre em fibras, ingestão
insuficiente de água e outros líquidos, sedentarismo,
adiamento da evacuação e medicamentos)
• Aumento do tempo de esvaziamento gástrico (123’ versus 50’
nos adultos jovens  esvaziar metade do bolo alimentar)
• Sensação prolongada de saciedade e perda de apetite
• Refeições em pequeno volume, fracionadas e com menor teor lipídico
Composição corporal e metabolismo basal

• Declínio da altura (0,5-2cm/década): compressão vertebral,


mudanças nos discos intervertebrais, perda do tônus
muscular e alterações posturais;
• Aumento da gordura corporal e redução da massa muscular
• Perda de 20% e 25% da massa muscular, na faixa etária
de 35 a 70 anos  em torno de 6% por década após os
30 anos, reduzindo a capacidade funcional.
• Aumento da adiposidade abdominal (resistência insulínica)
• Redução da densidade mineral óssea  > risco de fraturas.
Composição corporal e metabolismo basal

• Perda óssea drástica e repentina em consequência da menor


produção estrogênica e de testosterona;
• Metabolismo alterado de Ca e vitamina D  redução na
ativação de vitamina D nos rins, menor ingestão e absorção
destes minerais.
• Redução da água corporal total, modificações no tecido
conjuntivo e comprometimento da elasticidade;
• A redução da massa muscular e do nível de atividade física
reduz o metabolismo basal e as necessidades energéticas.
Sarcopenia  síndrome geriátrica
• Processo complexo e multifatorial, que conduz a distúrbios de
mobilidade, aumento do risco de quedas e fraturas, dificuldade
na realização de atividades diárias e perda da independência.
• Mais prevalente no sexo masculino em razão de fatores
hormonais, com queda nos níveis de GH e testosterona.
• Perda progressiva, involuntária e generalizada de força e
massa muscular, relacionada à idade.
• Diagnóstico: identificação de 2 critérios
1. Perda de massa muscular com perda de força muscular
2. Perda de desempenho físico
Sarcopenia  síndrome geriátrica
• Força muscular: tensão que o músculo é capaz de gerar em
um determinado movimento. (Ex: aperto de mão).
• Função muscular: capacidade de produzir movimento. Por
exemplo, segurança e velocidade em levantar da cadeira e
sair andando.
• ↓ Mobilidade ↑ quedas;
• Obesidade sarcopênica
Sexo Sarcopenia Obesidade
Masculino MM <9,12Kg/m2 %GC >37,16%
Feminino MM < 6,53Kg/m2 %GC > 40,01%
Recomendações Nutricionais
Energia
• A partir dos 30 anos o gasto energético diminui cerca de 2 a
4% por decênio de vida  atribuído à redução da massa
muscular e nível de atividade física;
• Recomendações nutricionais levam em consideração as
mudanças relacionadas com a idade em termos de
composição corporal, bem como as funções que afetam a
absorção dos nutrientes;
• Equações preditivas (idade, peso, altura e atividade física);
• DRI propõem que, para cada ano acima dos 30, devem-se
subtrair 7 Kcal/dia para mulheres e 10 Kcal/dia para homens.
Recomendações Nutricionais Para Idosos

1. Necessidade Estimada de Energia (NEE)


HOMENS
NEE (kcal/dia) = 662 – (9,53 x Idade) + [CAF x (15,91 x Peso + 539,6 x altura)]*
CAF = 1 se NAF sedentário (≥ 1 < 1,4)
CAF = 1,11 se NAF leve (≥ 1,4 < 1,6)
CAF = 1,25 se NAF moderado (≥ 1,6 < 1,9)
CAF = 1,48 se NAF intenso (≥ 1,9 < 2,5)

MULHERES
NEE (kcal/dia) = 354 – (6,91 x Idade) + [CAF x (9,36 x Peso + 726 x altura)]*
CAF = 1 se NAF sedentário (≥ 1 < 1,4)
CAF = 1,12 se NAF leve (≥ 1,4 < 1,6)
CAF = 1,27 se NAF moderado (≥ 1,6 < 1,9)
CAF = 1,45 se NAF intenso (≥ 1,9 < 2,5)
2. FAO (WHO/FAO, 2004)

Sexo
Idade (anos) Masculino Feminino
30 a 60 (11,472 x peso) + 873,1 (8,126 x peso) + 845,6
≥ 60 (11,711 x peso) + 587,7 (9,082 x peso) + 658,5
Sedentária Moderadamente Intensa ou
ativa vigorosa
Valores “médios” 1,55 1,85 2,2

3. SOCIEDADE BRASILEIRA DE NUTRIÇÃO ENTERAL E


PARENTERAL (2019) – DIRETRIZES BRASPEN

30 a 35 Kcal por kg de peso corporal ao dia, entretanto essa necessidade


deve ser ajustada individualmente de acordo com o estado nutricional, nível
de atividade física e a demanda metabólica relacionada a doença.
Proteínas
 Idosos apresentam maior taxa de catabolismo proteico
 Auxiliam na redução da perda de massa muscular
Atuam na imunidade
Cicatrização de feridas
Recuperação de doenças
Prevenção da perda excessiva de tecido ósseo

10 a 15% do VET
Proteínas
RECOMENDAÇÃO
1,0 a 1,5g/dia: otimizar o status proteico – aumento da massa
magra, força e funcionalidade
Mínimo 60% de origem animal (3 refeições principais)
25g a 30g de proteínas por refeição

Para idosos com doença aguda ou crônica, a necessidade


proteica é maior, variando entre 1,2 a 1,5 g/Kg/dia, podendo
chegar a 2,0 g/Kg/dia, na presença de doença grave cuja
perda proteica é maior devido ao elevado catabolismo proteico
Carboidratos
Ingestão adequada contribui com o balanço proteico e para
poupar proteínas para sua função anabólica
Alimentos integrais e vegetais colaboram para a elevação na
ingestão de vitaminas e minerais e controle glicêmico
 DRI – ingestão mínima de 130g/dia

55 a 75 % do VET
Até 10% de açúcar de adição
Fibras

 A recomendação atual de fibra dietética é de 25 g ao dia,

com o objetivo de manter um adequado funcionamento

intestinal associada a adequada ingestão de líquidos ao longo

do dia para que ocorra os efeitos positivos das fibras dietéticas

Dificuldade em mastigar e engolir alimentos ricos em


fibras, recorrendo a alimentos macios, pobres em fibras
 consumo médio POF: 17,6g
Lipídios
AGS: < 10% - AGP: 5-10% - AGM: 15% – Trans: <1%
- Incluir fontes de ácidos graxos mono e poliinsaturados
(peixes, óleos, castanhas, linhaça, etc...)
- A gordura tem um papel essencial na palatabilidade e seu
uso moderado e qualitativamente selecionado contribui na
aceitação e redução de inapetência.

15 a 30% do VET
Recomendação Hídrica
- Perda normal de água pela ↓ capacidade renal de retenção
hídrica
- Redução na percepção de sede
- ↓sensibilidade dos osmorreceptores
- ↓consumo de água associado ao uso frequente de diuréticos e laxantes
- limitações físicas, falta de infraestrutura na habitação que podem
dificultar o acesso à água

- 20 a 45ml/Kg de peso corporal (30ml/Kg de peso corporal)


- 1ml/Kcal
- DRI: 3,7 L/dia (AI) homens e 2,7L/dia (AI) mulheres
Avaliar particularmente situações de maiores perdas líquidas (febre, diarreia e
temperatura ambiental)
Vitaminas e Minerais
- Apesar da redução das necessidades energéticas associada
ao envelhecimento, as recomendações para a maioria dos
micronutrientes permanecem as mesmas
- Geralmente a baixa ingestão energética, associada a dieta
inadequada e problemas de absorção e metabolização de
alguns nutrientes, pode predispor os idosos à deficiência de
vitaminas e minerais
- Recomendações maiores para Cálcio – Vitamina B6 –
Vitamina D
- Recomendações menores para Ferro (mulheres) e Cromo,
cujas concentrações teciduais declinam com a idade
Aumento das recomendações
Nutriente Sexo e faixa EAR RDA UL AI Razões para mudança
etária
Vit. D (µg/dia) M e H: Diminuição da densidade
51 a 70 10 15 100 - óssea,
>70 10 20 100 - Redução da habilidade
de sintetizar vit. D
Cálcio M: >51 1000 1200 2000 - Redução da absorção de
(mg/dia) H: 51 a 70 800 1000 2000 - cálcio
>70 1000 1200 2000 - Diminuição da densidade
óssea (início precoce em
mulheres)
Vit. B6 M: >51 1,3 1,5 100 - Manutenção das taxas
(mg/dia) H:>51 1,4 1,7 100 - sanguíneas adequadas
para redução dos níveis
de homocisteína e
melhora da função imune

Diminuição das recomendações


Ferro M:>51 5 8 45 - Cessação da menstruação
(mg/dia)
Vitamina B6 (piridoxina)
- Coenzima em mais de 100 reações relacionadas às proteínas,
aa e neurotransmissores.
- Atua no metabolismo de homocisteína e glutationa
- Deficiência  aumento da homocisteína  fator de risco
para DCV e cerebrovasculares, relacionada aos sintomas de
depressão e danos cognitivos
- Recomendações maiores para adultos > 51 anos  este
aumento fundamenta-se na necessidade para reduzir níveis
de homocisteína e otimizar a atenção e a cognição, bem como
reduzir riscos de depressão.
Vitamina B12 (cobalamina) = recomendação para adultos e idosos
- 30% apresentam deficiência  redução da secreção ácida e do fator
intrínseco
 Gastrite Atrófica (Inflamação com deterioração da membrana da mucosa e
glândulas (perda de células parietais do estômago (acloridria) e perda do Fator
intrínseco).
- Anemia perniciosa e megaloblástica – B12 , para ser absorvida necessita
de FI,
- Uso contínuo de medicação para combater secreção ácida também levam
a deficiência de B12
- Fontes: alimentos de origem animal (carnes vermelhas, leite e derivados e
ovos)  restrição comum: dificuldade de mastigação, deficiência de
lactase, teor de gorduras, preço elevado, etc...
Vitamina B9 (folato ou ácido fólico)
- Absorção comprometida na presença de doenças que afetem a porção
superior do ID ou que comprometam a secreção ácida do estômago
- Drogas com efeito antifolato (metotrexato) afetam a biodisponibilidade,
consumo de álcool e síndromes de má absorção.
- Depleção de folato – anemia megaloblástica, comum também na
deficiência de B12
- Sua deficiência pode determinar aumento nos níveis de homocisteína
- Ingestão em idosos em níveis marginais, o que pode ser atribuído ao
consumo insuficiente de hortaliças e frutas.
- Fontes importantes: vegetais folhosos, legumes, milho, amendoim
Vitamina D
- Deficiência: Epidemia mundial
- Idosos institucionalizados ou acamados – menor exposição ao sol, falta
de suplementação.
- Níveis plasmáticos da forma ativa encontram-se diminuídos  problemas
na síntese renal, menor capacidade de síntese
- Recomendação maior para idosos pela redução relacionada à idade,
na produção de vitamina D pelo organismo e da insuficiência renal na
conversão de 25(OH)D para a sua forma ativa
- O aumento da ingestão pelos idosos é difícil porque somente alguns
alimentos fornecem quantidades significativas, como peixes oleosos e
produtos fortificados, porém não suficientes para atender às necessidades
diárias.
Cálcio
- Recomendações aumentadas no envelhecimento
- Ingestão limitada de leites e derivados devido à IL ou pelo conteúdo
lipídico destes alimentos e sua relação com a dislipidemia.
- Diminuição da densidade mineral óssea que acompanha o
envelhecimento, além de fatores, como: alterações na absorção, no
metabolismo e na síntese de Vit.D, impactando na redução da absorção
intestinal de cálcio.
- A UL de cálcio baseia-se em dados relativos à incidência de litíase renal
em mulheres na pós-menopausa que usavam suplementos de cálcio e
também ao aumento do risco cardiovascular em função da deposição de
cálcio nas artérias.
Zinco
- Concentrações reduzem com a idade
- Estresse fisiológico, trauma, perda muscular, medicamentos  efeito
depletor
- Diminuição do paladar, dificuldade na cicatrização, alterações de humor e
dermatites podem estar relacionadas com o estado nutricional do zinco
- A ingestão de Zn declina com a idade avançada, correlacionando-se com
a menor ingestão proteica  carne vermelha, aves e peixes (custo, perda
de dentes, uso de próteses)
- Recomendação:
- Homens: > 50 anos: 11mg/dia – Mulheres: > 50 anos: 8mg/dia

Deficiência de zinco compromete a imunocompetência, aumentando


o risco de infecções, doenças autoimunes e tumores em idosos
PLANEJAMENTO DIETÉTICO NO ENVELHECIMENTO
- Levar em consideração as características do indivíduo
- Propor refeições por horário, discriminando preparações e nome do
alimento
- Indicar forma de consumo e preparo, com suas respectivas
medidas usuais e quantidades em gramas
- Indicar locais de compras, seleção e armazenamento
- 4 a 6 refeições diárias
- 3 refeições principais (café da manhã, almoço e jantar)
- Até 3 lanches intermediários (manhã, tarde e noite)
- Fracionamento, para reduzir o volume das refeições e otimizar a
ação das secreções digestórias.
PLANEJAMENTO DIETÉTICO NO ENVELHECIMENTO
- Estabelecer rotinas saudáveis
- Tornar o ambiente da cozinha e o local de refeições agradável
- Assegurar a participação da pessoa idosa no planejamento da
alimentação e no preparo das refeições, possibilita o maior envolvimento
com a alimentação.
- Limitações para mastigar e engolir? Forma de preparo, consistência,
textura, tamanho dos alimentos e a quantidade que é levada à boca devem
ser adaptados ao grau de limitação apresentado.
- Moer, ralar, picar em pedaços menores podem ser alternativas viáveis,
evitando a recusa da refeição e complicações como engasgo, aspiração
ou asfixia durante a ingestão dos alimentos.
PIRÂMIDE ALIMENTAR DO IDOSO

 Instrumento de orientação e educação nutricional


 Difere da pirâmide adulta:
 Ênfase na atividade física, ingestão de fibras,
eventual necessidade de suplementação
 Bandeira representa a possibilidade de suplementação de
cálcio, vitamina D e vitamina B12 para idosos > 70 anos ou em
situação clínica especial.

Lichtenstein A.H et al, Modified MyPyramid for Older Adults. American Society for Nutrition.
The Journal of Nutrition Commentary, 2007.
Vit. B12
Vit. D
Cálcio
Dez passos para uma alimentação saudável
para pessoas idosas
1º PASSO: FAÇA PELO MENOS TRÊS REFEIÇÕES E DOIS LANCHES SAUDÁVEIS POR
DIA. NÃO PULE AS REFEIÇÕES!

2º PASSO: INCLUA DIARIAMENTE SEIS PORÇÕES DO GRUPO DOS CEREAIS,


TUBÉRCULOS, RAÍZES NAS REFEIÇÕES.

3º PASSO: COMA DIARIAMENTE PELO MENOS 3 PORÇÕES DE LEGUMES E


VERDURAS COMO PARTE DAS REFEIÇÕES E 3 PORÇÕES OU MAIS DE FRUTAS NAS
SOBREMESAS E LANCHES.

4º PASSO: COMA FEIJÃO COM ARROZ TODOS OS DIAS OU, PELO MENOS, 5 X POR
SEMANA. É UMA COMBINAÇÃO COMPLETA DE PROTEÍNAS E BOM PARA A SAÚDE.

5º PASSO: CONSUMA DIARIAMENTE 3 PORÇÕES DE LEITE E DERIVADOS E 1


PORÇÃO DE CARNES, AVES, PEIXES OU OVOS. RETIRAR A GORDURA APARENTE
DAS CARNES E A PELE DAS AVES ANTES DA PREPARAÇÃO !
6º PASSO: CONSUMA, NO MÁXIMO, UMA PORÇÃO POR DIA DE ÓLEOS VEGETAIS,
AZEITE, MANTEIGA OU MARGARINA.

7º PASSO: EVITE REFRIGERANTES E SUCOS INDUSTRIALIZADOS, BOLOS,


BISCOITOS DOCES E RECHEADOS... MÁXIMO, 2 X POR SEMANA

8º PASSO: DIMINUA A QUANTIDADE DE SAL NA COMIDA E RETIRE O SALEIRO DA


MESA
9º PASSO: BEBA PELO MENOS DOIS LITROS DE ÁGUA POR DIA. DÊ PREFERÊNCIA
AO CONSUMO DE ÁGUA NOS INTERVALOS DAS REFEIÇÕES.

10º PASSO: TORNE SUA VIDA MAIS SAUDÁVEL. PRATIQUE PELO MENOS 30
MINUTOS DE ATIVIDADE FÍSICA TODOS OS DIAS E EVITE BEBIDAS ALCOÓLICAS E
FUMO.

OPAS
Outras orientações importantes:
• Selecionar os utensílios mais adequados
• Canecas ou xícaras com uma alça maior em substituição ao copo
• Canecas ou xícaras com duas alças grandes o suficiente para
permitir o encaixe de três ou quatro dedos
• Prato fundo deve ser escolhido, preferencialmente, em relação ao prato
raso com ou sem ventosas de borracha que permitam a fixação à
superfície
• Aparador para prato: adaptado na borda externa desse utensílio para
aumentar a sua altura
• Suporte antiderrapante
• Talheres com cabos mais grossos
REFERÊNCIAS
 BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de
Atenção Básica. Envelhecimento e saúde da pessoa idosa. Brasília, 2007
(Caderno de Atenção Básica nº 19).
 BRASIl. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de
Atenção Básica. Alimentação saudável para a pessoa idosa: um manual para
profissionais de saúde. Brasília, 2009.
 Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de
Ações Programáticas e Estratégicas. Atenção à saúde da pessoa idosa e
envelhecimento. Brasília , 2010.
 Philippi ST, Aquino RC. Dietética: princípios para o planejamento de uma
alimentação saudável. Barueri, SP: Manole, 2015.
 KRAUSE. Alimentos, nutrição e dietoterapia. Rio de Janeiro, 2012.
 Silva TAA, Junior AF, Pinheiro MM, Szejnfeld VL. Sarcopenia and Aging: Etiological
Aspects and Therapeutic Options. Rev Bras Reumatol, v. 46, n.6, p. 391-397,
nov/dez, 2006.
 VITOLO, M. R.; Nutrição da Gestação ao Envelhecimento. Rio de Janeiro, Rubio,
2008. 628p.

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