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OBESIDADE

NA
INFÂNCIA
Prof. Enfª Lara Stéfany
O que é
A obesidade é uma doença crônica, não transmissível, resultante do
desequilíbrio entre a energia ingerida e a utilizada, de origem
multifatorial, incluindo, fatores genéticos, socioeconômicos,
biológicos, psicológicos e ambientais, sendo ela caracterizada pelo
acumulo excessivo de gordura nos tecido, sob a forma de
triglicerídeos.
Fatores de risco
• Doenças cardiovasculares;
• Hipertensão arterial;
• Hiperlipidemia;
• Diabetes mellitus;
• Comprometimento da autoestima;
• Problemas de relacionamento;
• Dificuldade de inclusão social.
Doenças cardiovasculares

O cansaço pode ser notado durante as atividades físicas ou até mesmo na


dificuldade de acompanhar o ritmo de outras crianças, crescimento e
ganho de peso de forma inadequada, infecções pulmonares repetidas,
taquicardia ou ainda lábios roxos e pelo pálida quando brinca
muito. Pode haver ainda episódios de: 
- desmaios precedidos de tontura; 
- visão turva; 
- dores no peito e 
- mal-estar. 
HIPERTENSÃO ARTERIAL
Considera-se Hipertensão Arterial na Infância e Adolescência, valores
de pressão arterial sistólica e/ou diastólica iguais ou superiores para
sexo, idade e da altura em três ou mais ocasiões diferentes.
Todas as crianças maiores de 3 anos devem ter a sua pressão arterial
medida pelo menos uma vez por ano. Para as crianças menores de 3
anos, a avaliação da PA está indicada em condições especiais.
HIPERTENSÃO ARTERIAL
As crianças maiores de 3 anos ou adolescentes que sejam obesos,
tomam medicamentos que podem elevar a PA, têm doença renal, ou
são diabéticos, a pressão arterial deve ser medida em cada consulta
médica. Habitualmente as crianças e adolescentes hipertensos são
assintomáticos. Alguns podem apresentar quadro de
cefaleia, irritabilidade e alterações do sono. Os sinais
e sintomas podem sugerir envolvimento de algum órgão
ou sistema específico, por exemplo, rins (hematúria
macroscópica, edema, fadiga), coração (dor torácica,
dispneia aos esforços, palpitação).
HIPERTENSÃO ARTERIAL
A Hipertensão na faixa etária pediátrica é uma realidade. Apesar de
apresentar causas secundárias, a causa primária, principalmente
associada ao sobrepeso e à obesidade, tem aumentado.
HIPERlipidemia
O termo hiperlipidemia (dislipidemia) significa altos níveis de gordura
na corrente sanguínea. A hiperlipidemia inclui uma série de condições
onde as gorduras estão elevadas mas, de maneira
geral, ela se aplica a alta de colesterol e de
triglicéridesno sangue. A hiperlipidemia em
Si não causa nenhum tipo de sintoma específico
relacionada a ela e sim sintomas em regiões
em que promovem alterações na parede dos vasos.
HIPERlipidemia
Em geral a hiperlipidemia é causada por maus hábitos alimentares.
Obesidade, falta de exercícios físicos e o hábito de fumar contribuem
para o seu aparecimento. Existe também a hiperlipidemia de causa
hereditária, de origem genética, que está presente em pessoas com peso
normal que possuem outros familiares também com hiperlipidemia.
Diabete mellitus
Em crianças com DM-1, o pâncreas não consegue produzir insulina,
portanto, a glicose não pode entrar nas células para fornecer-lhes
energia e a taxa de glicose torna-se muito elevada no sangue
(hiperglicemia).

A criança com DM1:


• tem muita fome, come muito e, apesar disso,
emagrece ou não ganha peso.
• tem muita sede.
• urina com frequência e em grande quantidade
(inclusive durante a noite).
• queixa-se de visão embaçada.
• sente-se fraca ou sem disposição para realizar as atividades diárias.
Diabete mellitus
Diabetes tipo 1 pode ser adequadamente controlado com injeções de
insulina, dieta com quantidade equilibrada de carboidratos, proteínas e
gorduras, e exercício físico regular. A taxa de açúcar deve ser monitorada
várias vezes ao dia através da glicemia de ponta de dedo.

Ocasionalmente, nos eventos em que o cardápio for desfavorável à criança


diabética (como festas de aniversário), a família e a criança devem
aprender a chegar à melhor escolha, contando com a ajuda de doses
extras de insulina.
Diabete mellitus
A equipe de nutrição e de enfermagem da escola que a criança frequenta
deverá compreender a importância de atender adequadamente um aluno
portador de diabetes.
Antes ou após o exercício físico, é aconselhável que a criança que toma
insulina tenha a glicemia monitorada, para se evitar quadros de baixa taxa
de açúcar no sangue (hipoglicemia) após o exercício.
Comprometimento da
autoestima
O preconceito e a discriminação sofridos pela questão estética causam
muita angústia e sofrimento à criança obesa. Geralmente essas crianças
são motivos de piadas. São vitimas de criticas e apelidos depreciativos na
escola, em grupos de amigos e até mesmo na própria família. Tal
comportamento contribui ativamente para o desenvolvimento de baixa
autoestima e isolamento da criança levando muitas vezes a depressão.
PROBLEMAS DE
RELACIONAMENTO
A criança obesa geralmente apresenta problemas psicológicos e sociais,
com consequências diretas na sua autoestima e quebra no seu rendimento
escolar. Poderá apresentar dificuldades de relacionamento com os colegas,
baixa autoestima, depressão, bem como geralmente está mais sujeita a
ataques de bullying e outros tipos de discriminação social.
No final da infância e início da adolescência, com o aproximar das
transformações físicas, a criança obesa tende a sofrer as consequências
psicológicas, emocionais e sociais pelo excesso de peso. O excesso de peso
afeta a imagem corporal da criança, prejudicando a forma de pensar em
relação a si mesma, mudando os seus comportamentos, em particular,
contribui para a baixa autoestima.
Dificuldade de inclusão social
A perspetiva de a criança se encaixar (ou não) nas normas de aparência
que gera um efeito negativo e propicia o desenvolvimento de depressão e
baixa autoestima. De fato, a criança obesa pode formar uma autoavaliação
negativa de si própria, como reação ao comportamento discriminatório de
que é alvo (ou que é percebido como tal). Em suma, ser obeso é, em
muitos casos, estigmatizante e pode originar problemas psicológicos
graves. Dai ser importante a ajuda profissional de um psicólogo, que
poderá ajudar a criança obesa a superar as suas dificuldades psicológicas,
emocionais e sociais.
TRATAMENTO
Em geral, o tratamento da obesidade infantil leva em conta três fatores
principais: dieta, atividade física e mudanças de hábitos de vida que
prejudicam a saúde como o sedentarismo e alimentação inadequada, por
exemplo.
O tratamento adequado envolve: 
• Reeducação alimentar com baixo valor calórico
• Hábitos saudáveis
• Acompanhamento para atividade física 
• Acompanhamento psicológico 
Consiste em uma avaliação nutricional abrangente e elaboração de plano
alimentar. O ideal é alterar a alimentação diária de toda a família.
tratamento

O tratamento e acompanhamento das crianças com excesso de peso


envolve vários aspectos e é sobretudo comportamental, enfocando
reeducação nutricional e mudanças no estilo de vida. Um ponto
O tratamento e acompanhamento das crianças com excesso de peso envolve vários aspectos e é
importante, toda a família
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a família deve estar envolvida, pois os pais, antes de mais nada, devem dar o exemplo.
tratamento
Obesidade

Para saber se uma criança é obesa, recorre-se a um padrão de referência


de obesidade denominado Índice de Massa Corporal (IMC). Este indicador
mede a relação entre o peso e a altura ao quadrado, isto é, o IMC é
calculado por meio da seguinte fórmula matemática:
Obesidade
Hora
Da
atividade
ATIVIDADE

1) Cite os principais sinais e sintomas da obesidade na infância.

2) Calcule o IMC de uma criança de 4 anos de idade, que se encontra com


O tratamento e acompanhamento das crianças com excesso de peso envolve vários aspectos e é
peso decomportamental,
sobretudo 43 kg e 1,10 de altura.
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ser tomados.
ATIVIDADE

3) Paciente 6 anos de idade, encontra-se em


estado de obesidade. Ao observar não foi
encontrado nenhum sintoma de alguma doença
O tratamento e acompanhamento das crianças com excesso de peso envolve vários aspectos e é
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pois os pais, antes de mais nada, devem dar o exemplo.

semelhança de pequenas espinhas, chamada de


xantelasma. Na sua opinião o estado atual do
paciente tem correlação com a condição de obesidade?
Explique sobre o fator de risco e cuidados a ter com o paciente.
ATIVIDADE

4) Sobre a obesidade na infância assinale a alternativa correta:

a) Crianças com sobrepeso geralmente são mais felizes


b) A grande quantidade
O tratamento de açúcar
e acompanhamento no corpo
das crianças com da criança
excesso em
de peso situação
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sobretudo comportamental, enfocando reeducação nutricional e mudanças no estilo de vida. Um ponto
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os pais, antes de mais nada, ativasdar o exemplo.
c) A obesidade não traz nenhum tipo de malefício para as crianças
d) A obesidade além de ter vários fatores de risco que podem levar a morte, também
influencia na autoestima e comportamento social da criança.
O tratamento e acompanhamento das crianças com excesso de peso envolve vários aspectos e é
sobretudo comportamental, enfocando reeducação nutricional e mudanças no estilo de vida. Um ponto
importante, toda a família deve estar envolvida, pois os pais, antes de mais nada, devem dar o exemplo.
referencias
Brandão AA. Hipertensão Arterial na Criança e no Adolescente. In: Brandão AA, Amodeo C, Nobre F, Fuchs FD
(ed). Hipertensão. Elsevier, Rio de Janeiro, 2006, p. 405–23

Campos Júnior D, Burns D. Tratado de Pediatria da Sociedade Brasileira de Pediatria. 4ªa ed,
Manole, Barueri, 2017. 1412 p

Malachias MVB, Souza WKSB de, Plavnik FL, Rodrigues CIS, Brandão AA, Neves MFT. 7ª Diretriz Brasileira de
Hipertensão Arterial. Arq Bras Cardiol. 2016;107(3).

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