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Como calcular o IMC


de crianças e jovens?
Nutricionista Rita Lima

04 Mai, 2017 - 18:27

O IMC de crianças e jovens constitui uma


importante ferramenta para monitorizar
o estado nutricional da criança. Aprenda
a calcula-lo no nosso artigo.

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A monitorização da evolução estatuto-ponderal


de uma criança / adolescente é um importante
indicador do estado de saúde e bem-estar do
mesmo. Neste sentido, a análise e controlo do IMC
de crianças e jovens é um processo essencial.

Com efeito, desvios muito acentuados do padrão


de evolução estatuto-ponderal preconizados para
a idade e sexo da criança podem ser a primeira
manifestação de patologias como doença celíaca,
doença inflamatória intestinal, obesidade infantil,
entre outras.

O problema do excesso de peso e obesidade em


específico, é já encarado como a pandemia do
século XXI, sendo transversal a todos os grupos
etários e atingindo já números alarmantes.

Neste sentido, importa começar por esclarecer


como é calculado o IMC de crianças e jovens, visto
que não é feito da mesma forma que nos adultos.

IMC DE CRIANÇAS E JOVENS: COMO


CALCULAR?

Como é do conhecimento geral, associado à


infância, existe uma grande variabilidade de
padrões e velocidades de crescimento, o que
envolve, aquando da análise do IMC nestas faixas
etárias, ter em consideração os percentis da
distribuição do IMC em função da idade e do sexo.

Neste contexto, o IMC de crianças e jovens obtém-


se através de uma fórmula que relaciona a altura
e o peso, sendo esse resultado depois analisado e
enquadrado no respetivo percentil de IMC, de
acordo com as curvas de crescimento
determinadas pela Direção-Geral de Saúde, no
Boletim de Saúde Infantil e Juvenil da criança.

Curvas de Crescimento para enquadramento do


IMC de crianças e jovens

Consideradas pela Direção-Geral da Saúde


instrumentos fundamentais para monitorizar o
estado nutricional e o crescimento de crianças e
jovens, as curvas de crescimento ou de percentis
têm como função permitir a comparação dos
parâmetros de avaliação do crescimento da
criança com os respetivos valores de referência.

Existem, atualmente, quatro curvas de percentis:


uma para o peso, outra para a estatura, uma para
o perímetro cefálico e outra para o IMC.

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Cada uma resulta da união de pontos que


correspondem aos valores médios de medições
rigorosas de milhares de crianças, em várias
idades, no âmbito de estudos científicos.

Curvas de Crescimento Utilizadas em Portugal

A construção de curvas de crescimento é um


processo moroso, que exige elevados recursos
humanos e materiais. Por esta razão, muitos
países optam pela utilização de curvas
internacionais.

Em Portugal, tal como em mais cerca de 150


países, foram adotadas, em 2013, as curvas de
crescimento publicadas pela Organização
Mundial de Saúde em 2006.

Na base da elaboração destas curvas esteve um


estudo em que foram acompanhados grupos de
crianças com nacionalidades diferentes, fruto de
gravidez sem problemas e sem doenças de base.

Outra característica importante destas crianças é


o facto de terem sido amamentadas em exclusivo
pelo menos até aos 6 meses e terem tido uma
diversificação alimentar de acordo com as
melhores práticas.

Devido a todas estas circunstâncias, considera-se


a evolução estatuto-ponderal destas crianças
reflete o crescimento ideal com o qual cada
criança deve ser comparada ao longo do seu
crescimento.

Como devem ser interpretadas as curvas –


Percentis

O percentil é uma medida estatística que


representa cada uma das 100 partes iguais de um
conjunto estatístico ordenado.

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Por outras palavras, se o seu filho está, por


exemplo, no percentil 50 da altura, significa que,
em 100 crianças saudáveis com a idade e sexo do
seu filho, 50 serão mais altas e 49 serão mais
baixas. O mesmo princípio é aplicado aos
restantes percentis.

No entanto, mais importante do que a


comparação de uma criança com a média
estabelecida pela curva, é a proporção entre os
valores e a sua evolução.

De facto, observar o valor isoladamente não é


suficiente, importa analisar a sua evolução ao
longo do tempo e analisar se a evolução está a ser
equilibrada, ou seja, se o peso e o comprimento /
altura estão a aumentar de forma gradual e
proporcional durante todo o processo de
crescimento da criança.

Assim, quando uma criança passa um percentil


superior ou inferior de forma repentina, poderá
ser um sinal de alerta para possíveis casos de
desnutrição ou de obesidade infantil.

Desta forma, comparações com outras crianças,


mesmo que sejam os irmãos, não serão
relevantes, visto que o importante é a curva da
própria criança.

No entanto, importa salientar que pode haver


variações ao longo do tempo.

Por exemplo, uma criança que tenha uma


puberdade mais precoce que o habitual pode
começar por se situar no percentil 90 da curva de
estatura e, depois, estabilizar, passando para um
percentil médio.

EXEMPLO DO CÁLCULO DO IMC DE


CRIANÇAS DE JOVENS

calculo imc criancas e jovens

1. Cálculo do IMC

O valor do IMC obtém-se dividindo o peso pelo


quadrado da altura.

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A título de exemplo, considere-se uma criança


com um peso de 30 Kg e uma altura de 1,30m:

IMC= 30 / (1,302) = 17,75 Kg/m2

2. Enquadramento nas curvas de percentis de


IMC

Após o cálculo, deve fazer corresponder o valor do


IMC (eixo dos Y) à idade da criança (eixo dos X),
usando um dos gráficos / curvas abaixo, conforme
se trate de rapariga (em rosa) ou rapaz (em azul).

> Consulte as curvas de percentis de IMC aqui.

Se continuarmos com o nosso exemplo,


assumindo que a criança em causa é uma
rapariga de 10 anos, então basta utilizar o gráfico
rosa e fazer corresponder a idade ao valor de IMC
(17,75 kg/m2), verificando-se que esta criança se
encontra ligeiramente acima da curva
correspondente ao percentil 50, que é
considerado o “normal” para a sua idade e sexo.

Considera-se:

Magreza: IMC para a idade e sexo inferior ao


percentil 3;
Peso normal: IMC para a idade e sexo
situado entre o percentil 3 e o percentil 85;
Excesso de peso: IMC para a idade e sexo
situado entre o percentil 85 e o percentil 97;
Obesidade: IMC para a idade e sexo superior
ao percentil 97.

Só assim é possível perceber se o peso está acima,


abaixo ou dentro dos valores normais, ajudando a
identificar a desnutrição ou obesidade infantil.

Veja também:

Como conseguir o IMC ideal


Calcular o IMC
Lanches saudáveis para o seu filho levar para
a escola
Faz sentido calcular o IMC em atletas?

Nutricionista Rita Lima 467 Artigos

Licenciada em Ciências da Nutrição pela


Faculdade de Ciências da Nutrição e
Alimentação da Universidade do Porto em
2015 e membro efetivo da Ordem dos
Nutricionistas (3003N). A sua principal área de
intervenção passou pela nutrição desportiva
e emagrecimento, tendo atuado em ginásios,
clubes de futebol, de judo e natação,
realizando consultas de nutrição, formações e
workshops.

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