Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Ipatinga-MG
2023
Obesidade infantil: os motivos que impulsionam o
aumento de peso nessa faixa etária
O Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (Enani-2019) indica ainda que um quinto
das crianças (18,6%) na mesma faixa etária estão em uma zona de risco de sobrepeso. No
estudo, foram considerados indicadores de 2019, período anterior à pandemia de covid-19 e
durante o qual especialistas acreditam que os indicadores possam ter piorado ainda mais
devido a mudanças na rotina de alimentação, atividade física e consultas médicas. Os dados
anteriores do mesmo estudo datam de 2006, e desde então o cenário mudou muito. A
prevalência de excesso de peso em crianças nessa faixa etária aumentou de 6,6% em 2006
para 10%, em 2019. Os dados soaram um alerta para a comunidade médica, que já
monitorava outras pesquisas sobre excesso de peso na infância. A mais recente delas,
divulgada pelo Ministério da Saúde em 2021, estima que 6,4 milhões de crianças têm excesso
de peso no Brasil e 3,1 milhões já evoluíram para obesidade. O que realmente preocupa é a
tendência de aumento. No passado a obesidade era um fenômeno concentrado
principalmente entre adultos, mas aos poucos ela foi atingindo também os adolescentes, as
crianças mais velhas e agora as de menos de 5 anos.
Alimentos ultraprocessados
"A alimentação da criança deve ser composta por comida de verdade, isto é, refeições feitas
com alimentos in natura ou minimamente processados de diferentes grupos (por exemplo,
feijões, cereais, raízes e tubérculos, frutas, legumes e verduras, carnes)", diz Cintia Cercato,
endocrinologista da Universidade de São Paulo (USP).
Assim como a obesidade é uma doença que pode comprometer a qualidade de vida do
adulto, na criança os riscos são os mesmos. A diferença — e o que faz da obesidade infantil
soar o alarme da saúde pública — é que o maior tempo de exposição ao excesso de
gordura poderá desencadear doenças crônicas mais cedo, reduzindo a expectativa de vida
do indivíduo. Além disso, como a criança está em fase de crescimento, a obesidade infantil
pode ser um impacto negativo no desenvolvimento dos ossos, músculos e articulações,
prejudicando a formação do esqueleto.
• Sedentarismo;
• Falta de sono;
• Ansiedade e/ou ansiedade;
• Alimentação;
• Fatores genéticos e hormonais.
Uma reeducação alimentar para toda a família pode ser o primeiro - e mais importante - passo
para o combate à obesidade infantil. Estar comprometido com a saúde e deixar de lado os
alimentos ricos em gorduras e açúcares é fundamental para que todos consigam manter a
nova rotina de uma alimentação saudável a longo prazo. Escolha versões integrais dos
cereais e farinhas, como massas, arroz e pães. Aumente o consumo de verduras e legumes,
e corte do cardápio os alimentos ultraprocessados, redes de fast food e os refrigerantes.
Consulte, também, um nutricionista. Ele é o profissional adequado para orientá-los em relação
à nova dieta, para que sejam consumidos os alimentos e nutrientes em sua proporção ideal.
Atividades físicas
Estimule a prática de exercícios físicos. As atividades físicas são importantes para aumentar
o gasto calórico, auxiliando na redução de peso. Quanto mais cedo a criança começar
alguma atividade, maiores a chances dela se tornar um adulto ativo. Busque esportes que o
seu filho se identifique, para que ele assuma o compromisso como um hábito divertido.
Incentive brincadeiras que movimentam o corpo, como pega-pega, pular corda, amarelinha,
dança, bicicleta, entre outros.!
O tempo que a criança fica exposta e conecta às telas, como televisão, computador,
videogame, celular, pode influenciar em um estilo de vida mais sedentário. Pode também
prejudicar os hábitos alimentares. O recomendado é que crianças até cinco anos não fiquem
mais de uma hora em frente às telas. Para crianças de 5 a 13 anos, a recomendação é de
que se tenha no máximo duas horas de tela com fins recreativos.
Conclusão
A obesidade infantil é um grave problema na saúde pública mundial. Conforme a
Organização Mundial da Saúde, em 2025 poderá haver 75 milhões de crianças obesas no
mundo. Ainda que existam muitas iniciativas para conscientizar e lutar contra a obesidade
em adultos, a obesidade infantil é um problema crescente. É preciso, além das orientações
e diretrizes para diagnóstico e tratamento, uma completa revisão de hábitos de vida familiar.