A obesidade infantil é um problema de saúde global que está associado a várias
complicações físicas e psicológicas. A enfermagem desempenha um papel fundamental na promoção da saúde e na prevenção da obesidade infantil. Este estudo explora a contribuição da enfermagem no entendimento, identificação, prevenção e controle da obesidade em crianças. Ele destaca a importância do aconselhamento nutricional, acompanhamento clínico, educação para a saúde e apoio emocional fornecido por enfermeiros em ambientes clínicos e comunitários. Além disso, examina as estratégias de enfermagem para envolver as famílias no manejo da obesidade infantil e promover hábitos de vida saudáveis desde a infância.
A prevenção e controle da obesidade infantil é um problema de saúde pública de
extrema importância, uma vez que a obesidade na infância está associada a uma série de complicações de saúde, tanto no curto quanto no longo prazo. Estudos têm demonstrado que crianças obesas têm maior probabilidade de se tornarem adultos obesos, aumentando assim o risco de desenvolver doenças crônicas, como diabetes tipo 2, hipertensão arterial e doenças cardiovasculares. Além disso, a obesidade infantil também está relacionada a problemas psicossociais, como baixa autoestima e dificuldades de integração social (BOLLINI, FIORETTO, FONSECA, CYRINO, 2019). Diversos fatores de risco estão associados à obesidade infantil, sendo os principais a dieta inadequada, o sedentarismo e a influência genética. A alimentação desequilibrada, caracterizada pelo consumo excessivo de alimentos ricos em gorduras saturadas e açúcares, aliada à falta de atividade física regular, contribui para o ganho excessivo de peso nas crianças. Além disso, estudos têm mostrado que a predisposição genética também desempenha um papel importante no desenvolvimento da obesidade infantil (FREITAS, 2021). A enfermagem desempenha um papel fundamental na prevenção e controle da obesidade infantil. Os profissionais dessa área atuam não apenas no tratamento das complicações decorrentes da obesidade, mas principalmente na promoção de hábitos saudáveis desde a infância. Através do acompanhamento do desenvolvimento das crianças e da orientação às famílias sobre alimentação adequada e prática regular de atividades físicas, a enfermagem contribui para a prevenção da obesidade e para a promoção de um estilo de vida saudável (BARBONE, MENDES, 2021). Diversas estratégias são utilizadas pela enfermagem para prevenir e controlar a obesidade infantil. A orientação nutricional é uma das principais intervenções realizadas pelos profissionais, visando promover uma alimentação equilibrada e adequada às necessidades das crianças. Além disso, a enfermagem estimula a prática de atividades físicas, por meio de orientações sobre exercícios adequados à faixa etária e do estímulo à participação em atividades esportivas. O monitoramento do índice de massa corporal também é uma estratégia importante, permitindo identificar precocemente o ganho excessivo de peso e intervir de forma efetiva (LOPES, AGUIAR, 2020). A educação em saúde desempenha um papel fundamental na prevenção e controle da obesidade infantil. Os profissionais de enfermagem têm um papel essencial na conscientização das famílias sobre os riscos da obesidade e na adoção de medidas preventivas desde a infância. Através da disseminação de informações sobre alimentação saudável, importância da prática regular de atividades físicas e consequências negativas da obesidade, os profissionais contribuem para que as famílias adotem hábitos mais saudáveis no dia a dia (OLIVEIRA, SOUSA, 2021). No entanto, a enfermagem enfrenta diversos desafios na prevenção e controle da obesidade infantil. Um dos principais desafios é a falta de recursos adequados para o desenvolvimento de programas efetivos nessa área. Muitas vezes, os profissionais de enfermagem não contam com estrutura e apoio suficientes para realizar um trabalho efetivo de prevenção e controle da obesidade infantil. Além disso, a resistência por parte das famílias em adotar mudanças no estilo de vida também é um desafio enfrentado pela enfermagem, uma vez que muitas vezes as famílias não estão dispostas a modificar seus hábitos alimentares e rotinas sedentárias (ALVES, FAUSTINO, 2020).
2. Obesidade infantil: definição e prevalência
A compreensão da definição e prevalência da obesidade infantil é de extrema
importância para o desenvolvimento de estratégias eficazes de prevenção e controle. A definição da obesidade infantil é baseada em critérios específicos, sendo o índice de massa corporal (IMC) um dos principais indicadores utilizados. O IMC é calculado dividindo-se o peso em quilogramas pela altura em metros ao quadrado e é amplamente utilizado como uma medida padronizada para avaliar o estado nutricional das crianças. Além disso, as curvas de crescimento também são utilizadas para definir a obesidade infantil, levando em consideração a idade e o sexo da criança (SILVA, 2018). Diversos fatores contribuem para a prevalência da obesidade infantil, incluindo a alimentação inadequada, o sedentarismo e os aspectos genéticos. A alimentação inadequada, caracterizada pelo consumo excessivo de alimentos ricos em gorduras saturadas, açúcares e sal, associado à baixa ingestão de frutas, legumes e verduras, tem sido apontada como um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento da obesidade infantil. Além disso, a falta de atividade física regular e o aumento do tempo gasto em atividades sedentárias, como assistir televisão e jogar videogame, também contribuem para o aumento da prevalência dessa condição. (RABUSKE, CORDENUZZI, 2023). As consequências da obesidade infantil podem ser observadas tanto no curto prazo quanto no longo prazo. No curto prazo, crianças obesas estão mais propensas a desenvolverem problemas de saúde imediatos, como diabetes tipo 2, hipertensão arterial, dislipidemia e distúrbios respiratórios. Além disso, a obesidade infantil está associada a alterações psicossociais, como baixa autoestima e dificuldades de relacionamento interpessoal. No longo prazo, a obesidade infantil aumenta significativamente o risco de desenvolvimento de doenças crônicas na vida adulta, incluindo doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2 e alguns tipos de câncer (SILVA, 2019). A enfermagem desempenha um papel fundamental na prevenção e controle da obesidade infantil. Os profissionais de enfermagem têm um contato próximo com as crianças e suas famílias, o que lhes permite fornecer orientações sobre hábitos alimentares saudáveis e atividades físicas adequadas. Através da educação em saúde, os enfermeiros podem capacitar os pais e cuidadores a adotarem comportamentos saudáveis no dia a dia das crianças, promovendo uma alimentação equilibrada e incentivando a prática regular de exercícios físicos (SANTOS, SOUSA, SENA, 2021). Diversas estratégias são utilizadas pela enfermagem para promover a prevenção e controle da obesidade infantil. Uma delas é a realização de consultas de rotina com avaliação do estado nutricional das crianças. Durante essas consultas, os enfermeiros podem realizar medidas antropométricas, como o cálculo do IMC e o acompanhamento do crescimento da criança ao longo do tempo. Além disso, os profissionais de enfermagem podem desenvolver programas educativos, como palestras e oficinas, voltados para pais e cuidadores, abordando temas relacionados à alimentação saudável, atividade física e prevenção da obesidade infantil (VICTORINO, SHIBUKAWA, RISSI, 2020). A abordagem multidisciplinar é fundamental no combate à obesidade infantil. Além dos profissionais de enfermagem, médicos, nutricionistas, psicólogos e educadores físicos também desempenham um papel importante nesse contexto. A colaboração entre essas diferentes áreas de conhecimento permite uma visão mais abrangente da problemática da obesidade infantil, possibilitando a implementação de intervenções efetivas e personalizadas. Através dessa abordagem integrada, é possível promover mudanças positivas nos hábitos de vida das crianças e suas famílias, contribuindo para a prevenção e controle da obesidade infantil (BOLLINI, FIORETTO, FONSECA, CYRINO, 2019).
3. Fatores de risco para obesidade infantil
Os fatores genéticos desempenham um papel significativo no desenvolvimento da
obesidade infantil. Estudos têm demonstrado que a predisposição hereditária pode aumentar o risco de uma criança se tornar obesa. Além disso, genes relacionados ao metabolismo e ao apetite também podem influenciar no acúmulo de gordura corporal. Por exemplo, variações genéticas podem levar a um metabolismo mais lento e a uma maior sensibilidade ao sabor doce, o que pode resultar em um maior consumo de alimentos calóricos (ALVES, FAUSTINO, 2020). Os fatores ambientais também são determinantes na prevalência da obesidade infantil. A disponibilidade de alimentos ultraprocessados, ricos em gorduras saturadas e açúcares adicionados, tem sido associada ao aumento do consumo desses produtos pelas crianças. Além disso, o sedentarismo é outro fator ambiental importante, uma vez que as crianças estão cada vez mais envolvidas em atividades sedentárias, como assistir televisão e jogar videogame. A falta de acesso a espaços adequados para prática de atividades físicas também contribui para o aumento da prevalência da obesidade infantil (SILVA, 2019). A alimentação saudável desempenha um papel fundamental na prevenção e controle da obesidade infantil. Uma dieta equilibrada, rica em frutas, legumes, verduras e alimentos naturais, fornece os nutrientes necessários para o crescimento e desenvolvimento saudável das crianças. Por outro lado, o consumo excessivo de alimentos industrializados e açúcares está associado ao ganho de peso excessivo e à obesidade infantil. Portanto, é essencial promover a redução do consumo desses alimentos e incentivar hábitos alimentares saudáveis desde a infância (SILVA, 2018). A prática regular de atividades físicas é igualmente importante na prevenção e controle da obesidade infantil. Além de ajudar no controle do peso corporal, a atividade física contribui para o desenvolvimento motor, cardiovascular e psicossocial das crianças. Estudos têm mostrado que crianças que se exercitam regularmente têm menor risco de desenvolver obesidade e apresentam melhor qualidade de vida. Portanto, é fundamental incentivar as crianças a participarem de atividades físicas adequadas à sua faixa etária, como brincadeiras ao ar livre, esportes e dança (SANTOS, SOUSA, SENA, 2021). Os fatores psicossociais também desempenham um papel relevante na obesidade infantil. O estresse familiar, problemas emocionais e baixa autoestima podem estar associados ao aumento do consumo alimentar e à falta de motivação para a prática de atividades físicas. Nesse sentido, o apoio psicológico é essencial no tratamento da obesidade infantil. Profissionais de enfermagem devem estar preparados para identificar esses fatores psicossociais e oferecer suporte emocional às crianças e suas famílias durante o processo de prevenção e controle da obesidade (BARBONE, MENDES, 2021). A enfermagem desempenha um papel fundamental na prevenção e controle da obesidade infantil por meio de estratégias de intervenção. As orientações nutricionais individualizadas são essenciais para ajudar as famílias a adotarem uma alimentação equilibrada e adequada às necessidades das crianças. Além disso, a enfermagem pode estimular a prática de atividades físicas adequadas à faixa etária das crianças, fornecendo informações sobre os benefícios da atividade física e orientando sobre as melhores opções de exercícios. O acompanhamento multidisciplinar também é importante, envolvendo profissionais de saúde como nutricionistas, psicólogos e educadores físicos (ALVES, 2020). O envolvimento dos pais ou responsáveis é crucial no processo de prevenção e controle da obesidade infantil. Os pais devem ser conscientizados sobre a importância de hábitos saudáveis na infância, como uma alimentação equilibrada e a prática regular de atividades físicas. Além disso, eles devem ser incentivados a participar ativamente na rotina de atividades físicas da criança, seja acompanhando-as em brincadeiras ao ar livre ou matriculando-as em atividades esportivas. O apoio familiar é fundamental para o sucesso do tratamento da obesidade infantil e para a promoção de um estilo de vida saudável desde cedo (LOPES, AGUIAR, 2020).
3.1. Fatores genéticos e ambientais
Fatores genéticos podem desempenhar um papel significativo no desenvolvimento
da obesidade infantil. Estudos têm demonstrado que a predisposição genética para armazenar mais gordura ou ter um metabolismo mais lento pode aumentar o risco de uma criança se tornar obesa. Além disso, certas variantes genéticas estão associadas a uma maior preferência por alimentos ricos em gordura e açúcar, o que pode levar a escolhas alimentares menos saudáveis. Esses fatores genéticos podem influenciar a resposta do organismo à ingestão de alimentos e ao gasto energético, contribuindo para o acúmulo de gordura corporal (RABUSKE, CORDENUZZI, 2023). No entanto, os fatores ambientais também desempenham um papel crucial na obesidade infantil. A disponibilidade de alimentos ultraprocessados e ricos em açúcar tem aumentado significativamente nos últimos anos, tornando-os mais acessíveis e atrativos para as crianças. Além disso, o sedentarismo tem se tornado cada vez mais comum entre as crianças, devido ao aumento do tempo gasto em atividades sedentárias, como assistir televisão e jogar videogame. A falta de acesso a espaços seguros para brincadeiras ao ar livre também contribui para o estilo de vida sedentário das crianças (FREITAS, 2021). A interação entre os fatores genéticos e ambientais na obesidade infantil é complexa e multifatorial. Embora os fatores genéticos possam aumentar a predisposição de uma criança à obesidade, eles não são determinantes por si só. Os fatores ambientais podem potencializar ou contrapor os efeitos dos fatores genéticos. Por exemplo, uma criança com predisposição genética para armazenar mais gordura pode ter um risco maior de se tornar obesa se estiver exposta a um ambiente obesogênico, com fácil acesso a alimentos não saudáveis e poucas oportunidades de atividade física (VICTORINO, SHIBUKAWA, RISSI, 2020). Estratégias de prevenção da obesidade infantil devem levar em consideração tanto os fatores genéticos quanto os ambientais. A promoção de uma alimentação saudável desde cedo é fundamental, incentivando o consumo de frutas, legumes e alimentos integrais, além de limitar o consumo de alimentos ultraprocessados e ricos em açúcar. Além disso, é importante estimular a prática regular de atividades físicas, seja por meio de brincadeiras ao ar livre ou da participação em esportes organizados (OLIVEIRA, SOUSA, 2021). A enfermagem desempenha um papel fundamental na prevenção e controle da obesidade infantil. Os profissionais de enfermagem podem acompanhar o crescimento e desenvolvimento das crianças, identificando precocemente possíveis fatores de risco para a obesidade. Além disso, eles podem fornecer orientações nutricionais individualizadas, adaptadas às necessidades específicas de cada criança. A enfermagem também pode incentivar a adoção de hábitos saudáveis, como a prática regular de atividades físicas e a redução do tempo gasto em comportamentos sedentários (SILVA, 2019). As políticas públicas voltadas para a prevenção da obesidade infantil são essenciais para enfrentar esse problema crescente. É importante que a enfermagem esteja envolvida nesse processo, seja por meio da atuação direta com as famílias, fornecendo orientações e suporte, ou na formulação e implementação de políticas que promovam ambientes saudáveis para as crianças. A enfermagem pode contribuir com sua expertise em saúde infantil e seu conhecimento sobre os fatores genéticos e ambientais que influenciam a obesidade (ALVES, FAUSTINO, 2020). O trabalho multidisciplinar é fundamental na prevenção e controle da obesidade infantil. A enfermagem deve atuar em equipe com outros profissionais, como nutricionistas, educadores físicos e psicólogos, para abordar os diferentes aspectos envolvidos nesse problema complexo. Cada profissional traz uma perspectiva única e complementar, permitindo uma abordagem abrangente e eficaz. A enfermagem pode contribuir com sua visão holística do cuidado, integrando os diferentes aspectos da saúde da criança e coordenando as ações dos demais profissionais envolvidos (RABUSKE, CORDENUZZI, 2023).
3.2. Fatores comportamentais
Os fatores comportamentais desempenham um papel significativo no
desenvolvimento da obesidade infantil. O sedentarismo é um dos principais fatores que contribuem para o aumento do peso nas crianças. A falta de atividade física regular e a preferência por atividades sedentárias, como assistir televisão e jogar videogame, levam a um estilo de vida mais inativo, resultando em menor gasto energético e acúmulo de gordura corporal. Além disso, a alimentação inadequada também é um fator comportamental importante na obesidade infantil. O consumo excessivo de alimentos ricos em gorduras saturadas, açúcares e sal, aliado à baixa ingestão de frutas, legumes e alimentos integrais, contribui para o ganho de peso excessivo nas crianças (BOLLINI, FIORETTO, FONSECA, CYRINO, 2019). A enfermagem desempenha um papel fundamental na prevenção e controle da obesidade infantil. Através da orientação sobre hábitos saudáveis, os enfermeiros podem ajudar as famílias a adotarem práticas alimentares adequadas e incentivar a prática regular de atividades físicas. Além disso, o acompanhamento do desenvolvimento das crianças permite identificar precocemente possíveis problemas relacionados ao peso e intervir de forma eficaz (OLIVEIRA, SOUSA, 2021). A abordagem multidisciplinar é essencial no combate à obesidade infantil. Profissionais de saúde, educação e assistência social devem trabalhar em conjunto para promover mudanças comportamentais duradouras nas crianças e suas famílias. A colaboração entre essas áreas permite uma visão mais abrangente do problema e possibilita a implementação de estratégias eficazes de prevenção e controle da obesidade infantil (BARBONE, MENDES, 2021). A enfermagem utiliza diversas estratégias para incentivar a prática de atividades físicas nas crianças. A criação de programas de exercícios adaptados às necessidades e capacidades das crianças é uma das abordagens utilizadas. Esses programas podem incluir atividades lúdicas e recreativas, que estimulam o interesse das crianças pela prática de exercícios físicos, tornando-a mais prazerosa e sustentável a longo prazo (SILVA, 2018). A educação nutricional promovida pela enfermagem desempenha um papel fundamental na prevenção e controle da obesidade infantil. Através do ensino sobre uma alimentação equilibrada e saudável, os enfermeiros podem ajudar as crianças e suas famílias a fazerem escolhas alimentares adequadas. Além disso, a educação nutricional também pode envolver a conscientização sobre os riscos associados ao consumo excessivo de alimentos ultraprocessados e a importância do consumo de alimentos naturais e frescos (FREITAS, 2021). A enfermagem enfrenta diversos desafios na prevenção e controle da obesidade infantil. A falta de recursos é um dos principais obstáculos enfrentados pelos profissionais, dificultando a implementação de programas eficazes de prevenção e tratamento da obesidade infantil. Além disso, o acesso limitado aos serviços de saúde também representa um desafio significativo, especialmente em áreas rurais ou economicamente desfavorecidas (SANTOS, SOUSA, SENA, 2021). Para superar esses desafios, é necessário fortalecer as políticas públicas voltadas para a saúde infantil. Investimentos em programas de prevenção e controle da obesidade infantil, bem como em campanhas de conscientização, são fundamentais para promover mudanças comportamentais positivas nas crianças e suas famílias. Além disso, é essencial investir na capacitação dos profissionais de enfermagem, fornecendo-lhes as habilidades e conhecimentos necessários para lidar com a complexidade da obesidade infantil e implementar intervenções eficazes (LOPES, AGUIAR, 2020).
4. Consequências da obesidade infantil
A obesidade infantil é um grave problema de saúde pública que tem sido
associado a uma série de consequências negativas para a saúde das crianças. Uma das principais consequências da obesidade infantil é o aumento do risco de desenvolvimento de doenças crônicas, como diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares. Estudos têm mostrado que crianças obesas têm maior probabilidade de desenvolver resistência à insulina e dislipidemia, fatores de risco importantes para o desenvolvimento dessas doenças. Além disso, a obesidade infantil também está relacionada ao aumento da pressão arterial e da inflamação sistêmica, o que pode levar ao surgimento precoce de doenças cardiovasculares (ALVES, 2020). A enfermagem desempenha um papel fundamental na prevenção e controle da obesidade infantil. Os profissionais de enfermagem têm a capacidade única de estabelecer uma relação próxima com as famílias e as crianças, permitindo-lhes fornecer orientações sobre hábitos alimentares saudáveis e promover a atividade física. Através do aconselhamento individualizado, os enfermeiros podem ajudar as famílias a identificar os principais fatores contribuintes para a obesidade infantil e desenvolver estratégias eficazes para enfrentar esses desafios (VICTORINO, SHIBUKAWA, RISSI, 2020). No entanto, a enfermagem enfrenta vários desafios na abordagem da obesidade infantil. Um dos principais desafios é a falta de recursos adequados para realizar intervenções eficazes. Muitas vezes, os serviços de saúde não possuem profissionais especializados em nutrição ou educação física, o que dificulta a implementação de programas de prevenção e controle da obesidade infantil. Além disso, muitas famílias resistem em adotar mudanças no estilo de vida, o que pode dificultar o sucesso das intervenções realizadas pelos profissionais de enfermagem (SILVA, 2019). Para enfrentar esses desafios, a enfermagem utiliza uma série de estratégias para prevenir e controlar a obesidade infantil. Uma dessas estratégias é a realização regular de avaliações nutricionais, que permitem identificar precocemente crianças em risco de desenvolver obesidade e fornecer orientações adequadas às famílias. Além disso, os profissionais de enfermagem também estimulam a participação das crianças em programas de educação em saúde, que visam promover hábitos alimentares saudáveis e incentivar a prática regular de atividades físicas (BARBONE, MENDES, 2021). A abordagem da obesidade infantil requer um trabalho em equipe multidisciplinar, envolvendo profissionais de saúde, educadores físicos e nutricionistas. A colaboração entre esses diferentes profissionais permite uma abordagem mais abrangente e eficaz no tratamento da obesidade infantil. Os profissionais de enfermagem desempenham um papel central nessa equipe multidisciplinar, coordenando as intervenções e garantindo uma abordagem integrada para cada criança (SILVA, 2018). A intervenção precoce da enfermagem na prevenção e controle da obesidade infantil é fundamental para o sucesso do tratamento. Estudos têm mostrado que quanto mais cedo forem adotadas medidas adequadas, maiores serão as chances de reverter a obesidade e prevenir o desenvolvimento de complicações a longo prazo. Portanto, é essencial que os profissionais de enfermagem identifiquem precocemente crianças em risco e intervenham de forma adequada, fornecendo orientações e suporte às famílias (FREITAS, 2021).
Conclusão
A enfermagem desempenha um papel fundamental na prevenção e controle da
obesidade infantil, sendo responsável por promover hábitos saudáveis desde a infância. Os profissionais de enfermagem têm o conhecimento necessário para orientar as famílias sobre a importância de uma alimentação equilibrada e da prática regular de atividades físicas. Além disso, eles podem acompanhar o crescimento e desenvolvimento das crianças, identificando precocemente possíveis problemas relacionados à obesidade (FREITAS, 2021). As principais estratégias utilizadas pela enfermagem para prevenir e controlar a obesidade infantil incluem a orientação nutricional, que visa ensinar as famílias sobre os alimentos adequados para uma dieta saudável. Além disso, os profissionais estimulam a prática de atividades físicas, incentivando as crianças a se movimentarem e evitarem o sedentarismo. O acompanhamento do crescimento e desenvolvimento é outra estratégia importante, pois permite identificar precocemente possíveis alterações no peso e propor intervenções adequadas (ALVES, FAUSTINO, 2020). No entanto, a enfermagem enfrenta diversos desafios na prevenção e controle da obesidade infantil. A falta de recursos adequados é um dos principais obstáculos, pois muitas vezes os profissionais não têm acesso a materiais educativos ou equipamentos necessários para realizar seu trabalho de forma eficiente. Além disso, muitas famílias resistem em adotar mudanças no estilo de vida, seja por falta de informação ou por dificuldades financeiras. A influência da publicidade de alimentos não saudáveis também é um desafio importante, pois muitas crianças são expostas a propagandas que incentivam o consumo de alimentos calóricos e pouco nutritivos (SILVA, 2018). Apesar dos desafios, a enfermagem tem alcançado resultados positivos na prevenção e controle da obesidade infantil. Estudos têm mostrado que as intervenções realizadas pelos profissionais de enfermagem levam à redução do índice de massa corporal das crianças atendidas, além de melhorar sua qualidade de vida. Isso reforça a importância da atuação desses profissionais nessa área e evidencia a eficácia das estratégias utilizadas (FREITAS, 2021). A educação em saúde realizada pelos profissionais de enfermagem é fundamental para conscientizar as famílias sobre os riscos da obesidade infantil e incentivar mudanças no estilo de vida. Através de orientações claras e acessíveis, os profissionais podem transmitir informações importantes sobre alimentação saudável, atividade física e cuidados com o peso. Essa educação em saúde deve ser contínua e abordar não apenas as crianças, mas também os pais e responsáveis, pois são eles que têm o poder de implementar as mudanças necessárias no ambiente familiar (SILVA, 2019). A abordagem multidisciplinar é essencial no combate à obesidade infantil. Além dos profissionais de enfermagem, médicos, nutricionistas, psicólogos e educadores físicos devem trabalhar em conjunto para oferecer um cuidado integral às crianças. Cada profissional tem um papel específico nesse processo, contribuindo com seus conhecimentos e habilidades para promover a saúde das crianças (RABUSKE, CORDENUZZI, 2023).
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