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RESUMO

A obesidade infantil é um problema de saúde global que está associado a várias


complicações físicas e psicológicas. A enfermagem desempenha um papel fundamental
na promoção da saúde e na prevenção da obesidade infantil. Este estudo explora a
contribuição da enfermagem no entendimento, identificação, prevenção e controle da
obesidade em crianças. Ele destaca a importância do aconselhamento nutricional,
acompanhamento clínico, educação para a saúde e apoio emocional fornecido por
enfermeiros em ambientes clínicos e comunitários. Além disso, examina as estratégias de
enfermagem para envolver as famílias no manejo da obesidade infantil e promover
hábitos de vida saudáveis desde a infância.

Palavras-chave: Enfermagem Pediátrica; Obesidade Infantil; Prevenção

1. Introdução

A prevenção e controle da obesidade infantil é um problema de saúde pública de


extrema importância, uma vez que a obesidade na infância está associada a uma série de
complicações de saúde, tanto no curto quanto no longo prazo. Estudos têm demonstrado
que crianças obesas têm maior probabilidade de se tornarem adultos obesos, aumentando
assim o risco de desenvolver doenças crônicas, como diabetes tipo 2, hipertensão arterial
e doenças cardiovasculares. Além disso, a obesidade infantil também está relacionada a
problemas psicossociais, como baixa autoestima e dificuldades de integração social
(BOLLINI, FIORETTO, FONSECA, CYRINO, 2019).
Diversos fatores de risco estão associados à obesidade infantil, sendo os principais
a dieta inadequada, o sedentarismo e a influência genética. A alimentação desequilibrada,
caracterizada pelo consumo excessivo de alimentos ricos em gorduras saturadas e
açúcares, aliada à falta de atividade física regular, contribui para o ganho excessivo de
peso nas crianças. Além disso, estudos têm mostrado que a predisposição genética
também desempenha um papel importante no desenvolvimento da obesidade infantil
(FREITAS, 2021).
A enfermagem desempenha um papel fundamental na prevenção e controle da
obesidade infantil. Os profissionais dessa área atuam não apenas no tratamento das
complicações decorrentes da obesidade, mas principalmente na promoção de hábitos
saudáveis desde a infância. Através do acompanhamento do desenvolvimento das
crianças e da orientação às famílias sobre alimentação adequada e prática regular de
atividades físicas, a enfermagem contribui para a prevenção da obesidade e para a
promoção de um estilo de vida saudável (BARBONE, MENDES, 2021).
Diversas estratégias são utilizadas pela enfermagem para prevenir e controlar a
obesidade infantil. A orientação nutricional é uma das principais intervenções realizadas
pelos profissionais, visando promover uma alimentação equilibrada e adequada às
necessidades das crianças. Além disso, a enfermagem estimula a prática de atividades
físicas, por meio de orientações sobre exercícios adequados à faixa etária e do estímulo à
participação em atividades esportivas. O monitoramento do índice de massa corporal
também é uma estratégia importante, permitindo identificar precocemente o ganho
excessivo de peso e intervir de forma efetiva (LOPES, AGUIAR, 2020).
A educação em saúde desempenha um papel fundamental na prevenção e controle
da obesidade infantil. Os profissionais de enfermagem têm um papel essencial na
conscientização das famílias sobre os riscos da obesidade e na adoção de medidas
preventivas desde a infância. Através da disseminação de informações sobre alimentação
saudável, importância da prática regular de atividades físicas e consequências negativas
da obesidade, os profissionais contribuem para que as famílias adotem hábitos mais
saudáveis no dia a dia (OLIVEIRA, SOUSA, 2021).
No entanto, a enfermagem enfrenta diversos desafios na prevenção e controle da
obesidade infantil. Um dos principais desafios é a falta de recursos adequados para o
desenvolvimento de programas efetivos nessa área. Muitas vezes, os profissionais de
enfermagem não contam com estrutura e apoio suficientes para realizar um trabalho
efetivo de prevenção e controle da obesidade infantil. Além disso, a resistência por parte
das famílias em adotar mudanças no estilo de vida também é um desafio enfrentado pela
enfermagem, uma vez que muitas vezes as famílias não estão dispostas a modificar seus
hábitos alimentares e rotinas sedentárias (ALVES, FAUSTINO, 2020).

2. Obesidade infantil: definição e prevalência

A compreensão da definição e prevalência da obesidade infantil é de extrema


importância para o desenvolvimento de estratégias eficazes de prevenção e controle. A
definição da obesidade infantil é baseada em critérios específicos, sendo o índice de
massa corporal (IMC) um dos principais indicadores utilizados. O IMC é calculado
dividindo-se o peso em quilogramas pela altura em metros ao quadrado e é amplamente
utilizado como uma medida padronizada para avaliar o estado nutricional das crianças.
Além disso, as curvas de crescimento também são utilizadas para definir a obesidade
infantil, levando em consideração a idade e o sexo da criança (SILVA, 2018).
Diversos fatores contribuem para a prevalência da obesidade infantil, incluindo a
alimentação inadequada, o sedentarismo e os aspectos genéticos. A alimentação
inadequada, caracterizada pelo consumo excessivo de alimentos ricos em gorduras
saturadas, açúcares e sal, associado à baixa ingestão de frutas, legumes e verduras, tem
sido apontada como um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento da
obesidade infantil. Além disso, a falta de atividade física regular e o aumento do tempo
gasto em atividades sedentárias, como assistir televisão e jogar videogame, também
contribuem para o aumento da prevalência dessa condição. (RABUSKE, CORDENUZZI,
2023).
As consequências da obesidade infantil podem ser observadas tanto no curto
prazo quanto no longo prazo. No curto prazo, crianças obesas estão mais propensas a
desenvolverem problemas de saúde imediatos, como diabetes tipo 2, hipertensão arterial,
dislipidemia e distúrbios respiratórios. Além disso, a obesidade infantil está associada a
alterações psicossociais, como baixa autoestima e dificuldades de relacionamento
interpessoal. No longo prazo, a obesidade infantil aumenta significativamente o risco de
desenvolvimento de doenças crônicas na vida adulta, incluindo doenças cardiovasculares,
diabetes tipo 2 e alguns tipos de câncer (SILVA, 2019).
A enfermagem desempenha um papel fundamental na prevenção e controle da
obesidade infantil. Os profissionais de enfermagem têm um contato próximo com as
crianças e suas famílias, o que lhes permite fornecer orientações sobre hábitos
alimentares saudáveis e atividades físicas adequadas. Através da educação em saúde, os
enfermeiros podem capacitar os pais e cuidadores a adotarem comportamentos saudáveis
no dia a dia das crianças, promovendo uma alimentação equilibrada e incentivando a
prática regular de exercícios físicos (SANTOS, SOUSA, SENA, 2021).
Diversas estratégias são utilizadas pela enfermagem para promover a prevenção e
controle da obesidade infantil. Uma delas é a realização de consultas de rotina com
avaliação do estado nutricional das crianças. Durante essas consultas, os enfermeiros
podem realizar medidas antropométricas, como o cálculo do IMC e o acompanhamento
do crescimento da criança ao longo do tempo. Além disso, os profissionais de
enfermagem podem desenvolver programas educativos, como palestras e oficinas,
voltados para pais e cuidadores, abordando temas relacionados à alimentação saudável,
atividade física e prevenção da obesidade infantil (VICTORINO, SHIBUKAWA, RISSI,
2020).
A abordagem multidisciplinar é fundamental no combate à obesidade infantil.
Além dos profissionais de enfermagem, médicos, nutricionistas, psicólogos e educadores
físicos também desempenham um papel importante nesse contexto. A colaboração entre
essas diferentes áreas de conhecimento permite uma visão mais abrangente da
problemática da obesidade infantil, possibilitando a implementação de intervenções
efetivas e personalizadas. Através dessa abordagem integrada, é possível promover
mudanças positivas nos hábitos de vida das crianças e suas famílias, contribuindo para a
prevenção e controle da obesidade infantil (BOLLINI, FIORETTO, FONSECA,
CYRINO, 2019).

3. Fatores de risco para obesidade infantil

Os fatores genéticos desempenham um papel significativo no desenvolvimento da


obesidade infantil. Estudos têm demonstrado que a predisposição hereditária pode
aumentar o risco de uma criança se tornar obesa. Além disso, genes relacionados ao
metabolismo e ao apetite também podem influenciar no acúmulo de gordura corporal. Por
exemplo, variações genéticas podem levar a um metabolismo mais lento e a uma maior
sensibilidade ao sabor doce, o que pode resultar em um maior consumo de alimentos
calóricos (ALVES, FAUSTINO, 2020).
Os fatores ambientais também são determinantes na prevalência da obesidade
infantil. A disponibilidade de alimentos ultraprocessados, ricos em gorduras saturadas e
açúcares adicionados, tem sido associada ao aumento do consumo desses produtos pelas
crianças. Além disso, o sedentarismo é outro fator ambiental importante, uma vez que as
crianças estão cada vez mais envolvidas em atividades sedentárias, como assistir
televisão e jogar videogame. A falta de acesso a espaços adequados para prática de
atividades físicas também contribui para o aumento da prevalência da obesidade infantil
(SILVA, 2019).
A alimentação saudável desempenha um papel fundamental na prevenção e
controle da obesidade infantil. Uma dieta equilibrada, rica em frutas, legumes, verduras e
alimentos naturais, fornece os nutrientes necessários para o crescimento e
desenvolvimento saudável das crianças. Por outro lado, o consumo excessivo de
alimentos industrializados e açúcares está associado ao ganho de peso excessivo e à
obesidade infantil. Portanto, é essencial promover a redução do consumo desses
alimentos e incentivar hábitos alimentares saudáveis desde a infância (SILVA, 2018).
A prática regular de atividades físicas é igualmente importante na prevenção e
controle da obesidade infantil. Além de ajudar no controle do peso corporal, a atividade
física contribui para o desenvolvimento motor, cardiovascular e psicossocial das crianças.
Estudos têm mostrado que crianças que se exercitam regularmente têm menor risco de
desenvolver obesidade e apresentam melhor qualidade de vida. Portanto, é fundamental
incentivar as crianças a participarem de atividades físicas adequadas à sua faixa etária,
como brincadeiras ao ar livre, esportes e dança (SANTOS, SOUSA, SENA, 2021).
Os fatores psicossociais também desempenham um papel relevante na obesidade
infantil. O estresse familiar, problemas emocionais e baixa autoestima podem estar
associados ao aumento do consumo alimentar e à falta de motivação para a prática de
atividades físicas. Nesse sentido, o apoio psicológico é essencial no tratamento da
obesidade infantil. Profissionais de enfermagem devem estar preparados para identificar
esses fatores psicossociais e oferecer suporte emocional às crianças e suas famílias
durante o processo de prevenção e controle da obesidade (BARBONE, MENDES, 2021).
A enfermagem desempenha um papel fundamental na prevenção e controle da
obesidade infantil por meio de estratégias de intervenção. As orientações nutricionais
individualizadas são essenciais para ajudar as famílias a adotarem uma alimentação
equilibrada e adequada às necessidades das crianças. Além disso, a enfermagem pode
estimular a prática de atividades físicas adequadas à faixa etária das crianças, fornecendo
informações sobre os benefícios da atividade física e orientando sobre as melhores
opções de exercícios. O acompanhamento multidisciplinar também é importante,
envolvendo profissionais de saúde como nutricionistas, psicólogos e educadores físicos
(ALVES, 2020).
O envolvimento dos pais ou responsáveis é crucial no processo de prevenção e
controle da obesidade infantil. Os pais devem ser conscientizados sobre a importância de
hábitos saudáveis na infância, como uma alimentação equilibrada e a prática regular de
atividades físicas. Além disso, eles devem ser incentivados a participar ativamente na
rotina de atividades físicas da criança, seja acompanhando-as em brincadeiras ao ar livre
ou matriculando-as em atividades esportivas. O apoio familiar é fundamental para o
sucesso do tratamento da obesidade infantil e para a promoção de um estilo de vida
saudável desde cedo (LOPES, AGUIAR, 2020).

3.1. Fatores genéticos e ambientais

Fatores genéticos podem desempenhar um papel significativo no desenvolvimento


da obesidade infantil. Estudos têm demonstrado que a predisposição genética para
armazenar mais gordura ou ter um metabolismo mais lento pode aumentar o risco de uma
criança se tornar obesa. Além disso, certas variantes genéticas estão associadas a uma
maior preferência por alimentos ricos em gordura e açúcar, o que pode levar a escolhas
alimentares menos saudáveis. Esses fatores genéticos podem influenciar a resposta do
organismo à ingestão de alimentos e ao gasto energético, contribuindo para o acúmulo de
gordura corporal (RABUSKE, CORDENUZZI, 2023).
No entanto, os fatores ambientais também desempenham um papel crucial na
obesidade infantil. A disponibilidade de alimentos ultraprocessados e ricos em açúcar tem
aumentado significativamente nos últimos anos, tornando-os mais acessíveis e atrativos
para as crianças. Além disso, o sedentarismo tem se tornado cada vez mais comum entre
as crianças, devido ao aumento do tempo gasto em atividades sedentárias, como assistir
televisão e jogar videogame. A falta de acesso a espaços seguros para brincadeiras ao ar
livre também contribui para o estilo de vida sedentário das crianças (FREITAS, 2021).
A interação entre os fatores genéticos e ambientais na obesidade infantil é
complexa e multifatorial. Embora os fatores genéticos possam aumentar a predisposição
de uma criança à obesidade, eles não são determinantes por si só. Os fatores ambientais
podem potencializar ou contrapor os efeitos dos fatores genéticos. Por exemplo, uma
criança com predisposição genética para armazenar mais gordura pode ter um risco maior
de se tornar obesa se estiver exposta a um ambiente obesogênico, com fácil acesso a
alimentos não saudáveis e poucas oportunidades de atividade física (VICTORINO,
SHIBUKAWA, RISSI, 2020).
Estratégias de prevenção da obesidade infantil devem levar em consideração tanto
os fatores genéticos quanto os ambientais. A promoção de uma alimentação saudável
desde cedo é fundamental, incentivando o consumo de frutas, legumes e alimentos
integrais, além de limitar o consumo de alimentos ultraprocessados e ricos em açúcar.
Além disso, é importante estimular a prática regular de atividades físicas, seja por meio
de brincadeiras ao ar livre ou da participação em esportes organizados (OLIVEIRA,
SOUSA, 2021).
A enfermagem desempenha um papel fundamental na prevenção e controle da
obesidade infantil. Os profissionais de enfermagem podem acompanhar o crescimento e
desenvolvimento das crianças, identificando precocemente possíveis fatores de risco para
a obesidade. Além disso, eles podem fornecer orientações nutricionais individualizadas,
adaptadas às necessidades específicas de cada criança. A enfermagem também pode
incentivar a adoção de hábitos saudáveis, como a prática regular de atividades físicas e a
redução do tempo gasto em comportamentos sedentários (SILVA, 2019).
As políticas públicas voltadas para a prevenção da obesidade infantil são
essenciais para enfrentar esse problema crescente. É importante que a enfermagem esteja
envolvida nesse processo, seja por meio da atuação direta com as famílias, fornecendo
orientações e suporte, ou na formulação e implementação de políticas que promovam
ambientes saudáveis para as crianças. A enfermagem pode contribuir com sua expertise
em saúde infantil e seu conhecimento sobre os fatores genéticos e ambientais que
influenciam a obesidade (ALVES, FAUSTINO, 2020).
O trabalho multidisciplinar é fundamental na prevenção e controle da obesidade
infantil. A enfermagem deve atuar em equipe com outros profissionais, como
nutricionistas, educadores físicos e psicólogos, para abordar os diferentes aspectos
envolvidos nesse problema complexo. Cada profissional traz uma perspectiva única e
complementar, permitindo uma abordagem abrangente e eficaz. A enfermagem pode
contribuir com sua visão holística do cuidado, integrando os diferentes aspectos da saúde
da criança e coordenando as ações dos demais profissionais envolvidos (RABUSKE,
CORDENUZZI, 2023).

3.2. Fatores comportamentais

Os fatores comportamentais desempenham um papel significativo no


desenvolvimento da obesidade infantil. O sedentarismo é um dos principais fatores que
contribuem para o aumento do peso nas crianças. A falta de atividade física regular e a
preferência por atividades sedentárias, como assistir televisão e jogar videogame, levam a
um estilo de vida mais inativo, resultando em menor gasto energético e acúmulo de
gordura corporal. Além disso, a alimentação inadequada também é um fator
comportamental importante na obesidade infantil. O consumo excessivo de alimentos
ricos em gorduras saturadas, açúcares e sal, aliado à baixa ingestão de frutas, legumes e
alimentos integrais, contribui para o ganho de peso excessivo nas crianças (BOLLINI,
FIORETTO, FONSECA, CYRINO, 2019).
A enfermagem desempenha um papel fundamental na prevenção e controle da
obesidade infantil. Através da orientação sobre hábitos saudáveis, os enfermeiros podem
ajudar as famílias a adotarem práticas alimentares adequadas e incentivar a prática
regular de atividades físicas. Além disso, o acompanhamento do desenvolvimento das
crianças permite identificar precocemente possíveis problemas relacionados ao peso e
intervir de forma eficaz (OLIVEIRA, SOUSA, 2021).
A abordagem multidisciplinar é essencial no combate à obesidade infantil.
Profissionais de saúde, educação e assistência social devem trabalhar em conjunto para
promover mudanças comportamentais duradouras nas crianças e suas famílias. A
colaboração entre essas áreas permite uma visão mais abrangente do problema e
possibilita a implementação de estratégias eficazes de prevenção e controle da obesidade
infantil (BARBONE, MENDES, 2021).
A enfermagem utiliza diversas estratégias para incentivar a prática de atividades
físicas nas crianças. A criação de programas de exercícios adaptados às necessidades e
capacidades das crianças é uma das abordagens utilizadas. Esses programas podem
incluir atividades lúdicas e recreativas, que estimulam o interesse das crianças pela
prática de exercícios físicos, tornando-a mais prazerosa e sustentável a longo prazo
(SILVA, 2018).
A educação nutricional promovida pela enfermagem desempenha um papel
fundamental na prevenção e controle da obesidade infantil. Através do ensino sobre uma
alimentação equilibrada e saudável, os enfermeiros podem ajudar as crianças e suas
famílias a fazerem escolhas alimentares adequadas. Além disso, a educação nutricional
também pode envolver a conscientização sobre os riscos associados ao consumo
excessivo de alimentos ultraprocessados e a importância do consumo de alimentos
naturais e frescos (FREITAS, 2021).
A enfermagem enfrenta diversos desafios na prevenção e controle da obesidade
infantil. A falta de recursos é um dos principais obstáculos enfrentados pelos
profissionais, dificultando a implementação de programas eficazes de prevenção e
tratamento da obesidade infantil. Além disso, o acesso limitado aos serviços de saúde
também representa um desafio significativo, especialmente em áreas rurais ou
economicamente desfavorecidas (SANTOS, SOUSA, SENA, 2021).
Para superar esses desafios, é necessário fortalecer as políticas públicas voltadas
para a saúde infantil. Investimentos em programas de prevenção e controle da obesidade
infantil, bem como em campanhas de conscientização, são fundamentais para promover
mudanças comportamentais positivas nas crianças e suas famílias. Além disso, é
essencial investir na capacitação dos profissionais de enfermagem, fornecendo-lhes as
habilidades e conhecimentos necessários para lidar com a complexidade da obesidade
infantil e implementar intervenções eficazes (LOPES, AGUIAR, 2020).

4. Consequências da obesidade infantil

A obesidade infantil é um grave problema de saúde pública que tem sido


associado a uma série de consequências negativas para a saúde das crianças. Uma das
principais consequências da obesidade infantil é o aumento do risco de desenvolvimento
de doenças crônicas, como diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares. Estudos têm
mostrado que crianças obesas têm maior probabilidade de desenvolver resistência à
insulina e dislipidemia, fatores de risco importantes para o desenvolvimento dessas
doenças. Além disso, a obesidade infantil também está relacionada ao aumento da
pressão arterial e da inflamação sistêmica, o que pode levar ao surgimento precoce de
doenças cardiovasculares (ALVES, 2020).
A enfermagem desempenha um papel fundamental na prevenção e controle da
obesidade infantil. Os profissionais de enfermagem têm a capacidade única de estabelecer
uma relação próxima com as famílias e as crianças, permitindo-lhes fornecer orientações
sobre hábitos alimentares saudáveis e promover a atividade física. Através do
aconselhamento individualizado, os enfermeiros podem ajudar as famílias a identificar os
principais fatores contribuintes para a obesidade infantil e desenvolver estratégias
eficazes para enfrentar esses desafios (VICTORINO, SHIBUKAWA, RISSI, 2020).
No entanto, a enfermagem enfrenta vários desafios na abordagem da obesidade
infantil. Um dos principais desafios é a falta de recursos adequados para realizar
intervenções eficazes. Muitas vezes, os serviços de saúde não possuem profissionais
especializados em nutrição ou educação física, o que dificulta a implementação de
programas de prevenção e controle da obesidade infantil. Além disso, muitas famílias
resistem em adotar mudanças no estilo de vida, o que pode dificultar o sucesso das
intervenções realizadas pelos profissionais de enfermagem (SILVA, 2019).
Para enfrentar esses desafios, a enfermagem utiliza uma série de estratégias para
prevenir e controlar a obesidade infantil. Uma dessas estratégias é a realização regular de
avaliações nutricionais, que permitem identificar precocemente crianças em risco de
desenvolver obesidade e fornecer orientações adequadas às famílias. Além disso, os
profissionais de enfermagem também estimulam a participação das crianças em
programas de educação em saúde, que visam promover hábitos alimentares saudáveis e
incentivar a prática regular de atividades físicas (BARBONE, MENDES, 2021).
A abordagem da obesidade infantil requer um trabalho em equipe
multidisciplinar, envolvendo profissionais de saúde, educadores físicos e nutricionistas. A
colaboração entre esses diferentes profissionais permite uma abordagem mais abrangente
e eficaz no tratamento da obesidade infantil. Os profissionais de enfermagem
desempenham um papel central nessa equipe multidisciplinar, coordenando as
intervenções e garantindo uma abordagem integrada para cada criança (SILVA, 2018).
A intervenção precoce da enfermagem na prevenção e controle da obesidade
infantil é fundamental para o sucesso do tratamento. Estudos têm mostrado que quanto
mais cedo forem adotadas medidas adequadas, maiores serão as chances de reverter a
obesidade e prevenir o desenvolvimento de complicações a longo prazo. Portanto, é
essencial que os profissionais de enfermagem identifiquem precocemente crianças em
risco e intervenham de forma adequada, fornecendo orientações e suporte às famílias
(FREITAS, 2021).

Conclusão

A enfermagem desempenha um papel fundamental na prevenção e controle da


obesidade infantil, sendo responsável por promover hábitos saudáveis desde a infância.
Os profissionais de enfermagem têm o conhecimento necessário para orientar as famílias
sobre a importância de uma alimentação equilibrada e da prática regular de atividades
físicas. Além disso, eles podem acompanhar o crescimento e desenvolvimento das
crianças, identificando precocemente possíveis problemas relacionados à obesidade
(FREITAS, 2021).
As principais estratégias utilizadas pela enfermagem para prevenir e controlar a
obesidade infantil incluem a orientação nutricional, que visa ensinar as famílias sobre os
alimentos adequados para uma dieta saudável. Além disso, os profissionais estimulam a
prática de atividades físicas, incentivando as crianças a se movimentarem e evitarem o
sedentarismo. O acompanhamento do crescimento e desenvolvimento é outra estratégia
importante, pois permite identificar precocemente possíveis alterações no peso e propor
intervenções adequadas (ALVES, FAUSTINO, 2020).
No entanto, a enfermagem enfrenta diversos desafios na prevenção e controle da
obesidade infantil. A falta de recursos adequados é um dos principais obstáculos, pois
muitas vezes os profissionais não têm acesso a materiais educativos ou equipamentos
necessários para realizar seu trabalho de forma eficiente. Além disso, muitas famílias
resistem em adotar mudanças no estilo de vida, seja por falta de informação ou por
dificuldades financeiras. A influência da publicidade de alimentos não saudáveis também
é um desafio importante, pois muitas crianças são expostas a propagandas que incentivam
o consumo de alimentos calóricos e pouco nutritivos (SILVA, 2018).
Apesar dos desafios, a enfermagem tem alcançado resultados positivos na
prevenção e controle da obesidade infantil. Estudos têm mostrado que as intervenções
realizadas pelos profissionais de enfermagem levam à redução do índice de massa
corporal das crianças atendidas, além de melhorar sua qualidade de vida. Isso reforça a
importância da atuação desses profissionais nessa área e evidencia a eficácia das
estratégias utilizadas (FREITAS, 2021).
A educação em saúde realizada pelos profissionais de enfermagem é fundamental
para conscientizar as famílias sobre os riscos da obesidade infantil e incentivar mudanças
no estilo de vida. Através de orientações claras e acessíveis, os profissionais podem
transmitir informações importantes sobre alimentação saudável, atividade física e
cuidados com o peso. Essa educação em saúde deve ser contínua e abordar não apenas as
crianças, mas também os pais e responsáveis, pois são eles que têm o poder de
implementar as mudanças necessárias no ambiente familiar (SILVA, 2019).
A abordagem multidisciplinar é essencial no combate à obesidade infantil. Além
dos profissionais de enfermagem, médicos, nutricionistas, psicólogos e educadores físicos
devem trabalhar em conjunto para oferecer um cuidado integral às crianças. Cada
profissional tem um papel específico nesse processo, contribuindo com seus
conhecimentos e habilidades para promover a saúde das crianças (RABUSKE,
CORDENUZZI, 2023).

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