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1º Seminário de Pecuária Integrada:

Rumo às Boas Práticas


Agropecuárias

Dr. Luciano Bastos Lopes


Pesquisador Embrapa Agrossilvipastoril
Epidemiologia e Doenças Infecciosas
Controle Sanitário em
Bovinos de Corte
Busca do equilíbrio entre a saúde e a
produção animal
Agentes infecciosos

Hospedeiros Fatores ambientais

3
6
7
Aspecto
multifatorial
das doenças
Conceito do Iceberg
Percepção clínica Problema real
da doença no rebanho na população

Clinicamente afetado

Casos subclínicos

10
Quem, quando e onde?

11
12
.008
.006
Density

.004
.002

50 100 150 200 250


Aborto 1 (dias)
14
A implementação correta de medidas
preventivas e curativas de controle
sanitário, além de aumentar a
produtividade, assegura também a
produção de alimentos saudáveis e isentos
de resíduos nocivos à saúde humana
Doenças bacterianas
Doenças virais
Doenças parasitárias
Doenças fúngicas
Doenças da reprodução e
ligadas a reprodução
Brucelose Perdas
Abortamentos 10 a 50%
30% não se desenvolvem
Vitalidade bezerros
ou morrem
Queda na produção de leite 20%
Esterilidade das fêmeas 30%
Taxa de reposição de matrizes 30% acima do normal

Prejuízo econômico (GO, MG, RS, SC) De 5 a 13%


20
Doenças ligadas ao manejo
nutricional
Doenças respiratórias
Perdas
• 175 Animais
• 30% de animais positivos
– 52 animais abatidos
– R$ 78.000,00
Doenças do aparelho
digestivo
Ponto de Controle A/N O/ C/N Procedimentos de avaliação Evidências e
A R C Observações
10 Controle Sanitário
Verificar in loco a comprovação
As vacinas e medicamentos de aquisição das vacinas e
10.3 utilizados são aprovados pelo A O medicamentos. Indicar
Mapa? evidências de atendimento
destes requisitos

Ponto de Controle A/N O/ C/N Procedimentos de avaliação Evidências e


A R C Observações
10 Controle Sanitário
Entrevista com o responsável e
verificar existência destes
Registra e mantém atualizado o
registros. Mencionar evidências
cadastro de todas as vacinas e
que comprovem o atendimento
10.4 medicamentos utilizados no A O
deste item (Ex.: identificação do
controle sanitário preventivo do
lote de animais, características
rebanho?
do produto, data de aplicação e
de validação)
Ponto de Controle A/N O/ C/N Procedimentos de avaliação Evidências e
A R C Observações
10 Controle Sanitário
Entrevista com o responsável e
verificar existência destes
Registra e mantém atualizado o registros. Mencionar evidências
cadastro de todos os medicamentos que comprovem o atendimento
10.5 A R
utilizados no controle sanitário deste item (Ex.: identificação
curativo dos animais? dos animais tratados,
características do produto, data
de aplicação e de validação)
Ponto de Controle A/N O/ C/N Procedimentos de avaliação Evidências e
A R C Observações
10 Controle Sanitário
10.6 Aplicação e uso das vacinas:
Verificação visual, mensuração
As vacinas, durante o
da temperatura de
armazenamento, transporte e
10.6.1 A O armazenamento e entrevistar os
aplicação, são mantidas na
responsáveis. Mencionar
temperatura recomendada?
evidências.
Ponto de Controle A/N O/ C/N Procedimentos de avaliação Evidências e Observações
A R C
10 Controle Sanitário
10.6 Aplicação e uso das vacinas:
Verificação visual e entrevistar
As seringas e agulhas são
os funcionários sobre a forma
10.6.2 devidamente esterilizadas e estão A O
de esterilização das agulhas e
em boas condições de uso?
seringas. Mencionar evidências

Ponto de Controle A/N O/ C/N Procedimentos de avaliação Evidências e Observações


A R C
10 Controle Sanitário
10.6 Aplicação e uso das vacinas:
O local, as vias de aplicação e as Entrevistar o responsável pelo
10.6.3 doses recomendadas são A O manejo sanitário do rebanho.
respeitados? Mencionar evidências.
A/ O C/ Procedimentos de Evidências e
Ponto de Controle
NA /R NC avaliação Observações

10 Controle Sanitário
10. Aplicação e uso das
6 vacinas:
Entrevistar os
É feita a contenção dos funcionários
10.
animais para a aplicação A O responsáveis pela
6.4
das vacinas? vacinação. Mencionar
evidências.
Parasitoses

Brasil
 130 milhões de dólares/ano em
produtos anti-helmínticos
Efeito das helmintoses sobre os animais
 Idade dos animais
 Resistência do hospedeiro
 Intensidade da carga parasitária
 Espécie de helminto envolvida
 Estado nutricional do hospedeiro
 Estado fisiológico do hospedeiro
Tratamento anti-helmíntico
 Curativo
• Tratamento quando ocorrem sinais clínicos ou morte
– Perda da produção
– Não previne perdas pelas verminoses subclínicas
– Alta contaminação das pastagens
 Supressivo
• Tratamento em intervalos determinado (ex. 30 em 30
dias)
– Gastos excessivos e desnecessários
Tratamento anti-helmíntico
 Tático
• Tratamento quando as condições
ambientais ou de manejo podem
favorecer o desenvolvimento das
verminoses
– Rotação de pastagens
– Período de concentração de animais
– Compra de animais
Tratamento anti-helmíntico
 OPG
• Tratamento mediante resultados da contagem de
ovos nas fezes
– Diminuição dos custos
– Não detecta larvas
 Estratégico
• Baseado em estudos epidemiológicos
– Tratamentos em épocas do ano pré-determinadas
100% Pastagem

80%

60%
Aferição das pistolas
40%

20% Animais
0%
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Período chuvoso Período seco Período chuvoso
1ª Vermifugação
 Tem como objetivo eliminar os parasitas que foram
adquiridos pelo animal na época chuvosa anterior
2ª Vermifugação
 Elimina os vermes que sobreviveram à primeira dose e
que foram adquiridos no início da estação seca
3ª Vermifugação
 Reduz as contaminações das pastagens no período
chuvoso, eliminando e prevenindo contra novas
infecções
Os animais entre 6 a 24 meses são
os mais afetados
Categoria Prejuízo Dosificação

Bezerro Baixo Depende do manejo

Desmame/24-30 meses Alto Maio/Julho/Setembro


45 kg/ano a mais que grupos não tratados
Boi de engorda Baixo Out. ou Nov.

Vacas Baixo Jul. ou Ago.

EMBRAPA - Centro Nacional de Pesquisa em Gado de Corte


Haematobia irritans
Prejuízos
– Irritação
– Fêmeas: 24 picadas/dia
– Machos 38,4 picadas/dia
• 2,6 litros de sangue/ano – 500 moscas
• 40 Kg/ano – 500 moscas
• 16 Kg/ano – 200 moscas
• 1% leite – bezerro com 5Kg a menos ao desmame
Haematobia irritans
Níveis de infestação:
• Baixo: até 50 moscas/animal
– Rebanho calmo
• Médio: 50 a 200 moscas/animal
– Pouca agitação no rebanho
– Poucas moscas nos bezerros
– Ausência de moscas nos eqüídeos
• Alto: superior a 200 moscas/animal
– Infestação em todos animais
– Grande agitação no rebanho
Dez passos para o controle do carrapato
1. Use a arma adequada
2. Combata o inimigo quando ele estiver em menor
número
3. Obedeça às regras
4. Proteja-se
5. Dê o tiro certo
6. “Animais aspiradores”
Dez passos para o controle do carrapato

7. Cuide dos animais de “sangue doce”


8. Avalie o desempenho
de sua arma
9. Cuidado com animais que vem de fora
10.Evite infestações mistas
• Como resolver?
– Devemos conhecer o inimigo
– Correção dos erros
• Momento correto
• Produto adequado para propriedade
• Aplicação de forma adequada
95% forma livre
Teste carrapaticida
 Separar alguns animais, deixar sem tratamento por:
– 25 dias (produto de contato)
– 45 dias (produto sistêmico)
 Coletar ± 200 teleóginas (“mamonas”)
 Acondicionar em pode ou caixa
 Identificar a amostra incluindo dados do produtor
PRODUTO EFICIÊNCIA (%) PRODUTO EFICIÊNCIA (%)
TRIATOX 91,3 TRIATOX 10,0
BUTOX 23,5 BUTOX 23,5
SUPOCADE 70,0 SUPOCADE 20,0
ULTIMATE 24,2 ULTIMATE 24,2
ECTOFARMA 0,0 ECTOFARMA 18,5
CYTHAL 50,1 CYTHAL 17,1
ECTOPLUS 97,1 ECTOPLUS 27,2
CYPERMIL PLUS 37,1 CYPERMIL PLUS 25,1
CARBESON 46,5 CARBESON 36,5
EKTOBAN 100,0 EKTOBAN 10,0
ECTOFÓS 98,9 ECTOFÓS 28,9
ASPERSIN 100,0 ASPERSIN 26,3
COLOSSO 100,0 GARMA ll 10,0
TOP LINE 100,0 TOP LINE 100,0
EMBRAPA GADO DE
CORTE (CNPGC)
A/C Renato Andreotti
BR 262 km 4
Caixa Postal 154
CEP 79002-970
Campo Grande, MS
BASE R$/ANIMAL/APLICAÇÃO
Fosforados 1,00
Diamidínicos 0,25
Piretróides 0,20
Avermectinas 1,75
Fipronil 2,60
Cipermetrina 0,65
Fluazuron 7,50
Partenógena
Obrigado pela
atenção!

Dr. Luciano Bastos Lopes


luciano.lopes@embrapa.br

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