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Higiene Alimentar - Vol.

32 - nº 284/285 - Setembro/Outubro de 2018

AVALIAÇÃO DO CONTROLE
ABSTRACT

The Food and Nutrition Units


(FNU) are all the establishments

HIGIENICOSSANITÁRIO DA
where food manipulation and pro-
cessing occurs and should provide a
nutritionally balanced and safe nu-
trition from the hygienic and sanitary

PRODUÇÃO DE ALIMENTOS EM
point of view. One of the tools used to
achieve good Practices in food pro-
ductions areas is the Inspection or
check list. This tool is used to verify

UNIDADES DE ALIMENTAÇÃO E
the percentages of non-conformities
referring to the current legislation
CVS 5 of 2013.The objective of the
present study was to perform the

NUTRIÇÃO HOSPITALAR.
diagnosis of the hygienic-sanitary
conditions of a. Hospital. Food and
Nutrition Unit (UANH) a A check list
based on the country's legislation is
used countrywide to detect non-con-
Andréia C. Zurlini formities by the Unit. The two FNU
were classified as satisfactory after
Cleonice Souza Lupino application of the checklist where
Joyce S. C. Nery 81% of suitability was found in unit
A and 74% in unit B, being possible
Maria Claúdia H.G. Santos to verify that there is hygienic-sani-
Universidade Anhembi Morumbi. São Paulo, SP. tary control, and the critical points
cleolupino@gmail.com are Punctual failures in the adoption
and control of the good practices and
infrastructure of the sites.
Keywords: Food handling. Good
RESUMO Practices. Infrastructure.

As Unidades de Alimentação e Nutrição (UAN) são todos os estabeleci- INTRODUÇÃO

A
mentos onde ocorre a manipulação e processamento de alimentos e deverá
fornecer uma alimentação, nutricionalmente equilibrada e segura do ponto de Vigilância Sanitária sur-
vista higienicossanitário. Uma das ferramentas utilizadas para avaliar a apli- giu com atividades pro-
cação das Boas Práticas de Fabricação em áreas de produção de alimentos, é a fissionais de especialistas
ficha de inspeção ou checklist. Esta ferramenta é empregada para verificar as voltados para o estudo da
porcentagens de não conformidades referentes à legislação em vigor, Portaria água, dos alimentos que eram consu-
CVS 5/2013. O objetivo do presente trabalho foi realizar um diagnóstico das midos e da necessidade de remoção
condições higienicossanitárias em duas Unidades de Alimentação e Nutrição do lixo produzido por cidades cada
Hospitalar (UANH), por meio da aplicação de checklist, para verificação da vez mais populosas, com diferentes
conformidade aos itens avaliados. As duas UANs foram classificadas como condições econômicas. Por volta dos
satisfatórias, após aplicação do checklist, por meio do qual foram encontra- séculos XVII e XVIII na Europa e
dos 81% de adequação na Unidade A e 74% na Unidade B, sendo possível século XVIII e XIX, no Brasil, teve
verificar que há o controle na produção de alimentos nos locais estudados e início a atuação da Vigilância Sani-
que os pontos críticos citados são falhas pontuais na adoção e controle das tária, como uma resposta a este novo
boas práticas e infraestrutura dos locais. problema da convivência social. Sur-
Palavras-chave: Manipulação de alimentos. Boas práticas. Infraestrutura. giram então as regras e providências

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sanitárias (ANVISA, 2003). dos casos de toxinfecções alimenta- ponto, ações corretivas que reduzam
As Unidades de Alimentação e res sejam provenientes de alimentos ou eliminem riscos físicos, químicos
Nutrição (UAN) são todos os esta- servidos fora do ambiente doméstico e biológicos do alimento (GENTA;
belecimentos onde ocorre a manipu- (OMS, 2002). MAURÍCIO; MATIOLI, 2005).
lação e processamento de alimentos, O indivíduo susceptível pode con- A fiscalização das Boas Práticas
como hospitais, restaurantes, lancho- taminar-se pelo contato com outra (BP) deve ser feita em todas as etapas
netes e refeitórios. Deverá fornecer pessoa, ou indiretamente por meio da produção até a distribuição final.
uma alimentação nutricionalmente da água, solo, ar e alimentos. Nesta Nas BP estabelecem-se procedimen-
equilibrada e segura do ponto de vis- cadeia epidemiológica, o alimento é tos para serviços de alimentação a
ta higienicossanitário (PROENÇA, um carreador de contaminação, que fim de garantir as condições higieni-
1999). por sua vez pode receber uma con- cossanitárias do alimento preparado
Um alimento seguro é aquele que taminação do homem e dos animais (ANVISA, 2004). A adoção das BP
não contêm micro-organismos ou (SILVA JR, 2014) representa uma das mais importantes
substancias nocivas em quantidades Para evitar as DTA os alimentos ferramentas para o alcance de níveis
que possam causar agravos à saúde devem ser produzidos em locais que adequados de segurança do alimento
ou dano ao consumidor. Esses agen- apresentem condições estruturais e e, com isso, a garantia da qualidade
tes e substâncias são conhecidos higienicossanitárias adequadas em do produto final (CARDOSO; DU-
como perigos e podem ser preveni- todas as etapas de produção, de acor- ARTE; VIANA JUNIOR, 2014).
dos ou reduzidos por meio de cui- do com a legislação vigente (ANVI- Os objetos das BP se acercam de
dados e regras a serem adotados du- SA, 2003). itens que vão desde as condições
rante todas as etapas do preparo dos É notório que o crescimento do ambientais e de higiene do estabele-
alimentos (ANVISA, 2003). número de surtos de toxinfecções cimento, instalações, equipamentos e
As doenças transmitidas por ali- alimentares tem acompanhado o utensílios, até os aspectos operacio-
mentos (DTA) são patologias causa- aumento também dos serviços de nais e pessoais de higiene dos mani-
das por agentes físicos, biológicos e/ alimentação, impulsionado pelo de- puladores (SANTOS, 2016). Con-
ou químicos quando veiculados pe- senvolvimento urbano e industrial a juntamente e não menos importante,
los alimentos. A causa mais comum partir da segunda metade do século as BP abordam ainda o treinamento
dessas doenças é a contaminação mi- XX (AKUTSU et al., 2005; BODA- e a reciclagem com os funcionários
crobiana, que ocorre principalmente, NESI, FATEL, SIMM, 2006). da área de produção, um quesito ne-
pela falta de preparo e por negligên- As Boas Práticas são constituídas cessário, uma vez que a falta de pro-
cia do manipulador de alimentos, de normas de procedimentos que fissionalização e conhecimento dos
irregularidades e más condições do são aplicadas a todas as unidades envolvidos dificulta a garantia da se-
espaço de trabalho e locais de arma- de alimentação, a fim de se alcançar gurança dos alimentos e a implanta-
zenamento e, ainda, por falhas na um padrão de identidade do produto ção de boas práticas nas unidades de
limpeza de equipamentos, higiene alimentício, pela garantia das condi- produção (CAVALLI; SALAY, 2007;
pessoal e higiene operacional (BA- ções higienicossanitárias no proces- GONÇALVES, SILVA, 2008).
DARÓ; AZEREDO; ALMEIDA, samento do alimento (SÃO PAULO, No ambiente hospitalar, o forneci-
2007). 2013). Ou seja, é um conjunto de mento de uma alimentação de quali-
Os micro-organismos possuem critérios e normas que descrevem dade faz parte dos cuidados com os
características diferentes entre si, al- formas ideais de fabricação na pro- pacientes internados (COLOÇO; HO-
guns deles trazem prejuízos à saúde, dução de alimentos, objetivando-se LANDA; PORTERO-MCLELLAN,
podendo até mesmo levar à morte. eliminar as possíveis fontes de con- 2009), visando não retardar a recupe-
São encontrados em locais como a taminações do produto e assegurar ração ou manutenção da saúde dos in-
água, ar, solo e ainda em seres vivos a saúde do consumidor (GONÇAL- divíduos, por estarem hospitalizados
como plantas e animais. O próprio VES, SILVA, 2008). e muitas vezes imunodeprimidos.
homem é hospedeiro de muitos mi- Trata-se, portanto, de uma fer- No entanto, os efeitos de surtos
cro-organismos. ramenta que auxilia na avaliação alimentares em hospitais vão muito
Segundo dados da Organização preliminar das condições e não con- além do impacto na saúde e prognós-
Mundial da Saúde (OMS), as Do- formidades do estabelecimento de tico dos pacientes. Do ponto de vista
enças Transmitidas por Alimentos alimentos e de todas as etapas envol- econômico, eles acarretam grandes
atingem indivíduos de todo o mun- vidas no processo e fluxo de produ- gastos hospitalares e medicamento-
do, estimando-se que mais de 60% ção, permitindo traçar, a partir deste sos, além de trazer enormes perdas

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financeiras ao estabelecimento com o PAULO, 2013). A elaboração de um área de acesso para recepção de gê-
recolhimento e descarte de todo o es- documento de verificação, checklist, neros, outra área de retirada de resí-
toque contaminado (ANVISA, 2003). é considerada ferramenta importante duos e circulação dos manipuladores
A legislação sobre os alimentos para o Nutricionista, pois, é por meio e uma terceira área de acesso para
iniciou-se em muitos países como deste, que o mesmo consegue reali- saída dos carros de transporte de re-
uma tentativa de se evitar a comer- zar a avaliação dos serviços presta- feição. A ventilação da UANH “B”
cialização de produtos defeituosos e dos e detectar as necessidades das apresentou-se inadequada com pre-
fraudados. No entanto, com o passar unidades para realização de treina- sença de fumaça e condensação de
do tempo, devido às novas exigências mento sistemático dos manipulado- vapor. Conforme a Portaria 2619/11
do mercado quanto à preocupação res de alimentos. (SÃO PAULO, 2011), a ventilação
com a saúde do consumidor, a legis- A avaliação considera as condi- deve ser renovada com ar para que
lação foi sendo alterada e atualmente ções higienicossanitárias a partir da possa garantir que o ambiente fique
contempla outros aspectos da merca- observação dos seguintes pontos: livre de fumaça, gordura e conden-
doria, como o referente as suas condi- edificações e instalações; equipa- sação de vapores. Resultado igual ao
ções higienicossanitárias e inocuidade mentos, móveis e utensílios; mani- encontrado por Reis, Flávio e Gui-
(SACCOL et al., 2007). puladores; produção; recepção, ar- marães (2015), onde a ventilação da
O presente trabalho teve como ob- mazenamento, processamento dos unidade analisada apresentou não
jetivo avaliar o controle higienicossa- alimentos e documentação, confor- conformidade com relato de tempe-
nitário na produção de alimentos em me adaptação proposta por Isosaki e ratura acima de 32 °C.
Unidade de Alimentação e Nutrição Nakasato (2009). Nas UANH “A” e “B”, o controle
Hospitalar de forma a verificar o nível Os itens de avaliação deste rotei- de vetores e pragas urbanas era efe-
de conformidades frente à legislação ro são quesitos de Boas Práticas, que tuado por empresas especializadas,
vigente e se há risco de contamina- devem ser cumpridas pelas UANH. encontrando-se a UANH “A” em
ções por agentes físicos, químicos e De acordo com a aplicação e ava- conformidade e a Unidade “B” em
biológicos. liação do roteiro, foi determinado o não conformidade de acordo com a
percentual dos itens conformes no Portaria 2619/2011, a qual estabele-
MATERIAL E MÉTODOS checklist, sendo classificados os es- ce que todas as instalações internas
tabelecimentos como “satisfatório” devem ser livres de vetores e pragas
O presente estudo foi realizado em ou ``insatisfatório´´ com aplicação de medidas preventi-
duas Unidades de Alimentação e Nu- vas e corretivas, assim como instala-
trição Hospitalares (UANH) na região RESULTADOS E DISCUSSÃO ções de barreiras mecânicas de fácil
de São Paulo referenciados como es- higienização. Com resultado igual à
tabelecimentos A e B. Na UANH “A” foi observado que Unidade “A”, no estudo de Peders-
O Hospital A com atendimento pri- as paredes e os pisos apresentavam- setti e Hautrive (2016), verificou-se
vado, possui 110 leitos e serve, apro- -se conformes, com material anti- que o controle de pragas e vetores ur-
ximadamente, 300 refeições, desje- -derrapante e ralos. A UANH "B" banos estava em conformidade com
jum, almoço, café da tarde, jantar e apresentou inconformidade em rela- a legislação vigente.
ceia, em alguns casos com colação e ção a piso e parede, foram observa- A coleta dos resíduos na UANH
160 lanches por dia. dos pisos com rachaduras e quebra- “A” era realizada de forma adequada
O Hospital B com atendimento pú- dos. Segundo a legislação vigente, a de modo que o horário de coleta não
blico e privado, possui 1000 leitos e Portaria Estatual CVS 5/2013, o piso coincidia com o do recebimento. To-
serve, aproximadamente 5000 refei- deve estar íntegro, sem trincas, vaza- dos os coletores de resíduos eram do-
ções. Sendo 1730 refeições para pa- mentos ou infiltrações. No estudo de tados de tampas, acionados sem con-
cientes, desjejum, almoço, lanche da Pohren et al. (2013) também foram tato manual e todos se encontravam
tarde, jantar e ceia, em alguns casos verificadas inconformidades no teto identificados, conservados e devida-
com colação, 1100 refeições para co- que apresentava mofo, rachadura e mente higienizados. Na unidade “B”
laboradores e 2030 lanches para pa- tubulações expostas e, em alguns o manejo dos resíduos está em não
cientes por dia. pontos, descascamento. conformidade devido à presença de
A investigação foi realizada em A ventilação da UANH “A” apre- lixeiras com pedal quebrado assim, o
fevereiro de 2017, utilizando um sentou-se conforme, com relatos de contato do manipulador com a tampa
roteiro semiestruturado adaptado da temperaturas de 22 ºC. Observou-se da lixeira promove a contaminação
Portaria Estadual CVS 5/2013 (SÃO que esta UANH apresentava uma cruzada. De acordo com a Portaria

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2619/2011, o resíduo deve ser acon- legislação. A partir da análise dos resultados
dicionado em recipiente próprio, Na UANH “A”, em relação à do- obtidos, por meio da adoção da lis-
com tampa sem acionamento manual cumentação e registro, observou-se a ta de verificação, adaptada da Por-
e em perfeito funcionamento. Nesse presença do Manual de Boas Práticas taria estadual CVS 5/2013, a UAN
quesito, o resultado da UANH “A” (MBP) e dos Procedimentos Opera- do Hospital B apresentou um bom
foi igual ao apresentado no estudo cionais Padronizados (POP), bem percentual de conformidade, com
de Reis, Flávio e Guimarães (2015), como do manual de normas e roti- o resultado de 74%, também sendo
onde a unidade em avaliação encon- nas. Estes manuais não estavam dis- classificado como satisfatório.
trava-se 100% adequada, dotada de postos em locais de fácil acesso para
coletores com tampas e acionados os manipuladores da unidade. Ficou CONCLUSÃO
sem contato com as mãos. evidente, durante a realização do es-
Nas UANH “A” e “B” foi obser- tudo, que os funcionários da unidade Foi possível verificar que há um
vado que os manipuladores apre- não tinham acesso à documentação controle higienicossanitário nos lo-
sentavam bons hábitos de higiene e o hábito de consultar o MBP e o cais avaliados, sendo que os pontos
pessoal, porém nem sempre as mãos POP, durante as atividades diárias. críticos são falhas pontuais na adoção
eram higienizadas na troca de fun- Resultado igual a estudo, no qual e controle das boas práticas e infra-
ção ou após qualquer interrupção do foi observado que duas unidades das estrutura dos locais. É importante a
trabalho e, de acordo com a Portaria quatro avaliadas possuem Manual de superação dos desvios apontados, em
2619/2011, os funcionários devem Boas Práticas e POP (PEDERSSET- especial dos itens que estariam vincu-
higienizar as mãos sempre que: che- TI; HAUTRIVE, 2016). lados à garantia da qualidade higieni-
gar ao trabalho, utilizar os sanitários A partir da análise dos resultados cossanitária dos alimentos, evitando
e vestiários, iniciar, interromper ou obtidos por meio da adoção da lista as DTAs e o comprometimento da
trocar de atividade, após manipular de verificação (checklist), adaptada recuperação dos pacientes internados
alimentos crus ou não higienizados e da Portaria estadual CVS 5/2013, a nos hospitais avaliados. Vale ressaltar
outros. Resultado igual ao apresenta- UAN do Hospital A apresentou um ainda, a importância na qualidade físi-
do no artigo de Pederssetti e Hautri- ótimo percentual de conformidades co-estrutural da unidade, uma vez que
ve (2016), onde os manipuladores da com resultado total de 81%, sendo é capaz de interferir em todo o fun-
unidade avaliada apresentavam as- classificada como satisfatória (SÃO cionamento e resultado das refeições.
seio pessoal, boa apresentação, com PAULO, 2013), similar ao local es- Diante da proposta de avaliar as
uniformes limpos e completos, cabe- tudado por Jorge et al. (2013), que condições higienicossanitário e físico
los presos e sem adornos e maquia- apresentou adequação de 88,69%, estruturais das Unidades de Alimenta-
gem. Somente diferente na lavagem classificado no Grupo 1, também ção e Nutrição dos hospitais em ques-
correta e periódica das mãos que era como satisfatório. tão, percebeu-se que a elaboração e
realizada conforme a legislação. Nos documentos e registros da implantação do Manual de Boas Prá-
Nas UANH “A” e “B” o armaze- UANH “B” foram observados que o ticas (MBP) são fundamentais para a
namento era feito conforme a legisla- POP estava desatualizado e o MBP produção de alimentos com qualida-
ção vigente, Portaria 2619/11 (SÃO não estava exposto em local de fácil de, tanto do ponto de vista nutricional
PAULO, 2011), a qual refere que ali- acesso para os manipuladores. A le- quanto em relação à segurança dos
mentos, matéria-prima, ingredientes gislação vigente, Portaria 2619/2011, alimentos.
devem ser armazenados em local or- estabelece que os documentos devem
ganizado, com iluminação, tempera- permanecer no estabelecimento, or- REFERÊNCIAS
tura, umidade e ventilação adequada, ganizado, atualizado e disponível
dispostos distante de piso, sobre es- para a autoridade sanitária no mo-
ALMEIDA, OS; MENDONÇA, SKD; SOU-
trados com acabamento liso e utilizar mento da inspeção. Resultado este
o sistema PVPS (primeiro que vence ZA, BSF. Avaliação Estrutural e Higi-
diferente no estudo de Jorge et al.
primeiro que sai). Resultado igual ao (2013), os quais avaliaram o item ênico-Sanitária de Duas Unidades de
estudo de Reis, Flávio e Guimarães documentação e obtiveram o resulta- Alimentação e Nutrição em Macapá-
(2015), onde o armazenamento dos do de 100% de conformidade, apre- -AP. Nutrição em Pauta. v.113, n.1,
gêneros não perecíveis era organi- sentando manuais e normas, rotinas 2012.
zado sobre prateleira de aço, porém e BPF, além dos POP organizado por AKUTSU, RC et al. Adequação das boas
diferindo por não estarem afasta- atividade que facilitam o manuseio práticas de fabricação em serviços de
dos das paredes como recomenda a dos colaboradores da unidade. alimentação. Rev Nutrição, v.18, n.3,

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