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Face à gestão de tempo disponível, fiz uma leitura de pontos relevantes destas obras.

Ficou patente a perspectiva histórica e cultural em


termos do contexto de cada época, mas também evolutiva da legislação alimentar, em torno de factos históricos, sociais e económicos relativos à
alimentação mundial. De salientar a forte influência de acontecimentos que originaram crises alimentares recentes como exemplo a ocorrência de
contaminantes - dioxinas em aves, ou a incidência de Encefalopatia Espongiforme Transmissível em bovinos, e consequente em humanos. As
organizações foram postas à prova e tiveram que criar mecanismos de resposta e controlo. A necessidade de criar regulamentos e normas comuns
a nível internacional em todos os sectores, bem como standards para apresentação, e manutenção da garantia de qualidade dos produtos
alimentares, levou a um progresso muito grande no grau de exigência, mas também na complexidade das normas e regulamentos a implementar.
Existe assim um caminho de permanente discussão e juízo pelas partes interessadas, sobre a segurança e qualidade dos alimentos mas também
sobre as exigências e preferências dos consumidores em geral.
Livro verde da comissão Livro branco da segurança Reg. (CE) Nº 178/2002
alimentar
Data de publicação de 30-04-1997 12-01-2000 28-01-2002
Princípios Idênticos aos princípios do “nível elevado de protecção determina os princípios entre o art. 5º e 10º,
HACCP: 1. Identificar os riscos da saúde humana e de respectivamente: Artigo 5.o Objectivos gerais
potenciais associados à protecção dos 1. A legislação alimentar deve procurar
produção alimentar. Avaliar a consumidores” alcançar um ou mais dos objectivos gerais de
probabilidade de ocorrência de Princípios de segurança dos um elevado nível de protecção da vida e da
riscos e identificar as alimentos: a política de saúde humanas, a protecção dos interesses dos
respectivas medidas de segurança dos alimentos consumidores, incluindo as boas práticas no
controlo. deve basear-se numa comércio de géneros alimentícios, tendo em
2. Determinar os pontos abordagem global e conta, sempre que adequado, a protecção da
controlados para eliminar riscos integrada, ou seja, ao longo saúde e do bem-estar animal, a fitossanidade e
(pontos de controlo críticos _ de toda a cadeia alimentar o ambiente; Artigo 6.o Análise dos riscos;
critical control points (CCP)). da exploração agrícola até à Artigo 7.o Princípio da precaução;
3. Definir os limites críticos mesa (do prado até ao Artigo 8.o Protecção dos interesses dos
que há que observar para que os prato); os operadores do consumidores;
CCP estejam sob controlo. sector alimentar são os Princípios de transparência Artº 9º Consulta
4. Estabelecer um sistema de principais responsáveis em pública; Artigo 10.o Informação dos cidadãos
monitorização do controlo dos matéria de segurança dos
CCP. alimentos; rastreabilidade
5. Definir medidas correctivas de alimentos para consumo
a adoptar se um CCP não está humano, alimentos para
sob controlo. animais e respectivos
6. Instituir procedimentos de ingredientes; Análise dos
verificação. riscos: avaliação e gestão
7. Documentar todos os dos riscos; Comunicação
procedimentos dos riscos; princípio da
precaução.
Objectivos Seis objectivos básicos: Foi desenvolvido no sentido Reforça as regras sobre a segurança dos
1. Assegurar um elevado grau de garantir um elevado géneros alimentícios e alimentos para animais
de protecção da saúde pública e nível de segurança dos dentro da união europeia. Cria a AESA –
de segurança do consumidor. alimentos. Descrever um EFSA que fornece apoio à realização de testes
2. Assegurar a livre circulação conjunto de acções e avaliações científicas dos géneros
de mercadorias no mercado necessárias para alimentícios e alimentos para animais.
interno. 3. Assegurar que a complementar e modernizar Estabelece os procedimentos em matéria de
legislação assente sobretudo em a legislação da união segurança dos géneros alimentícios e
dados científicos e em europeia no domínio da alimentos para animais. Determina que não
avaliações de risco. alimentação, a fim de a devem ser colocados no mercado géneros
4. Assegurar a competitividade tornar mais coerente, mais alimentícios não seguros. Define as
da indústria europeia e melhorar compreensível e flexível, responsabilidades dos operadores de empresas
as suas perspectivas de para assegurar uma melhor do sector alimentar (OESA) e operadores das
exportação. 5. Atribuir à aplicação desta legislação, e empresas do sector de alimentos para animais
indústria, aos produtores e aos proporcionar aos (OESAA) dos estados membros.
fornecedores a principal consumidores maior É estabelecido um sistema de alerta rápido em
responsabilidade pela segurança transparência rede para a notificação de riscos directos ou
alimentar, através da análise de indirectos para a saúde humana, ligados a
risco e de sistemas do tipo de géneros alimentícios ou a alimentos para
pontos de controlo críticos animais
(HACCP), a que há que
acrescentar um controlo e
aplicação oficiais eficazes.
6. Assegurar que a legislação
seja coerente, racional e
convivial.
Âmbito(sectores ou fases de Todos os sectores e fases de Todos os sectores e fases de O presente regulamento prevê os fundamentos
produção) produção produção para garantir um elevado nível de protecção da
Partes interessadas Partes interessadas saúde humana e dos interesses dos
consumidores. Estabelece princípios e
responsabilidades comuns
Estabelece os princípios gerais que regem os
géneros alimentícios e os alimentos para
animais.
pontos comuns ou Lançamento da discussão Estabelece as acções no
divergentes pública com base na sentido de operacionalizar
identificação dos problemas as medidas consideradas
eficazes.
Conclusão Elaboração do livro branco Foi elaborado um plano O presente regulamento é obrigatório em todos
com 84 acções para os seus elementos e directamente aplicável em
melhorar os padrões de todos os Estados-Membros.
segurança dos alimentos, O Conselho de Administração da Autoridade
elencados da seguinte examinará as conclusões da avaliação
forma: I. Medidas efectuada e, se necessário, formulará
prioritárias; II. Alimentos recomendações à Comissão com vista à
para animais; III. Zoonoses; introdução de alterações ao nível da
IV. Sanidade animal; V. Autoridade ou dos seus métodos de trabalho.
Subprodutos animais; VI.
BSE/EET; VII. Higiene;
VIII. Contaminantes; IX.
Aditivos e aromatizantes
alimentares; X. Materiais
em contacto com alimentos;
XI. Alimentos
novos/Organismos
geneticamente modificados;
XII. Irradiação dos géneros
alimentícios; XIII.
Alimentos
dietéticos/complementos
alimentares/alimentos
enriquecidos; XIV.
Rotulagem dos géneros
alimentícios; XV.
Pesticidas; XVI. Nutrição;
XVII. Sementes; XVIII.
Medidas de apoio; XIX.
Países Terceiros/ relações
internacionais

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