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CENTRO UNIVERSITÁRIO DO VALE DO IPOJUCA – UNIFAVIP

CURSO DE GRADUAÇÃO EM FARMÁCIA - BACHARELADO

TAMIRYS NAYANNE DA SILVA ANDRADE

ESTÁGIO SUPERVISIONADO III

RELATÓRIO DE ANÁLISES CLÍNICAS

CARUARU
2022
TAMIRYS NAYANNE DA SILVA ANDRADE

ESTÁGIO SUPERVISIONADO III

RELATÓRIO DE ANÁLISES CLÍNICAS

Atividade acadêmica apresentada à Coordenação do


Curso de Farmácia do Centro Universitário do Vale
do Ipojuca, como requisito para conclusão do Estágio
Supervisionado em Análises Clínicas.

CARUARU
2022
INTRODUÇÃO

O Campo das análises clínicas é fundamental, sendo um meio de apoio à medicina,


complementando os exames, e desta forma, pode ajudar os médicos a tomar decisões no
diagnóstico precoce com segurança. É o campo da saúde que analisa materiais biológicos,
coletados de seres vivos, para saber mais e verificar uma condição de saúde ou investigar a
doença de um paciente. A coleta para exames pode ocorrer no próprio espaço, no hospital, no
ponto de coleta ou até mesmo na residência do paciente.

Os laboratórios clínicos devem garantir que os resultados produzidos reflitam de forma


confiável e consistente a situação clínica apresentada pelo paciente, garantindo que não
representem os resultados de qualquer interferência no processo. As informações resultantes
devem atender às necessidades de seus clientes e possibilitar a correta determinação e execução
do diagnóstico, tratamento e prognóstico da doença. (Chavis, 2010)

Desta maneira é essencial o controle de qualidade que é um conjunto de atividades


planejadas e sistemáticas que auxiliam na precisão dos procedimentos e resultados laboratoriais,
além de proporcionar maior confiabilidade, que é transmitida aos pacientes.

Podemos citar algumas práticas de controle de qualidade como conhecer a demandas,


definir a estrutura de atividades, método FIFO se faz necessário devido o laboratório de análises
clínicas trabalha com uma quantidade muito grande de reagentes e outros produtos químicos
para controlar os itens estocados e a validade de cada um, calibragem de equipamentos.

Os exames laboratoriais têm três fases: pré-analítica, analítica e pós-analítica. Cada uma
delas tem suas particularidades e processos específicos para garantir que os exames sejam feitos
de forma assertiva e evitar divergências que possa prejudicar os resultados.

A fase pré-analítica diz respeito às etapas iniciais que antecedem a análise laboratorial:
indicação do exame, escrita da receita, preparo do paciente, procedimentos de coleta,
acondicionamento, transporte e preparo da amostra.

É de extrema importancia que os processos desta fase ocorram de maneira correta – pois,
erros têm um impacto significativo na segurança do paciente e na rotina do laboratório, que
deverá corrigi-los o quanto antes.

Os exames devem sempre ser realizados com muita responsabilidade e seriedade, uma
vez que grande parte das decisões médicas são baseadas nesses resultados.
A fase analítica, segunda fase dos exames laboratoriais, como o próprio nome sugere, é
dedicada à análise do material coletado.

Nesta fase, os colaboradores do laboratório iniciam o processo de análise de acordo com


o sistema analítico empregado, os Procedimentos Operacionais Padrão (POP) do equipamento
e do método, além do método de controle adotado, como o controle estatístico dos processos.
(GONÇALVES, 2020).

Enquanto a tecnologia e a automação muitas vezes auxiliam na análise, o trabalho dos


profissionais é essencial para garantir a qualidade e a segurança dos resultados. O processo da
fase analítica começa com um rigoroso controle de qualidade interno (CIQ), incluindo validação
de instrumentos e reagentes, validação do status de controle do sistema, monitoramento do
processo analítico e manutenção das membranas séricas.

A fase pós-analítica é a fase final dos testes laboratoriais e inclui a validação da análise
realizada durante a fase analítica, o envio dos resultados ao médico e, por fim, a tomada de
decisão. Após análise e publicação por especialistas do laboratório, os dados coletados serão
utilizados para relatórios de pacientes, que também devem indicar as circunstâncias em que a
análise foi realizada.

Por fim, esta fase engloba a tomada de decisão, que é o último passo da complexa cadeia
de análises dos exames laboratoriais.

Após enviar o laudo ao médico, ele o analisa e, na maioria das vezes, serve de base para
sua decisão. Todas as fases dos testes laboratoriais são estabelecidas pela Anvisa por meio da
RDC. Aderir às etapas descritas nas três fases de teste é fundamental para garantir que não haja
não conformidades desnecessárias no processo.

A qualidade dos serviços prestados e do laboratório como um todo está diretamente


relacionada à confiança dessas etapas, cabendo destacar que todas as etapas devem seguir os
procedimentos operacionais padrão (POPS) para minimizar erros e evitar diagnósticos mal
interpretados de qualquer natureza. (Pasquini, 2018).

Por fim, quando se trata da saúde como meio de prevenção, diagnóstico e tratamento de
determinada patologia, diante de um mercado tão exigente que busca o melhor resultado
possível, fica clara a necessidade de melhoria da qualidade diagnóstica.
OBJETIVO

Por fim, fica claro que a presença do acadêmico no estágio supervisionado


de análise clínica é de extrema importância, pois o estagiário adquiri conhecimentos práticos
essenciais para capacitá-lo a desenvolver suas atribuições com excelência.
METODOLOGIA

O Estágio Supervisionado III em Análises Clínicas, foi realizado no Centro


Universitário Unifavip Wyden, que localiza-se na Avenida Adjar da Silva Casé, 800 –
Indianopólis, Caruaru – PE, CEP:55024-740. A preceptora foi a biomédica Annaíc Huyara
Alves de Oliveira, CRBM/PE, sob inscrição 4456, responsável por supervisionar o estágio.
Iniciou-se no dia 12 de Junho 2022 o mesmo foi finalizado no dia 18 Julho 2022, no
horário das 13h às 19h, cumprindo a carga horária de 200 horas em 34 dias, sem ultrapassar a
carga horária de 6 horas diárias.
A metodologia aplicada demostrou como seria a rotina do profissional, no laboratório
interdisciplinar servidos de todos equipamentos (microscópios, estufa, autoclave, balança,
contadores diferenciais de células, phmetro, entre outros), que enriqueceu ainda mais nosso
conhecimento, através das considerações sobre biossegurança foi possível realizar as atividades
propostas.
RELATO DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NO ESTÁGIO

Foi iniciado o estágio, com a preceptora (Annaíc Huyara) que nos apresentou o
laboratório de análises clínicas, reforçou a importância da utilização dos Equipamentos de
Proteção Individual (EPIs), logo após nos orientou sobre a metodologia e dinâmicas adotadas
ao longo do estágio.
Iniciamos com uma explicação prévia sobre Hematócrito, sua importância para
diagnóstico clínico, em sequência realizamos a coleta sanguínea com toda assistência e
orientação por parte da mesma, para utilizarmos no referido exame, o hematócrito foi
determinado pela técnica micro- hematócrito utilizando –se centrifuga e proteína plasmática.

Preenchemos um tubo de capilar com sangue até ¾ da sua altura, fechamos a


extremidade com massa e por fim, colocamos no capilar na centrifuga e programamos na
temperatura e tempo lá estabelecido.

A interpretação do resultado é feita em uma escala de leitura onde se limitam as marcas


de 0 a 100, olhando na escala o limite de separação da massa dos eritrócitos com plasma,
resultado é estabelecido em porcentagem de eritrócitos em relação ao sangue total.

Através do exame podemos identificar anemia ferropriva, carência de vitamina B12 ou


ácido fólico, monitoramento de sangramento, desnutrição, leucemia e excesso de hidratação
quando hematócrito estiver baixo.

É quando o mesmo estiver alto determina desidratação, baixo nível de oxigênio no


sangue, doença pulmonar, doença cardíaca congênita e eritrocitose, que é o aumento anormal
de células vermelhas.

Urianálise

O exame EAS serve para identificar doenças do trato urinário como infecções, pedras
nos rins e insuficiência renal. A identificação dessas alterações é feita com base em três critérios
diferentes:

Aspectos físicos: dor e densidade;

Aspectos químicos: pH, nitritos, glicose, proteínas, cetonas, bilirrubinas e


urobilinogênio;

Anormalidades: sangue, bactérias, fungos, protozoários, espermatozoides, mucos,


cilindros e cristais.

A urinálise inclui três fases:


Exame visual, que avalia a cor e a transparência da urina;

Exame químico, que avalia 10 componentes da urina que podem estar alterados;

Exame microscópico, que identifica e determina a quantidade e o tipo de células,


bactérias, cristais e outros componentes que podem ocorrer na urina.

Como também realizamos parasitológico de fezes, coprocultura.

Para reconhecer cada célula presente nos exames de lâmina que analisaríamos no
microscópio foi elaborado um atlas leucocitário, onde nos foi muito útil facilitando o
aprendizado, nos foi apresentado também técnicas de triagem sanguínea que determina a
tipagem sanguínea do indivíduo, sistema ABO, classificação sanguínea, beta HCG, fizemos

atividades para conseguir distinguir plasma, soro, hematócrito, hemácias e hemoglobina,


contagem de células, dentre outras.

Podemos entender e diferenciar os tipos de teste para identificar a Covid -19 o RT-PCR
é o mais indicado por profissionais de saúde, é um teste em tempo real que verifica a presença
de material genético do vírus. Se der reagente, significa que a pessoa está com Covid-19 (este
tipo de teste não informa se a pessoa já foi contaminada pelo SARS-CoV-2 em algum momento)
é indicado quando há suspeita. É feito por meio da coleta de secreções respiratórias, utilizando-
se de swabs (semelhante a um cotonete) na orofaringe (garganta) e na nasofaringe (nariz).

Entretanto, o Teste rápido este tipo de teste detecta a presença de anticorpos IgM
(recentemente) ou IgG (previamente). Este tipo de teste é chamado imunocromatografia
(geração de cor a partir de uma reação entre o antígeno e o anticorpo) e é feito por meio da
retirada de uma gota de sangue do dedo. A recomendação é que seja feito após sete dias, em
que se detecta a presença de anticorpos no sangue em sua fase aguda (IgM). Após o 11º dia, os
anticorpos identificados são associados à fase convalescente da doença (IgG).

E o Teste sorológico este tipo de teste também detecta anticorpos, mas utiliza-se de
mecanismos diferentes do teste rápido e precisa ser feito em laboratório, coletado através da
punção do sangue da veia da pessoa. São três tipos: o ELISA, baseado em uma reação
enzimática; o CLIA, cientificamente chamado de imunoensaio quimioluminescente, que torna
a reação antígeno-anticorpo visível por uma reação química; e imunofluorescência, em que a
leitura do resultado é realizada a partir da fluorescência formada na reação do antígeno com o
anticorpo.

Enfim, diversas técnicas para análises clínicas nos foram apresentadas sempre com
intuito de engradecer nosso conhecimento, nos mostrando sempre a importância de um exame
feito com perfeição, pois o mesmo resultará um diagnóstico fidedigno.
CONSIDERAÇÕES FINAIS

Vale ressaltar que o estágio de analises clínicas supervisionado é essencial para


colocar em prática todo o conhecimento adquirido em sala de aula, permitindo que os estagiários
vivenciem o cotidiano de um farmacêutico e tenham uma compreensão ampla de como ele o
faz. Laboratório analítico, além de Manuseio dos diversos equipamentos utilizados durante as
análises e manuseio cuidadoso das amostras biológicas durante a coleta, recebimento e
distribuição para evitar possíveis contaminações.
Durante o Estágio de Supervisão III, pude constatar a diversidade de técnicas
utilizadas pelos profissionais, dada a necessidade de precisão, controle e foco incansável em
cuidar de cada detalhe para que cada processo funcione como pretendido.
Por fim, percebe-se que é de extrema importância a presença do acadêmico no
estágio supervisionado de análises clínicas, uma vez que o estagiário irá adquirir
conhecimentos práticos essenciais para o torna-lo apto a desenvolver suas atribuições com
excelência.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CHAVES, Carla D. Controle de qualidade no laboratório de análises clínicas. Jornal Brasileiro


de Patologia e Medicina Laboratorial, v. 46, p. 352-352, 2010.

PASQUINI, Nilton César. Implantação de sistema de qualidade (PALC) em laboratório clínico:


um estudo de caso. 2018.

GONÇALVES, Karla Martins. A importância do de qualidade no laboratório de análises


clínicas: Uma revisão bibliográfica. 2020. 33 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação
em Biomedicina) – Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2020.

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