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FACULDADE DA REGIÃO DOS LAGOS

INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

SUELLEN MELLO DA SILVA KOPINITS

RELATÓRIO DE ESTÁGIO EM DROGRARIA

JANEIRO, 2021
FACULDADE DA REGIÃO DOS LAGOS
INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

SUELLEN MELLO DA SILVA KOPINITS

RELATÓRIO DE ESTÁGIO EM DROGARIA

Trabalho apresentado à disciplina de


estágio supervisionado I da Faculdade
da Região dos Lagos (FERLAGOS),
como parte dos requisitos necessários
para avaliação da disciplina.

JANEIRO, 2021

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INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

SUMÁRIO

DADOS

DADOS DO ESTAGIÁRIO

DADOS DA UNIDADE DE SAÚDE

ORGANIZAÇÃO DA FARMACIA

INTRODUÇÃO

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

ATIVIDADES DA FARMÁCIA

CORRELAÇÃO DA FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICO/PRÁTICA

ATIVIDADES DESENVOLVIDAS PELO (A) ESTAGIÁRIO (A)

CONCLUSÕES

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANEXOS

REGISTRO DE FREQUENCIA DO ESTAGIÁRIO

FICHA DE AVALIAÇÃO DO SUPERVISOR

DECLARAÇÃO DE CUMPRIMENTO DA CARGA HORÁRIA

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1. DADOS
1.1 DADOS DO ESTAGIÁRIO
 Suellen Mello da Silva Kopinits
 Endereço:Rua José Hermenegildo dos Santos, n°39- Ciadade Nova-
Iguaba Grande/RJ
 Telefone: (22) 99872-8653
 E-mail: suellenmsk@gmail.com
 Período do estágio: 01/12/2020 à 22/01/2021

1.2 DADOS DA UNIDADE DE SAÚDE:


 Razão Social: Drogarias Farma Forte da Aldeia LTDA.
 Endereço: Rua Comandante Ituriel, n° 1136- Fluminense – São Pedro da
Aldeia/RJ
 Telefone: (22) 2320-2103/98821-9152
 Responsável pela Unidade: Karina Keisiane da Silva Santos

1.3 ORGANIZAÇÃO DA FARMÁCIA


A farmácia fica situada no Município de São Pedro da Aldeia, no bairro
Fluminense, em frente a Base Aérea Naval (Marinha do Brasil), possui o nome
fantasia FARMA FORTE, conforme na foto abaixo
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SAÚDE Fonte: Autoria própria
Fotografia 1: Fachada da drogaria/farmácia.

É composta por um salão que contem um balcão para realizar o atendimento, e


estantes para exposição da perfumaria, veja a foto a seguir.

Fotografia 2: Parte interna do salão perfumaria/balcão da drogaria/farmácia.


Fonte: Autoria própria

O responsável técnico, proprietário e supervisor de estágio é a Karina Keisiane


da Silva Santos CRF/RJ – 21273.
O quadro de funcionários da Drogaria, é composto por dois funcionários, sendo
um balconista/caixa, e o outro o farmacêutico. Ambos trabalham em tempo
integral, sendo o balconista/caixa responsável pelo recebimento de medicamentos
e perfumaria, organização das prateleiras, caixa e atendimento ao balcão caso o
farmacêutico esteja ocupado. O farmacêutico tem como função a dispensação
dos medicamentos no atendimento ao balcão, controle de estoque,
armazenamento dos medicamentos, e o sistema SNGPC.
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2. INTRODUÇÃO

2.1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA


A farmácia estabelece um limiar importante para o acesso da população em
relação ao consumo de medicamentos e deve ser compreendida como um posto
avançado de atenção primária de saúde. A Lei nº 13.021 de 08 de agosto de 2014
revalidou as Farmácias e Drogarias como Estabelecimentos de saúde de
acordo com seu artigo 3º que diz:
“Art. 3º Farmácia é uma unidade de prestação de serviços destinada a prestar
assistência farmacêutica, assistência à saúde e orientação sanitária individual e
coletiva, na qual se processe a manipulação e/ou dispensação de medicamentos
magistrais, oficinais, farmacopeicos ou industrializados, cosméticos, insumos
farmacêuticos, produtos farmacêuticos e correlatos.

Parágrafo único. As farmácias serão classificadas segundo sua natureza como:

– Farmácia sem manipulação ou Drogaria: estabelecimento de dispensação e


comércio de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos em suas
embalagens originais;

– Farmácia com manipulação: estabelecimento de manipulação de fórmulas


magistrais e oficinais, de comércio de drogas, medicamentos, insumos
farmacêuticos e correlatos, compreendendo o de dispensação e o de atendimento
privativo de unidade hospitalar ou de qualquer outra equivalente de assistência
médica.” ( BRASIL, LEI Nº 13.021, DE 8 DE AGOSTO DE 2014, Dispõe sobre o
exercício e a fiscalização das atividades farmacêuticas.)
“O termo “Farmácia Comunitária” refere-se aos estabelecimentos farmacêuticos
não hospitalares e não ambulatoriais que atendem à comunidade. As farmácias
Comunitárias no Brasil são, em sua maioria privadas, de propriedade
particular, mas existem também farmácias públicas, sejam elas vinculadas à
rede nacional de farmácias populares ou às esferas públicas municipais ou
estaduais.” (CORRER, C. J.; OTUKI, M. A prática farmacêutica na farmácia
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comunitária. Porto Alegre: Artmed;SAÚDE
2013. 434 p.)
A farmácia comunitária se destaca por ocupar um importante espaço no cenário
da saúde pública brasileira, como local de dispensação de medicamentos e de
contínua promoção do consumo racional de medicamentos para a população. O
objetivo principal da farmácia comunitária é a dispensação de medicamentos em
condições que possam reduzir os riscos do uso dos medicamentos e que
concedam a análise dos resultados clínicos de modo que possa ser restringida a
elevada morbimortalidade associada aos medicamentos. Nesses
estabelecimentos, o usuário procura por meio do consumo de produtos, prescritos
ou não, o restabelecimento da sua saúde. A utilização de medicamentos,
decorrente ou não da prescrição, tornou-se uma prática social tão popular na
sociedade moderna, que os mesmos passaram a preencher um lugar de destaque
na economia global, devido ao crescimento da demanda por todos os tipos de
fármacos e da correspondente ampliação das indústrias farmacêuticas.

Ainda que o medicamento seja essencial e de muita relevância para o paciente,


tornando-se um componente estratégico na terapêutica e na manutenção de
melhores condições de vida do indivíduo, é imprescindivél que não nos
esqueçamos da necessidade de estimular a sociedade com informações seguras
que diminuam o risco à saúde, que pode ser causado se o medicamento não for
utilizado do modo correto, efetivo e seguro. Se não há o acompanhamento do uso
de medicamentos, efeitos adversos ou reações tóxicas podem ocorrer,
comprometendo a saúde e até mesmo levando ao surgimento de outras
patologias, consideradas secundárias ao tratamento inicial.

Segundo a Organização Mundial da Saúde, “prover medicamentos e outros


produtos e serviços para a saúde e ajudar as pessoas e a sociedade a utilizá- los
da melhor maneira possível é a missão da prática farmacêutica” (WHO, 1996: 4).
Essa missão precisa do envolvimento de profissionais com formação direcionada
para não deixar nenhum dos elos da cadeia dos medicamentos a descoberto, ou
seja, desde a produção até o usuário final. A atenção farmacêutica é o
componente da prática profissional onde o farmacêutico interage diretamente com
o paciente para atender suas necessidades relacionadas aos medicamentos
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(Peretta e Ciccia, 1998). SAÚDE

De acordo com Cipolle e colaboradores (2000), a atenção farmacêutica envolve


um processo de assistência ao paciente, lógico, sistemático e global, que envolve
três etapas: análise da situação das necessidades do paciente em relação aos
medicamentos; elaboração de um plano de seguimento, incluindo os objetivos do
tratamento farmacológico e as intervenções apropriadas; e a avaliação do
seguimento para determinar os resultados reais no paciente, de modo a alcançar
resultados terapêuticos positivos, que levem a melhora da qualidade de vida do
paciente e maximizem o benefício do uso dos medicamentos.

Conforme as premissas de Hepler & Strand (1990), a implantação é gradativa e


deve existir a interação direta do farmacêutico com o paciente. Deve-se trabalhar
para atender às necessidades do mesmo e assegurar que a utilização dos
medicamentos seja correta. Nas palavras dos autores, a Atenção Farmacêutica
pode ser: [...] a oportunidade da Farmácia para amadurecer como profissão
aceitando a sua responsabilidade social de reduzir preventivamente a morbi-
mortalidade relacionada com medicamentos. Não seria suficiente dispensar o
medicamento correto, nem prover serviços farmacêuticos sofisticados, nem será
suficiente inventar novas funções técnicas. Os farmacêuticos e suas instituições
devem se auto-analisar e começar a dirigir seus esforços para o bem estar social.
(HEPLER & STRAND, 1990: 533).

Para que a Atenção Farmacêutica seja realizada, é necessário que haja uma
transformação no paradigma da prática farmacêutica. Não é só uma nova
atividade, mas um novo modo de realizar a prática profissional, em que se
transforma o objeto central da atuação do profissional farmacêutico, que deixa de
ser o medicamento e voltando a ser o usuário e a comunidade como um todo.
Essa atenção direcionada ao paciente pode acontecer em vários locais de
atuação do farmacêutico, um dos quais e muito relevante refere-se às farmácias
comunitárias.
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Paralelo a atenção farmacêutica, encontra-se a assistência farmacêutica e
ambas são atribuições do farmacêutico que atua em farmácias comunitárias, pois
se complementam e visam o bem estar do paciente. As ações de Assistência
Farmacêutica abrangem aquelas relacionadas à Atenção Farmacêutica,
classificada como um modelo de prática farmacêutica, compreendendo atitudes,
valores éticos, comportamentos, habilidades, compromissos e
corresponsabilidades na prevenção de doenças, promoção e recuperação da
saúde, de forma integrada à equipe de saúde. A atenção farmacêutica é a relação
direta do farmacêutico com o usuário, objetivando uma farmacoterapia racional e
a obtenção de resultados definidos e mensuráveis, voltados para a melhoria da
qualidade de vida. Enquanto a assistência Farmacêutica trata de ações que vão
além das atividades específicas do farmacêutico, sendo importante que haja a
atuação de toda a equipe de saúde envolvida no processo.
É preciso integrar a assistência farmacêutica as farmácias comunitárias por
meio de profissionais qualificados e capazes de realizar suas atribuições como
farmacêutico, que são: selecionar os medicamentos mais seguros, eficazes e
custo efetivos de acordo com as necessidades da população de seus territórios;
programar adequadamente as aquisições; armazenar; distribuir e transportar
adequadamente de forma a garantir a manutenção da qualidade do produto
farmacêutico; gerenciar os estoques; favorecer a criação e atualização de
protocolos e diretrizes de tratamento de forma a assegurar a qualidade e o uso
adequado de medicamentos (BRASIL, 2006b).

A Resolução nº 338, de 06 de maio de 2004, do Conselho Nacional de Saúde


define Assistência Farmacêutica como sendo: [...] um conjunto de ações voltadas
à promoção, proteção e recuperação da saúde, tanto individual como coletiva,
tendo o medicamento como insumo essencial e visando ao acesso e ao seu uso
racional. Este conjunto envolve a pesquisa, o desenvolvimento e a produção de
medicamentos e insumos, bem como a sua seleção, programação, aquisição,
distribuição, dispensação, garantia da qualidade dos produtos e serviços,
acompanhamento e avaliação de sua utilização, na perspectiva da obtenção de
resultados concretos e da melhoria da qualidade de vida da população.
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A Assistência Farmacêutica contém uma grande oportunidade de atividades
multiprofissionais em muitas etapas, direcionadas a interagir o conjunto das ações
de saúde. Dessa maneira, o ciclo da Assistência Farmacêutica enfatiza o papel do
profissional farmacêutico e sua colaboração em suas etapas. O ciclo da
Assistência farmacêutica contém um conjunto de ações que buscam alcançar
objetivos estabelecidos, os componentes do ciclo são: seleção, programação,
aquisição, armazenamento, distribuição e dispensação.

 Seleção
Os objetivos principais da seleção de medicamentos são: implantar políticas
de utilização de medicamentos com base em correta avaliação, seleção e
emprego terapêutico; promover a atualização e a reciclagem de temas
relacionados à terapêutica e reduzir custos (BRASIL, 1994). A seleção de
medicamentos é um processo complexo. É importante que seja realizada
considerando a contribuição das seguintes ciências: farmacoeconomia,
farmacoepidemiologia, farmacologia e terapêutica clínica, farmacovigilância,
biofarmacotécnica e farmacocinética. Este enfoque multidisciplinar colabora para
que os diversos elementos que interferem na utilização dos medicamentos sejam
contemplados na escolha do arsenal terapêutico (REIS, 2003).

 Programação
A programação representa uma outra atividade importante, que tem por
finalidade que o serviço ou sistema disponha de medicamentos apropriados e
previamente selecionados, nas quantidades necessárias, em tempo oportuno e
cuidando para que se contribua à promoção do uso racional dos medicamentos.
Para tanto, deve empreender a quantificação dos medicamentos a serem
adquiridos e elencar as necessidades, priorizando-as e compatibilizando-as com
os recursos disponíveis, e ainda cuidar para evitar a descontinuidade no
abastecimento. A estimativa dessas necessidades representa um dos pontos
cruciais do Ciclo da Assistência Farmacêutica por sua relação direta com o nível
de acesso aos medicamentos e com o nível de perdas desses produtos. Há várias
formas de proceder a uma estimativa técnica dessas necessidades. É o perfil de
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morbimortalidade, no entanto, o mais importante aspecto a considerar, quando se
busca orientação na identificação de tais necessidades. A programação é uma
atividade associada ao planejamento; sua viabilidade e factibilidade dependem da
utilização de informações gerenciais disponíveis e fidedignas, da análise da
situação local de saúde, assim como do conhecimento sobre os medicamentos
selecionados, sua indicação precípua e sua perspectiva de emprego na
população alvo (MARIN et al., 2003).

 Aquisição
A aquisição de medicamentos representa uma das atividades do Ciclo da
Assistência Farmacêutica, constituindo-se num conjunto de procedimentos
articulados que visam a selecionar o licitante com a proposta mais vantajosa para
satisfazer uma determinada necessidade e, assim, legitimar a administração a
contratar o particular. Ela objetiva contribuir para o abastecimento de
medicamentos em quantidade adequada e qualidade assegurada, ao menor custo
possível, dentro da realidade do mercado, apoiandoe promovendo uma
terapêutica racional, em área e tempo determinados(MARIN,
2003).

 Armazenamento
Armazenamento é a etapa do Ciclo da Assistência Farmacêutica responsável
por assegurar a qualidade dos medicamentos através de condições adequadas de
armazenamento e de um controle de estoque eficaz. No Brasil, os almoxarifados
dedicados exclusivamente à armazenagem de medicamentos têm sido
denominados como Centrais de Abastecimento Farmacêutico (MARIN, 2003).
O armazenamento constitui-se como um conjunto de procedimentos técnicos e
administrativos que envolve diversas atividades: recebimento de medicamentos;
estocagem ou guarda; segurança de manter o material sob cuidados contra danos
físicos e roubos; conservação e controle de estoque (MARIN, 2003). Um dos
requisitos para desenvolver uma armazenagem adequada compreende ter e
seguir um manual de normas de armazenagem. O manual deve conter:
informações e procedimentos internos da empresa; procedimentos de
armazenagem; áreas de produtos em quarentena, interditados, inutilizados; áreas
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de produtos de controle especial; controle de qualidade; controle de pragas;
segurança nas instalações (TUMA, 2009).
Manuais escritos de rotinas e normas de armazenamento de medicamentos
auxiliam no trabalho cotidiano e devem ser elaborados com a participação do
farmacêutico, sendo atualizados sempre que necessário. A promoção de
treinamentos periódicos para os funcionários visando a capacitação e o estímulo
ao trabalho, possibilita a integração entre os profissionais e cria um ambiente
propício para práticas seguras (ANACLETO et al., 2006).

 Distribuição
A etapa de distribuição tem por objetivo organizar os medicamentos e produtos
para saúde que saem do almoxarifado para as unidades requisitantes em
condições de segurança. As atividades realizadas devem em geral contemplar a
separação, acomodação para o transporte e distribuição de acordo com as
normas e procedimentos operacionais adequados (TUMA, 2009).
Uma distribuição correta e racional de medicamentos deve garantir: rapidez na
entrega, através de um cronograma estabelecido, impedindo atrasos e/ou
desabastecimento ao sistema; segurança, para garantir que os produtos cheguem
nas quantidades corretas e com a qualidade desejada; transporte, considerando
as condições adequadas de segurança, o tempo de entrega e os custos
financeiros; sistema de informação e controle eficiente para um gerenciamento
adequado (MARIN, 2003).
É importante registrar no documento de saída o número dos lotes dos
medicamentos distribuídos, para que, caso ocorram problemas de qualidade, seja
possível rastrear os lotes, facilitando a identificação (BRASIL, 2001).

 Dispensação
O procedimento de dispensação deve assegurar que o medicamento de boa
qualidade seja entregue ao paciente certo, na dose prescrita, na quantidade
adequada; que sejam fornecidas as informações suficientes para o uso correto e
que seja embalado de forma a preservar a qualidade do produto. Trata-se do
atendimento de um paciente específico e que, portanto, terá necessidades e
características também específicas, as quais devem ser levadas em conta no
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momento do atendimento. É uma das últimas oportunidades de, ainda dentro
do sistema de saúde, identificar, corrigir ou reduzir possíveis riscos associados à
terapêutica medicamentosa (MARIN, 2003).

Dessa maneira compreende-se que a farmácia comunitária ocupa um importante


espaço no cenário da saúde pública brasileira, sendo o local de dispensação de
medicamentos e de contínua promoção do consumo racional de medicamentos
para a população, e que as atribuições farmacêuticas são de suma importância
uma vez que o profissional a exerça corretamente, possibilitando maior
aproximação do farmacêutico com o usuário, visando à adesão do tratamento
farmacológico correto, e ao alcance de resultados que melhorem a qualidade de
vida do paciente através da atenção farmacêutica e assistência farmacêutica.

3. ATIVIDADES DA FARMÁCIA
A drogaria dispõe de 1 balconista/caixa, e um farmacêutico/proprietário que fica
em tempo integral na farmácia.
O farmacêutico/proprietário é responsável pelo atendimento ao cliente no balcão
como: atenção farmacêutica e dispensação de medicamentos. O
farmacêutico/proprietário também é responsável pelo lado financeiro, sendo dele
a responsabilidade pelo pagamento das notas de medicamentos/perfumaria e dos
funcionários, assim também como a atualização de todos os documentos
necessários para o funcionamento de uma drogaria.
O balconista/caixa é responsável pelo caixa, reposição da perfumaria e
atendimento primário ao cliente.
A informatização da drogaria é comosta por um computador de mesa, um
notebook e uma impressora de nota fiscal. É utilizado um sistema para controle de
vendas e estoque, e também é utilizado o sistema SNGPC.
A farmácia/drogaria realiza o ciclo farmacêutico da seguinte forma: O
farmacêutico/proprietário é responsável pela aquisição dos medicamentos, que
são fornecidos pelas distribuidoras autorizadas. O armazenamento é feito de
maneira organizada na prateleiras por ordem alfabética, tendo dificuldades com
medicamentos que necessitam de refrigeração, pois não tem geladeira na
unidade.
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O controle de estoque daSAÚDE
farmácia/drogaria é realizado pelo próprio
farmacêutico/proprietário, e o mesmo é responsável pelo controle da temperatura
e umidade do estoque, evitando que as caixas recebidas sejam colocadas
diretamente no chão, e mantendo o estoque sempre organizado. A dispensação
dos medicamentos é feita pelo farmacêutico/proprietário responsável para que
seja realizada a atenção farmacêutica da melhor forma possível para o
paciente/cliente. Os medicamentos que mais tem saída na farmácia/drogaria são:
dipirona, azitromicina, ivermectina, amoxicilina, paracetamol, losartana potássica,
hidroclorotiazida, simeticona, captopril e acetilcisteína.
 Dipirona
Este medicamento é indicado como analgésico e antitérmico. A dipirona é um
fármaco que tem potente ação antipirética (contra febre), analgésica (contra dor) e
antiespasmódica (contra cólicas), sendo, portanto, uma excelente opção para o
tratamento das doenças que provocam febre e/ou dor.
A dipirona pode ser comprada na forma de xarope, gotas, supositórios ou
comprimidos. Em geral, as doses podem ser administradas de 8/8 horas ou 6/6
horas. A dipirona também pode ser administrada na forma intravenosa, mas essa
via é habitualmente restrita a administração hospitalar.
O mecanismo de ação da dipirona é via inibição da síntese de prostaglandina. A
dipirona tem demonstrado inibir a ciclooxigenase, síntese do tromboxano, a
agregação plaquetária induzida pelo ácido araquidônico e a síntese total de
prostaglandina E1 e E2. A ação da droga pode ser tanto central como periférica.
Há evidências de que a ação central da dipirona no hipotálamo reduz a febre. A
dipirona é rápida e totalmente absorvida no trato gastrintestinal. Atinge a
concentração máxima em 1 a 2 horas. Tanto o fármaco matriz quanto seus
metabólitos ligam-se fracamente às proteínas plasmáticas e difundem-se rápida e
uniformemente nos tecidos. A ligação total às proteínas plasmáticas é de cerca de
58%.
O volume de distribuição é 40 l. A dipirona é metabolizada no trato intestinal a
um metabólito ativo, 4-metilaminoantipirina. No fígado, o 4-metilaminoantipirina é
metabolizado a vários outros metabólitos, incluindo o metabólito ativo, 4-
aminoantipirina.A meia-vida de eliminação é de cerca de 7 horas. Os metabólitos
são totalmente eliminados pelos rins.
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 Azitromicina
É indicada em infecções causadas por organismos susceptíveis, em infecções
do trato respiratório inferior incluindo bronquite e pneumonia, infecções da pele e
tecidos moles, em otite média e infecções do trato respiratório superior incluindo
sinusite e faringite/tonsilite. Nas doenças sexualmente transmissíveis no homem e
na mulher, a azitromicina é indicada no tratamento de infecções genitais não
complicadas devido à Chlamydia trachomatis. É também indicado no tratamento
de infecções genitais não complicadas devido à Neisseria gonorrhoeae sem
resistência múltipla. Infecções concomitantes com Treponema pallidum devem ser
excluídas. A azitromicina tornou-se um antibiótico muito popular devido à sua
confortável posologia, que costuma ser de apenas 1 comprimido diário por 3 a 5
dias. Há infecções, inclusive, que podem ser tratadas com uma dose única desse
antibiótico. A azitromicina tem como mecanismo de ação a inibição da síntese
protéica bacteriana através de sua ligação à subunidade ribossomal 50S,
impedindo assim a translocação dos peptídeos.

 Ivermectina
É um medicamento com ação antiparasitária, muito utilizado tanto na medicina
humana quanto na veterinária. Este medicamento é destinado ao tratamento de
Estrongiloidíase intestinal: infecção causada por parasita nematoide Strongyloides
stercoralis; Oncocercose: infecção causada por parasita nematoide Onchocerca
volvulus; Filariose: infecção causada por parasita Wuchereria bancrofti;
Ascaridíase: infecção causada por parasita Ascaris lumbricoides; Escabiose:
infestação da pele causada pelo ácaro Sarcoptes scabiei; Pediculose: dermatose
causada pelo Pediculus humanus capitis.
O mecanismo de ação da Ivermectina é exclusivo e envolve a emissão de
sinais entre as células nervosas do verme ou entre uma de suas células nervosas
e seus músculos. A droga estimula a liberação de GABA nessas terminações,
favorecendo a interrupção dos impulsos nervosos e provocando a morte do verme
paralisado como consequência. A Ivermectina não penetra com facilidade através
da barreira do SNC dos mamíferos, onde o GABA funciona como
neurotransmissor.
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 Amoxicilina
É um antibiótico que pertence à família das penicilinas, sendo classificada
como uma penicilina de amplo espectro de 2ª geração. A amoxicilina é um
antibiótico muito utilizado para o tratamento de infecções bacterianas das vias
respiratórias ou como parte do esquema de antibióticos contra a bactéria H.pylori.
A amoxicilina é habitualmente vendida em comprimidos de 250 mg, 500 mg ou
875 mg. A forma em xarope pode ser encontrada nas formulações: 125 mg/5 mL,
200 mg/5 mL, 250 mg/5 mL ou 400 mg/5 mL A posologia habitualmente prescrita
é de 500 mg de 8/8 horas ou 875 mg de 12/12 horas. Em casos mais graves, a
dose pode ser aumentada para 1000 mg de 8/8 horas. Em geral, o tratamento é
prescrito por 7 a 14 dias.
Mecanismo de ação : A amoxicilina é uma aminopenicilina semi-sintética do
grupo beta-lactâmico de antibióticos, quimicamente é denominada D-(-)-alfa-
amino p-hidroxibenzil penicilina. Tem em sua estrutura química o grupo amino,
ionizável, que faz com que tenha um amplo espectro de atividade antibacteriana
contra muitos microrganismos Gram-positivos e Gram-negativos, agindo através
da inibição da biossíntese do mucopeptídeo das paredes das células. Sua ação
depende de sua capacidade em atingir e unir-se às proteínas que ligam
penicilinas localizadas nas membranas citoplasmáticas bacterianas. Inibe a
divisão celular e o crescimento, produz lise e elongação de bactérias sensíveis,
em particular as que se dividem rapidamente, que são, em maior grau, a ação das
penicilinas. Tem rápida ação bactericida e perfil de segurança de uma penicilina

 Paracetamol
É usado extensivamente no tratamento da dor leve e moderada e da febre. É
utilizado em situações diversas, como dor artrítica, cefaléia, mialgia, dismenorréia,
dor de dentes e febre. É de especial utilidade em pacientes para os quais a
aspirina é contra-indicada. Devido à ausência de inibição plaquetária ou efeito
adverso gastrointestinal. O paracetamol pode ser comprado sob a forma de
xarope, gotas, supositórios ou comprimidos. Em geral, as doses podem ser
administradas de 3 a 5 vezes por dia. • Adultos e crianças acima de 11 anos: 250
a 500 mg a cada 4 ou 6 horas, se necessário, Crianças: 10 a 15 mg/kg até de 4/4
horas, conforme a necessidade, não ultrapassando 5 doses em 24 horas. O
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mecanismo de Ação consiste emSAÚDE
produz analgesia e antipirese por mecanismo
semelhante aos salicilatos, inibindo a cicloxigenase no sistema nervoso central.
Entretanto, diferente dos salicilatos, o paracetamol não tem atividade uricosúrica.
Há alguma evidência de que o paracetamol tenha fraca atividade antiinflamatória
em algumas condições não-reumatóides, por exemplo, em pacientes submetidos
à cirurgia bucal. Em doses iguais, a analgesia e antipirese produzidas pelo
paracetamol são semelhantes à produzida pela aspirina. Paracetamol age no
hipotálamo; a dissipação do calor é aumentada como resultado da vasodilatação
e aumento do fluxo sangüíneo periférico. Doses terapêuticas de paracetamol
parecem ter pouco efeito no sistema cardiovascular e respiratório.

 Losartana Potássica
É indicado para o tratamento da hipertensão, é também indicado para o
tratamento da insuficiência cardíaca, quando o tratamento com um inibidor da
ECA não é mais considerado adequado. Não é recomendado trocar inibidores da
ECA por Losartana Potássica no tratamento de pacientes com insuficiência
cardíaca que estejam estabilizados com a terapia atual. A losartana potássica é
comercializada em comprimidos de 25 mg, 50 mg e 100 mg. A dose inicial
habitual é de 50 mg diários, 1 vez ao dia, com ajustes a cada 1 ou 2 semanas até
se obter o controle da pressão arterial. Nos pacientes idosos ou que fazem uso de
um diurético, a dose inicial deve ser de 12,5 a 25 mg, com incrementos a cada 1
ou 2 semanas,conforme a resposta do paciente. A dose diária máxima
recomendada é de 100 mg, que pode ser administrada 1 ou 2 vezes por dia. Nos
pacientes com insuficiência cardíaca, a dose máxima pode ir até 150 mg por dia,
caso o paciente tolere.O mecanismo de ação da losartana potássica, assim como
qualquer medicamento da classe dos ARA II, age impedindo a ação de um
hormônio chamado angiotensina II, que é um dos responsáveis pelo controle da
pressão arterial. A angiotensina II estimula a contração dos vasos sanguíneos e
uma maior absorção de sódio pelos rins, ações essas que resultam em elevação
da pressão arterial. A ação anti-hipertensiva da losartana ocorre porque ela
impede que a angiotensina II ligue-se a seus receptores, chamados receptores
AT1, impedindo que o hormônio exerça suas funções.
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 Hidroclorotiazida
É destinada ao tratamento da hipertensão arterial, quer isoladamente ou em
associação com outros fármacos anti-hipertensivos. Pode ser ainda utilizado no
tratamento dos edemas associados com insuficiência cardíaca congestiva, cirrose
hepática e com a terapia por corticosteroides ou estrógenos. Também é eficaz no
edema relacionado a várias formas de disfunção renal, como síndrome nefrótica,
glomerulonefrite aguda e insuficiência renal crônica. Via oral, adultos, inicialmente
25 a 200 mg uma ou duas vezes ao dia por vários dia; dose de manutenção, 25
mg a 100mg ao dia; crianças 2mg/Kg ao dia em duas doses; lactentes de menos
de 6 meses, até 3 mg/Kg diariamente em duas doses. Mecanismo de ação: Inibe
a reabsorção de sódio e cloreto no ramo ascendente da alça de Henle e túbulos
distais, aumentando a excreção urinária de sódio e cloretos; o radical sulfonamida
proporciona certa atividade inibidora da anidrase carbônica; outras ações:
aumenta a excreção de potássio e bicarbonato, diminui a excreção de cálcio,
promove retenção de ácido úrico. Sua ação anti-hipertensiva é dependente da
depleção do sódio, queda na resistência vascular periférica e redução do volume
extracelular.

 Simeticona
É indicada para o alívio dos sintomas no caso de excesso de gases no
aparelho gastrintestinal constituindo motivo de dores ou cólicas intestinais, tais
como: Meteorismo; Eructação; Borborigmos; Aerofagia pós-cirúrgica; Estufamento
e Flatulência. A simeticona pode ser administrada 4 vezes ao dia, após as
refeições e ao deitar, ou quando necessário. Não é recomendada a ingestão de
mais de 500 mg (4 cápsulas) de simeticona por dia. A simeticona reduz a tensão
superficial das bolhas de ar presentes no trato gastrintestinal, permitindo que as
mesmas se desfaçam ou que ajudem na formação de uma grande massa de ar a
qual é expelida facilmente por meio de eructações ou flatos. As propriedades
antiespumantes da simeticona, um agente antiflatulento, foram investigadas por
Brecevic et al em três diferentes sistemas espumantes contendo surfactante
aniônico, surfactante aniônico e solução de sabão. Os resultados obtidos das
medidas da densidade da espuma inicial, estabilidade da espuma e tensão
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superficial fornecem evidências SAÚDE
de que a ligação entre o filme líquido dos
surfactantes pela simeticona, auxiliado e acelerado pela presença de partículas
hidrofóbicas de sílica, provocando, então, a ruptura do filme mesmo ele
relativamente fino, foi o provável mecanismo de inibição de espuma em todos os
sistemas. O efeito foi mais pronunciado no sistema com solução catiônica do que
as soluções aniônica e sabão. Esses achados contribuem para o estudo que
relaciona a eficácia da simeticona como antídoto e agente antiespumante em
casos de ingestão e envenenamento por detergente.

 Captopril
Captopril é indicado para o tratamento da hipertensão, por reduzir a pressão
arterial nesses casos, é indicado no tratamento da insuficiência cardíaca
congestiva em associação com diuréticos e digitálicos. O efeito benéfico de
captopril na insuficiência cardíaca não requer a presença de digitálicos, é indicado
como terapia pós-infarto do miocárdio em pacientes clinicamente estáveis com
disfunção ventricular esquerda assintomática ou sintomática para melhorar a
sobrevida, protelar o início da insuficiência cardíaca sintomática, reduzir
internações por insuficiência cardíaca e diminuir a incidência de infarto do
miocárdio recorrente e as condutas de revascularização coronariana, é indicado
para o tratamento de nefropatia diabética (proteinúria >500 mg/dia) em pacientes
com diabetes mellitus insulinodependentes. Nestes pacientes, o captopril previne
a progressão da doença renal e reduz sequelas clínicas associadas (diálise,
transplante renal e morte).
Captopril deve ser tomado 1 hora antes das refeições por via oral. A dose deve
ser individualizada. Depois de aberto os comprimidos devem ser armazenados na
embalagem original. O mecanismo de ação Os efeitos benéficos do captopril na
hipertensão e na insuficiência cardíaca parecem resultar principalmente da
supressão do sistema renina-angiotensina-aldosterona, resultando em
concentrações séricas diminuídas de angiotensina II e aldosterona. Entretanto,
não há uma correlação consistente entre os níveis da renina e a resposta à droga.
A redução da angiotensina II leva à uma secreção diminuída de aldosterona e,
como resultado, podem ocorrer pequenos aumentos de potássio sérico,
juntamente com perda de sódio e fluidos. A enzima conversora de angiotensina
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(ECA) é idêntica à bradicininase e o captopril também pode interferir na
degradação da bradicinina, provocando aumentos das concentrações de
bradicinina ou de prostaglandina E2.

 Acetilcisteína
É um medicamento expectorante indicado para o tratamento de afecções
respiratórias caracterizadas por hipersecreção densa e viscosa, tais como
bronquite aguda, bronquite crônica e suas exacerbações, bronquite tabágica
(bronquite originária do cigarro), enfisema pulmonar, broncopneumonia
(inflamação nos pulmões e brônquios), abscessos pulmonares (acúmulo de pus),
atelectasias pulmonares (fechamento dos brônquios), mucoviscidose (doença
hereditária que produz muco espesso, também conhecida por fibrose cística) e
outros. Também é indicado para intoxicação acidental ou voluntária por
paracetamol.
De maneira geral a posologia do medicamento é de 9 a 15 mg/kg/dia, salvo
situações específicas abaixo descritas. Nas formas agudas o período de
tratamento é de 5 a 10 dias; nas formas crônicas, continuar tratamento por alguns
meses, a critério médico.
Mecanismo de ação: A acetilcisteína é um fármaco mucolítico direto que atua
sobre as características reológicas do muco destruindo as pontes de dissulfeto
das macromoléculas mucoproteicas presentes na secreção brônquica. Esta ação
farmacológica realiza-se graças à presença de um grupo sulfidrilo (-SH) livre na
molécula que lhe proporciona a sua atividade biológica. A ação determina a
formação de moléculas com um peso molecular inferior, o que contribui para uma
maior fluidez do muco ao reduzir a sua viscosidade. A acetilcisteína é eficaz na
redução da consistência e elasticidade do muco, observando-se uma relação
dose e tempo/resposta. Os aumentos progressivos das concentrações de
acetilcisteína provocam uma maior e mais rápida redução de viscosidade. A
atividade do epitélio respiratório ciliar depende do grau de viscosidade das
secreções aderidas ao referido epitélio, como a acetilcisteína provoca a quebra
das pontes de dissulfeto deixando o muco mais fluido, aumentando a atividade
ciliar, através da lise eficaz do muco e uma redução de sua aderência.
Aacetilcisteína protege o epitélio respiratório contra a agressão de radicais livres,
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pois é um precursor da glutationa.SAÚDE

Os medicamentos vencidos são recolhidos por representantes das indústrias e


levados para serem incinerados.

4. CORRELAÇÃO DA FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA COM A PRÁTICA


Durante o curso de Bacharelado em Farmácia, foram ministradas diversas
disciplinas que foram de suma importância no auxilio do estágio em
drogaria/farmácia, porém algumas se destacaram por possuir maior relação com
estágio. Farmacologia teve importância pois percebi que o conhecimento dos
mecanismos de ação dos medicamentos é essencial para a atenção farmacêutica;
Bioética por agregar conhecimento sobre a ética no ambiente de trabalho, pois o
bom relacionamento com o público e funcionários da drogaria/farmácia é
essencial. Deontologia pois o conhecimento das leis são importantes para um
bom funcionamnto da drogaria/farmácia, sendo necessário para dispensação dos
medicamentos, e conhecimento de como deve ser uma infra-estrutura correta de
uma drogaria/farmácia.

5. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS PELO ESTAGIÁRIO


O responsável técnico e proprietário da farmácia/drogaria, supervisionou o
estagiário durante todo o período de estágio. O estagiário desenvolveu as
seguintes atividades:
 Atendimento ao público(balcão) e organização de medicamentos;
 Dispensação de medicamentos;
 Recebimento e armazenamento de medicamentos
 Aferição de pressão e glicemia;
 Contagem de estoque;
 Demonstração do sistema SNGPC.
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6. CONCLUSÃO
O estágio supervisionado em farmácia/drogaria é uma etapa de grande
importância para a formação do farmacêutico, pois faz com que o aluno relacione
o conteúdo teórico obtido em aula com a prática da profissão farmacêutica. O
objetivo principal do estágio é vivenciar a rotina de uma farmácia/drogaria e a do
farmacêutico, observar o trabalho do farmacêutico em exercício de suas
atividades; analisar seu comportamento profissional e ético. Observar as técnicas
de dispensação e os cuidados ao realizar atenção farmacêutica. O estágio é uma
forma de inserir o aluno em uma das áreas atuantes do farmacêutico, dando a
ele uma oportunidade de ter um primeira experiência com a área de trabalho do
curso e muitas vezes auxiliando na sua escolha de área na profissão.

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7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CORRER, C. J.; OTUKI, M. A prática farmacêutica na farmácia comunitária. Porto


Alegre: Artmed; 2013. 434 p.
BRASIL, LEI Nº 13.021, DE 8 DE AGOSTO DE 2014, Dispõe sobre o
exercício e a fiscalização das atividades farmacêuticas.
HEPLER, CD; STRAND, LM. Opportunities and responsabilities in pharmaceutical
care. Am J Hosp Pharm 1990, 47: 533-543. Disponível em
http://www.pharmaceuticalcare.es/esp/1999/n1/pdf/p007.pdf. Acessado em: 11
abr. 2002.

CIPOLLE, R. J.; STRAND, L. M.; MORLEY, P. C. El ejercicio de la atención


farmacéutica. Madrid: McGraw-Hill - Interamericana, 2000.

ANACLETO, T. A.; PERINE, E.; ROSA, M. B. Prevenindo erros de dispensação


em farmácias hospitalares. Infarma, v.8, nº7/8, 2006. Disponível em:
http://www.cff.org.br/sistemas/geral/revista/pdf/13/inf32a36.pdf. Acesso em: 4 jun.
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MARIN, N. et al. Assistência Farmacêutica para gerentes municipais. Rio de


Janeiro: OPAS/OMS, 2003.

TUMA, I. L.; CARVALHO, F. D.; MARCOS, J. F. Guia de Boas Práticas em


Farmácia Hospitalar e Serviços de Saúde - SBRAFH. Programação, Aquisição e
Armazenamento de Medicamentos e Produtos para Saúde. São Paulo: Vide o
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REIS, A. Ciências Farmacêuticas: uma abordagem em farmácia hospitalar.


Seleção de medicamentos. São Paulo: Editora Atheneu, 2003.

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