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UNIVERSIDADE PITÁGORAS UNOPAR ANHANGUERA

CURSO DE FARMÁCIA

MARINA ABREU PONTES SILVA

RELATÓRIO DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM


FARMÁCIA HOSPITALAR.

Palmas - TO
2023
MARINA ABREU PONTES SILVA

RELATÓRIO DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM


FARMÁCIA HOSPITALAR.

Relatório do Estágio Supervisionado em Farmácia


Hospitalar apresentado como requisito obrigatório para a
obtenção da pontuação necessária na disciplina de
Estágio Supervisionado em Farmácia Hospitalar.

Orientador: Prof. Ms. Flávia Soares Lassie

Palmas - TO
2023
SUMÁRIO

1 APRESENTAÇÃO................................................................................................ 3
2 INTRODUÇÃO..................................................................................................... 4
3 ATIVIDADES DO ESTAGIÁRIO........................................................................... 5
4 ESTUDOS DE CASO........................................................................................... 6
5 TERMO DE VALIDAÇÃO DO RELATÓRIO........................................................ 7
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................. 8
REFERÊNCIAS 9
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1 APRESENTAÇÃO

O presente estágio feito durante o 6° período do curso de Farmácia na cidade


de Divinopolis do Tocantins no ano de 2023 teve como objetivo observar e aprender
tanto na teoria quanto na prática sobre dispensação de medicamentos do
Componente Básico e Estratégico da Assistência Farmacêutica do Sistema Único de
Saúde (SUS), seguindo a RENAME atualizada e o perfil epidemiológico da cidade e
entender sobre as responsabilidades como farmacêutico, legislação, dentre outros.
Os programas de estágio que envolvem a Farmácia Hospitalar visam garantir
o aprendizado do estudante em farmácia de forma a aprimorar e preparar o futuro
farmacêutico para o mercado de trabalho.
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2 INTRODUÇÃO

A farmácia hospitalar é um dos campos de atuação do farmacêutico, sendo


este o responsável pela supervisão da comercialização de medicamentos (BRASIL,
1973). É também dever do farmacêutico assegurar condições adequadas de
conservação e dispensação dos produtos, prestar assistência farmacêutica
necessária ao consumidor, estabelecer critérios e supervisionar o processo de
aquisição de medicamentos, promover treinamento inicial e contínuo dos
funcionários para a adequação da execução de suas atividades (BRASIL 1999).
É de responsabilidade do farmacêutico o processo de dispensação de
medicamentos na farmácia (BRASIL, 1973), é também de sua responsabilidade
prestar ações e serviços que visam assegurar a assistência integral, a promoção, a
proteção e a recuperação da saúde sendo então denominada assistência
farmacêutica (BRASIL, 2001). O farmacêutico exerce atenção e assistência
auxiliando o paciente, em relação ao medicamento, quanto ao seu uso correto,
horários de administração de acordo com a orientação médica, cuidados com o
armazenamento, alertando sobre possíveis interações e efeitos colaterais, assim
aumentando a aderência ao tratamento prescrito.
Estágio é um ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no
ambiente de trabalho, que visa à preparação para o trabalho produtivo de
educandos. O estágio visa ao aprendizado de competências próprias da atividade
profissional e à contextualização curricular, objetivando o desenvolvimento do
educando para a vida cidadã e para o trabalho (BRASIL, 2008). Também é uma
estratégia de profissionalização para aperfeiçoar a formação acadêmica, que
complementa o processo de aprendizagem, preparando o aluno para o mercado de
trabalho.
O estágio supervisionado em farmácia hospitalar é uma etapa de grande
importância para a formação do farmacêutico, pois faz com que o aluno relacione o
conteúdo teórico obtido em aula com a prática da profissão farmacêutica. O principal
objetivo do estágio é vivenciar a rotina de uma farmácia hospitar e a do
farmacêutico, observar o trabalho do farmacêutico em exercício de suas atividades;
analisar seu comportamento profissional e ético. Observar as técnicas de
dispensação e os cuidados ao realizar atenção farmacêutica.
O objetivo do presente trabalho é relatar a experiência vivenciada em um
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estágio curricular. Citar as atividades desenvolvidas no período do estágio,


relacionar as atividades da farmácia com a literatura, principalmente com as
legislações que norteiam a atividade farmacêutica.
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3 ATIVIDADES DO ESTAGIÁRIO

Acompanhar a rotina de atividades desenvolvidas pelo profissional supervisor.


As atividades podem incluir as etapas e/ou processos da farmácia hospitalar:
aquisição, armazenamento, distribuição e dispensação de medicamentos e/ou
produtos farmacêuticos. Além disso, podem ser considerados estágios em gestão da
assistência farmacêutica, assuntos regulatórios, centros de informações de
medicamentos, avaliação de tecnologias em saúde, monitorização da qualidade da
água, prestação de serviços farmacêuticos e orientação a usuários na utilização de
medicamentos e/ou produtos farmacêuticos e nas demais atividades relacionadas à
prática farmacêutica. Compreende-se como serviços farmacêuticos, além da
dispensação, rastreamento em saúde, revisão da farmacoterapia, conciliação
medicamentosa, acompanhamento farmacoterapêutico, educação em saúde,
manejo de problemas de saúde autolimitados, monitorização terapêutica de
medicamentos.
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4 TEORIA EM PRÁTICA- ESTUDOS DE CASOS

A evolução histórica da farmácia hospitalar no Brasil está vinculada à


estruturação do complexo médico industrial. No século XX, o farmacêutico era o
profissional de referência para a sociedade nos aspectos do medicamento. Além de
dispensar o medicamento, o farmacêutico hospitalar era responsável também, pela
manipulação.
A sociedade Brasileira de Farmácia Hospitalar (SBRAFH) foi criada em 1995
e têm contribuído para o desenvolvimento da assistência farmacêutica hospitalar.
Segundo a SBRAFH (1997), farmácia hospitalar é uma unidade clínica,
administrativa e econômica, dirigida por farmacêutico, ligada hierarquicamente à
direção de hospitais e integrada funcionalmente com as demais unidades
administrativas e de assistência ao paciente.

Estudo de Caso 1 – Estrutura da Farmácia Hospitalar

A direção clínica do hospital solicitou ao farmacêutico hospitalar que


readequasse o sistema de distribuição de medicamentos do hospital visando
diminuir os gastos com os medicamentos, diminuir os erros de medicação, melhorar
o controle e a gestão do estoque da farmácia, diminuir os estoques de
medicamentos nos postos de enfermagem, além de favorecer a integração do
farmacêutico com a equipe de saúde. O farmacêutico analisou os recursos humanos
e a infraestrutura disponível e avaliou que em um primeiro momento, só seria
possível a implantação de um sistema que dispensasse medicamentos necessários
para um dia de tratamento para cada paciente.

Responda:

a) Quais são os objetivos principais da gestão da farmácia hospitalar?


• São objetivos principais da gestão hospitalar: garantir o abastecimento,
dispensação, acesso, controle, rastreabilidade e uso racional de
medicamentos e de outras tecnologias em saúde; assegurar o
desenvolvimento de práticas clínico assistenciais que permitam monitorar a
utilização de medicamentos e outras tecnologias em saúde; otimizar a relação
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entre custo, benefício e risco das tecnologias e processos assistenciais;


desenvolver ações de assistência farmacêutica, articuladas e sincronizadas
com as diretrizes institucionais; e participar ativamente do aperfeiçoamento
contínuo das práticas da equipe de saúde;

b) A farmácia hospitalar deve estar localizada em área de livre acesso e circulação,


tanto para atender à distribuição de medicamentos de pacientes internados e
ambulatoriais, como para receber visitas de técnicos e de fornecedores o que
justifica a sua localização em ponto estratégico que facilite a troca de informações. O
dimensionamento da área física de uma farmácia hospitalar tem relação direta com
as atividades a serem desenvolvidas, que são, por sua vez, determinadas pelo perfil
assistencial e pela complexidade do cuidado prestado no hospital. Quais são os
principais ambientes da Farmácia Hospitalar? Esquematize através de um desenho
qual é a estrutura física necessária para o funcionamento de uma farmácia
hospitalar, identificando cada área e relacionando quais são as atividades que são
desempenhadas no local.
A Farmácia Hospitalar engloba diversos ambientes essenciais para suas
atividades, incluindo:
1. Dispensação de Medicamentos: Local onde ocorre a distribuição segura e
controlada de medicamentos aos pacientes internos e ambulatoriais.
2. Central de Abastecimento Farmacêutico (CAF): Responsável pelo
recebimento, armazenamento e distribuição interna de medicamentos, insumos e
produtos correlatos.
3. Manipulação de Medicamentos Estéreis e Não Estéreis: Espaço dedicado
à preparação de medicamentos, incluindo a manipulação asséptica de
medicamentos injetáveis, como quimioterápicos e nutrição parenteral.
4. Sala de Controle de Qualidade: Ambiente para realização de análises e
testes de qualidade em medicamentos, assegurando sua conformidade.
5. Farmácia Clínica: Foco na interação direta com a equipe médica,
contribuindo para a seleção racional de medicamentos, monitoramento de terapias e
prevenção de eventos adversos.
6. Arquivo Técnico e Documentação: Local destinado à guarda de
documentos relacionados à gestão farmacêutica, como registros de controle de
estoque e documentos regulatórios.
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7. Farmácia Satélite: Unidades descentralizadas em áreas específicas do


hospital, atendendo demandas pontuais, como emergência ou unidades de terapia
intensiva.
8. Almoxarifado: Área para armazenamento e controle de estoque de
materiais não farmacêuticos, como dispositivos médicos e produtos de higiene.
Cada um desses ambientes desempenha um papel crucial na operação
eficiente da Farmácia Hospitalar, garantindo a segurança, qualidade e acesso
adequado aos medicamentos e serviços farmacêuticos.

Área
Recepção e inspeção Manipulação de NPT

CAF Manipulação de Citotóxicos

Área de distribuição Área de unitarização de doses

Sala de Chefia Sala de diluição de germicidas

Área administrativa Manipulação Magistral e Oficinal

Sala de reunião Depósito de Material de


Limpeza (DML)

Área de medicamentos sujeitos a Fracionamento


controle especial
(Portaria
nº344/1998)
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c) Pensando na temática proposta pelo estudo de caso, explique qual será o


sistema de distribuição de medicamentos que poderá ser implantado no hospital?
Quais são as vantagens e desvantagens desse sistema de distribuição? Justifique.
Com base no estudo de caso, o sistema de distribuição de medicamentos
que poderá ser implantado no hospital é o sistema de distribuição por dose unitária.
Nesse sistema, os medicamentos são dispensados em doses individuais, prontas
para serem administradas aos pacientes. Cada dose é embalada e rotulada de
forma individualizada, contendo todas as informações necessárias sobre o
medicamento, como nome, dosagem, data de validade e instruções de uso.
As vantagens desse sistema de distribuição são:
1. Maior segurança: A dispensação por dose unitária reduz o risco de erros
de medicação, pois cada dose é verificada e conferida individualmente antes de ser
administrada ao paciente. Isso ajuda a prevenir a administração de medicamentos
incorretos ou em dosagens erradas.
2. Redução de desperdício: Com o sistema de dose unitária, apenas a
quantidade necessária de medicamento é dispensada para cada paciente, evitando
o desperdício de medicamentos que não serão utilizados.
3. Melhor controle de estoque: O sistema de dose unitária permite um
controle mais preciso do estoque de medicamentos, pois as doses são registradas
individualmente. Isso ajuda a evitar a falta de medicamentos e a identificar possíveis
desvios ou perdas.
4. Facilidade de rastreamento: Com cada dose individualmente embalada e
rotulada, é mais fácil rastrear a origem e o destino de cada medicamento, o que
pode ser útil em caso de recalls ou investigações de eventos adversos.
No entanto, também existem algumas desvantagens nesse sistema de
distribuição:
1. Maior custo inicial: A implantação do sistema de dose unitária requer
investimentos em equipamentos, embalagens e treinamento da equipe. Isso pode
representar um custo inicial mais elevado para o hospital.
2. Complexidade operacional: O sistema de dose unitária exige um processo
mais detalhado e demorado de preparação e dispensação dos medicamentos. Isso
pode demandar mais tempo e recursos da equipe de farmácia.
3. Restrição de medicamentos: Nem todos os medicamentos são adequados
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para serem distribuídos por dose unitária, especialmente aqueles que têm
estabilidade limitada após a abertura das embalagens. Isso pode limitar a
aplicabilidade do sistema em certos casos.
Em suma, o sistema de distribuição por dose unitária apresenta vantagens
significativas em termos de segurança, controle de estoque e redução de
desperdício de medicamentos. No entanto, é importante considerar os custos e a
complexidade operacional associados à sua implantação, além de avaliar a
adequação dos medicamentos ao sistema.

d) O sistema de distribuição de medicamentos deve se basear nas características


do hospital e deve ser um sistema racional, eficiente, econômico e seguro. Descreva
quais são os tipos de sistemas de distribuição de medicamentos que podem ser
utilizados nos hospitais, relacionando as vantagens e desvantagens de cada um.
O sistema de distribuição de medicamentos (SDM) deve acolher a todas as
áreas da instituição onde sejam consumidos medicamentos, sendo providos de
segurança e controle. No entanto, esses sistemas são aplicados de acordo com a
logística hospitalar, no qual cada um contém suas características, vantagens e
desvantagens. Sendo, classificados como: Coletivo, Individualizado e Dose Unitária.
O sistema de distribuição coletivo (SDC) é o mais antigo dos sistemas, entretanto
ainda há hospitais brasileiros que o adotam.
A farmácia nesse sistema serve, unicamente, como depósito de
medicamentos e correlatos e, simplesmente, faz um repasse desses produtos para
as diversas seções do hospital, pois não leva em conta a verdadeira função da
farmácia hospitalar (FINOTTI, 2010; GOMES; REIS, 2011).
O sistema de distribuição individualizado (SDI) é adotado em hospitais
brasileiros, e cada instituição possui suas peculiaridades e variações da rotina
operacional. Essas variações vão desde a forma da prescrição médica, modo de
preparo e distribuição das doses e fluxo da rotina. O sistema individualizado
determina-se geralmente por um período de 24 horas, onde os pedidos de
medicamentos são feitos especificamente para cada paciente. Esse sistema se
divide em sistema individualizado indireto ou direto. No SDI indireto, a distribuição é
baseada na transcrição da prescrição médica.
A solicitação à farmácia é feita por paciente e não por unidade assistencial,
como no coletivo. Em contrapartida o SDI direto, a distribuição é baseada na cópia
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da prescrição médica, eliminando a transcrição. Neste contexto, é possível uma


discreta participação do farmacêutico, na terapêutica medicamentosa, sendo já um
grande avanço para a realidade brasileira (GOMES; REIS, 2011).
De acordo com Gomes e Reis (2011) o sistema de distribuição
individualizado pode ser operacionalizado de duas formas:
a) Os medicamentos são colocados em único compartimento,
podendo ser um saco plástico, de forma desordenada, e para um período
determinado que, geralmente, pode ser 12 horas, 24 horas ou por turno de
trabalho. Para priorizar a segurança do paciente, deve conter informações na
embalagem (saco), tais como: nome do paciente, número do leito e data de
nascimento, garantindo a eficiência desse sistema.
b) Nesse sistema, os medicamentos são contidos em embalagens, e
identificados para cada paciente. Essa distribuição é realizada em um prazo
máximo de 24 horas podendo ser em embalagens plásticas, com 19
separações obtidas por termos solda. Nesse sentido, os horários de
administração são identificados de acordo com a prescrição médica, visando,
uma distribuição segura.
O sistema de distribuição por dose unitária (SDMDU) é um método
farmacêutico de controle de medicamentos em instituições de saúde. Pode diferir, na
forma da execução, dependendo das condições e necessidades institucionais. A
equipe de farmácia assume papel de destaque, já que se exige uma estrutura
organizada, como processos de trabalho que promovam a prevenção, identificação e
redução de erros de prescrição e distribuição/dispensação (SILVA et al., 2006;
CARVALHO, 2018).

e) Quais são as atividades farmacêuticas que podem ser realizadas nos hospitais?
O Farmacêutico Hospitalar responsabiliza-se por todo o ciclo do
medicamento, desde sua seleção (ativos e fornecedores), armazenamento,
controles, até o último momento, a dispensação e o uso pelo paciente. A Farmácia
Hospitalar tem abrangência assistencial, técnico-científica e administrativa e
desenvolve atividades ligadas à produção, armazenamento, controle, dispensação e
distribuição de medicamentos e materiais médico-hospitalares às unidades
hospitalares.
A atuação do farmacêutico hospitalar é muito abrangente. Ele é o
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profissional responsável por todo o fluxo do medicamento dentro da unidade de


saúde e pela orientação aos pacientes internos e ambulatoriais, buscando cooperar
na eficácia do tratamento, redução dos custos, voltando-se também para o ensino e
a pesquisa, funcionando como campo de aprimoramento profissional.

Estudo de Caso 2 – Atividades realizadas na Farmácia Hospitalar


O farmacêutico hospitalar é o profissional responsável por atividades clínicas,
administrativas e consultivas com o objetivo de promover a racionalização de custos,
o uso racional de medicamentos e a orientação aos pacientes, além de atuar na
gestão da logística farmacêutica e participar das comissões hospitalares, sendo
referência na promoção da saúde por meio da assistência farmacoterapêutica. Esse
profissional tem uma conduta interdisciplinar, integrando a farmácia hospitalar com
os demais serviços e unidades clínicas. De acordo com a Resolução no 492, de 26
de novembro de 2008, que regulamenta o exercício profissional no setor público e
privado, as principais atribuições do farmacêutico foram agrupadas em cinco
grandes áreas: atividades logísticas, controle de qualidade, atividades intersetoriais,
atividades focadas no paciente, atividades de manipulação/ produção.

a) Em oncologia, o farmacêutico é o principal instrumento para a qualidade da


farmacoterapia. Suas atribuições excedem a simples dispensação da prescrição
médica, ou ainda a manipulação propriamente dita. Sua atuação é importante em
várias etapas da terapia antineoplásica. Pensando na manipulação de
antineoplásicos, descreva quais são as condições mínimas necessárias que são
exigidas para a manipulação de antineoplásicos.
Os remédios contra o câncer são produzidos de acordo com as normas
estabelecidas pela ANVISA, por meio da RDC 220/2004. Todas as etapas do
tratamento contra o câncer exigem cuidados especiais, pois envolvem remédios que
podem causar danos graves ao paciente se houver algum erro no processo de uso.
Com o conhecimento dos riscos associados ao uso desses remédios, são adotadas
medidas de segurança para prevenir erros e garantir a segurança do processo.
Como prática, as doses são conferidas de acordo com o peso, a superfície corporal
e as condições clínicas de cada paciente em cada ciclo de tratamento.
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A manipulação dos remédios é feita apenas pelo farmacêutico, dentro de uma


cabine de segurança biológica, seguindo as recomendações específicas de cada
fabricante. Para garantir a esterilidade do produto, a proteção do ambiente e do
manipulador, são tomadas medidas como a limpeza dos remédios e materiais
utilizados na preparação e o uso de roupas especiais pelo manipulador, juntamente
com os equipamentos de proteção individual adequados. Além disso, o ambiente é
controlado em termos de temperatura e pressão, e o acesso de pessoas é restrito.

b) A nutrição parenteral compreende uma solução ou uma emulsão composta,


basicamente, por aminoácidos, lipídios, carboidratos e eletrólitos. É uma formulação
estéril e apirogênica, acondicionada em bolsa plástica, destinada à administração
intravenosa em pacientes desnutridos ou não, em regime hospitalar, ambulatorial ou
domiciliar, visando a síntese ou à manutenção de tecidos, órgãos e sistemas. O
Setor de Nutrição Parenteral do Serviço de Farmácia do hospital é o setor
responsável pela seleção, pela aquisição, pelo armazenamento, pela manipulação e
dispensação das formulações de nutrição parenteral. Pensando na manipulação da
nutrição parenteral, descreva quais são as condições mínimas necessárias que são
exigidas para a manipulação de nutrição parenteral.
A manipulação de nutrição parenteral requer condições rigorosas para
garantir a segurança e a eficácia do produto. Algumas condições mínimas incluem:
1. Ambiente Asséptico:A manipulação deve ocorrer em uma área limpa e
controlada para evitar a contaminação microbiológica.
2. Sala Limpa: Idealmente, a manipulação ocorre em uma sala limpa
classificada de acordo com padrões específicos para evitar partículas e
microrganismos.
3. Equipamentos Adequados:Uso de equipamentos esterilizados e próprios
para a manipulação de nutrição parenteral, incluindo seringas, agulhas, filtros e
frascos.
4. Treinamento Específico: Profissionais envolvidos devem ser treinados e
familiarizados com as boas práticas de manipulação asséptica.
5. Higienização Pessoal:Rigorosa higienização das mãos e utilização de
vestimentas adequadas, como luvas e toucas, para prevenir a contaminação do
produto.
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6. Validação do Processo:Verificação e validação regular dos procedimentos


de manipulação para assegurar a consistência e a qualidade do produto final.
7. Monitoramento Ambiental: Realização de monitoramento constante do
ambiente, incluindo testes microbiológicos, para garantir a conformidade com os
padrões estabelecidos.
8. Armazenamento Apropriado:Os componentes da nutrição parenteral devem
ser armazenados em condições específicas, controlando temperatura e luz,
conforme as recomendações do fabricante.
Cumprir essas condições mínimas é essencial para prevenir riscos à saúde
do paciente e garantir a eficácia do tratamento com nutrição parenteral.
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5 TERMO DE VALIDAÇÃO DO RELATÓRIO


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6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Concluir meu estágio em farmácia hospitalar foi uma experiência


enriquecedora. Aprendi a integrar conhecimentos teóricos à prática, aprimorando
minhas habilidades em gestão de medicamentos, comunicação interprofissional e
atendimento ao paciente. Contribuir para a promoção da segurança e eficácia no
uso de medicamentos reforçou meu comprometimento com a qualidade do cuidado
farmacêutico em ambientes hospitalares.
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REFERÊNCIAS

https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2010/prt4283_30_12_2010.html

https://www3.sp.senac.br/hotsites/blogs/InterfacEHS/wp-content/uploads/
2019/07/236_InterfacEHS_ArtigoOriginal-73-81.pdf

https://www.crfsp.org.br/quem-somos/182-comissao-de-
farmaciahospitalar.html#:~:text=A%20Farm%C3%A1cia%20Hospitalar%20tem
%20abrang%C3%AAncia,m%C3%A9dico%2Dhospitalares%20%C3%A0s
%20unidades%20hospitalares.

https://g1.globo.com/mg/zona-da-mata/especial-publicitario/solus/tudo-sobre-
cancer/noticia/2020/11/26/manipulacao-de-antineoplasicos-conheca-os-aspectos-
que-promovem-seguranca.ghtml

https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2007/rdc0067_08_10_2007.html

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