FACULDADE ANHANGUERA DE IMPERATRIZ

ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM MANIPULAÇÃO ALOPÁTICA E

HOMEOPÁTICA

CURSO DE FARMÁCIA

JENNY ERICA LOPES RAMOS

RA: 13529704731

RELATÓRIO:
ESTÁGIO CURRICULAR EM MANIPULAÇÃO ALOPÁTICA E HOMEOPÁTICA

Imperatriz – MA
2022
 JENNY ERICA LOPES RAMOS
RA: 13529704731

RELATÓRIO:
ESTÁGIO CURRICULAR EM MANIPULAÇÃO ALOPÁTICA E HOMEOPÁTICA

Relatório desenvolvido e apresentado para

conclusão do Estágio Curricular em
Manipulação Alopática e Homeopática,
supervisionado pelo professor João Paulo
Bastos Silva.

Imperatriz – MA
2022
 SUMÁRIO

1 DADOS DO ESTÁGIO.............................................................................................. 4
2 INTRODUÇÃO.......................................................................................................... 5
3 OBJETIVOS............................................................................................................... 6
3.1 Objetivos gerais.................................................................................................... 6
3.2 Objetivos específicos............................................................................................ 6
4 DESENVOLVIMENTO............................................................................................. 7
4.1 Aprofundamento teórico....................................................................................... 7
4.2 Atividades desenvolvidas ..................................................................................... 8
4.2.1 Apresentação do Estagio ................................................................................... 8
4.2.2 Xarope simples .................................................................................................. 8
4.2.3 Xarope de guaco ................................................................................................ 9
4.2.4 Capsulas de Ginko Biloba ................................................................................. 9
4.2.5 Gel de calendula ................................................................................................ 10
4.2.6 Gel de carbopol ................................................................................................. 11
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS..................................................................................... 13
6 REFERÊNCIAS......................................................................................................... 14
7 APÊNDICES.............................................................................................................. 15
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1 DADOS DO ESTÁGIO

Área do estágio: Manipulação Alopática e Homeopática

Nome do acadêmico: Jenny Erica Lopes Ramos

Número de matrícula: 13529704731
Curso e período: Farmácia, 10° período

Empresa: Pitágoras Sistema de Educação Superior Sociedade Ltda.

Supervisor: João Paulo Bastos Silva
Nº de registro profissional: CRF-MA 8039

Início do estágio: 10/08/2022

Término do estágio: 07/12/2022
Jornada de estágio: 6 h diárias
Total de horas: 120 h

João Paulo Bastos Silva

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2 INTRODUÇÃO

Na grade curricular do curso de Farmácia da Faculdade Anhanguera, consta o estágio

de Manipulação alopática, realizado na Farmácia Escola da unidade. A manipulação
farmacêutica é uma área que vem crescendo no mercado nos últimos anos, embora a história
da farmácia tenha iniciado com a produção das medicações, a demanda caiu com o aumento
das indústrias farmacêuticas e drogarias.
Uma Farmácia de manipulação difere de uma drogaria pelos processos de produção
artesanal dos produtos e medicamentos, onde esses são elaborados de forma personalizada e
individualizada para cada paciente. Para que esta fabricação seja possível é necessária uma
receita prescrita por um profissional de saúde apto para prescrição, assim como médicos,
dermatologistas, odontologistas, entre outros.
O farmacêutico, por sua vez, é o profissional habilitado para, em conjunto com uma
equipe técnica, atuar no preparo, armazenamento e dispensação dos medicamentos em uma
farmácia de manipulação, além poder prescrever alguns produtos. A capacitação profissional
do farmacêutico se dá através do estágio curricular, onde ele, enquanto acadêmico, aprende na
prática a ter uma visão crítica e a lidar com as adversidades.
A finalidade do estágio curricular é proporcionar ao aluno um ambiente propício para
que, dentro dos laboratórios, ele possa aplicar o conhecimento teórico obtido em sala de aula,
despertando o seu raciocínio profissional para o processo de manipulação, dando-lhe meios de
desenvolver sua conduta ética no campo de trabalho.
Compreende-se então, que a Farmácia Universitária é o local ideal para o processo de
aprendizagem dos acadêmicos na manipulação, priorizando o desenvolvimento técnico-
prático de competências necessárias para sua integração ao mercado de trabalho como um
profissional apto a trabalhar em equipe e desempenhar suas funções com qualidade.
O propósito do presente trabalho é expor as atividades teóricas e as formulações
manipuladas durante o estágio, descrevendo de forma concisa os meios e materiais utilizados,
bem como suas funções, para a conclusão das mesmas.
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3 OBJETIVOS

3.1 Objetivos gerais

 Analisar as etapas da manipulação de medicamentos e produtos farmacêuticos;

 Observar as atividades desenvolvidas durante o estágio;
 Assimilar a relevância do farmacêutico magistral.

3.2 Objetivos específicos

 Absorver as vantagens das formulações manipuladas;

 Observar as práticas de preparo, embalagem e armazenamento;
 Entender a função desempenhada pelo farmacêutico na manipulação.
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4 DESENVOLVIMENTO

4.1 Aprofundamento teórico

A história da sociedade está intimamente ligada à prática da farmácia, pois desde as

civilizações mais antigas temos relatos de ungüentos e preparações úteis para restaurar
problemas de saúde. Os elementos da natureza eram utilizados nessas formulações com o
intuito de proporcionar alívio terapêutico para as doenças que se abatiam sobre a população.
Na época do Brasil colonial, religiosos foram trazidos de Portugal para criar colégios,
conventos e evangelizar os índios que aqui habitavam, tais religiosos recebiam o nome de
jesuítas, e ao verem o potencial das preparações feitas pelos índios, dedicaram-se a manipular
as matérias-primas nativas para obter medicamentos (DIEZ DEL CORRAL, 2009).
Segundo Florentina Santos Diez Del Corral (2009, p.21) “Já houve quem dissesse que
ela é tão antiga quanto a humanidade. Rudimentar, empírica, científica, assim caminhou ao
longo do tempo, atravessou os séculos e chegou até nós.”, referindo-se à farmácia, que
evoluiu a partir das boticas criadas pelos jesuítas, passou por momentos de infortúnios, mas
resistiu e hoje a conhecemos sob duas linhagens: Farmácia de manipulação ou Farmácia
Magistral e Farmácia Comercial ou Drogaria.
Nesse contexto a Farmácia de manipulação destina-se ao processo de produção de
medicamentos, oferecendo uma vasta gama de produtos e medicamentos personalizados,
configurando um ambiente de prestação de serviço em saúde, na qual os pacientes buscam um
tratamento alternativo, fitoterápico, homeopático ou ainda alopático, eficiente e de baixo
custo. Enquanto as Farmácias comerciais ou Drogarias são aquelas que se destinam
unicamente à comercialização de medicamentos.
O medicamento magistral proporciona ao paciente a vantagem de adequação às suas
necessidades de saúde, de maneira individualizada e única (COUTO, 2016). Dentre as
adequações possíveis podemos citar a associação de princípios ativos, a troca de forma
farmacêutica, a substituição de componentes alérgenos, o ajuste de dose/concentração. Na
manipulação podemos encontrar diversos produtos e medicamentos exclusivos, que não
existem na indústria farmacêutica.
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4.2 Atividades desenvolvidas

4.2.1 APRESENTAÇÃO DE ESTÁGIO (10/08)

O primeiro encontro do estágio de manipulação na Farmácia-escola ocorreu com o
professor João Paulo. Neste momento inicial de apresentação, o professor elucidou todas as
dúvidas dos estagiários referentes às regras gerais do estágio, explicando como funcionaria a
carga horária diária dividida entre teoria e prática, organizou a divisão da turma em trios para
a realização das atividades propostas durante o estágio. Explicou ainda, sobre os critérios de
aprovação no estágio, dentre os quais se encaixam a entrega dos documentos devidamente
preenchidos, o empenho na realização das atividades, a presença nos encontros com o mínimo
de faltas possível justificando-as se necessário e a elaboração deste relatório de forma correta
e dentro das normas.
A documentação a ser entregue para iniciar as atividades em laboratório seriam o
Termo de Compromisso assinado e preenchido com os dados corretos do acadêmico, a folha
de Acompanhamento Diário do Estagiário para que pudesse ser preenchida a cada encontro e
assinada, a Folha de Frequência Mensal do Estágio também assinada a cada encontro, a folha
de Avaliação do Supervisor na qual o supervisor de campo deve avaliar o aluno segundo os
aspectos observados por ele, a Ficha de Autoavaliação onde o próprio estagiário avalia os
aspectos da sua participação, e por fim, a cópia de documentos pessoais (RG, CPF, Carteira
de Vacinação e Comprovante de Residência).
Além destes assuntos, foi tema deste encontro a paramentação obrigatória dentro da
Farmácia Universitária, onde exigiu-se o uso de roupa branca de preferência sem detalhes,
sapato branco e EPI’s (jaleco, touca, luva e máscara).

 24/08 – Ausente.

 31/08 – Ausente.

 07/09 – Feriado.

 14/09 – Ausente.

 21/09 – Semana de cursos.

4.2.2 XAROPE SIMPLES (28/09)

Iniciamos com a preparação da base (xarope simples), para depois adicionarmos o guaco.
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Utilizamos os seguintes componentes:

MATERIA PRIMA CONCENTRAÇÃO
Sacarose 85g
Água destilada 50ml

Pesamos 85g de sacarose, depois adicionamos 50ml de água deslitalada, levamos a

chapa aquecedora, e observamos com o termômetro até chegar 80 ºC, pois caso seja
ultrapassado, pode ocorrer a quebra de moléculas da sacarose. É necessário aguardar que a
sacarose obtenha total solubilidade. Após esse procedimento, armazenamos o xarope para na
próxima aula adicionar o quaco.

4.2.3 XAROPE DE GUACO (05/10)

Na aula anterior, deixamos o xarope simples pronto para que hoje pudéssemos adicionar o
extrato fluido de guaco e assim pode ser indicado como expectorante branco dilatador
infecções do trato respiratório.
Foi utilizado os seguintes componentes:
MATERIA PRIMA CONCENTRAÇÃO
Guaco 5% 5ml
Base 95% 95ml

 12/10 – Feriado.

4.2.4 PREPARAÇÃO E ENCAPSULAMENTO DE GINKGO BILOBA (19/10)

Preparamos e encapsulamos Ginkgo Biloba, um pincípio ativo indicado para a
circulação sanguínea cerebral. As cápsulas de Ginkgo Biloba podem ter diversas
concentrações, a que será manipulada neste encontro é de 60 mg. Cada trio produziu 10
cápsulas, para as quais utilizamos as seguintes materias-primas:

MATÉRIA-PRIMA CONCENTRAÇÃO FUNÇÃO

Extrato seco de Ginko Biloba 60 mg Princípio ativo
Amido qsp 10 cápsulas Excipiente

E os materiais a seguir:
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UTENSÍLIOS E EQUIPAMENTOS QUANTIDADE

Proveta de 50 ml 2
Espátula 2
Gral e pistilo 1
Vidro de relógio 2
Balança 1
Encapsulador 1

Técnica de preparo:
Iniciamos determinando a densidade dos pós utilizados, logo após pesamos as
provetas e anotamos o valor. Adicionamos amido em uma proveta compactando bem e extrato
seco de Ginkgo Biloba na outra também compactando. Ao findar a compactação dos pós
pesamos as duas provetas cheias anotando os valores, a fórmula utilizada para calcularmos a
densidade foi D=M/V. Logo após descobrir as densidades, determinamos o volume ocupado
por 60mg de Ginkgo Biloba, para isso utilizamos a fórmula V=M/D. Calculamos depois a
massa de cada pó pela fórmula M=D*V. E então, após descobrir a massa de cada um,
calculamos a quantidade necessária para preencher 10 cápsulas, multiplicando o valor da
massa por 10.
Pesamos as quantidades necessárias para as 10 cápsulas e homogeneizamos o amido e
o Ginkgo no gral, prosseguimos com o encapsulamento, posicionando as cápsulas abertas no
encapsulador e adicionando os pós homogeneizados no encapsulador, com a ajuda da espátula
arrastar a mistura para dentro das cápsulas compactando até que todas estejam cheias. Na
sequência fechamos e armazenamos.

4.2.5 PREPARAÇÃO DE GEL DE CALÊNDULA (26/10)

No encontro do dia 11 de junho, preparamos uma formulação de Gel de Calêndula, um
gel antiinflamatório indicado para tratar inflamações. Foram utilizadas as seguintes matérias-
primas:
MATÉRIA-PRIMA CONCENTRAÇÃO FUNÇÃO
Extrato glicólico de calêndula 10 ml Princípio ativo
Gel base qsp 100 g Veículo
GEL BASE
Natrosol 2g Agente gelificante
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Propilenoglicol 5g Umectante
Nipagin 0,2 g Conservante
Água qsp 100 ml Veículo

Os materiais utilizados foram:

UTENSÍLIOS E EQUIPAMENTOS QUANTIDADE
Bastão de vidro 1
Espátula 2
Becker de 250 ml 2
Becker de 50 ml 1
Vidro de relógio 2
Proveta de 10 ml 1
Proveta de 100 ml 1
Balança 1
Gral e pistilo 1

Técnica de preparo:
Separamos e pesamos todos os componentes, preparamos o gel base macerando o
natrosol em gral, transferimos para o Becker de 250 e misturamos com 20 ml de água,
adicionamos o nipagin e homogeneizamos com bastão de vidro, completamos com água até
100 ml. Misturamos em um Becker de 250 ml o extrato glicólico de calêndula e o gel base,
homogeneizamos com bastão de vidro, embalamos e armazenamos.

 02/11 – Feriado.

 09/11 – Ausente.

 16/11 – Semana de cursos.

4.2.6 GEL DE CARBOPOL (23/11)

Usamos os seguintes componentes:
MATERIA PRIMA CONCENTRAÇÃO
Carbopol 2%
Água destilada ml 200ml
Glicerina 5%
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Conservante (metilparabeno) 0,15g

Realizamos a medição e pesagem dos componentes acima, colocamos a aguá em um becker,

adicionamos o carbopol na aguá e levamos ao agitador magnetico. Aguardamos uns minutos e
adicionamos lentamente os demais componetes, continuamos no agitador aguardando para que a
concistencia da misture mude e fique com o aspecto firme do gel.

 30/11 – Produção de panfleto para concientização em saúde. (foto em apêndice)

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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O estágio curricular em manipulação alopática e homeopática foi um doador de grande

enriquecimento, e os objetivos foram alcançados permitindo ao acadêmico aplicar de forma
prática todo o conhecimento obtido teoricamente, vivenciando a rotina de manipulação, sendo
um divisor de águas essencial para o futuro farmacêutico no merc ado de trabalho.
No decorrer do estágio tive a oportunidade de adquirir competências que abrangem
situações ligadas ao bom desempenho da profissão. As atividades e manipulaçoes propostas
serviram de base para criar uma visão ampla da função desenvolvida pelo farmacêutico na
farmácia magistral.
Afirmo também que o bom desempenho conquistado durante o estágio foi resultado de
todo um esforço em equipe, onde tanto os meus colegas de trio quanto o professor supervisor
João Paulo, contribuíram de forma ativa para atingirmos tal desfecho.
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REFERÊNCIAS

COUTO, Lílian Rodrigues Moreira Fraga. Produção de medicamentos

magistrais em farmácias-escola: Estudo de caso da Farmácia Universitária da
UFF. 2016. 88p. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal Fluminense.
Niterói. 2016.

DIEZ DEL CORRAL, Florentina Santos. Do boticário ao farmacêutico: o

ensino de farmácia na Bahia de 1815 a 1949. EDUFBA. p 188, Salvador, 200
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APÊNDICES