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FACULDADE ANHANGUERA DE CAMPINAS

UNIDADE IV OURO VERDE

CURSO DE FARMÁCIA
ATIVIDADE FINAL – ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM FARMÁCIA
HOSPITALAR
PROFA. Anna Carolina Schneider Alves

ALUNO: Vinicius Guidorizzi Ricci


CURSO: FARMÁCIA
8° Semestre
RA: 337442712013

Campinas/2022
RESUMO

Os dados apresentados fazem parte de um estudo sobre Farmácia


Hospitalar, obtidos por meio de questionários, atividades e visita técnica.
Objetivou-se destacar a importância do estágio e traçar o modelo de grade
curricular aplicado pelas universidades. Com este trabalho, acredita-se
confirmar que o estágio em farmácia hospitalar proporciona ao aluno uma
visão mais clara e ampla desse ramo, para que possa ser capaz de reunir
conhecimento teórico, clínico e administrativo.

Em decorrer do curso foi ressaltado a importância do farmacêutico bem


treinado e orientado nessa área de atuação. Destaca-se também a
importância da notificação e atenção em cada caso clinico, assim evitando
possiveis problemas de intoxicação medicamentosa.

1. INTRODUÇÃO

A Farmácia Hospitalar tem abrangência assistencial, técnico-científica e


administrativa e desenvolve atividades ligadas à produção, armazenamento,
controle, dispensação e distribuição de medicamentos e materiais médico-
hospitalares às unidades hospitalares.

O Farmacêutico Hospitalar responsabiliza-se por todo o ciclo do


medicamento, desde sua seleção (ativos e fornecedores), armazenamento,
controles, até o último momento, a dispensação e o uso pelo paciente.

A atuação do farmacêutico hospitalar é muito abrangente. Ele é o


profissional responsável por todo o fluxo do medicamento dentro da unidade de
saúde e pela orientação aos pacientes internos e ambulatoriais, buscando
cooperar na eficácia do tratamento, redução dos custos, voltando-se também
para o ensino e a pesquisa, funcionando como campo de aprimoramento
profissional.

2. OBJETIVO
O estágio curricular na unidade de farmácia hospitalar permite ao
estudante conhecimentos, fixando os requisitos mínimos exigidos para a
conservação, transporte, aquisição, dispensação. As atividades aqui relatadas
visam o conhecimento das áreas de atuação do farmacêutico no âmbito
hospitalar, proporcionando uma visão geral do campo de trabalho, relações
humanas envolvidas e ética profissional.
3. DESENVOLVIMENTO

3.1. ATIVIDADE 1
Em decorrer do estágio foi-nos apresentado o quão importante é notificar
reações adversas de toda e qualquer intensidade, independente do seu motivo
ou razão.

Desta forma nos foi apresentado uma situação problema na qual se


destacava uma paciente com tumor cerebral e que possuía alguns efeitos
indesejáveis, então nos como supostos farmacêuticos preenchemos um
“Formulário de Notificação de Reações Adversas de Medicamento” e
corrigimos a prescrição base da paciente. Segue o trabalho em anexo:

SITUAÇÃO PROBLEMA

Z.O.A, 63 anos, obeso (150,7kg e 1,75m), diagnóstico de tumor cerebral, foi


submetido à cirurgia para retirada do tumor. Após seu período de internação,
foram prescritos os seguintes medicamentos:
- Fenitoína 100 mg 3x/dia
- losartana 50 mg 1 cp pela manhã
- Hidroclorotiazida 50 mg 1 cp pela manhã
- Metformina 500mg 1cp pela manhã e 1cp a noite

Após dez dias, paciente passou a apresentar dores de cabeça e lesões


cutâneas graves. Informa ter ingerido AAS para enxaqueca apresentada
após sua alta e por conta própria. Foi atendido pelo serviço de emergência
sendo tratado com a presunção de hipersensibilidade com hidrocortisona
injetável, prometazina, gabapentina, além de omeprazol, diazepam e
carbamazepina e a retirada de fenitoína, losartana, hidroclorotiazida e
metformina.
Na tentativa de identificar a causalidade do efeito foi sugerido a continuidade
da apenas da gabapentina, hidrocortisona e prometazina. Não havendo
melhora do quadro, a gabapentina também foi suspensa até a ocorrência de
crise convulsiva, que determinou a reintrodução do medicamento. Retirou-
se a prometazina, agora na forma

oral, havendo melhora das lesões, sugerindo uma regressão do quadro de


hipersensibilidade. Baseado nas informações disponíveis, discuta com sua
equipe de saúde a RAM apresentada pelo paciente internado, seguido da
observação e entrevista no leito do paciente, análise do prontuário e das
prescrições médicas, visando identificar possíveis interações
medicamentosas. Preencha o formulário de notificação abaixo para
encaminhamento ao setor de gerenciamento de risco do hospital.

Hospital das
Clínicas
Formulário de Notificação de Reações Adversas de Medicamento
Farmacêutica Responsável: Ingrid Martins Manfrinato
CRF:191623
1.Dados do paciente
Nome: Z.O.A
Prontuário: Data de Nascimento: 02 / 09_/ 59 Sexo: X Masculino ⬜ Feminino
Medicamentos utilizados pelo paciente:
- Fenitoína 100 mg 3x/dia
- losartana 50 mg 1 cp pela manhã
- Hidroclorotiazida 50 mg 1 cp pela manhã
- Metformina 500mg 1cp pela manhã e 1cp a noite
- ASS
- hidrocortisona injetável, prometazina, gabapentina, além de omeprazol, diazepam e
carbamazepina

Comorbidades: Tumor cerebral / Obesidade


Possui alergia a algum medicamento? _Sim, corante amarelo de tartrazina e Prometazina
2.Dados do evento
A reação apareceu após a administração do fármaco? Sim
A reação melhorou quando o fármaco foi suspenso? Sim
A reação reapareceu quando da sua re-administração? Sem dados
Existem causas alternativas (interação com outro fármaco)? Sem dados
Descreva detalhadamente o evento: _
Gravidade: X Ameaça a vida ⬜ Óbito ⬜ Prolongou a internação ⬜ Não grave
Data do evento:_ / _/ Duração do evento:

3. Identificação do Medicamento
- Medicamento: Fenitoína, losartana, Hidroclorotiazida, Metformina, ASS, hidrocortisona injetável,
prometazina, gabapentina, além de omeprazol, diazepam e carbamazepina
Forma Farmacêutica: Comprimido, cápsula, injetável
Fabricante: sem dados
Tipo de medicamento: sem dados

4.Profissional responsável pelo preenchimento


X Farmacêutico
⬜ Médico
□ Enfermeiro
Nome:
Numero
CRF/CRM/COREN

Em complemento a este trabalho, foi pedido que nós nos


aprofundássemos mais sobre notificações de efeitos adversos, para que
podessemos aprender mais sobre esse processo de suma importância na
farmácia hospitalar.

Após a detecção do efeito adverso do medicamento nos pacientes


começamos o processo de investigação de qual medicamento causou o efeito
indesejável, assim ao identificar uma possível RAM é necessário que seja
realizado uma notificação, a notificação RAM consiste na comunicação
através de um sistema informativo, por profissionais de saúde e usuários, de
suspeitas de RAM manifestadas após o uso de medicamentos.

A notificação é importante para o monitoramento dos produtos,


comercializados no país, sujeitos a regulação pela Agência Nacional de
Vigilância Sanitária ANVISA. Tornar possível a criação de um banco de dados
em que informações técnicas sobre segurança e eficácia destes produtos
possam subsidiar as ações regulatórias no mercado brasileiro.

Por meio da notificação se obtém informações necessárias para


retroalimentação dos processos de revalidação de registros de produtos e
certificação de boas práticas de fabricação de produtos, publicação de
alertas, retirada de produtos do mercado e inspeção em empresas, assim
como procedimentos do setor regulador para redução de risco sanitário nas
investigações de agravos.

Assim qualquer profissional da saúde ou usuários de medicamentos


pode realizar a notificação, o profissional sendo ele da rede pública ou
privada de saúde como hospitais, clinicas, unidades ambulatoriais,
farmácias e drogarias. E também Detentores de Registro de Medicamentos
(DRM) fabricantes ou importadores.

Os elementos para uma notificação pode incluir


 Dados do paciente
 Dados do medicamento suspeito
 Dados da reação adversa
 Dados do notificador

Após a notificação interna devemos fazer o registro da notificação pelo


acesso ao Formulário Eletrônico de Notificação de suspeita de RAM ou QT
disponível na página eletrônica do Centro de Vigilância Sanitária – CVS/SP.

Disponível na página do Centro de Vigilância Sanitária (CVS)


www.cvs.saude.sp.gov.br.

Anvisa junto as Visas estaduais, municipais e regionais iram monitorar


os eventos adversos notificados pelos serviços da sua região. A notificação
de evento adverso de medicamento será analisada quanto à causalidade
pela equipe técnica do Núcleo de Farmacovigilância que atualmente é
composta dos farmacêuticos, médicos e estudantes do curso de farmácia e
bioquímica.

Profissionais e ate mesmos pacientes podem acompanhar o


desenvolvimento da notificação de efeitos adversos.

As reações adversas tendem a ser vistas, incorretamente, como


“efeitos colaterais” e, sendo assim, como desvios das prioridades de
pacientes e médicos. Aprender sobre a extensão e a severidade das RAMs
deveria começar cedo na capacitação profissional. A boa monitorização da
segurança encoraja os profissionais da saúde a assumir responsabilidade
mais completa pelos medicamentos que usam. Ela melhora a efetividade
clínica e aumenta a confiança com que eles e seus pacientes utilizam
medicamentos. Para se alcançar algo mais próximo da prática ideal, é
necessário mais atenção na capacitação dos profissionais da saúde no que
se refere a diagnóstico, gerenciamento e prevenção de RAMs.

O reconhecimento de efeitos adversos menos óbvios requer atenção,


agilidade, diagnóstico preciso e compreensão dos princípios da avaliação da
causalidade.É mais provável que os profissionais da saúde identifiquem e
informem RAMs importantes se eles tiverem confiança na sua habilidade
para diagnosticar, gerenciar e prevenir tais reações. Os centros nacionais de
farmacovigilância e as instituições de capacitação desempenham.

Na capacitação de profissionais da saúde, é importante desenvolver


competência na avaliação e comunicação de informações sobre os
benefícios, danos, efetividade e riscos para o paciente. Dificuldades de
comunicação entre os pacientes e profissionais da saúde representam uma
fonte potencial importante e evitável de problemas. Os elementos seguintes
apresentam a probabilidade de reduzir significativamente os riscos dos
efeitos adversos e sua severidade:

• anaminese farmacológica dos medicamentos usados pelo paciente;

• prescrição e dispensação racionais;

• orientação apropriada;

• fornecimento de informações claras e compreensíveis sobre medicamento.

Devendo capacitar todos os profissionais ligados ao tratamento do


paciente, médicos, enfermeiros, farmacêuticos. Cada profissional
devidamente capacitado dentro das suas competências.

Pensando em todo assunto devemos elaborar algumas estratégias


para capacitar e evitar problemas futuros.

 Melhorar o acesso a informações seguras e imparciais sobre


medicamentos em todos as esferas da assistência à saúde.

 Melhorar o acesso a medicamentos mais seguros e efetivos para


prevalentes doenças negligenciadas em países em desenvolvimento.

 Encorajar a conscientização sobre segurança e uso racional de


medicamentos entre os profissionais da saúde e o público.

 Integrar as atividades da farmacovigilância com as políticas nacionais


de medicamentos e as atividades que elas originam (por exemplo,
protocolos clínicos padrão, listas de medicamentoss essenciais etc.).

 Incorporar com mais vigor os princípios da farmacovigilância na


prática clínica e nos cursos de graduação em medicina.

 Encorajar os princípios de certificação de produtos entre os vários


parceiros no âmbito da assistência à saúde.

 Aprimorar a regulação e a farmacovigilância de medicamentos


tradicionais e fitoterápicos.

 Desenvolver sistemas que avaliem o impacto de ações preventivas,


executadas em resposta aos problemas de segurança de
medicamentos.

 Melhorar a comunicação e a colaboração entre parceiros-chave da


farmacovigilância, tanto local quanto internacionalmente.
 Encorajar os princípios de boas práticas de comunicação em
farmacovigilância e a regulação de medicamentos e produzir, em
conjunto, recursos e conhecimentos para tal. Soluções diferentes
serão, provavelmente, desenvolvidas em países e regiões diferentes,
e a experiência deve ser compartilhada.

 Desenvolver melhor compreensão dos pacientes, suas expectativas


sobre os medicamentos e sua percepção de risco associado ao uso de
medicamentos, para facilitar os programas que informarão melhor o
público a respeito dos benefícios e danos associados a
medicamentos.

 Desenvolver relações contínuas e ativas com a mídia para facilitar a


comunicação efetiva e precisa de informações sobre medicamentos
ao público.

 Encorajar a harmonização de atividades regulatórias e de


farmacovigilância de medicamentos por meio da incorporação mais
ampla da comunidade internacional no desenvolvimento de políticas
de harmonização

 Conduzir pesquisas contínuas para avaliar a relação custo-efetividade


dos sistemas contemporâneos de farmacovigilância na contribuição
com o bem-estar do paciente e saúde pública.

Considerar a sensibilidade e especificidade da atual identificação


de sinais e métodos de avaliação e até que ponto os sistemas contemporâneos
de farmacovigilância têm tido êxito na identificação e prevenção de tragédias
potenciais, ao mesmo tempo em que evitam a retirada prematura de
medicamentos seguros e úteis do mercado.

3.2. ATIVIDADE 2
REFERÊNCIAS

http://www.crfsp.org.br/comissoes/84-assessoras/182-comissao-de-
farmacia-hospitalar.html

file:///C:/Users/Expert/OneDrive/Documentos/vini/Erros+de+Medica
%C3%A7%C3%A3o.pdf

file:///C:/Users/Expert/OneDrive/Documentos/vini/Farmacovigil
%C3%A2ncia.pdf

file:///C:/Users/Expert/OneDrive/Documentos/vini/Aula+1.pdf

https://www.totvs.com/blog/instituicoes-de-saude/farmacia-
hospitalar/

http://www.crfsp.org.br/images/cartilhas/hospitalar.pdf

cff.org.br/sistemas/geral/revista/pdf/130/
encarte_farmacia_hospitalar.pdf

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