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Manual de

Formação
Módulo
Orçamentação

Sónia Moreira
Índice
I. Enquadramento do Curso e seus Objetivos ................................................................. 2
Objetivo Geral ............................................................................................................................ 2
Objetivos Específicos ................................................................................................................. 2
Conteúdos Programáticos.......................................................................................................... 2
II. Manual de Formação ........................................................................................................ 3
1. Orçamentos .......................................................................................................................... 3
O que são orçamentos ............................................................................................................... 3
Tipos de Orçamentos ................................................................................................................. 4
Como se organizam orçamentos ............................................................................................... 5
Conceitos fundamentais............................................................................................................. 6
Mapa de trabalhos e quantidades.............................................................................................. 6
Preço de venda (unitário) de tarefas ......................................................................................... 7
Realização de orçamentos......................................................................................................... 7
2. Cálculo de preços de venda ............................................................................................... 8
Estruturas de custos na construção civil ................................................................................... 8
Custos Diretos ............................................................................................................................ 8
Custos Indiretos (ou Despesas Indiretas) ................................................................................. 9
Custos de Estaleiro .................................................................................................................... 9
Como calcular preços de venda .............................................................................................. 10
3. Cálculo de custos diretos de tarefas ............................................................................... 11
Custos MO, Materiais e Equipamentos ................................................................................... 12
Custos de mão-de-obra ........................................................................................................... 12
Custos de materiais.................................................................................................................. 13
Custos de equipamentos ......................................................................................................... 13
Fichas de Custos...................................................................................................................... 14
III. Bibliografia ...................................................................................................................... 20

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I. Enquadramento do Curso e seus Objetivos

Objetivo Geral
- Calcular custos diretos.
- Elaborar fichas de preços simples e compostos.
- Elaborar orçamento, com base em cálculo de custos efetuado.

Objetivos Específicos
No final do curso, os formandos serão capazes de:
- Calcular custos diretos, definindo e quantificando os diferentes trabalhos referentes a
uma obra de construção civil e suas especialidades;
- Identificar o conceito de orçamento, com recurso a fichas de preços simples e
compostos;
- Elaborar orçamento, mencionando os diversos constituintes de uma estrutura de
custos.

Conteúdos Programáticos
1. Orçamentos
a. O que são orçamentos
b. Tipos de Orçamentos
c. Conceitos fundamentais
d. Mapa de trabalhos e quantidades
e. Preço de venda
f. Realizaçáo de orçamentos
2. Cálculo de preços de venda
a. Estruturas de custos na construção civil
b. Como calcular preços de venda
3. Cálculo de custos diretos de tarefas
a. Custos MO, Materiais e Equipamentos
b. Fichas de Custos

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II. Manual de Formação

1. Orçamentos

O que são orçamentos

O orçamento é uma ferramenta de gestão que, permite fazer a previsão das receitas e das
despesas para o ano civil seguinte, desta forma apoia o gestor na tomada de decisões, tendo
como finalidade alcançar os objetivos definidos pela empresa.
O modelo de “orçamento tradicional” normalmente é baseado em dados de anos anteriores e
outras informações que os gestores possuem. Este tipo de orçamento com algumas
adaptações previstas para o ano seguinte, estima custos de atividades correntes, faz o
planeamento financeiro em paralelo com a elaboração do orçamento, geralmente com pouco
envolvimento dos chefes hierárquicos.
Neste sentido, é um modelo considerado rígido que tem vindo a sofrer alterações na forma
como os gestores o utilizam. Os orçamentos são mais do que previsões, são documentos
financeiros que traduzem os planos de ação da empresa. O controlador de gestão tem um
papel bastante importante no processo orçamental, este deve garantir que seja um
instrumento de gestão e não apenas um documento preenchido para satisfazer uma
formalidade burocrática.
A fase de orçamentação deve estar articulada com o plano operacional que se inicia pela
fixação de objetivos a curto prazo geralmente um ano. Nas empresas não existe apenas um
orçamento, mas sim um conjunto de orçamentos (um por cada centro de responsabilidade)
que são consolidados por estrutura, dos quais resultam, o balanço, previsional, demonstração
de resultados previsional e orçamento de tesouraria previsional.
O orçamento funciona como um instrumento de avaliação, é a base em relação á qual se vão
avaliar os resultados reais. Geralmente esta avaliação é mensal, o que permite aos gestores
seguirem os seus planos de ação com frequência e desenvolverem ações corretivas caso
necessário.
Os princípios dos orçamentos, consistem em estabelecer objetivos para operações futuras e
comparar com periodicidade os resultados obtidos com os objetivos que foram estabelecidos.
O sistema de elaboração e controlo do orçamento pode ser afetado pelo tipo e grau de
complexidade da empresa, pelo montante da faturação, pela estrutura organizacional, se for
uma empresa industrial ou de serviços.

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Tipos de Orçamentos

Existem diversos tipos de orçamentos tais como, orçamento incremental, orçamento de base
zero, orçamento top-down, orçamento bottom-up, orçamento baseado nas atividades (ABB –
Activity Based Budgeting), orçamento contínuo, orçamento participativo, orçamento perpétuo
e orçamento matricial.

O orçamento incremental é elaborado a partir de dados históricos, consiste na atualização do


orçamento anterior, atribuindo uma percentagem, acrescendo a inflação, deflação ou um valor
absoluto. Torna-se o método mais simples da construção orçamental, usado no Orçamento
de Estado. Esta técnica não permite equacionar o que se vai fazer nem que se repense o que
vai fazer.

Orçamento de base zero começa a partir do zero como se fosse planeado pela primeira vez;
estes orçamentos requerem dos gestores uma análise mais profunda de cada rubrica. Este
tipo de orçamento foi iniciado, nos EUA, na Texas Instruments na década de 60 e foi aplicado
por Peter Pyhr ao setor de recursos humanos tendo resultados excelentes.

O método de orçamentação top-down representa uma série de planos e diretrizes globais


definidas pela gestão de topo que, posteriormente, é usado pela gestão operacional com vista
a desenvolverem os seus orçamentos (Anthony & Govindarajan, 2000).
Com este tipo de gestão de topo, fica claro quais as diretrizes para o orçamento e a gestão
operacional fica sem margem para negociação. A gestão de topo define as receitas
pretendidas, os limites de alguns custos para o ano a orçamentar e o seu cumprimento fica à
responsabilidade do gestor operacional. Com este modelo de orçamentação o processo de
negociação e aprovação é bastante rígido porque a gestão de topo tem um papel dominante
durante o processo sem fazer cedências à gestão operacional.

Orçamento baseado nas atividades, consiste numa outra abordagem contemporânea do


orçamento com recurso ao ABB, (Kaplan & Cooper 1998). Este orçamento baseado nas
atividades permite a melhor orçamentação dos custos com base nas atividades, assim as
negociações entre os diferentes níveis de gestão baseiam-se em factos. O ABB teve origem
no método Activity Based Costing (ABC).
Desta forma este o custeio baseado nas atividades criado por Kaplan & Cooper (1998)
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desempenham um papel importante na elaboração do orçamento. Neste tipo de orçamento
os custos são medidos por cada atividade específica que a empresa pretende desenvolver e
os recursos necessários para cada atividade a realizar são identificados. Por este facto a
gestão pode tomar decisões tendo em conta o comportamento direto dos custos. Neste
processo de orçamentação é estimada a produção para o período a orçamentar em função
do volume de vendas esperado por produto e cliente. Deste modo são calculados os recursos
que serão necessários para a procura prevista.

O orçamento contínuo (rolling budgeting) segundo Churchill (1984) é um tipo de orçamento


constantemente atualizado pela adição de novos períodos e remoção do período mais antigo,
havendo a possibilidade de os restantes serem atualizados. Uma empresa que utilize o rolling
faz a projeção dos próximos 12 meses independentemente do encerramento do ano civil ou
orçamental. Este tipo de orçamento dá uma visão contínua que permite ter uma visão
atualizada do mercado.

Como se organizam orçamentos

• Os orçamentos organizam-se em capítulos e artigos de orçamento (ou tarefas)


• Cada capítulo agrupa artigos tecnicamente semelhantes
• Tipos de organizações de capítulos:
- por artes
- por elementos de construção
- misto

• As generalidades dos orçamentos são organizados, por um sistema misto


Exemplo de organização por artes:
1. Demolições
2. Mov. Terras
3. Betão armado
4. Trolha (alvenarias, rebocos, acabamentos, cantarias...)
5. Pintor
6. Serralheiro (alumínio, ferro)
7. Carpinteiro
8. Vidraceiro
9. Picheleiro
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10. Funileiro
11. Eletricidade
12. Mecânica
13. Gás
14. Arranjos exteriores

Conceitos fundamentais

Artigo de orçamento – Toda a atividade que é necessária executar numa obra, autónoma
e que consome recursos (também designada tarefa)

Tarefa elementar – atividade técnica básica necessária à realização de uma tarefa


(artigo de orçamento). O conjunto das tarefas elementares permite executar uma tarefa
(também designado sub-tarefa)

Recurso – factor de produção elementar necessário à realização de uma sub-tarefa (ou tarefa)

Os recursos são a mão-de-obra (MO), os materiais (MAT), os equipamentos (EQ) e as


subempreitadas (SUB). Os recursos também se designam como factores de produção.

Mapa de trabalhos e quantidades

Definição – Decomposição de uma obra ou projecto em capítulos e tarefas sem definir


preços unitários e “importâncias”

Cabeçalho – tipo:
Código Designação Unidade Quantidade
... ... ... ...
Como organizar mapas de trabalhos e quantidades:
1. Dividir a obra (ou projeto) em capítulos
2. Para cada capítulo individualizar tarefas
3. Conferir as tarefas; verificar se estão todas consideradas (orçamento antigo
semelhante pode ajudar)

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4. Medir quantidades sobre peças desenhadas definindo previamente a unidade
de medição (seguir regras de medição LNEC).

Preço de venda (unitário) de tarefas


Definição - O preço de venda de uma tarefa é o preço por que o empreiteiro (ou
entidade equiparada) quer vender a tarefa em questão.
• O preço de venda deve fazer refletir os custos da empresa.

Realização de orçamentos
Sequência de operações:
1. Estudar o projeto (em termos gerais)
2. Organizar o mapa de trabalhos e quantidades
3. Calcular preços de venda
4. Elaborar folha final do orçamento realizando
os cálculos necessários Cabeçalho tipo de um orçamento:
Preço Importância
Código Designação Unidade Quantidade
unitário Parcial Total
. ... .. .. . ... ...
. . . .
. .

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2. Cálculo de preços de venda

Estruturas de custos na construção civil


Entende-se por estrutura de custos, a forma de organizar os custos das empresas, de modo
que, os orçamentos reflitam esses custos com o maior rigor possível.

A estrutura habitual comporta os custos diretos, custos indiretos e custos de estaleiro.


Contudo, poderão ocorrer ligeiras diferenças no que diz respeito ao que cada um dos custos
engloba. Por essa razão, deverá haver uma especial atenção a este facto, de modo a não
surgirem interpretações baseadas em conceitos errados. É irrelevante qual o tipo de
organização de custos adotado, desde que sejam considerados todos os custos envolvidos.

Custos Diretos
Custos diretos como sendo os custos dos recursos diretamente imputáveis às obras, e em
particular, às respetivas tarefas (tijolos, pedreiro, betoneira,…). Deste modo, os custos diretos
das atividades podem ser retratados pela expressão abaixo, em que MO, MAT e EQ,
representam os custos de mão-de-obra, material e equipamento, respetivamente.

Para o cálculo do custo unitário da mão-de-obra, é obtido por: o vencimento mensal + a


percentagem de encargos a considerar (em número decimal), para o qual se deverão ter em
consideração os estudos realizados pelas associações de empreiteiros (AICCOPN,
AECOPS).

Custo unitário do material, deve ter em conta alguns aspetos, tais como o transporte do
material, os possíveis descontos associados, as quebras a incluir no rendimento, etc.

Para determinar os custos de equipamento, obter esses custos para o conjunto da empresa
num determinado período, ou para uma determinada obra. No primeiro caso, o custo do
equipamento é igual ao custo médio por unidade de tempo, que depende de um período de
análise (normalmente de um ano), e das horas previstas de funcionamento para esse período.
Quando se pretende que o custo seja determinado para uma obra, o custo é obtido por: H C
C T eqj = Sendo CT, o custo total do equipamento para a obra, e H, as horas de trabalho real
previsto para o equipamento na referida obra.

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Custos Indiretos (ou Despesas Indiretas)
Os custos indiretos são, os custos associados à vida da empresa e que não são diretamente
imputáveis às obras, tais como, salários de pessoal do escritório, administração, custos vários
referentes ao funcionamento da sede, etc.

Os gastos indiretos são aqueles que incorrem num determinado período, na sede da empresa,
e que se encontram relacionadas com os gastos dos salários de todo o pessoal administrativo
e técnico (denominada mão-de-obra indireta), dos imóveis, do mobiliário, da oficina de
manutenção geral, veículos, aluguéis, consumos de energia, água e telecomunicações, das
refeições, do transporte, do combustível, materiais de escritório e de limpeza, dos
equipamentos (computadores, impressoras, aparelhos climatizadores,…), etc.

Custos de Estaleiro
Os custos de estaleiro são os custos imputáveis a uma dada obra, mas que não podem ser
imputados às atividades do orçamento, tais como salários de pessoal de chefia, aluguer de
contentores, vedações, vias de acesso provisórias e equipamentos não imputados aos custos
diretos.

O cálculo é efetuado através da realização de um orçamento para a montagem, desmontagem


e exploração do estaleiro.

A montagem do estaleiro deve, entre outros, contemplar as plataformas e acessos, vedação,


infraestruturas (redes de água, esgotos e eletricidade), montagem de instalações (alvenaria,
pré-fabricados, etc.), montagem de equipamento (grua, central de betão, caminho de
rolamento, etc.), aluguer de equipamento (grua, central de betão, betoneira, etc.), mão-de-
obra de estaleiro (encarregado, apontador, ferramenteiro, manobrador de grua, central,
betoneira, guarda, etc.), aluguer de instalações (pré-fabricadas, equipamento de instalações)
e despesas gerais (água, energia, telecomunicações, material de escritório, etc.).

No que respeita à montagem do estaleiro, há que ter em consideração a desmontagem de


instalações (alvenarias, pré-fabricadas), desmontagem do equipamento (grua, central de
betão, caminho de rolamento, etc.) e tarefas diversas.

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Como calcular preços de venda

Pv = Cd + Ci + Ce + l

Pv – preço de venda da tarefa


Cd – custo directo associado à tarefa
Ci – custo indirecto associado à tarefa
Ce – custo de estaleiro associado à tarefa
l – lucro associado à tarefa

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3. Cálculo de custos diretos de tarefas

Os fatores básicos para a economia deste tipo de operações, são o conhecimento e a boa
gestão dos custos das obras. Existem métodos expeditos para determinar e estimar os custos
e para realizar avaliações económico-financeiras. Porém, a sua manipulação só pode ser
eficaz se houver um correto e completo entendimento dos custos, visto que estes constituem
a informação de base para esses métodos e análises.

Controlo de custos

Processo segundo o qual se avaliam as previsões das quantidades executadas e os recursos


efetivamente envolvidos na sua execução comparativamente às previsões em sede de
orçamentação

Eficiência

Fazer bem as tarefas

Eficácia

Fazer as tarefas certas

Gestão de obras

Gestão é a decisão racional e informada, de governar uma organização, conhecidos os


objetivos, selecionando e pondo em ação os meios necessários, recorrendo ao melhor
conhecimento científico.

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Custos MO, Materiais e Equipamentos
A determinação de custos é uma tentativa de traduzir os custos de execução de um projeto e
a respetiva qualidade, de forma a se aproximar o mais possível do custo real verificado em
obra.

Os custos, representam o valor da soma dos trabalhos (Mão-de-obra, materiais e


equipamentos, impostos, administração, depreciação, etc.), que são necessários à realização
de cada obra ou serviço, correspondendo ao valor pago pelos trabalhos.

O orçamento traduz todas as despesas que a empresa prevê ter com determinada obra,
acrescidos da previsão de lucro. As despesas ou custos, existem de acordo com componentes
diferentes e são divididos em custos diretos, custos de estaleiro; custos indiretos e Lucro.

Custos de mão-de-obra
A mão-de-obra pode ser própria ou de terceiros. Há alguns anos atrás, as empresas,
principalmente as de maior dimensão, recorriam à mão de obra interna para a realização de
todas ou de grande parte das funções a desempenhar em obra.

No entanto, e devido aos custos envolvidos, essa “cultura” foi mudando e hoje em dia cada
vez mais se recorre à contratação de terceiros. No caso das empresas de pequena dimensão,
o recurso a mão-de-obra de terceiros sempre foi recorrente uma vez que a sua estrutura é
reduzida.

As empresas recorrem a mão-de-obra interna. Ao número de horas “consumidas” diretamente


pelo operário na execução de um determinado trabalho terão que estar considerados todos
os encargos relacionados:

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• Encargos sociais e legais: São as despesas estabelecidas pela legislação em
vigor. São exemplos dessas despesas a taxa social única, seguros, medicina
no trabalho, férias, subsídios, higiene e segurança no trabalho, entre outros.

• Encargos sociais atribuídos por iniciativa da empresa: Estes encargos variam


de empresa para empresa e devem ser determinados especificamente para
cada obra. Podem complementar os custos de horas extraordinárias, de
prémios de assiduidade, de alojamento e refeições, de transporte, etc.

• Salário dos operários afetos diretamente à realização de cada trabalho.

Custos de materiais
É necessário determinar-se a quantidade de materiais que serão necessários para executar
uma unidade de um determinado trabalho, bem como aquele que vai ser desperdiçado. Do
ponto de vista teórico da orçamentação, entende-se por materiais, equipamentos como
condutas, tubagem, entre outros.

O seu custo será obtido recorrendo a fornecedores, representantes, distribuidores ou a


fabricantes dos mesmos. Em alguns casos, principalmente nas médias e grandes empresas,
é inserido numa plataforma online os materiais necessários, fazendo os fornecedores
licitações entre si. O objetivo deste processo é gerar competição entre os interessados no
fornecimento dos respetivos materiais, fazendo assim baixar o seu preço de venda, sendo, no
entanto, possível comparar os preços obtidos.

De qualquer forma não é apenas o fator do preço mais baixo o único a ser levado em conta.
A qualidade dos equipamentos, as condições comerciais entre as empresas, o prazo de
entrega dos equipamentos, entre outros fatores, são relevâncias a ter em conta.

A coordenação entre a área técnica e a área comercial neste processo, é de extrema


importância, possibilitando que a empresa adquira o material da forma mais vantajosa
possível.

Custos de equipamentos
À semelhança do que acontece para os materiais, é necessário determinar-se o tempo de
trabalho necessário de um determinado equipamento para a execução de uma unidade de
um determinado trabalho, ou seja, é necessário calcular os custos de exploração de um

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equipamento. O consumo de cada máquina e o seu rendimento são exemplos de custos a ter
em conta. O termo equipamento, do ponto de vista teórico da orçamentação, que está muito
associado à engenharia civil, corresponde às máquinas necessárias para a execução de um
determinado trabalho. Como exemplo tem-se as gruas, as plataformas elevatórias, entre
outros.

Fichas de Custos
As fichas de custos é um documento que procura enunciar todos os fatores envolvidos em
uma determinada atividade, com o objetivo de se aproximar o mais possível do valor real (o
que só será obtido em obra, depois da atividade estar concluída).

Desta forma, cada empresa constrói e adapta a sua ficha consoante a área de negócio em
causa. No entanto, existe um “modelo” de ficha que, independentemente da empresa, está
subdividida nos seguintes componentes:

 Mão-de-obra;

 Materiais;

 Ferramentas e equipamentos;

 Subempreitadas;

 Fichas auxiliares;

 Fichas principais.

Mão-de-obra

Dos componentes enunciados acima, o mais determinante e suscetível a erros de cálculo é a


mão-de-obra, representando, na maioria dos casos, um valor muito significativo do custo final.

Desta forma, para evitar erros que podem ser bastante prejudiciais para a empresa, é
importante incluir na ficha todos os fatores que influenciam o rendimento da mesma, como as
características da tarefa a realizar e o seu método de realização, o fluxo de materiais, o estado
das ferramentas, entre outras.

Assim é possível aferir um preço “prudente” a considerar no orçamento.

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Materiais

Devem ser considerados os materiais que, apesar de não incorporados no produto, são
indispensáveis na realização da obra.

A determinação das quantidades de materiais necessários baseia-se na medição dos


trabalhos, aplicando coeficientes de majoração de forma a contabilizar as quebras e
desperdícios.

Quanto a custos, como já foi dito anteriormente, é realizado todo um processo com a finalidade
de obter o custo unitário de um determinado material.

Sabendo esse custo determina-se o custo dos materiais por unidade de trabalho (somam-se
os custos de todos os materiais necessários para a sua realização).

Neste custo deve-se considerar quer os materiais que ficam incorporados na obra, quer os
materiais consumidos em tarefas auxiliares (parafusos, porcas, etc.)

Ferramentas e equipamentos

Os equipamentos a considerar nas fichas devem ser aqueles em que seja fácil determinar,
com elevado grau de precisão, os tempos de permanência necessários à execução das várias
tarefas em que se prevê utilizar o equipamento em causa.

As tarefas que necessitam do equipamento bem como o seu tempo de utilização têm que ser
conhecidas e bem definidas. Por vezes, e de forma a determinar a eficiência e eficácia do
planeamento de utilização de um determinado equipamento (modo escolhido para realização
do trabalho, sequência de trabalhos, tipo de trabalho, etc.), analisa-se os tempos de
funcionamento da máquina (tendo por base o conceito de produtividade da máquina que
traduz a quantidade de trabalho produzida por essa máquina numa dada unidade de tempo,
bem como os tempos em que esta, estando operacional, não está a ser utilizada.

O preço dos combustíveis, do aluguer (se aplicável), entre outros fatores têm que ser
imputados ao equipamento em causa~

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III. Bibliografia

• Gestão de Sistemas e Processos, Gestão de contratos em projetos, ATEC, Portugal

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