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Índice

Conteúdos Programáticos..................................................................................................................2

Ambiente............................................................................................................................................ 2

RESÍDUOS..................................................................................................................................... 2

EFLUENTES LIQUIDOS................................................................................................................. 2

EMISSÕES ATMOSFÉRCAS.........................................................................................................2

SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS............................................................................................................2

ÁGUA............................................................................................................................................. 2

Alguma legislação específica:............................................................................................................ 2

Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho.........................................................................................2

Formas de Sinalização................................................................................................................... 2
Formas e Cores.........................................................................................................................................2
Sinais de Proibição...................................................................................................................................2
Sinais de Obrigação..................................................................................................................................2
Sinais de Aviso ou Perigo..........................................................................................................................2
Sinais de Saúde e Salvamento/Emergência...............................................................................................2
Sinais de Combate a Incêndio...................................................................................................................2
- Legislação em vigor................................................................................................................................2

Gestão do risco.............................................................................................................................. 2
Consequências dos acidentes de trabalho.................................................................................................2
Avaliação do risco profissional.................................................................................................................2
Gestão económica do risco profissional....................................................................................................2

Proteção coletiva e proteção individual...........................................................................................2


Tipos de proteção coletiva.........................................................................................................................2
Seleção dos equipamentos de proteção individual....................................................................................2
EPI (equipamento de proteção individual)................................................................................................2
EPC (equipamento de proteção coletiva)..................................................................................................2

Procedimentos de emergência.......................................................................................................2
Necessidade da existência de procedimentos de emergência....................................................................2
Procedimentos em caso de incêndio/sismo/acidente de trabalho grave....................................................2

Conceito de acidente de trabalho...................................................................................................2


Regime jurídico dos acidentes de trabalho................................................................................................2

Génese dos acidentes.................................................................................................................... 2

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Fatores Humanos:.....................................................................................................................................2
Fatores Materiais:.....................................................................................................................................2
Fatores Ambientais:..................................................................................................................................2
Fatores Organizacionais:..........................................................................................................................2

Prevenção de acidentes e doenças profissionais...........................................................................2


Enquadramento legal................................................................................................................................2

Saúde, doença e trabalho............................................................................................................... 2


Conceito de contaminação e intoxicação..................................................................................................2
Contaminantes químicos, físicos e biológicos...........................................................................................2
Vigilância médica......................................................................................................................................2
Principais doenças profissionais...............................................................................................................2

Organização da Segurança e Saúde no Trabalho..........................................................................2

Regras básicas de higiene..............................................................................................................2

Enquadramento legal dos serviços de Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho..........................2

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Conteúdos Programáticos

Ambiente, Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho - conceitos básicos (UFCD 0349)

Carga Horária: 25 horas

Objetivos
 Reconhecer e aplicar a legislação de Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho.
 Utilizar proteção no corpo e nas máquinas, selecionando os equipamentos e soluções de proteção
adequados.
 Reconhecer e aplicar a legislação ambiental: resíduos, efluentes, ar e ruído.
 Decidir sobre medidas de prevenção, tendo em consideração as exigências do processo produtivo,
no âmbito da Higiene, Segurança e Ambiente.
 Reconhecer a importância da Segurança e Higiene no Trabalho como fator de promoção de
qualidade de vida.

Conteúdos
 Ambiente

o Boas práticas para o meio ambiente

 - Legislação específica
o Principais problemas ambientais da atualidade
o Gestão de resíduos
o Efluentes líquidos
o Emissões gasosas
o Estratégias de atuação: reduzir, reutilizar, reciclar, recuperar e racionalizar

 Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho

o Sinalização de segurança

 - Tipos de sinais
 - Legislação em vigor
o Tipos de risco e seu controlo

 - Incêndios
 - Riscos elétricos
 - Trabalho com máquinas e equipamentos
 - Movimentação manual e mecânica de cargas
 - Organização e dimensionamento do posto de trabalho
 - Posturas no trabalho
 - Iluminação
 - Trabalhos com equipamentos dotados de visor
 - Manuseamento de produtos perigosos

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 - Rotulagem de produtos perigosos
 - Arrumação e limpeza
 - Atmosferas perigosas
 - Ruído
 - Produtos perigosos (rotulagem, armazenagem e manuseamento)
o Gestão do risco
 - Consequências dos acidentes de trabalho
 - Avaliação do risco profissional
 - Gestão económica do risco profissional
o Proteção coletiva e proteção individual
 - Tipos de proteção coletiva
 - Seleção dos equipamentos de proteção individual
 - Técnicas de implementação para a utilização dos equipamentos de proteção
individual
 - Tipos de equipamentos de proteção
o Procedimentos de emergência
 - Necessidade da existência de procedimentos de emergência
 - Procedimentos em caso de incêndio/sismo/acidente de trabalho grave
o Conceito de acidente de trabalho
 - Regime jurídico dos acidentes de trabalho
 - Perspetiva legal
 - Perspeciva prevencionista
o Génese dos acidentes
 - Fator humano
 - Fator material
 - Fator organizacional
 - Fator ambiental
o Prevenção de acidentes e doenças profissionais
 - Enquadramento legal
o Saúde, doença e trabalho
 - Regime jurídico das doenças profissionais
 - Conceito de contaminação e intoxicação
 - Contaminantes químicos, físicos e biológicos
 - Vigilância médica
 - Principais doenças profissionais
o Organização da Segurança e Saúde no Trabalho
 - Regras básicas de higiene
 - Enquadramento legal dos serviços de Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho

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Ambiente

RESÍDUOS
Benefícios

Da reutilização de materiais: poupança de matérias-primas e consequentemente de recursos


naturais e económicos; diminuição das emissões de gases com efeito de estufa.

Da separação de resíduos: permite o seu encaminhamento tanto para reutilização como para
reciclagem; diminuição do volume de resíduos em aterro.

Obrigações Legais

A gestão dos resíduos deve realizar-se de acordo com a Política dos 3R – Reduzir, Reutilizar,
Reciclar. Devem ser seguidas as orientações definidas no Plano Estratégico dos Resíduos Sólidos
Urbanos nomeadamente a Prevenção e a Sensibilização e mobilização dos cidadãos para os
novos padrões de consumo.

Deve ser garantida uma adequada separação, recolha, armazenagem e encaminhamento dos
resíduos para operadores licenciados.

A gestão dos resíduos urbanos cuja produção diária não exceda os valores impostos por lei é
assegurada pelos municípios. Quando a recolha de resíduos, for realizada por uma empresa
privada esta deverá ser devidamente licenciada.

 Pneus

Os estabelecimentos que comercializem pneus devem aceitar os pneus usados, aquando da venda
de pneus do mesmo tipo e da mesma quantidade.

 Óleos lubrificantes

Os estabelecimentos que efetuem a mudança de óleo devem aceitar o óleo usado dos clientes.

 Óleos alimentares usados

Os Distribuidores de óleos alimentares novos, responsáveis por grandes superfícies comerciais,


contribuem para a constituição da rede de recolha seletiva municipal, devendo para o efeito
disponibilizar locais adequados para a colocação de pontos de recolha de óleos alimentares
usados (OAU).

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Boas práticas do dia-a-dia:

 Procure reutilizar papel, embalagens de plástico/metal e vidro;


 Facilite a separação dos resíduos, optando por recipientes de cores diferentes;
 Separe e deposite nos respetivos contentores do ecoponto os materiais para reciclagem
 Não deposite nenhum tipo de lixo na via pública ou em locais inapropriados, procure saber
qual o local mais apropriado para os seus resíduos;
 Prefira produtos de longa duração, reutilizáveis ou reciclados;
 Procure produtos com o Rótulo Ecológico Europeu, uma certificação que avalia o seu
impacto ambiental desde o fabrico até à venda;
 Evite utilizar detergente em excesso – utilize as quantidades de detergente sugeridas pelo
fabricante;
 Entregue bens como equipamentos elétricos, mobílias, roupas e brinquedos que (ainda)
tenham utilidade, em instituições de solidariedade social ou sem fins lucrativos.
 Nunca verta os óleos usados no lava-louça, na sanita, em linhas de água ou no solo;
 Não misture óleos usados com características diferentes, facilitando a sua valorização.

EFLUENTES LIQUIDOS
Benefícios

 Melhorar o estado de conservação da rede de drenagem reduzindo assim possível


entupimento e evitando ou reduzindo o número de intervenções de manutenção;
 Reduz os custos associados à conservação e manutenção da rede de drenagem.

Obrigações Legais

Deverão ser cumpridos os limites de descarga de águas residuais determinados nos regulamentos
municipais.

Boas práticas do dia-a-dia:

 Retirar os sólidos retidos nas grelhas de drenagem;


 Armazenar os óleos alimentares usados sem recipientes próprios evitando assim eventuais
derrames e consequentemente a sua descarga na rede de drenagem;
 Não lançar substâncias perigosas nas redes de águas residuais ou pluviais, tais como por
exemplo óleos, qualquer tipo de solvente, detergentes concentrados;
 Remover restos de alimentos de modo a que estes não sejam lançados na rede de
drenagem pública;

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 Sensibilizar as pessoas para a importância de prevenção de entupimentos nos sistemas de
drenagem de águas residuais e pluviais.

EMISSÕES ATMOSFÉRCAS
Benefícios

 Diminuir a emissão de gases responsáveis pela destruição da camada de ozono e também


com o efeito estufa;
 Reduzir o consumo de energia;
 Assegurar o cumprimento dos valores-limite de emissão de gazes.

Obrigações Legais

As instalações de combustão estão sujeitas a licenças; Devem ser monitorizadas as emissões


atmosféricas.

Boas práticas do dia-a-dia:

 Assegurar a utilização racional dos equipamentos de modo a evitar consumos


desnecessários;
 Verificar se todos os equipamentos são desligados;
 Manter corretamente fechados os recipientes de produtos de modo a evitar qualquer
libertação de compostos poluentes.
 Promova a presença de plantas naturais, funcionam como filtro natural de ar;
 Sempre que possível desloque-se a pé ou de bicicleta, ou utilize os transportes coletivos;
 Verifique periodicamente a pressão dos pneus do seu veículo, evitando o aumento do
consumo de combustível e, consequentemente, das emissões gasosas;
 Garanta a manutenção preventiva do seu veículo;
 Garanta a limpeza dos filtros do sistema de ar condicionado e proceda à sua substituição
regularmente;
 As instalações industriais com emissões relevantes de poluentes atmosféricos, devem
adotar medidas mitigadoras dos efeitos associados, assegurando o cumprimento dos
valores-limite de emissão;

SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS
Sensibilizar para a escolha de materiais e produtos químicos com base em critérios

Ambientais.

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Benefícios

Prevenção da poluição de linhas de água e solos;

Promoção do consumo de materiais e produtos com menor impacto ambiental.

Boas práticas do dia-a-dia:

 Utilize produtos de limpeza e detergentes sem fosfatos e sem cloro;


 Use produtos de limpeza pouco perfumados e coloridos pois tendem a ser menos
tóxicos.
 Utilize produtos amigos do ambiente (certifique-se através dos rótulos);
 Leia atentamente os rótulos/ fichas de segurança dos produtos químicos;
 Mantenha os produtos químicos em local próprio, assinalado e de acesso controlado;
 Não deixe recipientes abertos, quando não estão a ser utilizados, e mantenha-os afastados
de fontes de calor ou ignição;
 Em caso de derrame evite que o produto escoe para águas superficiais ou subterrâneas;
 Não misture óleos ou solventes usados com características diferentes, facilitando a sua
valorização;
 Se é fabricante, importador ou representante único de substâncias e/ou preparações
químicas, está obrigado a fazer o registo dessas substâncias na Agência Europeia das
Substâncias Químicas.

ÁGUA
Principal utilização

Uso de água está presente nas ações do dia a dia de todas as pessoas, tais como atividades
domésticas, industriais, lazer, etc.

Obrigações Legais

Deve ser fomentada a utilização sustentável da água. De modo a que seja possível um controlo e
proteção dos escassos recursos hídricos disponíveis. A captação própria necessita de autorização
das entidades próprias para o efeito.

Objetivos

Controlar e reduzir os consumos de água; escasso, que é a água.

Benefícios

 Proteção das reservas de água;


 Redução da fatura da água.

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Boas práticas do dia a dia de modo a controlar o seu gasto:

 Adote práticas que permitam controlar e reduzir o consumo de água potável;


 Utilize equipamentos que permitem controlar e reduzir o consumo de água;
 Faça a manutenção preventiva dos equipamentos e instalações da rede interna de água
potável (torneiras, canalizações) como forma de evitar perdas;
 Reutilize água, sempre que possível (água do duche, da chuva, de desumidificadores, da
lavagem ou cozedura dos alimentos, para descarga do autoclismo, rega, lavagem de
pavimentos, outros);
 As instalações industriais, ou outras com produção relevante de efluentes, devem adotar
medidas mitigadoras dos efeitos associados e monitorizar as características dos efluentes
assegurando o cumprimento dos valores máximos admissíveis.

Alguma legislação específica:


 Resíduo (Qualquer substância ou objeto de que o detentor se desfaz ou tem a intenção ou
a obrigação de se desfazer, nomeadamente os identificados na Lista Europeia de Resíduos)
- Decreto-Lei nº 178/2006, 5 Setembro; Decreto-Lei 73/2011, de 17 de Junho que Altera o
regime geral da gestão de resíduos e transpõe a Diretiva n.º 2008/98/CE, relativa aos
resíduos (republica o Decreto-lei 178/2006, de 5 de Setembro).
 Águas residuais domésticas - Decreto-Lei nº 236/98, 1 Agosto
 Armazenagem de resíduos - Decreto-Lei nº 178/2006, 5 Setembro
 Aterro - Decreto-Lei nº 183/2009, 10 Agosto
 Emissão (descarga, direta ou indireta, para a atmosfera dos poluentes atmosféricos
presentes no efluente gasoso) - Decreto-Lei nº 78/2004, 3 Abril
 Óleos usados (Os óleos industriais lubrificantes de base mineral, os óleos dos motores de
combustão e dos sistemas de transmissão, e os óleos minerais para máquinas, turbinas e
sistemas hidráulicos) - Decreto-Lei nº 153/2003, 11 Julho
 Pneus - Decreto-Lei nº 111/2001, 6 Abril; Decreto-Lei nº 43/2004, 2 de Março.
 Reciclagem (O reprocessamento de resíduos com vista à recuperação e ou regeneração
das suas matérias constituintes em novos produtos a afetar ao fim original ou a fim distinto)
- Decreto-Lei nº 178/2006, 5 Setembro
 Águas residuais (Identificação da origem dos efluentes produzidos) Decreto-Lei nº 58/2005
de 29 de Dezembro.
 Emissões para a Atmosfera (Autorização/licença para instalações de combustão) - Decreto-
Lei nº 78/2004 de 3 de Abril.
 Substância que empobrecem a Camada de Ozono - Decreto-Lei nº 152/2005 de 31 de
Agosto; Decreto-Lei nº 35/2008 de 27 de Fevereiro; Regulamento (CE) 1005/2009, 16
Setembro.

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Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho

 Sinalização de segurança
 - Tipos de sinais

Entende-se por sinalização de segurança, toda a que estiver relacionada com um objeto,
atividade ou situação determinada e que fornece a indicação relativa à segurança ou saúde dos
trabalhadores, por intermédio de uma placa, uma cor, um sinal luminoso ou acústico, uma
comunicação verbal ou gestual.
A sinalização de segurança é um instrumento de informação de grande importância no local
de trabalho.

Formas de Sinalização
Sinais coloridos; Sinais acústicos; Comunicação verbal; Sinais gestuais

Formas e Cores

Cor \ Forma

Proibição Material de Combate a


Vermelho
Incêndio

Amarelo Perigo

Segurança em situação de
Verde
emergência

Azul Obrigação Informação

Sinais de Proibição -Forma circular; Pictograma negro sobre fundo branco, margem e faixa
vermelhas (a cor vermelha deve cobrir pelo menos 35% da superfície da placa).

- Cor de segurança – vermelha; Cor de contraste – branco. Cor do pictograma - preto

Proibição de fazer lume e de fumar

Proibida a entrada a pessoas não autorizadas

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Sinais de Obrigação - Forma redonda; Pictograma branco sobre fundo azul (a cor azul deve
cobrir pelo menos 50% da superfície da placa).

. Cor de Segurança – azul; Cor de contraste e cor do pictograma – Branco

Proteção obrigatória dos pés

Proteção obrigatória das mãos

Sinais de Aviso ou Perigo. Forma triangular; Símbolo negro sobre fundo amarelo (o amarelo
deve cobrir pelo menos 50% da superfície da placa).

. Cor de Segurança – Amarela; Cor de contraste e do pictograma – Preto

Cargas suspensas

Perigo de electrocução

Sinais de Saúde e Salvamento/Emergência. Forma retângula ou quadrada;

. Símbolo branco sobre fundo verde, (a cor verde deve ocupar pelo menos 30% da superfície
da placa).

. Cor de segurança – verde. Cor de contraste e do pictograma - branco

Indicação de direção a seguir

Indicação de direção de uma saída de emergência

Sinais de Combate a Incêndio . Forma retângula ou quadrada;

. Símbolo branco sobre fundo vermelho (a cor vermelha deve ocupar pelo menos 50% da
superfície da placa).

. Cor de segurança – Vermelha; Cor de contraste e do pictograma – Branco

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Agulheta ou Carretel de Incêndio

Extintor de Segurança

Características dos Sinais de Segurança:

- Propriedades Fotoluminescentes

-Descrição do produto - PVC (Policloreto de Vinilo) Rígido Fotoluminescente com 2mm


de espessura, com superfície anti estática e de fácil limpeza.

Comportamento em caso de incêndio - Não inflamável, Auto extinguível (classe de


reação ao fogo M1).

Exemplo de colocação de sinalética

Geralmente, deverão ser colocados entre 2,00m e 2,50m, desde o chão à parte inferior do sinal.

Distância de observação do sinal

Distância de observação Dimensão do sinal


6m 150x150
8m 200x200
13m 300x300
17m 400x400
26m 600x600

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- Legislação em vigor
O enquadramento legal da Sinalização de Segurança insere-se num pacote legislativo que se
encontra disperso em vários documentos havendo diplomas de carácter geral e outros por sectores
de atividade. Está definido um conjunto de normas, nacionais e internacionais, em que são
especificados os sinais de segurança utilizáveis no domínio da prevenção, proteção, combate a
incêndio e evacuação.

A sinalização de segurança e saúde a utilizar nos locais de trabalho encontra-se estabelecida


no Decreto-Lei n.º 141/95, de 14 de Junho, e na Portaria n.º 1456-A/95, de 11 de Dezembro,

correspondendo a definições harmonizadas em todo o espaço da União Europeia, conforme a


Diretiva 92/58/CEE, de 24 de Junho.

Por outro lado, o Decreto-Lei n.º 236/2003, de 30 de Setembro, que transpõe a Diretiva n.º
1999/92/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 16 de Dezembro, relativa à prevenção dos
riscos associados a atmosferas explosivas no local de trabalho, refere na alínea c) do artigo 8.º
que «nas áreas onde se possam formar atmosferas explosivas o empregador deve (…) sinalizar os
respetivos locais de acesso, se houver nessas atmosferas concentrações suscetíveis de constituir
um risco para a segurança e saúde dos trabalhadores».

Dec. Lei 141/95, de 14 de Junho, transpõe para ordem jurídica portuguesa a Diretiva
92/58/CEE relativa à sinalização de Segurança e Saúde no Trabalho.

Portaria 1456-A/95, de 11 Dez. – Regulamenta a sinalização de segurança e define


características dos materiais usados na sinalização.

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 Tipos de risco e seu controlo

Tipo de risco Controlo

Incêndios -Queimaduras;intoxicações;quedas, -Sinalização adequada;Meios de


etc. combate a incêndios;EPC;EPI

Riscos elétricos -Eletrocussão -Identificar trajetos de cabos e


identifica-los

- Uso de guarda- corpos de


proteção

-Usar EPI

- EPC

Trabalho com -Atropelamentos; -EPI; EPC


máquinas e
equipamentos -Sinalização adequada

-Formação e informação

Movimentação -Hérnias discais;Lesões na coluna, -Assumir posturas corretas no


manual e mecânica tendinites trabalho
de cargas
-Uso de EPI

-EPC

Organização e -Fadiga;cansaço;visão turva;dores -Pausas após determinados


dimensionamento de cabeça;stress;dores musculares, períodos de trabalho
do posto de trabalho etc.
-Boa organização do posto de
trabalho

-Iluminação adequada

Posturas no -Lesões por esforço repetitivo (dores -Posturas adequadas;


trabalho musculares)

-Cansaço;stress

Iluminação -Problemas de visão;Dores de -Iluminação adequada ao


cabeça; trabalho;Posturas corretas;

Trabalhos com -Problemas de visão;Dores de -Posturas corretas;Iluminação


equipamentos cabeça;Dores musculares;etc. adequada;Cadeiras ergonómicas.
dotados de visor

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Manuseamento de -Anemias; Queimaduras; -EPC;EPI
produtos perigosos perturbações
cutâneas ;Asfixia ;Queimaduras de -Formação e Informação
pele

Rotulagem de Inalação de gases;Asfixia;etc. -EPC;EPI


produtos perigosos
-Formação e Informação

Arrumação e Escorregadelas;Riscos químicos no - EPI;Formação e informação


limpeza uso de soluções de limpezas

Atmosferas -Asfixia; -EPI;Formação e informação


perigosas

Ruído -Perda de audição; Efeitos -Uso de EPC e/ou EPI (proteções


fisiológicos;stress auditivas)

Produtos perigosos -Doenças respiratórias; -EPI; Formação e informação


(rotulagem, Asfixia;alergias, etc
armazenagem e
manuseamento)

EPI – Equipamento de proteção individual EPC - Equipamento de proteção coletiva

Gestão do risco

Consequências dos acidentes de trabalho


Um acidente de trabalho é determinado por variados fatores de que não nos
apercebemos ou cujo efeito não entendemos em muitas situações. Por outro lado,
quando desencadeado, dá origem a consequências vastas, de diversa ordem, com
efeitos induzidos aos mais variados níveis.

Para além da incidência económica e do problema dos custos, existe uma


variedade de consequências indiretas dos acidentes.
Em todo o caso qualquer acidente tem, sempre, consequências individuais,
familiares, sociais e económicas.

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Avaliação do risco profissional
Os empregadores têm a obrigação geral de assegurar a segurança e saúde no trabalho em
todos os locais de trabalho e relativamente a avaliação dos riscos colocam o empregador em
posição de tomar as medidas adequadas para a proteção eficaz dos trabalhadores.

A avaliação de riscos resulta, assim, dum exame detalhado daquilo que, em cada atividade,
pode causar danos para os trabalhadores, de forma a determinar se foram interiorizadas as
medidas de prevenção suficientes ou se é necessária uma ação mais estruturada para a prevenção
dos riscos.
O objetivo último de uma avaliação de riscos consiste, pois, em eliminar a possibilidade de
quaisquer danos ou lesões, mediante a identificação, o inventário e a hierarquização dos riscos
inerentes às atividades e tarefas desenvolvidas na empresa.
No entanto, a avaliação de riscos deve ser um processo dinâmico, pelo que deve ser revista
sempre que se detetem problemas de saúde dos trabalhadores, ou quando se considere que as
atividades de prevenção são inadequadas ou insuficientes.

Gestão económica do risco profissional


Os acidentes de trabalho e as doenças profissionais são um juro humano inestimável e
representam um custo económico bastante elevado para as empresas, trabalhadores e sociedade
em geral. Estes acidentes podem-se revelar devido a vários fatores, tais como a falta de segurança
por parte das empresas, dos trabalhadores, má gestão dos recursos humanos e dos recursos
operativos nos processos de produção.

No entanto, podem prevenir-se os acidentes avaliando os riscos inerentes a qualquer tipo de


trabalho, através de metodologias apropriadas, as quais, poderão funcionar como um perfil
emblemático na gestão da prevenção de riscos, a fim de lhes atribuir responsabilidades que
poderão ser transformadas em vantagens tanto na salvaguarda da integridade física e na saúde
dos trabalhadores como na “saúde” da própria empresa. Tudo pode passar por alterações de
mentalidades e acima de tudo pela implementação de medidas de eficácia de intervenção, no
âmbito da Segurança Higiene e Saúde no Trabalho (SHST).

O investimento SHST é sempre uma ação de prevenção de riscos profissionais pois reduz
substancialmente a possibilidade de ocorrência de risco logo, logo economicamente a entidade
empregadora está a beneficiar não só na parte económica mas também na qualidade social,
jurídica e técnica, deixando antever a outros parceiros e entidades de fiscalização que é uma
empresa preocupada e com provas dadas no campo da avaliação e prevenção de risco
profissionais.

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Proteção coletiva e proteção individual

Tipos de proteção coletiva


Proteção Coletiva Técnica que protege o conjunto de trabalhadores, afastando-os do risco
ou interpondo barreiras entre estes e o risco. Dentro destas proteções, consideram-se as normas
de segurança e a sinalização.

Seleção dos equipamentos de proteção individual

Proteção Individual Técnica de proteção relativamente a um ou mais riscos, em que se


aplica ao trabalhador a respetiva proteção.

A seleção dos equipamentos de proteção individual é feita consoante o tipo de trabalho que
seja preciso fazer. Qualquer trabalho que implique riscos para o trabalhador, no caso de não ser
possível a proteção coletiva, será sempre acompanhado de normas de segurança e acima de tudo
como fornecimento de proteção individual para a(s) parte(s) do corpo expostas ou se necessário
para todo o corpo do trabalhador.

 Alguns tipos de equipamentos de proteção

EPI (equipamento de proteção individual)

 Botas de proteção
 Calçado de proteção
 Coletes de sinalização
 Coletes de trabalho
 Luvas de borracha
 Luvas de trabalho
 Máscaras de respiração
 Protetores auditivos
 Capacete

EPC (equipamento de proteção coletiva)

 Cordas de segurança
 Fita Sinalizadora
 Fitas de proteção anti queda
 Barreiras de proteção
 Guarda corpos (proteção civil)
 Sinalização

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Procedimentos de emergência

Necessidade da existência de procedimentos de emergência


A existência de procedimentos de emergência vai permitir, quando necessário, uma
assistência mais rápida e eficiente por parte dos intervenientes no processo de socorro. Permite o
conhecimento prévio de riscos existentes, sistemas de deteção e respetivo alarme. Com os
procedimentos de emergência pretende-se ainda dar conhecimento teórico-prático sobre os
procedimentos em caso de sinistro estabelecendo um organigrama funcional assim como a
constituição de equipas que estão operacionais. São definidas funções para cada pessoa ou grupo
de pessoas (equipa) de modo que se possa garantir, se for caso disso, uma evacuação mais rápida
e eficiente das pessoas, ou então uma primeira intervenção até chegada dos profissionais sejam
bombeiros e/ou outros técnicos de socorrismo.

Procedimentos em caso de incêndio/sismo/acidente de trabalho grave


Visando a atuação em caso de emergência devem estabelecer-se as instruções, os
procedimentos e as responsabilidades de atuação, focando as várias fases do desenrolar das
operações de emergência.
Em caso de Incêndio:

- Deteção ou perceção de um alarme;

- Difusão do alarme;

- Transmissão do alerta;

- Execução e coordenação das operações de evacuação;

- Combate à emergência com utilização dos meios de 1ª intervenção;

- Manobra dos dispositivos de segurança, como por exemplo, cortes de alimentação, fecho
de portas, entre outros);

- Prestação de primeiros socorros;

- Acolhimento, informação, orientação e apoio aos bombeiros.

Em caso de Sismo:

No interior dos edifícios

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- Não deve tentar sair do edifício

- Não sair pelas janelas

- Afastar-se de janelas e painéis de vidro, armários, prateleiras objetos pesados ou mobiliário


que possa cair.

Em zonas de circulação onde não haja possibilidade de se cobrir:

- Refugie-se junto de pilares, sob vigas ou junto de uma parede interior, ajoelhar, coloque a
cabeça juntos aos joelhos, aperte as mãos firmemente por trás do pescoço e proteja os lados
da cabeça com os cotovelos.

Conceito de acidente de trabalho


Segundo a legislação, Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho
a serviço da empresa, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a
morte, a perda ou redução da capacidade para o trabalho, permanente ou temporária...”

Acontecimento ocasional e imprevisto, decorrente de uma situação de trabalho com


lesões para a saúde do trabalhador. Acidente que se verifica no local e no tempo de
trabalho e produza direta ou indiretamente, lesão corporal, perturbação funcional ou
doença de que resulte a morte ou a redução na capacidade de trabalho ou de ganho

Regime jurídico dos acidentes de trabalho

Com a entrada em vigor da Lei n.º 98/2009, de 4 de Setembro (Novo Regime Jurídico da
Reparação de Acidentes de Trabalho e Doenças Profissionais), são revogados os diplomas: D. Lei
n.º 100/97, de 13 de Setembro (regime jurídico de acidentes de trabalho e doenças profissionais), o
Decreto-Lei n.º 143/99, de 30 de Abril (que regulamentava a Lei n.º 100/97), e o Decreto-Lei n.º
248/99, de 2 de Julho (reformulação e aperfeiçoamento global da regulamentação das doenças
profissionais).

Génese dos acidentes

Fatores Humanos:
Fisiológicos

 Idade;
 Diminuição física para as funções;

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 Falhas súbita de um órgão ou função;
 Fadiga, impossibilidade de concentração;
 Habituação a tóxicos.

Psicológicos:

 Emotividade;
 Negligência ou distração;
 Falta de motivação;
 Rotina;
 Falta de domínio social;
 Predisposição para o risco;
 Zelo excessivo.

Fatores Materiais:
 Trabalho de risco evidente e perigosidade elevada;
 Instalações mal concebidas;
 Ferramentas inadequadas às funções;
 Órgãos de comando dos equipamentos não adaptados às características do operador;
 Dispositivos técnicos ou mecânicos complexos;
 Inexistência de proteção de máquinas.

Fatores Ambientais:
 Insalubridade dos locais de trabalho;
 Iluminação deficiente;
 Elevada sobrecarga de ruído;
 Ventilação não adequada;
 Stresse térmico;

Fatores Organizacionais:
 Falta de Formação e Informação sobre medidas de proteção e requisitos legais;
 Maus Procedimentos; Não cumprimento das regras de segurança;
 Exigências produtivas;
 Falhas técnicas (deficiente manutenção dos materiais/máquinas);
 Outros fatores organizacionais

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Prevenção de acidentes e doenças profissionais
A Prevenção é certamente o melhor processo de reduzir ou eliminar as possibilidades de
ocorrerem problemas de segurança com o Trabalhador.
A prevenção consiste na adoção de um conjunto de medidas de proteção, na previsão de que
a segurança física do operador possa ser colocada em risco durante a realização do seu trabalho.
Nestes termos, pode-se acrescentar que as medidas a tomar no domínio da higiene industrial não
diferem das usadas na prevenção dos acidentes de trabalho.

Enquadramento legal

 Lei n.º 98/2009. DR 172 SÉRIE I de 2009-09-04 - Regulamenta o regime de


reparação de acidentes de trabalho e de doenças profissionais, incluindo a reabilitação
e reintegração profissionais, nos termos do artigo 284.º do Código do Trabalho,
aprovado pela Lei n.º 7/2009, de 12 de Fevereiro
 Decreto Regulamentar n.º 76/2007. DR 136 SÉRIE I de 2007-07-17 - Altera o
Decreto Regulamentar n.º 6/2001, de 5 de Maio, que aprova a lista das doenças
profissionais e o respetivo índice codificado
 Decreto Regulamentar n.º 6/2001. DR 104 SÉRIE I-B de 2001-05-05 - Ministério do
Trabalho e da Solidariedade Aprova a lista das doenças profissionais e o respetivo
índice codificado

Saúde, doença e trabalho


 Regime jurídico das doenças profissionais
- Lei n.º 7/2009. DR n.º 30, Série I de 2009-02-12 – Assembleia da República aprova a
revisão do Código do Trabalho
- Decreto-Lei n.º 352/2007. DR 204 SÉRIE I, de 23 de Outubro – Ministério do
Trabalho e da Solidariedade Social aprova a nova Tabela Nacional de Incapacidades por
Acidentes de Trabalho e Doenças Profissionais, revogando o Decreto-Lei n.º 341/93, de 30
de Setembro, e aprova a Tabela Indicativa para a Avaliação da Incapacidade em
Direito Civil
- Decreto Regulamentar n.º 76/2007, de 17 de Julho – Ministério do Trabalho e da
Solidariedade Social altera o Decreto Regulamentar n.º 6/2001, de 5 de Maio, que aprova a
lista das doenças profissionais e o respetivo índice codificado.

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Conceito de contaminação e intoxicação
INTOXICAÇÃO: É um processo patológico causado por substâncias endógenas exógenas,
caracterizado por desequilíbrio fisiológico, consequente das alterações bioquímicas no
organismo. Processo é evidenciado por sinais e sintomas ou mediante dados laboratoriais.
CONTAMINAÇÃO: Transmissão de uma doença contagiosa. Estado de uma substância
afetada por uma impureza radioativa.

Contaminantes químicos, físicos e biológicos


Químicos: Detergente; Gases; Poeiras; Fumos; Solventes, etc..
Físicos: Ruídos; Vibrações; Temperatura; Radiações; etc.
Biológicos: Microrganismos (Bactérias; Fungos, etc.)

Vigilância médica
É dever do empregador assegurar a vigilância adequada da saúde dos trabalhadores em
função dos riscos que se encontram expostos no local de trabalho, devendo promover a realização
de Exames de Saúde, visando dois objetivos essenciais: por um lado, o de verificação da aptidão
física e psíquica do trabalhador para o exercício da atividade para a qual foi contratado, e por outro
lado, em momento posterior, aferir da repercussão da atividade realizada, bem como das
condições em que é prestada, na saúde do trabalhador.

Assim, o médico do trabalho deverá levar a cabo, essencialmente, três tipos de Exames de
Saúde, a que se refere o nº 3 do artigo 108º da Lei nº 102/2009.

Principais doenças profissionais


- Patologias dos membros inferiores como superiores;
- Lombalgias;
- Lesões musculares;
- Dores
- Tendinites

- As lesões por esforço repetitivo (LER)

- Perda auditiva

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Enfim existem inúmeras doenças profissionais que irão se caracterizar de acordo com o risco,
podendo causar vários problemas ao organismo e até a morte. As doenças profissionais podem ser
prevenidas respeitando-se os limites de tolerância de cada risco, utilizando-se adequadamente os
equipamentos de proteção individual e com formas adequadas de atenuação do risco na fonte (ou
seja, maneiras de atacar as causas das doenças nas suas origens), por exemplo, construindo uma
parede acústica, caso haja nível elevado de ruído no ambiente de trabalho.

Organização da Segurança e Saúde no Trabalho


A organização dos Serviços de SHST é da responsabilidade do empregador, com vista à
prevenção dos riscos profissionais e à promoção da saúde dos trabalhadores.

A Lei nº 102/2009, de 10 de Setembro, tem por objetivo:

- A prevenção dos riscos profissionais, promoção e a vigilância da saúde dos


trabalhadores.

Na generalidade este diploma determina que o empregador é obrigado a organizar e a


manter um sistema de prevenção que permita avaliar e prevenir os riscos profissionais, segundo
princípios, políticas, normas, procedimentos que visem a segurança e a saúde dos trabalhadores.

Com o artigo 73º da Lei nº 102/2009, as atividades de Segurança e de Saúde no Trabalho


devem ser asseguradas periodicamente no próprio estabelecimento, podendo o empregador,
adotar uma das seguintes modalidades:

- Serviços internos; Serviços externos; Serviços comuns; Exercício de funções por


trabalhador designado/empregador.

Regras básicas de higiene

Higiene no Trabalho - Conjunto de metodologias necessárias à prevenção das doenças


profissionais, tendo como principal campo de Acão o controlo da exposição aos agentes físicos,
químicos e biológicos presentes nos componentes materiais do trabalho. Esta abordagem assenta
fundamentalmente em técnicas e medidas que incidem sobre o ambiente de trabalho.

Tendo em atenção o artigo 97º da Lei nº 102/2009 e os seus objetivos podemos dizer que
como princípios básicos de higiene:

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 Assegurar as condições de trabalho que salvaguardem a segurança e a saúde física e
mental dos trabalhadores;
 Desenvolver as condições técnicas que assegurem a aplicação das medidas de
prevenção previstas no artigo 15º da Lei nº 102/2009;
 Informação e formação dos trabalhadores no domínio da SHST;
 Informação e consulta dos representantes dos trabalhadores ou, na sua falta, dos
próprios trabalhadores.

Enquadramento legal dos serviços de Segurança, Higiene e Saúde no


Trabalho
Foi a promulgação do Decreto-lei nº 441/91, de 14 de Novembro, que estabeleceu regime
jurídico da segurança, higiene e saúde no trabalho.

Na década de 80 do século XX, houve um aumento substancial da ocorrência de acidentes


de trabalho e doenças profissionais, muito devido ao crescimento das obras públicas e ao
desenvolvimento industrial, após a adesão à CEE, logo este Decreto-lei veio dar um grande apoio
no que respeita à necessidade e obrigatoriedade de aplicar princípio de higiene e segurança no
trabalho.

Assim houve uma grande atenção para a prevenção com as empresas a terem de cumprir
certos requisitos com respeito à prevenção de forma a proteger os sus trabalhadores. Podem-se
apontar alguns desses princípios:

- O empregador é responsável pela prevenção; Os riscos são múltiplos; Nem todos os riscos
são físicos; A prevenção é o pilar base da segurança e assenta em princípios gerais; O
trabalhador é uma componente essencial da política e da cultura organizacional.

Atualmente a segurança e saúde no trabalho está regulamentada pela Lei nº 102/2009, de 10


de Setembro, regime jurídico da promoção da segurança da saúde no trabalho, que transpõe para
a ordem jurídica interna a Diretiva nº 89/391/CEE, do Conselho, de 12 de Junho, com a aplicação
de medidas de segurança saúde dos trabalhadores no trabalho, alterada pela Diretiva nº
2007/30/CE, do Conselho, de 20 de Junho, revogando, assim, o Decreto-Lei nº 441/91, de 14 de
Novembro.

Aplicação de legislação

De acordo com a Lei nº 102/2009, de 10 de Setembro, as regras de Segurança e Saúde no


Trabalho aplicam-se:

 A todos os ramos de atividade;

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 Ao trabalhador por conta de outrem e despectivo empregador, incluindo as pessoas
coletivas de direito privado sem fins lucrativos;
 Ao trabalhador independente.

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