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TEXTOS DE APOIO
Área Tecnológica
Unidade: Atividades Económicas
Domínio ou Unidade:
Módulo: A Atividade da Distribuição
Duração: 30 HORAS
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Manual de Apontamentos – Cursos de Educação e Formação de
Jovens
Domínio / Unidade: Atividades Económicas
Módulo: A Atividade da Distribuição
Objectivos de Aprendizagem:
Conteúdos:
►A atividade da distribuição
- Noção e importância
- Atividades que compõem a distribuição – comércio e logística
- Circuitos de distribuição:
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. Noção
. Tipos (ultra-curto, curto e longo)
. Intervenientes (grossista e retalhista)
● A logística
- Noção
- Componentes (armazenagem e transportes)
- Importância
● O comércio
- Noção
- Tipos ou formatos de comércio: independente, associado e integrado (sucursais,
franchising, grandes superfícies e grandes superfícies especializadas)
- Métodos de vendas (venda direta, cibervenda, venda automática, venda por
catálogo)
► Moeda
- Evolução: da troca direta à troca indireta
- Funções (meio de pagamento, medida de valor e reserva de valor)
- Tipos de moeda na atualidade – moeda metálica, papel moeda e moeda escritural
- As novas formas de pagamento – desmaterialização da moeda
► Preço
- Noção
- Fatores que influenciam a sua formação:
- Custo de produção
- Número de compradores e de vendedores
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1. DISTRIBUIÇÃO
1.1. NOÇÃO, IMPORTÂNCIA E ATIVIDADES QUE A COMPOEM
Transporte
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Noção
Já vimos que para que os bens cheguem junto dos consumidores são necessárias
diversas atividades, definindo-se assim um circuito de distribuição:
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PRODUTO CONSUMIDO
RR R
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2. LOGISTICA
2.1. NOÇÃO
O objetivo do stock é:
Determinar e assegurar o nível otimo de stock em cada momento.
As empresas constituem stocks para poderem fazer face aos pedidos dos clientes.
Importa, por isso, assegurar que os stocks sejam suficientes para a procura que
é esperada num dado período. A previsão da procura é uma atividade fundamental
para uma boa Gestão de Stocks.
Por outro lado, stocks em excesso significam grandes custos para a empresa:
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● de armazenagem;
● de conservação;
● de capital;
● de obsolescência.
Para fazer o ajuste permanente do fluxo de entrada de forma a que o nível de stock
seja mantido, em função do fluxo de saída, a Gestão de Stocks tem que saber qual a
quantidade que deve entrar de cada vez e qual o ritmo das entradas.
2.2.2. Transportes
Os transportes têm um peso elevado nos custos logísticos e, por isso, devem ser
tratados e estudados de forma cuidada.
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● o custo;
● a velocidade;
● a consistência.
1.O Custo: no que diz respeito aos custos, o Transporte deve ser gerido numa
perspetiva de Custo Total e não apenas de minimização dos custos do Transporte.
Isto porque a opção por meios de transporte mais económicos pode levar a que a
empresa incorra noutros custos que sejam superiores à poupança conseguida.
2.3. Importância
A logística assume uma importância crescente no comércio e distribuição. A
globalização da economia, a diminuição do ciclo de vida dos produtos, o recurso cada
vez maior ao out-sourcing (subcontratação) por muitas das atividades produtivas da
distribuição, bem como a importância que hoje assumem a satisfação e fidelização dos
clientes, atribuíram à logística uma inquestionável importância na rendibilidade das
empresas.
3. COMÉRCIO
3.1. Noção
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GROSSISTA
COMÉRCIO
COMÉRCIO
RETALHISTA
É o comércio retalhista que contacta diretamente com o consumidor final; por essa
razão temos tendência a associar a atividade o comércio apenas à função retalhista.
No entanto, a atividade grossista é, também, muito importante para que os produtos
cheguem junto dos consumidores.
● O comércio independente;
● O comércio integrado;
● O comércio associado.
1. Comércio independente:
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Este tipo de comércio encontra-se espalhado pelos centros habitacionais, junto dos
consumidores ou em pequenos centros urbanos.
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preços mais baixos. São exemplos deste tipo de comercio as cadeias Minipreço,
Pagapouco ou Dia;
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grosso) ou que, não atingindo estas dimensões, pertençam a uma empresa ou grupo
que a nível nacional detenha, para cada um dos tipos referidos, uma área de venda
acumulada superfície a, respectivamente, 15.000 m², 25.000 m² e 30.000m².
3. Comércio associado
O comércio associado compreende empresas que mantêm a sua independência
jurídica, associado uma ou mais actividades, de modo a obter vantagens e a competir
com o comércio integrado
.
De forma geral, estas associações de comerciantes têm como grande objetivo efetuar
compras em conjunto e obter preços mais baixos devido ao grande volume de compra,
o que não conseguiriam se actuassem isoladamente.
Por outro lado, usufruindo de serviços comuns, podem desenvolver operações
promocionais de maior escala, conhecer melhor os mercados e gerir mais
racionalmente os stocks, o que também isoladamente se tornaria mais difícil.
Até agora consideramos que no contacto com o consumidor existe sempre como base
o ponto de venda, local físico onde o consumidor e comerciante se encontram.
No entanto, nem sempre tal situação acontece, estabelecendo-se o contacto entre o
consumidor, o produtor e o produto de uma outra forma. Dos vários métodos de venda
existentes destacam-se os seguintes:
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O número de lojas e centros comerciais tem vindo a crescer nos últimos anos,
quer em Portugal quer um pouco por todo o mundo, comercializando os mais
diversos tipos de bens e serviços, que vão desde livros, CD’s, vestuário,
software, bilhetes de avião, férias, etc.
4. Moeda
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TROCA DIRECTA
BEM BEM
Este tipo de troca só era possível numa economia em que o nível de produção era
ainda relativamente reduzido, pois, na prática, levantaram-se vários inconvenientes,
nomeadamente;
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A atribuição de valores aos bens era ainda outro dos inconvenientes que
surgia com frequência, uma vez que os bens eram comparados entre si e não
em relação a uma medida padrão. Que quantidade de cereais deveria dar para
obter uma pele?
A divisibilidade dos bens constituía ainda um outro obstáculo pois nem todos
os bens eram facilmente fraccionáveis, é o caso dos animais ou mesmo até
das peles.
O transporte dos bens nem sempre era fácil e económico, não se ajustando a
um grande volume e variedade de bens.
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e dividirem a operação de troca em duas partes: troco o bem que possuo pelo bem
intermediário e, posteriormente, este último pelo bem que eu pretendo.
Na troca o bem utilizado como intermediário funciona como moeda, por isso é
designado por moeda-mercadoria.
TROCA INDIRECTA
De facto, moeda é qualquer bem que é aceite por todos os membros de uma
comunidade e que expressa o valor de todos os bens sendo aceite como um
intermediário entre trocas.
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Ao longo dos tempos foram vários os tipos de bens utilizados como moeda, é o caso
das peles, do gado, dos cereais, do sal, ou mesmo das conchas.
A moeda metálica era aceite por todos, era facilmente divisível e fácil de transportar,
tinha grande durabilidade e, sendo um metal precioso, era rara e escassa.
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Com a intensificação das trocas no final da Idade Média, foi necessário tornar mais
fácil o seu transporte, uma vez que se colocavam problemas de segurança no
transporte da moeda em metal precioso.
Assim, os comerciantes depositavam as moedas em ouro ou prata num cambista,
recebendo em troca um certificado de depósito ou uma letra de câmbio, mais tarde
o mesmo comerciante poderia levantar a quantia depositada, mediante a
apresentação da letra de câmbio, numa outra cidade.
Desta forja, a moeda passava a ser aceite com base na confiança que o Estado
garantia às pessoas, é pois uma moeda fiduciária.
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Passando o Estado a controlar toda a emissão de moeda e sendo o seu curso forçado,
os banqueiros podiam aceitar os depósitos que os seus clientes fazem em papel-
moeda, sendo apenas necessário para a movimentar que os clientes dêem ordem ao
banco, o que fazem através de documentos próprios – os cheques.
Com efeito, estava criado um novo tipo de moeda – moeda escritural, movimentada
através de cheques.
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Este processo foi ainda acentuado com a criação da moeda escritural, pois por
simples jogos de escrita é possível efetuar as mais diversas transacções sem qualquer
intervenção da moeda física.
5. Preço
5.1. Notação
Como sabemos da nossa vida quotidiana, todos os bens que adquirimos no mercado
têm um preço e para os obter temos de despender uma determinada quantidade de
moeda, pois é a moeda que expressa o valor de troca dos bens, ou seja, é a unidade
de troca dos bens.
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É importante realçar que a moeda expressa o valor da troca de um bem e não o valor
de uso.
O valor da troca compara um bem em termos de outro ou de outros bens que podem
ser adquiridos.
Água e diamantes
As coisas que têm valor de uso, muitas vezes têm pouco ou nenhum valor de troca.
E, ao contrário, as que têm maior valor de troca com frequência tem pouco ou
nenhum valor de uso.
Nada é mais útil do que a água, mas com ela compramos poucas coisas: dificilmente
é possível adquirir algo em troca de água (salvo em determinadas situações). Um
diamante, pelo contrário, não tem praticamente nenhum valor de uso, mas uma
grande quantidade de bens pode ser trocada por ele.
São vários os fatores que influenciam a formação do preço dos bens e dos serviços.
Sendo assim, um processo no qual intervém um conjunto de fatores, dos quais se
destacam:
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