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UFCD 0423
Objetivos gerais
Objetivos específicos
As necessidades são inerentes à condição humana e têm a ver com a satisfação de privações
relacionadas com a sobrevivência. A sua natureza é, por isso, básica e o seu número limitado a
alimentação, abrigo, ar, água, roupas, etc.
A troca consiste no ato de obtermos qualquer coisa que desejamos, oferecendo algo desejado
pela outra parte, em compensação. A necessidade de trocar bens ou serviços advém do fato de
nenhum ser humano ser auto-suficiente e, portanto, capaz de, por si só, satisfazer as suas
necessidades e desejos.
Segundo Philip Kotler, um dos mais prestigiados professores americanos de marketing, para
que se concretize uma troca, cinco condições devem ser satisfeitas:
cada parte ter qualquer coisa à qual a outra parte atribui valor;
Quando estão reunidas todas as condições necessárias à realização de uma troca e esta se
concretiza, estamos perante uma transacção.
Em princípio, ambas as partes devem sair de uma transacção mais satisfeitas do que estavam
antes. É esta razão que justifica a afirmação segundo a qual o processo de troca cria valor. Se
este é o caso, é natural que as transações entre as partes se repitam e levem à construção de
relações de carácter duradouro (fidelização ao sistema de transações).
Valor é a capacidade que, algo que foi trocado tem para satisfazer as necessidades das partes
envolvidas na transacção. O valor é percebido por cada uma das partes através dos benefícios
proporcionados pela posse do bem ou serviço trocado (e não pelo bem ou serviço, em si).
Daqui resulta que o conceito de utilidade está, por um lado, diretamente relacionado com o
conjunto dos benefícios percebidos e, portanto, com o grau de satisfação sentido pelo
adquirente (subjetivo, logo variável), e, por outro, com o custo despendido na transação
(relação custo/benefício).
Não obstante esta perspetiva, Philip Kotler, identifica uma situação adicional de aplicação,
com sucesso, desta filosofia de gestão: sempre que o produto é caro e o crescimento do
mercado dependa, fundamentalmente, da descida do preço unitário desse produto (ex..
produtos da Texas Instruments e de algumas empresas japonesas).
A óptica das vendas substitui a óptica de produção à medida que a procura deixa de ser,
sistematicamente, superior à oferta e, portanto, já não basta produzir, é também
fundamental o esforço de vendas.
Os consumidores, por sua livre iniciativa, não comprarão, normalmente, uma quantidade
suficiente dos produtos da empresa; portanto, é imprescindível um grande esforço de
vendas.
Ainda que o cliente fique desiludido com o produto, não vai comunicar esse seu desagrado
e, eventualmente, vai esquecer a frustração de consumo e repetir a compra.
1.4.2. A comparação
Ao contrário das ópticas anteriores, o ponto de partida está agora no exterior da empresa.
Para que os objectivos da empresa sejam, de uma forma continuada, atingidos, é preciso:
Inventariar as suas necessidades, preferências e exigências; ter presente que elas estão em
permanente evolução, o que determina a necessidade de um acompanhamento contínuo e
cuidadoso.
Das influências e principais tendências de evolução do macro contexto (ou global, ou meio
envolvente alargado) onde se incluem as dimensões demográficas, políticas, tecnológicas,
económicas, culturais, sociais, etc.
1.5.2. A relevância de um departamento de Marketing
Numa empresa em que a gestão pela óptica de marketing esteja implementada, as funções
desempenhadas pelo departamento de marketing, serão, principalmente, as seguintes:
Planeamento/ Controle Comercial
Estudos de Mercado.
Vendas/Distribuição
Promoção/Publicidade.
Desenvolvimento de novos produtos/serviços.
A organização funcional, corresponde, assim, a um estádio avançado da implementação do
marketing numa organização, mas isto, infelizmente, não corresponde à situação existente
na maior parte das empresas - e muito especialmente nas pequenas e médias empresas-
onde acabamos por encontrar uma diversidade de situações representativas das diferentes
fases de implantação do departamento de marketing nas organizações. São exemplos:
A existência exclusiva dum departamento de vendas conhecido como o departamento
comercial.
Departamento de vendas com uma área de marketing subordinada.
Um Departamento de marketing autónomo (sem controle sobre as vendas, mas já não
subordinado a esse departamento).
Essa invenção revolucionou a comunicação humana, já que, pela primeira vez, era possível
produzir textos em massa e distribuí-los a mais pessoas. Afinal, antes disso, todos os textos
tinham que ser escritos à mão.
Vale a pena ressaltar que, antes da prensa, até saber ler era um privilégio de poucos. Como
a circulação de livros era muito limitada, a maioria das pessoas jamais tinha contacto com a
linguagem escrita.
Essa limitação também afectava a educação e acesso à informação. Desta forma, a prensa
afectou a sociedade profundamente! Foi a prensa de Gutenberg, portanto, que impulsionou
o surgimento dos primeiros anúncios impressos, que era a forma mais elaborada de
Marketing nesse período.
Vale a pena lembrar que, antes do computador e da internet, o Marketing seguia o modelo
que chamamos de Outbound – ele tentava vender o produto antes de criar qualquer vínculo
com os clientes.
Hoje, com o Inbound marketing, nós criamos um vínculo antes – educando os clientes sobre
o problema, apresentando soluções, gerando valor por meio da informação.
Apesar da invenção de Gutenberg, foi apenas no século XVII que jornais e revistas
começaram a ser publicados em massa. Muitos reconhecem o jornal alemão Relation aller
Fürnemmen und gedenckwürdigen Historien, de 1605, como o primeiro jornal. Enquanto
isso, a primeira revista americana foi publicada em 1741, na Philadelphia. – The
Gentleman’s Magazine, a primeira revista do mundo.
É verdade que, com a possibilidade de imprimir panfletos, a divulgação ficou mais fácil.
Mas ainda havia um problema: era preciso distribuir esses panfletos, um por um, às
pessoas.
Logo alguém percebeu que seria muito mais fácil afixar um único póster numa via pública,
assim, todos os transeuntes veriam a mensagem, e o esforço necessário era muito menor.
E quanto aos pósteres? Não sabemos como a prática de afixar pósteres começou – é
possível que ela já existisse até mesmo antes da prensa ser inventada. Afinal, é possível
fazer um póster, mesmo à mão.
Porém, um fato curioso é que essa estratégia tornou-se tão popular que chegou a ser banida
de Londres! No ano de 1839, tornou-se ilegal afixar pósteres em propriedades na capital da
Inglaterra.
Mas os profissionais de Marketing da época logo encontraram uma forma de contornar
essa proibição, usando um meio similar, mas com muito mais impacto: os outdoors.
Através do outdoor, os anúncios podiam ser vistos de longe, tendo um alcance melhor do
que os pósteres. Além disso, um outdoor é bem mais durável. Em termos de custo-benefício,
ele é uma aposta interessante.
O registro mais antigo de aluguel de um outdoor é de 1867. A maior prova de que essa ideia
tem seu valor é que a prática continua até hoje.
Com o século XIX e início do século XX vieram novos meios de comunicação, por meio
de invenções tão significativas e revolucionárias quanto a prensa de Gutenberg, falamos,
claro, do rádio, televisão e telefone.
Apesar de o telefone ter sido inventado em 1876, foi apenas em 1946 que a penetração
desse equipamento nas casas americanas atingiu 50% e passou a ser usado para o famoso
telemarketing.
O termo “telemarketing” começou a ser usado no final da década de 1970 e, desde então,
tem sido associado com uma das práticas de Marketing mais problemáticas – tanto pelos
resultados quanto pela recepção do público a essa abordagem.
Porém, no início da década de 1920, ele passou a ser usado para transmissões abertas, de
entretenimento e notícias. Em apenas 22 anos – de 1921 a 1933 – o rádio entrou em mais
de 55% dos lares americanos.
Para patrocinar as transmissões, eram feitos anúncios verbais de produtos e serviços. Mas,
se esses anúncios trouxeram um elemento extra ao Marketing, isso não se comparou em
nada à magia da televisão.
Outro ponto interessante é observar que, a cada nova invenção, o tempo necessário para
que a tecnologia se espalhasse foi diminuindo. Isso demonstra que a própria sociedade se
tornou ávida por novos meios de comunicação e novas ferramentas para interagir com o
mundo à sua volta.
Após a invenção da televisão, foi preciso esperar mais algumas décadas por uma nova
revolução.
A 3 de Abril de 1973, foi feita a primeira chamada por telemóvel. Então, em 1981, a IBM
apresenta o computador pessoal e, em 1984, a Apple lança seu icónico Macintosh.
Na década de 1990, ocorreu o boom da internet — não apenas para fins militares e
industriais, como era no começo, mas pelas pessoas comuns também.
Quatro grandes marcos num período de 10 anos, que mudariam completamente o futuro
do Marketing!
Os resultados foram visíveis. Em 1972, a revista Life tinha sido cancelada (após 36 anos de
publicação) devido à competição da TV. Então, em 1985, essa media renasceu, atingindo
receita de US$25 bilhões.
Outra consequência do computador pessoal foi tornar possível o acesso à internet e e-mail.
Em 1994 foi enviada a primeira mensagem automatizada em larga escala – o primeiro spam,
que atingiu milhares de usuários. Essa foi uma demonstração do poder de alcance do e-
mail marketing, para o bem ou para o mal. Como resultado, hoje, ele faz parte de qualquer
estratégia de Marketing bem-sucedida.
E, dos anos 1990 para cá, as inovações não pararam de surgir e foram sempre incorporadas
ao Marketing.
A partir das redes de comunicação móveis, a necessidade de ir buscar apoio ao web design.
1.7.1. O conceito
Para Kotler “o marketing foi introduzido nas empresas não na forma de «conceito de
marketing», mas na forma de conceito de «publicidade e promoção» ”.
1.7.2. A concorrência
Assim sendo, e com o intuito de aliciar os actuais clientes e de captar novos clientes, um
grande número de empresas passou a investir fortemente nesta área, oferecendo brindes ou
prémios.
De acordo com T. J. Hughes este primeiro estádio definido por Kotler apresenta uma
incerteza, ainda actual, uma vez que “apesar de poderem ser feitos testes para avaliar a
eficiência das campanhas publicitárias, é bastante difícil relacioná-las com a real compra ou
adesão directa ao serviço publicitado”.
A grande questão que se põe é saber se o cliente adere ao serviço pela sua utilidade ou
simplesmente pelo benefício pontual que daí advém.
A manutenção de clientes é mais eficaz para as empresas que procuram aumentar a sua
rentabilidade do que a atracção de novos clientes. Isto deve-se ao facto de a fidelização dos
clientes gerar ganhos estáveis e a possibilidade de gerar vendas cruzadas, ao passo que a
atracção de novos clientes requer esforços substanciais de marketing e um consequente
aumento dos gastos de operação.
Para agradar aos clientes as empresas começaram a formular programas específicos para os
seus empregados, com o objectivo de melhorar o atendimento, contribuindo para uma
melhoria significativa do serviço prestado.
Segundo, Henrique Meirelles “a ideia era reconstruir uma arquitectura que nos permita
centrar a cem por cento nos nossos clientes”.
Como depressa todas as empresas aderiram a esta nova filosofia de acção de marketing,
rapidamente este novo atractivo deixou de ser um factor crítico de sucesso.
O cliente opta entre diferentes ofertas de valor, e escolherá sempre aquela que lhe oferecer
a melhor relação custo/benefício. O profissional de marketing deve aumentar o valor da
oferta para o cliente com diversas estratégias: Aumento de benefícios, Redução de custos,
Aumento de benefícios e redução de custos, Aumento de benefícios em proporção maior
do que o aumento de custos, Redução de benefícios em proporção menor do que redução
de custos.
Easingwood e Mahajan afirmam que “uma posição indica o lugar ocupado por um
produto/serviço num dado mercado” e que “a grande importância do posicionamento
deriva da sua natureza integrativa”, isto é, “tudo aquilo que a empresa faz que provoca
impacto na percepção do cliente deve ser desenhado para desenvolver a posição desejada”.
Devido à natureza dos serviços, o seu posicionamento é afectado por mais factores do que
a publicidade e a promoção. Todas as dimensões da qualidade de serviço, pessoas, processo
e evidência física do serviço podem ser usadas para reforçar a estratégia de posicionamento.
As empresas terão que fazer uma análise das capacidades financeiras, humanas e
tecnológicas de forma a avaliarem a boa concretização dos planos de marketing. Devem
fazer com regularidade uma revisão crítica das suas metas globais e da eficácia de
marketing, pois é uma área em que a obsolência de objectivos, políticas, estratégias e
programas representa uma possibilidade constante.
Para Kotler, esta fase revela-se quando o marketing já se ocupa da escolha e análise de
dados importantes, tendo em consideração a escolha de um determinado posicionamento
estratégico, nomeadamente a nível de um dado produto ou serviço.
Não é fácil estar a frente do mercado, ser o Top Of Mind; é preciso conhecer a concorrência,
acompanhar tendências, comportamentos, planear acções, e monitorizar a marca. É preciso
gerir a comunicação interna da empresa, criar acções para melhorar a satisfação dos clientes,
cuidar da imagem da empresa ou marca para garantir uma boa reputação, enfim, acompanhar
tudo na empresa para criar a melhor imagem e qualidade possíveis, e isso começa pelos clientes
internos, até passar para os externos.
2.2. Definição dos 4 P’s do Marketing
O conceito do Mix de Marketing foi criado pelo professor Jerome McCarthy em seu livro
“Basic Marketing“, lançado em 1960. O método ganhou propagação nos anos seguintes com
Philip Kotler. Como o nome já diz, trata-se das definições de marketing fundamentais que uma
empresa deve fazer para atingir determinado público-alvo, a partir do posicionamento
escolhido.
Produto - A gestão de produto lida com especificações do bem (ou serviço) em questão e as
formas como ele se relaciona com as necessidades que o usuário tem. Sendo assim, o
responsável por essa área deve cuidar do design, da embalagem do produto, do peso, da marca,
das cores, das quantidades por caixa, do empilhamento máximo, etc. Para o cliente seu Produto
deve ser a melhor solução.
Place - preocupa-se com a distribuição e refere-se aos canais através dos quais o produto chega
aos clientes, inclui pontos de vendas, pronta-entrega, horários e dias de atendimento e
diferentes vias de compra. Além disso, o responsável por essa área deve saber exatamente que
canais de distribuição utilizará, o seu tamanho e a área geográfica que será coberta
logisticamente. Para o seu cliente sua Praça deve ser a mais conveniente.
Os Marketeers usam estas variáveis para estabelecer um plano de marketing. Para o plano de
marketing ser bem-sucedido, a estratégia traçada para os quatro pês, deve reflectir a melhor
proposta de valor para os consumidores de um mercado-alvo bem definido. A administração
de marketing é a aplicação prática deste processo.
O Marketing de serviços conta ainda com outros componentes no seu marketing mix: Pessoas,
Processos e Evidências Físicas.
Com o passar do tempo todo produto/serviço muda de posição na matriz BCG, reflectindo as
mudanças em sua participação e crescimento do mercado. As bem-sucedidas têm um ciclo de
vida bem definido. Começam como oportunidades, depois como estrelas, depois como vacas
leiteiras e então como animais de estimação. Estes estados traduzem-se em estágios conhecidos
como introdução, crescimento, maturidade e declínio.
Introdução: é o período de crescimento lento das vendas. É preciso visão a longo prazo, pois o
lucro é ainda inexistente neste estágio, onde grandes despesas de lançamento são necessárias.
O nome e o logotipo original (atual) da marca eram ideia de um contabilista de Pemberton, que
o projectou com sua própria escrita. Não ter mudado o seu logo até hoje é a melhor estratégia
adoptada pela Coca-Cola. Pouco tempo depois a fórmula foi vendida para Asa G Candler, que
o converteu num refrigerante, e o marketing, na sua verdadeira acepção da palavra, começou a
partir daí.
Durante a era de Candler, a Coca-Cola foi vendida apenas através das fontes da soda. Mas duas
mentes inovadoras, Benjamin F. Thomas e Joseph B. Whitehead, garantiram os direitos
exclusivos da Candler (em apenas US $ 1) para as vendas de coca-cola engarrafadas.
Sendo tão famosa nos EUA, a Coca-Cola foi alvo de imitações. As primeiras campanhas de
publicidade como "Demand the genuine" e "Accept no substitutes" ajudaram um pouco a
marca, mas houve uma extrema necessidade de se diferenciar. Assim, em 1916, a única garrafa
de Coca-Cola foi projetada pela Root Glass Company, de Terre Haute, Indiana. O design da
garrafa de marca registrada não foi alterado até hoje. Em 1919, Candler vendeu a empresa a
Robert Woodruff cujo objetivo era tornar a Coca-Cola disponível para qualquer pessoa, a
qualquer hora e em qualquer lugar. Fábricas de engarrafamento foram criadas em todo o
mundo e Coca-Cola tornou-se a primeira marca verdadeiramente global.
Robert Woodruff tinha outras estratégias também; estava focado em manter um padrão de
excelência à medida que a empresa crescia; queria posicionar a Coca-Cola como um produto
premium que merecia mais atenção do que qualquer um de seus concorrentes. E ele conseguiu
isso. Coca-Cola cresceu rapidamente em todo o mundo e a sua popularidade mundial foi
devido a estratégias simples e inovadoras de marketing, como:
Consistência – através do logotipo, design e preço da bebida. A Coca-Cola manteve-se simples
com cada slogan criado, que tem girado sempre em torno dos dois termos "apreciar" e
"felicidade".
Branding – desde os calendários, relógios e outros produtos não relacionados, Candler começou
a tendência de fazer a marca Coca-Cola conhecida em toda parte, e a empresa, agora de Robert
Wodruff, seguiu a mesma estratégia colocando o logo Coca-Cola em todo o mundo.
Diversificação – depois de a Coca-Cola marcar presença em todo o mundo, deu o seu primeiro
passo para diversificar seu portfólio em 1960, comprando a Minute Maid. Actualmente opera
em todos os países com excepção de 2 em todo o mundo (Coreia do Norte e Cuba, tendo já
entrado em Cuba) com um portfólio de mais de 3500 marcas.
• Durante o seu primeiro ano, a Coca-Cola vendeu uma média de 9 bebidas por dia
• Há alguns anos foi notícia que a Verizon (empresa tecnológica) adquiriu o Yahoo por cerca
de US $ 5 bilhões, que é mais ou menos o mesmo vaor que a Coca-Cola Company gasta nos
seus anúncios.
Finalizando, vale a pena destacar o posicionamento de mercado da Coca Cola, que tem vindo a
desempenhar um incrível trabalho de branding, fazendo com que seja única na mente dos
consumidores.
Não importa o negócio, importa que seja visto como único, diferenciado dos demais.
3. FUNÇÕES DO MARKETING
Produto é algo que pode ser oferecido no mercado pra satisfazer um desejo ou uma
necessidade, dos consumidores. Contudo, um produto é muito mais do que um objecto físico,
é o pacote completo de benefícios percepcionado pelo consumidor. É a soma de todos os
atributos físicos, psicológicos, simbólicos e de serviço. Inclui toda a actividade relativa ao
produto em si, tais como formato, design, embalagem, qualidade, padronização e outras
características específicas.
Tangível
Genérico
É a utilidade ou benefício que o produto ou serviço oferece (com uma caneta posso escrever
com um telemóvel posso comunicar).
Ampliado
Duráveis
São bens tangíveis que duram vários anos de uso, como a casa, o carro.
Não duráveis
São bens tangíveis que duram pouco tempo de uso, como alimentos, produtos descartáveis.
Serviços
São bens intangíveis, procurados pelos consumidores, como escolas, bancos, hospitais.
Bens de conveniência
O consumidor emprega baixo esforço na sua procura e aquisição, como pão, leite, jornais.
Preço é a segunda variável que os Marketeers usam para desenvolver um Plano de Marketing.
Alguns estudiosos acreditam que 14% dos consumidores decidem as suas compras com base
exclusivamente no preço. O preço reflecte não apenas o valor monetário de um produto, mas o
próprio valor intrínseco percebido pelo consumidor, que envolve todo o seu esforço para o
adquirir, ou seja, o preço engloba custos indirectos como os de manutenção, a energia física, o
tempo, e mesmo a questão emocional.
Preço introdução
O preço é aplicado dependendo da sua qualidade. Caso o produto seja inovador é possível
aplicar um preço mais elevado.
Preço de crescimento
Preço de maturidade
Avaliar o estímulo de consumo lembrando que o preço alto inibe a procura e que o preço baixo
desprestigia o produto.
Preço de declínio
Utilizar uma política de preço que permita, dentro do possível, manter o produto com lucros
razoáveis.
3.3. Distribuição
A distribuição dos produtos depende de sua natureza e da forma como é feita a venda. Os
canais tradicionais de distribuição são os por atacado e as vendas industriais.
A partir da década de 50, tornaram-se populares as vendas por reembolso postal e a mala
directa; mais tarde surgiram o telemarketing, as vendas por computador e a formação de
grandes distribuidores autónomos, representantes das marcas, que adquirem os produtos, a
publicidade e sua divulgação, negoceiam as vendas com os diferentes canais, e estabelecem suas
próprias margens de lucro, dentro de limites estabelecidos pelo fabricante.
3.4. Promoção/ Publicidade
3.5. Vendas
Os fabricantes de bens de consumo em larga escala, podem ou não não vender directamente ao
consumidor final, mas têm desenvolvida a sua rede de distribuição através de representantes ou
agentes, que, de forma negociada e totalmente definida, vendem os seus produtos para todos os
canais de distribuição, para que os mesmos possam ficar à disposição de todos os
consumidores, ou de apenas alguns nichos, dependendo da estratégia de segmentação.
Na nova visão do marketing, como consequência da extensão das funções dos profissionais
dessa área, distingue-se hoje o marketing estratégico do operacional.
Marketing Estratégico:
✓ Médio e longo-prazo
✓ Análise das necessidades de indivíduos e de organizações
✓ Pesquisa de benefícios procurados pelos consumidores actuais e por potenciais
✓ Acompanhamento do mercado de referência
✓ Identificação de produtos/ mercados e segmentos actuais e potenciais
✓ Avaliação da atractividade de produtos/ mercados
✓ Quantificação do mercado potencial
✓ Identificação do estágio do ciclo de vida do produto/ mercado
✓ Avaliação da competitividade de produtos/ mercados
✓ Construção de vantagens competitivas
✓ Avaliação da viabilidade económica e comercial de produtos/ mercados
✓ Orientar a organização para oportunidades adaptadas a seus recursos e seu know-how,
com potencial de crescimento e de rentabilidade
✓ Definição da missão da empresa, seus objectivos
✓ Elaborar estratégias de desenvolvimento
✓ Manter um portfolio de produtos equilibrado
Marketing Operacional:
✓ Curto prazo
✓ Realização de objectivos de vendas
✓ Utilização de meios tácticos
✓ Análise dos 4 P’s
✓ Definição de objectivos de quota de mercado
✓ Orçamentos de marketing
✓ Implementação de programas de produção, de stocks e de distribuição nas áreas
pertinentes
✓ Impacto directo na rentabilidade a curto prazo
✓ Apesar de na área operacional ser tudo muito mais visível, deve existir sempre uma
reflexão estratégica sobre o mercado e a sua evolução
5. CENTRALIDADE NO CLIENTE
5.1. Do discurso para a acção
Em seu livro Management: tasks, responsibilities, practices de 1973, Peter Drucker afirmou que o
propósito final de qualquer organização deveria ser a satisfação dos clientes, construída com
base em suas necessidades, realidades e valores.
➢ a globalização,
➢ a redução das barreiras ao comércio entre os países,
➢ a rápida disseminação de informações
➢ e a "descoberta" dos mercados dos países emergentes e da população de baixa renda
contribuem para um contexto cada vez mais competitivo, dinâmico e complexo, repleto de
oportunidades e desafios. Dado esse contexto externo em constante mutação, as organizações
começam a perceber a necessidade de aumentar sua capacidade de resposta e adaptação a
clientes muito mais informados, conectados, poderosos, exigentes e com novas demandas.
O capítulo 1, Building a Resilient Organisation, introduz a ideia das cinco alavancas que devem ser
utilizadas na construção de uma organização mais resiliente, denominadas 5Cs:
Coordination (Coordenação),
Cooperation (Cooperação),
e Connections (Conexões).
A Cooperação implica adoptar uma visão de processos orientados aos clientes e não
internamente e pressupõe estabelecer uma estrutura de incentivos que estimule o
compartilhamento de metas e objectivos. Além de alinhar incentivos, torna-se necessário
recrutar, integrar e capacitar indivíduos orientados à cooperação. A cooperação, portanto,
pressupõe a integração de pessoas, metas e propósitos comuns.
A terceira alavanca, Clout, traduzida como Poder de Decisão, implica delegar autoridade e poder
para os colaboradores que lidam directamente com os clientes, bem como eliminar barreiras
que impeçam o desenvolvimento de acções voltadas para melhor servir aos clientes. As
organizações, portanto, deveriam alterar sua estrutura de poder delegando poder e
responsabilidade àqueles colaboradores mais próximos dos clientes.
A quinta e última alavanca, Conexões, diz respeito a parcerias e alianças que uma organização
deve desenvolver com seus agentes externos para concentrar seu foco, aumentar sua agilidade
ou adquirir competências e que enfrentam os mesmos desafios identificados na Coordenação e
Cooperação. Um ponto interessante proposto pelo autor refere-se à necessidade de a
organização repensar e redefinir suas actividades centrais, avaliando delegar a parceiros a
execução de actividades periféricas.
No primeiro estágio, as organizações orientam suas acções à oferta e, portanto, de dentro para
fora.
No seguinte, reconhece-se a existência de diferenças entre os clientes e a necessária
segmentação, mantendo-se a ênfase na oferta, é a solução adoptada.
O terceiro estágio consiste na oferta de soluções aos clientes e, por essa razão, as demais
alavancas precisam ser accionadas. Aqui, as empresas reconhecem a necessidade de melhor
compreender as necessidades dos clientes e procuram oferecer-lhes não produtos, mas soluções
aos seus problemas.
Quem estuda ou trabalha com a área de Marketing está, muitas vezes, acostumado a pensar nela como
algo extremamente atual. O Marketing é uma ciência – ou arte – dos nossos tempos, do século XXI.
Pode ser surpreendente descobrir que o Marketing não é tão atual assim. Ele surgiu há mais de 550
anos!
Na realidade, portanto, seu maior feito foi ter mudado e se adaptado aos tempos de maneira tão
eficaz.
Graças a essa característica, mesmo depois de quase seis séculos, ele permanece sendo essencial para
qualquer negócio.
Vale a pena lembrar que, antes do computador e da internet, o Marketing seguia o modelo que
chamamos de --Outbound – ele tentava vender o produto antes de criar qualquer vínculo com os
clientes.
Após a invenção da televisão, foi preciso esperar mais algumas décadas por uma nova revolução; 3
de Abril de 1973, foi feita a primeira chamada por telemóvel; em 1981, a IBM apresenta o computador
pessoal e, em 1984, a Apple lança seu icónico Macintosh; na década de 1990, ocorreu o boom da
internet — não apenas para fins militares e industriais, como era no começo, mas pelas pessoas
comuns também.
Estes foram quatro grandes marcos num período de 10 anos, que mudariam completamente o futuro
do Marketing!
Hoje, a grande tendência do Marketing é o Inbound Marketing, que responde ao perfil e às demandas
do consumidor do século XXI.
O Inbound Marketing está alinhado com a realidade desse indivíduo que nasce e cresce mergulhado
em informação, buscando aprender e entender antes de tomar qualquer decisão de compra, e usa
todos os recursos tecnológicos, obtidos através da evolução histórica para estabelecer um vínculo,
uma comunicação consistente.
BIBLIOGRAFIA
Portugal
− http://marketingfuturo.com/
− http://www.scielo.br/
− http://www.mbaskool.com/