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Módulo 1.............................................................................................................. 4
Introdução....................................................................................................... 4
Externalidades Positivas............................................................................... 19
Externalidades Negativas.............................................................................. 20
Módulo 2............................................................................................................ 21
Critérios para avaliação das localidades baseados em suas características
atrativas........................................................................................................ 21
Considerações Finais.................................................................................... 35
Módulo 3............................................................................................................ 36
Importância dos elementos gráficos e textuais para as
Trilhas Interpretativas................................................................................... 36
Sinalização de entrada.................................................................................. 37
Sinalização de percurso................................................................................ 38
Sinalização de destino.................................................................................. 39
Sinalização educativo-regulatória................................................................. 40
Sinalização interpretativa.............................................................................. 40
Referências........................................................................................................ 45
Módulo 1
Introdução
Pela riqueza de sua biodiversidade e de sua diversidade cultural, o Brasil possui um
vasto conjunto de áreas naturais com elevado potencial para fortalecer o ecoturismo
do país. Dentre elas estão as Unidades de Conservação (UCs), que, dentro de suas
características e finalidades, proporcionam a possibilidade de visitação, recreação
e Interpretação Ambiental (IA).
4
NOTA
5
IMPORTANTE
A IA possui estreita relação com a EA, pois ambas almejam a uma mudança de
postura das pessoas perante o ambiente que as cercam. A IA pode ser vista como
uma das abordagens da EA, ela acontece em um momento específico e de curta
duração, enquanto o visitante permanece no local onde se faz a IA, em ambientes
não formais, enquanto a EA tem caráter continuado e acontece em ambientes
formais ou não formais.
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É necessário, aqui, distinguir três tipos de modelos educacionais: o formal, o infor-
mal e o não formal. A educação formal é hierarquicamente estruturada, desenvol-
vida em escolas; já na educação informal, o aprendizado acontece de forma es-
pontânea, não sistematizada e não organizada e o aprendizado se dá no processo
de vivência e socialização. A educação não formal, por sua vez, é a educação or-
ganizada e sistemática fora do ambiente formal de ensino, ela acontece quando
há intencionalidade na criação de um ambiente de aprendizado fora da instituição
escolar.
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1
É de suma importância estabelecer relações entre o que está sendo interpretado com o cotidiano ou a experiência do
visitante, permitindo que este se identifique com os temas abordados. Dessa forma, é possível sensibilizar e tornar a
interpretação relevante e significativa ao visitante.
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É uma arte que combina com muitas outras artes, além de se basear nos conceitos científicos. Para atingir e tocar o
visitante, a interpretação deve ser prazerosa e clara, utilizar uma linguagem simples e se apropriar de diversos recursos
para a transmissão da informação, tais como sons, música, histórias, placas, figuras, jogos, dinâmicas, movimento,
humor e vídeo.
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Seu objetivo não é exatamente o aprendizado, mas sim de buscar sensibilizar o visitante e estimular a sua
curiosidade e seu interesse.
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Não se deve limitar em transmitir informações, conteúdos. Ela deve revelar aquilo que não está explícito, tais como as
relações de interdependência, os diferentes níveis de percepção de um mesmo fenômeno ou ambiente e os significados
do tema trabalhado. Além disso, provocar a reflexão e o pensamento crítico do visitante, despertando o interesse e
Objetividade
comprometimento do mesmo com local visitado e o meio ambiente. Impecabilidade
5
Na interpretação os temas devem ser trabalhados de forma holística e interligada, de forma a ressaltar as inter-relações
existentes entre os elementos que compõe o meio ambiente.
6
A Interpretação Ambiental e o planejamento da atividade devem, portanto, ser diferenciadas em função do público alvo,
pois as vivências e experiências de cada visitante são distintas. As atividades devem ser planejadas de forma a
abranger o maior número de possibilidades sem prejuízo ao meio ambiente ou riscos ao visitante. Por exemplo, oferecer
oportunidades para aqueles que querem percorrer a trilha sozinhos (trilhas autoguiadas); promover a acessibilidade e
também a possibilidade de interpretação a pessoas portadoras de deficiência; permitir a visitação de alunos de diversos
níveis escolares, leigos e pesquisadores, oferecendo diferentes abordagens; encaixar-se no conceito de desenho
universal, entre outros.
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inter-relações do ambiente com os seres vivos que vivem no local interpretado.
Sendo assim, é possível envolver o público e contribuir para conscientizá-lo de sua
responsabilidade na preservação das áreas naturais visitadas.
Há diversos recursos que podem ser utilizados para realizar a IA, e a escolha destes
deve levar em consideração diversos fatores, tais como o público-alvo e o tema a
ser trabalhado.
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Criatividade: utilizar situações imaginárias e elaborar histórias que enfo-
quem um ator principal, empregando analogias para facilitar a compreen-
são do visitante;
Conectividade
Receptividade Criatividade
Interpretação
Ambiental
Objetividade Impecabilidade
Ludicidade Interatividade
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Os programas de Interpretação conferem destaque às UCs, possibilitando o
reconhecimento de sua existência e importância pelos visitantes. Ao oferecerem
espaços de lazer e recreação com riqueza de estímulos sonoros, auditivos, táteis e
cinestésicos que tem efeitos físicos e psíquicos na saúde e na qualidade de vida do
ser humano, as UCs cumprem sua função social.
As trilhas, uma vez bem planejadas e manejadas, além de cumprirem a sua função
utilitária, permitem o contato e recreação da sociedade e possuem enorme potencial
educativo, podendo contribuir para a sensibilização e a conscientização ambiental
através de um programa adequado de Interpretação Ambiental. Dessa forma, são
instrumentos de grande importância para o planejamento e manejo da atividade
turística e conservação dos recursos ambientais.
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A Trilha Interpretativa possui trajeto de curta distância (500 a 1.500 metros) e
percurso de no máximo 45 minutos, nos quais o objetivo é despertar e manter o
interesse do visitante, apresentando diversidade de elementos ao longo da trilha,
não devendo ser visualmente monótona. Segundo Guimarães, a trilha interpretativa:
Uma Trilha Interpretativa bem concebida deve ser curta e com poucos, mas signi-
ficativos pontos de parada/interpretação. Percursos longos tornam-se cansativos
e monótonos, e o excesso de paradas prolonga ainda mais o tempo de percurso,
saturando o visitante. Os pontos de parada e interpretação devem ser atrativos e
bem delimitados, devendo ser a trilha alargada para comportar simultaneamente o
grupo de visitantes sem prejudicar a visibilidade dos atrativos ou da explicação do
condutor.
As trilhas podem ser, quanto aos recursos de IA, de duas maneiras: guiadas e
autoguiadas. As trilhas guiadas são realizadas com acompanhamento de um guia/
condutor, tecnicamente capacitado para estabelecer um bom canal de comunicação
entre o ambiente e o visitante. As trilhas autoguiadas permitem o contato do visitante
e o meio ambiente sem a presença de um guia. Recursos visuais, gráficos e outros
orientam a caminhada, com informações de direção, distância, elementos a serem
destacados e os temas desenvolvidos.
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Confira alguns métodos de Trilhas Interpretativas, caracterizadas como: guiadas,
autoguiadas, autoguiadas com placas/painéis interpretativos e autoguiadas com
folhetos interpretativos. As trilhas interpretativas ainda são divididas de acordo
com a metodologia de aplicação.
Outro ponto necessário para que as Trilhas Interpretativas cumpram sua função
social, é que sejam inclusivas, sempre que possível. Os professores, guias
e profissionais que irão trabalhar Educação Ambiental com esta parcela da
sociedade em trilhas, devem ser preparados pedagogicamente nesta área, pois há a
necessidade de um atendimento especializado para as pessoas com deficiência. As
trilhas devem propiciar o máximo de mobilidade, as Figuras 4, 5, 6 e 7 exemplificam
trilhas interpretativas inclusivas.
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Figura 4: Percepção tátil do caule de uma árvore com
Fonte: Sávio Vieira Ramos (2006) in Cavalcante (2014).
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Figura 7: Trilha do Pilão, Rio de Janeiro.
Fonte: http://www.funbio.org.br
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O banho de floresta
Essa terapia é utilizada a algumas décadas no Japão e é
conhecida como “shinrin-yoku” que significa “absorver a
atmosfera da floresta”.
Evapotranspiração com
Shinrin-yoku é um termo que significa “tomar banho na fitocinídios
floresta”. Foi desenvolvido no Japão durante a década de 1980
e tornou-se um dos pilares da medicina preventiva e da cura na
medicina japonesa.
Pesquisadores, principalmente no Japão e na Coreia do Sul,
estabeleceram um corpo robusto de literatura cientifica sobre
os benefícios para a saúde de passar o tempo sob o dossel de
uma floresta vida. Agora a pesquisa científica está ajudando a
estabelecer o shinrin-yoku e terapia florestal em todo o mundo.
Com o auxílio do guia local foram selecionados 10 indivíduos
arbóreos ao longo da trilha Jequitibá-Cristais, relacionando-os
com as propriedades fitoterápicas. O demonstrativo a seguir é
apenas um exemplo de propriedades comparadas a alguma
pesquisa acadêmica relacionada a espécie:
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Há diversos recursos que podem ser utilizados para realizar as trilhas interpretativas
e a escolha deve se basear em fatores como o público alvo e o tema a ser trabalhado.
Os meios de Interpretação devem atender às expectativas do visitante e sua
linguagem precisa agregar qualidade e valor à visitação.
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Figura 11: Exemplos de placas implantadas na Trilha da Barra, Bonito, Mato Grosso do Sul.
Fonte: Pellin et al, 2010.
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Objetivos e impactos das Trilhas Interpretativas
As Trilhas Interpretativas têm o propósito de sensibilizar a sociedade quanto
à importância da conservação da natureza e das áreas protegidas, melhorar a
qualidade da experiência do visitante e qualificar a visitação com fins educacionais.
Externalidades Positivas
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Ao considerarmos o aumento de visitação de uma UC como vetor de desenvolvimento
local, os números recentes trazem a dimensão econômica do que pode acontecer se
mais incentivos à melhora da qualidade dos serviços prestados sejam realizados,
tanto pelo governo, como através de parcerias com a iniciativa privada.
Externalidades Negativas
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Módulo 2
21
NOTA
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Em seguida são expostos os pontos estruturais básicos:
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seção são coletados dados referentes aos indicadores de qualidade ambiental.
Para a medição da distância parcial e total da trilha utiliza-se uma trena. Cuidados
devem ser tomados para diminuir a imprecisão da medição, tais como manter a
fita rente ao solo, respeitar o traçado da trilha e contabilizar as áreas com degraus.
Os dados coletados nas seções devem ser armazenados em fichas de campo,
sendo medidos ou contabilizados os seguintes parâmetros, segundo metodologia
adaptada de Costa (2006):
Largura (Lrg)
medida (em metros) a ser tomada entre duas estacas de madeira fincadas nas
extremidades da trilha com auxílio de trena;
Altimetria (Alt)
Revestimento do solo
foi avaliado pela análise visual local a área (em cm) do corredor da trilha que
apresenta: solo exposto (SE), ou seja, sem vegetação; cobertura vegetal viva
(CV); serapilheira (litter – Lit) e/ou presença de afloramento rochoso (AR);
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Lixo (Lx)
Vandalismo (Vd)
Erosão (Er)
análise visual da presença de algum dos tipos de erosão no solo: erosão lateral
(Lat) – provocada pela drenagem pluvial), erosão laminar (Lam – superficial)
e erosão em sulcos (SC) – mais profunda, como ravinamentos) nas seções da
trilha;
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A seguir a ficha (Figura 13) de campo com os parâmetros acima são apresentadas
para exemplificar como podem ser utilizadas, na prática, as informações.
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Exposição ao Risco: avalia a dificuldade do trajeto em relação ao nível e à
frequência de exposição a riscos;
27
como em médio plano; e elementos distantes do leito da trilha como em
pano de fundo;
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O Planejamento da Trilha Interpretativa
O planejamento eficaz de uma trilha interpretativa demanda um programa interpre-
tativo eficaz, para isso alguns passos são sugeridos por diversos autores ao longo
das últimas décadas. Apesar de que o foco ao se planejar uma Trilha Interpretativa
reside na determinação das oportunidades interpretativas, estas devem advir do
conhecimento da área a ser interpretada, da identificação e conhecimento do pú-
blico-alvo e de um levantamento cuidadoso das várias técnicas de comunicação
disponíveis (VASCONCELLOS, 2006).
Para Vasconcellos o planejamento deve contar com seis passos, nos quais a
identificação das oportunidades e necessidades da área, assim como do público-
alvo, é fundamental. São eles: identificação das oportunidades e necessidades;
identificação do público alvo; identificação dos objetivos ou resultados esperados
para cada público; escolha do tema ou mensagem; seleção das atividades, meios,
métodos e técnicas (estratégias) a serem utilizados na transmissão das mensagens;
e avaliação dos resultados e reformulação do programa, caso necessário.
2. Identificação do público-alvo;
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assim como o seu perfil. Caso as informações sobre os visitantes não existam,
seria interessante criar questionários com o perfil socioeconômico.
Após a definição dos pontos interpretativos que serão abordados, uma análise das
oportunidades interpretativas oferecidas por eles deve ser estabelecida. Ao final,
é apresentada uma síntese das oportunidades interpretativas associadas a cada
ponto, sob a forma da definição de subtemas para estes.
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Na Figura 15 há um exemplo de como um ponto interpretativo é colocado em um
roteiro.
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A metodologia do IAPI é composta por cinco fases:
Figura 16: Indicadores de atratividade e respectivas pontuações adotadas na seleção dos pontos
interpretativos.
Fonte: GONÇALVES, P.; CANTO-SILVA C (2018).
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Fase 3: Elaboração da Ficha de Campo para a trilha em estudo
Cada potencial ponto para interpretação conta com uma ficha de campo que
contempla indicadores e ainda elementos complementares como disposição
de elementos em linha vertical ou horizontal, nível do elemento observado em
relação ao observador, distância do elemento em relação ao observador, sons ou
sensações no local.
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No exemplo da Figura 17 existe um consenso sobre os pontos interpretativos pré-
definidos, porém, pode-se perceber uma variação e a identificação de inúmeros
outros atrativos entre os guias. Os pontos A, B e C, por exemplo, são considerados
altamente atrativos por alguns observadores, e poderiam ser explorados como
pontos consensuais e alternativos de interpretação pelos condutores.
A aplicação do método IAPI resulta em uma trilha bem planejada com pontos inter-
pretativos dinâmicos apresentando diferentes picos de atratividade, que estimulam
a atenção do visitante durante todo o percurso, incentivando-o a apreciar a área
como um todo.
IMPORTANTE
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Considerações Finais
As metodologias atualmente empregadas no diagnóstico das trilhas, tais como o
IAPI, são de suma importância tanto para inventariar as atratividades e os aspectos
físico-ambientais e sociais. A partir do momento em que estas informações são
disponibilizadas, o manejo mais eficiente irá promover a correção dos impactos e
atender uma eficaz visitação, não comprometendo o patrimônio interpretativo da
trilha.
NOTA
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Módulo 3
O traçado da trilha será o caminho mais adequado em termos de interesse dos atra-
tivos, segurança e acessibilidade. A Figura é o desenho de uma trilha interpretativa.
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A seguir serão apresentadas algumas das principais formas de sinalização de
trilhas, para que as diferenças entre elas e a sinalização interpretativa se tornem
evidentes. Mesmo no caso de haver uma trilha interpretativa, essas sinalizações
ilustradas também deverão estar presentes:
• Sinalização de entrada;
• Sinalização de percurso;
• Sinalização de destino;
• Sinalização educativo-regulatória;
• Sinalização de emergência em alguns casos especiais, somente para advertir
o visitante em caso de emergência real, como presença de deslizamentos,
animais como abelhas ou qualquer outra situação passageira.
Confira os detalhes sobre cada uma delas a seguir.
Sinalização de entrada
Os pontos de entrada em uma trilha que tenham acesso para veículos e que possam
ser utilizados como pontos de entrada alternativos são comumente sinalizados com
placas que trazem um conjunto de informações mais denso para o visitante. As
placas de entrada de trilha devem ser bilíngues (português e inglês) e seu objetivo
é informar aos visitantes as características mais importantes da trilha como sua
distância, duração, nível de exigência física, atrativos ao longo do percurso e
explicações sobre a sinalização adotada, além de informações regulatórias e de
segurança para os usuários, como uma lista de contatos de emergência (Samu,
bombeiros, polícia, administração da unidade etc.).
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Figura 19: Placa base com mapa de trilhas no Parque Nacional da Montanha da Mesa (África do Sul)
Fonte: ICMBIO (2018).
Outra função das placas de entrada de trilha é a de ser um meio oficial para
advertir os usuários sobre os riscos associados ao percurso da trilha. Há outras
nomenclaturas para a sinalização de entrada de trilha, como placa mãe, placa base
ou placa de cabeça de trilha.
Sinalização de percurso
Esta é a classe de sinalização que auxilia e proporciona confiança ao visitante
para que se mantenha no percurso escolhido. A sinalização de percurso forma,
juntamente com a placa base da trilha, o conjunto mínimo e essencial de sinalização
de uma trilha.
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Para garantir que essa sinalização esteja sempre presente para prover segurança
aos visitantes, ela deverá ser o mais simples possível de se manter. Este tipo
de sinalização é pintado sobre rochas, troncos de árvores ou outras superfícies
duráveis encontradas na trilha. A sinalização de percurso deverá estar presente,
ainda que existam outras formas mais complexas de sinalização na mesma trilha
como as interpretativas. A Figura 20 ilustra a sinalização de percurso:
Sinalização de destino
Um destino é um ponto notável ao longo da trilha, que pode ser um atrativo,
um equipamento de apoio aos visitantes ou uma feição topográfica que seja de
passagem desejável ou obrigatória pelo visitante na trilha, como um mirante, uma
cachoeira ou uma ponte, por exemplo.
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NOTA
Sinalização educativo-regulatória
Essa classe de sinalização busca estimular no visitante um determinado comporta-
mento ou atitude, informando um perigo, induzindo uma conduta ou estabelecendo
a proibição de certas ações. Preferencialmente, a informação educativo-regulatória
deverá ser passada com o uso de pictogramas padronizados de interpretação uni-
versal e/ou com frases curtas e diretas, evitando-se textos longos.
Sinalização interpretativa
A sinalização interpretativa é uma classe de sinalização que tem como objetivo
apresentar aspectos culturais ou naturais da unidade de conservação aos visitantes,
podendo ser utilizada em atividades com condução obrigatória ou facultativa. Visa
transmitir mensagens que provocam conexões emocionais entre a natureza e o
público. Necessitam de um projeto interpretativo específico, independente do projeto
de sinalização geral e das orientações previstas no manual geral de sinalização.
Podem fazer parte deste tipo de sinalização placas e outros meios de exposição,
contendo, por exemplo, desenhos e/ou fotografias da fauna e flora local, mapas,
infográficos e croquis de sítios arqueológicos, dentre outros conteúdos possíveis.
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terreno. É conveniente reservar um espaço para procedimentos obrigatórios como,
“não fazer fogueiras” ou “não alimentar os animais” e itens recomendados como,
“levar água” e “não caminhar sozinho”. A Figura 21 exemplifica uma placa de entrada
com todas as informações pertinentes listadas acima e foi retirada do Manual de
Sinalização de trilhas do ICMBIO:
A seguir uma placa interpretativa com qualidade visual. A interpretação nesse caso
se baseia nas relações ecológicas do palmiteiro. O layout claro, contendo diversas
imagens, garante a apreciação dos visitantes.
Figura 22: Exemplo de painel explicando as relações ecológicas do Palmito Jussara, trilha do Salto Morato.
Fonte: https://conexaosul2010.wordpress.com/2010/07/18/rppn-salto-morato/
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A Figura 23 propõe uma abordagem interpretativa baseada no valor arqueológico
da área. Apesar de fictícia, a placa exemplifica como as logomarcas e a disposição
dos símbolos deve ser realizada.
Para finalizar essa exposição de placas, a última delas (Figura 24), está na entrada
do Jardim Botânico da Vale, e se caracteriza como uma iniciativa que aborda o
conceito completo de interpretação pois assim como desenvolvido no módulo um,
a IA trabalha os sentidos para tornar a experiência de visitação completa.
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utilizados sejam resistentes à água e à radiação solar. Quando estiverem em local de
fácil acesso na unidade de conservação, a identidade visual das placas de entrada
de trilha deverá seguir o previsto no manual geral de sinalização do ICMBIO.
A Figura 25 a seguir, traz uma placa base antes de receber as informações a serem
inseridas.
2) as trilhas autoguiadas, que são aquelas nas quais o visitante faz o percurso
com pontos de parada marcados por placas, painéis ou por folhetos contendo
informações em cada ponto, e o percurso é explorado sem o acompanhamento de
um guia.
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daquele momento, como uma pegada, uma floração de alguma espécie, entre
inúmeras outras possibilidades (BLENGINI et al, 2019).
A trilha interpretativa é uma oportunidade para trabalhar temas que diversas vezes
não são conhecidos pelos visitantes que não tiveram a oportunidade de vivenciar
uma experiência em uma área natural, principalmente em contextos atuais, nos
quais a vida cotidiana se passa, majoritariamente, em áreas urbanas.
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Referências
ASSIS, J. R.; SILVA, A.. Dissertação: Trilhas ecológicas do Jequitibá: um instrumento
no resgate da identidade e da diversidade ambiental. 10.13140/RG.2.2.22670.10567.
2020
BLENGINI, I.A.D.; LIMA, L.B.; SILVA, I.S.M.; RODRIGUES, C. Trilha Interpretativa
como Proposta de Educação Ambiental: Um Estudo na RPPN do Caju (SE). Revista
Brasileira de Ecoturismo, São Paulo, V.12, n.1, fev./abr. 2019.
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FOLMANN, A. C. Trilhas Interpretativas Como Instrumentos De Ecoturismo E
Geoconservação: Caso Da Trilha Do Salto São Jorge, Nos Campos Gerais Do
Paraná. Universidade Estadual De Ponta Grossa, Setor de Ciências Exatas e Naturais.
Departamento de Geociências, mestrado em Gestão do Território. Ponta Grossa,
2010.
GRAEFE, A.R., KUSS, F.R. AND VASKE, J.J. Visitor Impact Management: A Review of
Research. National Parks and Conservation Association, Washington DC, 1990.
46
IKEMOTO, S. M. As trilhas interpretativas e sua relevância para promoção da
conservação: Trilha Do Jequitibá, Parque Estadual Dos Três Picos. Niterói, 2008.
47
ROCHA, C. H. B.; FONTOURA, L. M.; SIMIQUELI, R. F.; PEREIRA, G. M.; MANOEL, J.
S. Mapeamento e classificação de trilhas em parques florestais com uso do GPS:
Aplicação no Parque Estadual de Ibitipoca /MG. In: Congresso Brasileiro de Cadastro
Técnico Multifinalitário. Anais... Florianópolis, UFSC, 2006.
48