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ARTE TEATRAL
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 3
1- AUTO 4
2- COMÉDIA 6
3- DRAMA 11
4- FANTOCHE 17
5- ÓPERA 20
6- MUSICAL 41
7- REVISTA 46
8- TRAGÉDIA 49
REFERÊNCIAS
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ARTE TEATRAL
INTRODUÇÃO
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1- AUTO
Em Portugal
No Brasil
Estudos Literários
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O auto, no Brasil, foi cultivado pelo Padre José de Anchieta, em seu trabalho de
catequese.
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2- COMÉDIA
Do latim comoedĭa, uma comédia é uma peça de teatro que apresenta cenas e
situações maioritariamente humorísticas ou, no mínimo, divertidas. As comédias
procuram entreter e divertir o público, dando-lhe vontade de rir, e em que os finais
costumam ser felizes. A comédia é também o gênero que agrupa todas as obras
com essas características.
Por mais contraditório que possa parecer, a comédia é um gênero dramático, tendo
em conta que se trata de um gênero literário ou artístico que apresenta vários
episódios da vida através do diálogo dos personagens.
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No entanto, todos esses tipos de comédias tem o mesmo objetivo, que é arrancar
risos do espectador.
Por fim, podemos mencionar que uma história cômica é uma publicação de humor
gráfico, geralmente caracterizada pelas caricaturas. Hoje em dia, a maioria dos
jornais incluem um ou outra história cômica.
A Comédia é um dos gêneros teatrais escrito geralmente em versos, que tem início
na Grécia Antiga.
Trata-se de um gênero crítico burlesco e humorado que satiriza diversos aspectos
da sociedade desde os costumes, hábitos, moral, figuras nobres, instituições
políticas, dentre outros.
Resumo
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Além isso, o júri das comédias não eram nobres aristocratas como na tragédia,
sendo pessoas da plateia escolhidas através de sorteio.
Ainda que não despertem muitas sensações na plateia, além do humor envolvido, as
comédias possuíam importantes mensagens filosóficas e morais.
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Principais Características
Textos em versos
Temas cotidianos
Parodia e fantasia
Sátiras políticas
Críticas sociais
Humor e estilo burlesco
Ironia e sarcasmo
Personagens simples (do povo) e nobres
Obscenidade e sensualidade
Intrigas sentimentais
Implicações filosóficas e morais
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Os Cavaleiros
As Vespas
Comédias de Antífanes
Lópodes
Minos
Medeia
Asclépio
Orfheu
Comédias de Menandro
Orge
O herói
O Misantropo
Os Árbitros
A Moça de Samos
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3- DRAMA
Origens
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Desde cedo, portanto, na teoria e na prática (da Grécia antiga), o drama surge nesta
dupla articulação - com a literatura (escrita) e com o teatro (espetáculo) - embora a
natureza, o sentido e a função desta articulação tenham posteriormente variado de
acordo com os tempos, as práticas artísticas e as proposições (e avaliações)
estéticas. Decorrem no campo literário: nas relações que se estabelecem entre os
diferentes modos e gêneros; e decorrem no campo do teatral: do que se entende ser
a especificidade deste e do grau de intercepção que pode (ou não) operar na
matéria literária, bem como da arquitectura teatral e dos códigos de representação
cênica dominantes.
Ingarden
Esta histórica separação dual entre as Didascálias e tudo o que seria texto "fala da
personagem" vem, na contemporaneidade, reiterando importantes avanços.
Modificações conceituais no campo da Arte nos dão exemplos de textos
dramatúrgicos em que: ou esta separação não existe, ou as indicações (didascálias)
estão acopladas, inseridas no exato corpo do texto, compondo a dramaturgia,
modificando, assim, estrutural e conceitualmente, os limites conceituais e estruturais
do drama.
Na sua relação com a literatura em geral, o drama vem referido ao modo dramático,
compondo, juntamente com o lírico e o épico (ou narrativo), a tríade que foi, a partir
do Renascimento e durante algum tempo, incorretamente atribuída a Aristóteles.
Trata-se, com efeito, de uma elaboração teórica posterior à sua poética, mas tem
sido a mais repetidamente glosada, embora seguindo diferentes critérios para a sua
repartição, bem como para o reconhecimento do sentido e valor dos seus
componentes.
Na confrontação com os outros dois modos literários, o dramático tem sido ora
menorizado, ora engrandecido. Menorizado porque entendido como incompleto sem
a realização cênica e, por isso, simples guião ou rascunho sem existência
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Para além do sentido e valor que ao dramático podem assim ser atribuídos, há ainda
a considerar os aspetos formais que se prendem à sua definição convencional e
que, necessariamente, se foram relacionando com a arquitetura da cena e modos de
funcionamento do sistema teatral (condicionando a sua função social e os códigos
quer de representação dos atores, quer de configuração do lugar cénico, por
exemplo), bem como com modelos composicionais que os diferentes tempos,
escolas e estilos foram praticando. Estes abrangem elementos como o decoro
(seguindo as razões de Aristóteles e os preceitos de Horácio na sua Arte Poética), a
peripécia e a catástrofe, o coro, a presença de um Prólogo e Epílogo no início e fim
do espetáculo, o solilóquio, o aparte, o quiproquó, o efeito de distanciação (ou
estranhamento) etc., mas também se reportam aos variadíssimos géneros e
subgéneros que o dramático foi consentindo: tragédia, comédia, drama satírico,
drama litúrgico, entremez, tragicomédia, sátira, drama histórico, farsa
trágica, comédia de costumes, comédia lacrimosa
(larmoyante), melodrama, vaudeville, comédia de bulevar, comédia-bem-feita, drama
estático, music hall, teatro épico (decorrente da teorização de Erwin
Piscator e Bertolt Brecht), comédia negra, farsa absurda, entre vários outros
modelos.
Assim, Edward Gordon Craig (On the Art of the Theatre, 1911) defendia uma arte do
teatro verdadeiramente criadora e não apenas uma técnica interpretativa de textos,
visionando à criação de obras primas teatrais a partir de elementos cénicos de que o
espetáculo dispõe, pela conjugação da ação (o trabalho interpretativo do ator), das
palavras (o corpo da peça), da linha e da cor (o específico da cena) e do ritmo (a
essência da dança).
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4- FANTOCHE
História
Técnicas de manipulação
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Uma variação desse teatro surgiu no Irã, durante a era Qajar, sendo ainda bastante
popular naquele país. A ópera de bonecos "Rostam e Sohrab" é o exemplo mais
notável desta arte no Irã atual.
Teatros famosos
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5- ÓPERA
A primeira sala de opera pública foi o Teatro San Cassiano de Veneza, que abriu
portas em 1637. A Itália, país cuja tradição de ópera é popular desde há séculos,
tem um grande número de casas de ópera.
Galeria
Bayreuth Festspielhaus
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Ópera de Sydney.
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Cada uma destas classificações tem subdivisões, como por exemplo: um barítono
pode ser um barítono lírico, um barítono de caráter ou um barítono bufo, os quais
associam a voz do cantor com os personagens mais apropriados para a qualidade e
o timbre de sua voz.
Enredo
Uma ópera segue, basicamente, um roteiro padrão. Primeira parte, a Abertura, onde
é tocada uma música pela orquestra. Seguida por, Recitativo, onde os atores ficam
dialogando. Os personagens secundários participam do coro, enquanto os principais
interpretam as árias (composições para voz solista).
Origem
O termo ópera provém do latim opera, plural de opus ("obra", na mesma língua),
sugerindo que esta combina as artes de canto coral e solo, recitativo e balé, em um
espetáculo encenado.
A ópera surgiu no início do séc. XVII, na Itália para definir as peças de teatro
musical, às quais se referia, com formulações universais como dramma per
música (drama musical) ou favola in música (fábula musical), espécie de diálogo
falado ou declamado acompanhado por uma orquestra.
Devido seu local de origem, a maior parte das óperas é encenada em latim ou
italiano. Suas origens remontam as tragédias gregas e cantos carnavalescos
italianos do séc. XIV.
Ópera Italiana
Enrico Caruso e Rosa Ponselle, dois ícones do início do século XX, em cena de La
forza del destino
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A escola considerada mais importante foi de Veneza, onde surgiu o primeiro gênio
da ópera, Claudio Monteverdi (1567-1643). Nascido em Cremona, foi membro da
sociedade Os Filarmônicos de Bologna, onde realizou progressos na arte musical e
contribuiu com o crescimento do drama lírico com suas duas óperas Ariana e Orfeo.
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Ópera-séria
Ópera-buffa
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de árias, duetos e corais. Este estilo de ópera tornou-se popular em Nápoles, onde
dava aos cantores oportunidades para exibir suas técnicas vocais.
Bel Canto
O bel canto é um estilo do início do séc. XIX, presente na ópera italiana, que se
caracterizava pelo virtuosismo e os adornos vocais que demonstrava o solista em
sua representação. Ademais, baseava-se numa expressão vocal distinta, em que o
drama deveria ser expresso através do canto, valorizando-se sobretudo a melodia e
mantendo-se sempre uma linha de legato firme e impecável.
O estilo bel canto contém alguns dos personagens mais complexos e dramáticos do
repertório operístico, como a Norma, de Bellini, e a Lucia di Lammermoor, de
Donizetti. Era, contudo, uma forma de expressão particular, alinhada aos ideais
do Romantismo.
Na primeira metade do séc. XIX o bel canto alcançou seu nível mais alto, através
das óperas de Gioachino Rossini, Vincenzo Bellini e Gaetano Donizetti, dentre
outros. Esta técnica continuou a ser utilizada muito tempo depois, embora novas
correntes musicais a tenham sobrepujado.
Muitas óperas desse estilo ficaram abandonadas durante décadas, ou até mais de
um século, só vindo a ser resgatadas entre os anos 1950 e 1980, período que ficou
conhecido pelo resgaste de diversas óperas capitaneados por cantoras famosas,
como Maria Callas, Joan Sutherland, Leyla Gencer e Montserrat Caballé.
Ópera francesa
Jean-Baptiste Lully
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A ópera francesa foi influenciada pelo bel canto de Rossini e outros compositores
italianos.
Ópera-comique
Grand Ópera
Ópera Alemã
Origem
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Mozart alternou diversas óperas em língua italiana com óperas em língua alemã.
A opera seria Idomeneo (1781), sua primeira obra-prima, foi escrita em italiano para
o teatro de ópera de Munique. Após os Singspiele Bastien und Bastienne, Zaide e O
Rapto do Serralho (Die Entführung aus dem Serail), Mozart estabeleceu com As
Bodas de Fígaro (1786) e, sobretudo, com Don Giovanni (1787), seu estilo peculiar,
que aproximava elementos da opera seria e da opera buffa. As duas últimas obras-
primas, assim como Cosí fan tutte, foram escritas em italiano por Lorenzo da
Ponte. A Flauta Mágica (1791), escrita em alemão, reúne elementos da ópera
tradicional, do Singspiel e do antigo teatro mágico de Viena, o qual utiliza efeitos de
palco espetaculares e cuja ação dramática inclui elementos míticos. Daí vieram as
ideias e símbolos da maçonaria - da qual Mozart era um membro.
Romantismo
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Com Weber (1786-1826) inicia-se a ópera romântica alemã. Em Der Freischütz ele
oferece ao povo alemão sua primeira ópera nacional. Outros representantes do
romantismo operístico alemao foram Franz Schubert (Fierrabras), cujas óperas, por
conta de seus libretos de baixa qualidade, foram praticamente esquecidas, e Robert
Schumann, que nos legou apenas uma ópera (Genoveva). Ademais destacam-se as
óperas de Heinrich Marschner - cujos eventos sobrenaturais e descrições da
natureza (por exemplo, em Hans Heiling) muito influenciariam Richard Wagner -
, Albert Lortzing (Zar und Zimmermann e Der Wildschütz), Friedrich von
Flotow (Martha), Louis Spohr (Faust) e Otto Nicolai (Die lustigen Weibern von
Windsor).
Richard Wagner
seu primeiro sucesso com Rienzi, que foi logo em seguida superado por O Navio
Fantasma (Der fliegende Hollander). Por conta de seu envolvimento com
a Revoluções de 1848 em Dresden, Wagner precisou se exilar por muitos anos
na Suíça. Seu amigo e, posteriormente, genro, o grande compositor Franz Liszt,
promoveu a estréia de Lohengrin em Weimar, fazendo com que Wagner, apesar do
exílio, continuasse a ser apresentado na Alemanha. Com o patrocínio do jovem rei
bávaro Luís II, Wagner pode concretizar o seu sonho de encenar a tetralogia O Anel
dos Nibelungos em um teatro especialmente construído para tal, o Bayreuther
Festspielhaus, no qual, até hoje, apenas suas óperas são apresentada.
Uma das inovações para a ópera trazidas por Wagner foi a introdução do conceito
do drama musical, pelo que a ópera deixa de ser composta por "números" e a
música passa a ter um fluxo contínuo, sem divisões em árias, duetos, etc. Outros
compositores alemães já apresentaram anteriormente uma tendência para tal
dissolução dos “números operísticos”, em especial Weber, com Der Freischütz,
e Schumann, em Genoveva. Ela foi, no entanto, levada a cabo de maneira integral
pela primeira vez apenas na obra de Wagner. Outra inovação de Wagner é a ideia
de que orquestra e cantores devem ter o mesmo peso para a composição. A
orquestra, portanto, não mais acompanha os cantores; antes, serve de “abismo
místico”, em uma relação multifacetada com o que é cantado. Um tema recorrente
nas óperas de Wagner (exceto Os Mestres Cantores de Nurembergue), cujo libreto
ele próprio redigia, é a salvação através do amor, da renúncia ou da morte.
Em Tristão e Isolda ele transfere o drama interno dos protagonistas para a música –
a ação dramática externa é incrivelmente escassa. O início desta ópera retirou de
todo a força da regra harmónica até então dominante. Ele ficou tão conhecido que
entrou para a história da música com um nome próprio: Acorde de Tristão (Tristan-
Akkord). As óperas de Wagner sobressaem-se musicalmente tanto por seu genial
tratamento da orquestração, que exerceu forte influência na música sinfônica de seu
tempo até Gustav Mahler, quanto pela introdução de motivos musicais
(os Leitmotive) que se associam a personagens, situações objetos ou ideias. Com O
anel dos Nibelungos, o mais conhecido ciclo operístico de todos os tempos com
quatro óperas e aproximadamente 16 horas de duração, Wagner concretizou o mais
ambicioso plano de sua vida. Parsifal foi a última de suas óperas, que dividiram de
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Richard Strauss
O mais importante compositor de óperas alemao após Wagner foi Richard Strauss.
Suas duas primeiras obras, Salomé e Elektra, são normalmente classificadas como
romântico-tardias ou expressionistas. Algumas de suas óperas posteriores,
especialmente O Cavaleiro da Rosa (Der Rosenkavalier), remetem, no entanto, a
estilos anteriores. Além das óperas mencionadas, destacam-se Ariadne em
Naxos (Ariadne auf Naxos), A Mulher sem Sombra (Die Frau ohne Schatten), Die
ägyptische Helena e Arabella, todas elas – assim como Elektra e O Cavaleiro da
Rosa – tiveram o seu libreto escrito pelo poeta austríaco Hugo von Hofmannsthal.
Entre as obras tardias de Stauss destaca-se ainda Die schweigsame Frau, com
libreto de Stefan Zweig.
1909, mas estreou apenas em 1924, em Praga, sob a regência de Alexander von
Zemlinsky, e desfrutou de especial interesse principalmente no pós-guerra. A
composição de Moisés e Aarão teve início em 1930, mas foi abandonada em 1937.
A ópera estreou incompleta, em 1957, após a morte do compositor, e a partir dos
anos 70 estabeleceu-se definitivamente no repertório operístico internacional.
Ópera na Atualidade
Ópera em Portugal
Também o Teatro Nacional São João, no Porto, foi inaugurado durante a regência
do Príncipe do Brasil, e foi palco de inúmeras óperas desde então. Foi no Porto que
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a célebre cantora lírica Luísa Todi viveu e trabalhou antes de seguir para Londres,
onde alcançaria fama internacional. Luísa Todi era natural de Setúbal, terra também
estreitamente ligada a ópera.
Ópera no Brasil
A ópera era uma forma de lazer no século XIX, tocada muito nos Saraus (um evento
cultural ou musical realizado geralmente em casa particular, onde as pessoas se
encontravam para se expressarem ou se manifestarem artisticamente).
A primeira ópera composta e estreada em solo brasileiro foi I Due Gemelli, de José
Maurício Nunes Garcia, cujo texto se perdeu posteriormente. Porém, considera-se a
primeira ópera genuinamente brasileira, com texto em português, A Noite de São
João, de Elias Álvares Lobo.
O compositor de óperas brasileiro mais famoso foi, sem dúvida, Carlos Gomes.
Embora tenha estreado boa parte de suas óperas na Itália e muitas delas com texto
em italiano, Carlos Gomes frequentemente usava temáticas tipicamente brasileiras,
como as óperas Il Guarany e Lo Schiavo, sendo um nome bastante reconhecido em
seu tempo, tanto no Brasil quanto na Itália.
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6- MUSICAL
O teatro musical no Brasil se originou, mais precisamente, por volta de 1859, com a
fundação do Alcazar Lírico por artistas franceses, no Teatro Ginásio do Rio de
Janeiro. O espetáculo chamou-se As Surpresas do Sr. José da Piedade, de
Justiniano de Figueiredo Novaes.
Outro escritor do teatro de revista foi Arthur Azevedo. Sua primeira peça foi O Rio,
de 1877, que de forma humorística mostrava os principais acontecimentos políticos
e sociais do Brasil.
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"Pimenta sim, muita pimenta E quatro, ou cinco, ou seis lundus, Chalaças velhas,
bolorentas, Pernas à mostra e seios nus..."
Viajou para Paris na década de 1920, onde trabalhou e trouxe novas ideias, quando
do retorno ao Brasil, ideias que revolucionaram o teatro de revista no Rio, com o
desnudar do corpo feminino, despindo-o das grossas meias que até então eram a
base do espetáculo, mostrando partes do corpo feminino, que passam a ser mais
valorizadas em danças, quadros musicais, etc.
Outra companhia foi o Teatro Recreio (1924), de Manoel Pinto, que iniciou um
período de grandes espetáculos, abrigando autores e atores próprios. Em seguida,
transferiu-se para o Teatro João Caetano, na Praça Tiradentes, como Companhia de
Revistas Margarida Max. Nessa segunda fase, a revista é movida por grandes
nomes que levam o público ao teatro. É uma fase em que a revista se equilibra entre
quadros cômicos e de crítica política, e os números musicais e de fantasia.
Em 1928, Luiz Carlos Peixoto de Castro apresentou, entre outras, a revista Miss
Brasil,, na qual foi lançado o samba canção Ai, Ioiô, parceria com Henrique Vogeler,
na voz de Aracy Cortes, e que se tornou rapidamente um grande sucesso e um
clássico da MPB, regravada entre outras por Odete Amaral, Ângela Maria, Isaura
Garcia, Dalva de Oliveira, Elizeth Cardoso, Maria Bethânia e Tetê Espíndola.
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Em 1946, ele foi um dos fundadores da SBAT (Sociedade Brasileira dos Artistas
Teatrais), que lutava pela melhora evida dos profissionais do ramo, tendo sido
diretor e conselheiro por várias vezes.
Em 1947, lançou O que eu quero é rosetá, com Geysa Boscoli, estreada no Teatro
Carlos Gomes e que contou com as presenças de Emilinha Borba e Jorge Veiga.
A terceira fase do teatro de revista se deve à gestão de Walter Pinto, à frente dos
negócios do pai, que falece em 1938. Sua companhia substitui o interesse dos
primeiros atores pela credibilidade da empresa na produção de grandes
espetáculos, em que um elenco formado por numerosos artistas se revezam em
cada temporada. A direção investe na ênfase à fantasia, por meio do luxo, de
grandes coreografias, cenários e figurinos suntuosos. A maquinaria, a luz e os
efeitos equivalem ao intérprete em importância. Mas, aos poucos, a revista começa
a apelar fortemente para o escracho, para o nu explícito, em detrimento de um de
seus alicerces: a comicidade, e, assim, entra em um período de decadência,
praticamente desaparecendo na década de 60.
O público
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ARTE TEATRAL
Músicas
Os autores sempre usaram a música para dar um carater ludico aos comentários
sobre a realidade cotidiana tornando mais eficiente a transmissão das mensagens.
Destacam-se:
A questão visual era uma grande preocupação, a coreografia foi em peças deste
gênero, pois fazia-se necessário manter o "clima" alegre, descontraído, ao mesmo
tempo em que se revelava, em última instância, a hipocrisia da sociedade. Para isso,
os cenários criados eram fantasiados e multicoloridos, a fim de apresentar uma
realidade superdimensionada. O corpo, neste contexto, era muito valorizado, fosse
pelo uso de roupas exóticas, pelo desnudamento opulento ou pelas danças.
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7- REVISTA
Tal como nas operetas ou nos musicais, a revista junta as contribuições da música,
da dança e do teatro numa atuação global. No entanto, falta-lhe um fio condutor de
ação. Um tema geral serve de justificação para uma sequência descontraída de
números, em que as atuações individuais se alternam com grupos de dança.
O Teatro de revista chega a Portugal no século XIX mas, como já foi dito
anteriormente, foi no século XX que este teve mais sucesso muito devido ao Estado
Novo que entretanto entrou em vigor. Em termos gerais, consta de várias cenas de
cariz cómico, satírico e de crítica política e social, com números musicais. É
caracterizada também por um certo tom Kitsch - com bailarinos vestidos de forma
mais ou menos exuberante (plumas e lantejoulas), além da forma própria de
declamação do texto, algo estridente. Algumas revistas marcaram épocas -
no Estado Novo português, por exemplo, o espectáculo de revista conseguia passar
mensagens mais ou menos revolucionárias e de crítica ao regime vigente. Estão
nessa situação algumas revistas protagonizadas, por exemplo, por Raul Solnado,
no Parque Mayer - a "catedral da revista à portuguesa". Para além de Raúl Solnado,
não podemos deixar de relembrar grandes nomes do Teatro de revista tais como
Ivone Silva, Eunice Muñoz, Vasco Santana, Camilo de Oliveira entre outros.
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O espaço onde se concretizava este género teatral era o Parque Mayer divido em
quatro espaços teatrais sendo eles Capitólio, ABC, Variedades e Maria Vitória.
O teatro era dos poucos locais onde era possível existir alguma liberdade de
expressão apesar de muitas ações de censura. Após a revolução de abril esta
liberdade foi finalmente conseguida e não mais censurável e este aspeto ditou em
parte a decadência do teatro de revista.
No Brasil
Histórico
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Seu início remonta a 1859 quando, no Rio de Janeiro, foi apresentada a peça "As
Surpresas do Sr. José da Piedade", de Justiniano de Figueiredo Novaes, baseado
nas operetas que então se apresentavam em França. O modelo carregava
nas paródias e críticas de costume. E, como não poderia deixar de ser, sofriam
críticas dos moralistas.
1. A Revista do século XIX, que prende-se mais no texto que na encenação; tem
seu ápice na obra de Artur Azevedo. A cada ano eram apresentadas revistas
comentando os fatos do ano anterior, numa retrospectiva crítica e bem-
humorada. No coro, acompanha uma orquestra de cordas.
2. Década de 20 e 30 - com incorporação da nudez feminina (introduzida pela
companhia francesa Ba-ta-clan). A orquestra cede lugar a uma banda
de jazz. Seu maior nome é o empresário teatral Manoel Pinto. As peças têm
destaque igual para as paródias e para a encenação.
3. Féerie - Realce para os elementos fantásticos da peça; Walter Pinto substitui,
em 1938, a seu pai. Surgem as companhias. As apresentações tornam-se
verdadeiros espetáculos, onde o luxo está presente em grandes coreografias,
cenários e figurinos. Tornando-se cada vez mais apelativa, começa a decair,
até praticamente desaparecer, no final dos anos 50 e começo da década
seguinte.
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ARTE TEATRAL
8- TRAGÉDIA
Tragédia (do grego antigo τραγῳδία, composto de τράγος, "cabra" e ᾠδή, "música")
é uma forma de drama que se caracteriza pela sua seriedade e dignidade, pondo
frequentemente em causa os deuses, o destino ou a sociedade.
Suas origens são obscuras, mas é, certamente, derivada da rica poética e tradição
religiosa da Grécia Antiga. Suas raízes podem ser rastreadas mais especificamente
nos ditirambos, os cantos e danças em honra ao deus grego Dionísio (conhecido
entre os romanos como Baco). Dizia-se que estas apresentações etilizadas e
extáticas foram criadas pelos sátiros, seres meio bodes que cercavam Dionísio em
suas orgias, e as palavras gregas τράγος, tragos, (bode) e ᾠδή, odé, (canto) foram
combinadas na palavra tragosoiodé (algo como "canções dos bodes"), da qual a
palavra tragédia é derivada. No sentido vulgar, tragédia, desgraça
e drama são sinônimos.
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Nietzsche
Aristóteles
Esopo
Tragédia grega
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Aristóteles dedicou boa parte de sua obra A Poética aos estudos e análise da
tragédia, que tinha grande papel na cultura grega e, posteriormente, ocidental.
Apesar de descritivo, seu trabalho foi posteriormente tomado como prescritivo por
muitos estudiosos.
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A tragédia clássica deve cumprir, ainda segundo Aristóteles, três condições: possuir
personagens de elevada condição (heróis, reis, deuses), ser contada em linguagem
elevada e digna e ter um final triste, com a destruição ou loucura de um ou vários
personagens sacrificados por seu orgulho ao tentar se rebelar contra as forças do
destino.
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ARTE TEATRAL
as idéias que Dionísio trazia. Penteu é um personagem elevado, que tem motivos
nobres em relação à sua cidade, mas carrega consigo idéias de uma época vencida.
Também podemos ver o caminho para uma nova sociedade, com nova dimensão
individual, na trilogia tebana, de Sófocles. Formada pelas três peças “Édipo Rei”,
“Édipo em Colono” e “Antígona”, a trilogia trata do novo conceito de homem e da
humanidade, bem como questiona o poder dos deuses e a autoridade do sagrado.
Quando os gregos puderam assistir à peça "Édipo Rei", eles já conheciam o mito de
Édipo – já sabiam que o personagem tinha matado seu pai sem sabê-lo, e que tinha
se casado com sua própria mãe, e assistem à viagem de Édipo para dentro de si
mesmo, para o auto-conhecimento. Sófocles questiona a autoridade do sagrado,
pois Édipo não havia conseguido escapar de sua maldição, mas tentou a todo custo
não cumprir o prometido pelo sagrado: no final das contas, os espectadores da peça
ficam em dúvida, divididos entre aceitar o que for definido pelo sagrado ou rebelar-
se contra este. Sófocles enfraquece o sagrado, ao mesmo tempo em que mostra um
Édipo que passa a conhecer a si mesmo, cegando-se no momento em que vê sua
amante/mãe morta.
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ARTE TEATRAL
Sófocles coloca, nesta peça, um problema complexo para o qual ele ainda não tem
solução: o sistema familiar e o sistema político, sobre os quais se estabeleceram as
bases da sociedade grega, são excludentes, e não podem viver em harmonia. A
solução para o embate é dada nas peças anteriores (que na verdade foram escritas
depois): o indivíduo. E o texto de Eurípedes reforça a importância do deus Dionísio,
que é um estrangeiro, um outro, mas ao mesmo tempo representa o
autoconhecimento e a valorização e aceitação de si próprio e do interior.
Em anos, estas quatro tragédias gregas causaram o despertar de uma nova filosofia
com Sócrates e Platão. Nesse tempo percorrido, formou-se o embrião a filosofia que
nortearia, alguns séculos mais tarde, toda a sociedade ocidental.
Tragédias medievais
Não existem exemplos de tragédias escritas durante a Idade Média. Duas epopeias
medievais importantes, que trazem ingredientes trágicos, mas são apenas longos
poemas narrativos são Beowulf e La chanson de Roland.
Tragédias modernas
Um dos grandes tragediógrafos nos tempos modernos foi Jean Racine, que trouxe
um novo aspecto ao gênero com seus trabalhos. Quando a sua peça Bérenice foi
criticada por não conter nenhuma morte, Racine contestou a visão tradicional de
tragédia. Seu rival, Pierre Corneille, também deixou sua marca no mundo da
tragédia com peças como Medée (1635) e El Cid (1636).
Autores de tragédia
Ésquilo
Eurípedes
Sófocles
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William Shakespeare
Tragicomédia
Na Antiguidade Clássica
Plauto (254 a.C.-184 a.C.[carece de fontes]) foi o único autor antigo a empregar a
palavra "tragicomédia" definindo-a e criando-a como um gênero híbrido de comédia
e tragédia, por ser uma comédia que tem como personagens alguns deuses,
personagens típicos de uma tragédia. Nas palavras do personagem Mercúrio,
no prólogo de sua peça Amphitruo:
"O que é isso? Vocês franziram a testa porque eu disse que ia ser uma tragédia?
Sou um deus, e posso mudá-la; se vocês quiserem farei da tragédia uma comédia,
com os mesmos versos, todos eles. Querem que seja assim ou não? Mas que bobo
que eu sou! Como se eu não soubesse o que vocês querem, eu que sou um deus!
Sei o que existe na cabeça de vocês a respeito disso. Vou fazer com que seja uma
peça mista: com que seja uma tragicomédia porque não acho certo que seja uma
comédia uma peça em que aparecem reis e deuses. O que vou fazer, então? Como
também um escravo toma parte nela farei que seja, como já disse, uma trágico-
comédia." (PLAUTO, Amphitryon, 52-63).
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ARTE TEATRAL
No teatro elisabetano
No teatro francês
Victor Hugo, com seu drama romântico tentou impor uma escrita que se situava
entre o sublime e o grotesco, mas não teve muito êxito. Somente no século XX, com
o teatro do absurdo, o público começaria a aceitar que o riso não necessariamente
exclui a profundidade dramática.
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ARTE TEATRAL
REFERÊNCIAS
https://www.significados.com.br/teatro/>acesso em 31/03/2020
https://pt.wikipedia.org/wiki/Auto>acesso em 31/03/2020
https://www.recantodasletras.com.br/teorialiteraria/2058887>acesso em 31/03/2020
https://www.todamateria.com.br/comedia-grega/acesso em 31/03/2020
https://conceito.de/comedia>acesso em 31/03/2020
https://pt.wikipedia.org/wiki/Drama>acesso em 31/03/2020
https://pt.wikipedia.org/wiki/Teatro_de_fantoches>acesso em 31/03/2020
https://pt.wikipedia.org/wiki/Teatro_de_%C3%B3pera>acesso em 31/03/2020
https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%93pera>acesso em 31/03/2020
https://pt.wikipedia.org/wiki/Teatro_de_revista>acesso em 31/03/2020
https://pt.wikipedia.org/wiki/Trag%C3%A9dia>acesso em 31/03/2020
https://pt.wikipedia.org/wiki/Tragicom%C3%A9dia>acesso em 31/03/2020
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