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O teatro brasileiro no séc.

XIX
O teatro brasileiro no século XIX
• O teatro no Brasil, até então, era proveniente
da Europa e tinha como principal objetivo
agradar às elites brasileiras, que
transformavam as apresentações em
verdadeiros eventos sociais, principalmente
nas grandes cidades.
• Foi apenas com Martins Pena que o teatro
passou a refletir as cenas e as problemáticas
da realidade brasileira.
O teatro brasileiro no século XIX
• Suas obras estão classificadas no gênero "comédia de
costumes", inaugurado por ele, e se empenham no
retrato de situações cômicas da realidade brasileira
compondo uma espécie de sátira social.
• Além disso, é responsável por criar tipos
característicos e situações peculiares tanto no
ambiente urbano quanto no ambiente rural.
Assemelha-se, nesse aspecto, à Farsa.
• O malandro, o estrangeiro e a mulher (responsável
por "segurar as pontas" da família), são talvez seus
personagens mais característicos.
O teatro brasileiro no século XIX
• No retrato do ambiente urbano, Pena trabalha
na sátira dos costumes da classe média
carioca do século XIX, principalmente, com
relação aos relacionamentos amorosos e a
busca pela ascensão social. Pena escreve para
as camadas mais populares, decorrendo daí a
sua popularidade. Escreveu, durante sua curta
vida, cerca de 28 peças tendo 19 delas sido
encenadas na época.
O teatro brasileiro no século XIX
• Além de temas que tratavam do dia a dia da
população, das pequenas novidades que
movimentavam as famílias, Martins Pena
incorporou em vários textos elementos do que
podemos chamar de folclore brasileiro –
festas, superstições, músicas, cantos e danças.
• O resultado consistiu em uma teatralidade
pulsante, nova, que dialogava com tradições
ocidentais do teatro.
Principais peças de Martins Pena
• O juiz de paz da roça
• A família e a festa na roça
• O Judas em sábado de aleluia
• O namorador ou A noite de São João
• O noviço
• O caixeiro da taverna
• Quem casa quer casa
O teatro brasileiro no século XIX
• O interesse de Alencar pelo teatro surge antes
do lançamento de O Guarani.
• É certo que a peça de estreia de Alencar, O Rio
de Janeiro, verso e reverso, data de 1857, após
o lançamento e consagração de O Guarani,
mas é certo também que a atenção de Alencar
pelo teatro se origina de seu papel como
folhetinista, exercido anteriormente.
O teatro brasileiro no século XIX
• Tanto na literatura quanto no teatro, José de Alencar
se mostra um experimentador, primeiro fazendo algo
mais amplo, ou genérico, em um exercício da escrita
teatral.
• Alencar considerava-se um adepto da escola realista
no teatro, o que significa dizer que ele, assim como
os mestres franceses nos quais se inspirava, defendia
valores burgueses fundamentais para a época, como
o trabalho e a família, abordando as questões sociais
pelo prisma da moralidade, destinando-se o texto
teatral realista a dar lições edificantes ao público.
O teatro brasileiro no século XIX
• O demônio familiar se mostra a primeira
comédia realista brasileira, cujas características
principais estão presentes: a moralidade do
texto e a naturalidade do jogo cênico.
• O demônio familiar representa um divisor de
águas na história do teatro brasileiro, momento
de ruptura com o romantismo teatral e o início
do realismo, com uma dramaturgia voltada para
a discussão de problemas sociais.
O teatro brasileiro no século XIX
• Alencar foi um adepto da escola teatral realista
e a iniciou de forma brilhante no Brasil, com Rio
de Janeiro, verso e reverso e, especialmente,
com O demônio familiar. Mas em verdade,
nunca deixou de ser um romântico, o que, se de
um lado prejudicou o desenvolvimento de
alguns de seus trabalhos, como As asas de um
anjo, de outro lado tornou mais rica a análise e
compreensão de sua obra teatral.
Principais peças de José de Alencar
• As Asas de um Anjo
• Mãe
• O Demônio Familiar.
Sobre o vídeo...
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O teatro brasileiro no século XIX
• Em Macário, Álvares de Azevedo intentou
criar uma obra dramática em prosa. São cinco
cenas de qualidade variável e pouco propícias
à encenação. Na peça, um jovem, Macário,
viajando rumo a cidade de São Paulo, onde vai
estudar, pára numa estalagem no meio do
caminho e faz amizade com um desconhecido
mais velho, que é nada menos que o próprio
Satã.
O teatro brasileiro no século XIX
• Ambos iniciam então uma série de diálogos
nos quais refletem cinicamente (em especial o
diabo) sobre o sentido da vida, da morte, do
amor e do sexo.
• Na segunda cena, quando abandonam a
estalagem e marcham para São Paulo, ocorre
o melhor momento da peça, pois Satã faz
análises hilariantes da realidade paulistana.
O teatro brasileiro no século XIX
• Outros autores da época:
– Artur Azevedo;
– Qorpo Santo;
– Joaquim Manuel de Macedo;
– França Júnior.

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