Você está na página 1de 4

REVISÃO P2 – ARTE – ENSINO MÉDIO – 3ªSÉRIE – 1°BIMESTRE

TEATRO DE ARENA

Foi um dos mais importantes grupos teatrais brasileiros das décadas de 50 e 60. Inicia-se em 1953
tendo promovido uma renovação e nacionalização do teatro brasileiro, sua existência termina em
1972.

• José Renato.

• Essa Noite é Nossa (1953) – abandono do palco italiano.

• Economia nos palcos.

• Gianfrancesco Guarnieri, Oduvaldo Vianna Filho, Augusto Boal.

• Eles não usam Black Tie – a salvação do Arena.

• Debates com o público.

• A descoberta de uma dramaturgia nacional.

• Apropriação de personagens históricas - Arena conta Zumbi (1965) / Arena conta Tiradentes (1967).

• Trilha sonora - MPB.

• Parceria com o grupo carioca Opinião – início do ciclo de resistência cultural ao golpe militar.

• Liberdade, Liberdade (Millôr Fernandes e Flávio Rangel).

TEATRO OFICINA

Companhia de teatro, localizada em São Paulo no bairro do Bixiga. Foi fundada em 1958 na Faculdade
de Direito da Universidade de São Paulo por Amir Haddad, José Celso Martinez Correa e Carlos Queiroz
Telles. O Teatro Oficina reuniu grandes artistas que passaram em seus palcos ao longo de suas décadas
de existência, como Etty Fraser, Maria Alice Vergueiro, Leona Cavalli.

• Estudantes de Direito – São Paulo - Zé Celso Martinez.

• Pequenos Burgueses (Máximo Górki) – primeiro grande sucesso.

• Experiência internacional e adaptação para a dramaturgia brasileira.

• Incêndio e reinauguração com o espetáculo O Rei da Vela (Oswald de Andrade) – anúncio do


Tropicalismo.

• Invasão pelos militares em 1974 – exílio de Zé Celso Martinez.


GALPÃO

O Galpão se constitui como um grupo de atores que realiza o teatro de pesquisa. Durante sua
trajetória sempre convidou diferentes diretores para as montagens. Os encontros com grupos e
movimentos teatrais espalhados pelos quatro cantos do país também foram fundamentais para a
formação do jeito de ser do Galpão. Desde a sua formação, a companhia sempre buscou as raízes do
teatro popular e de rua. Hoje é um dos grupos que mais circula pelo país conseguindo chegar a todas
as regiões do Brasil, além de ter se apresentado em diversos países da Europa, EUA, Canadá e América
Latina.

• Formado por atores que trabalharam com diversos diretores.

• Diálogo entre o popular e o erudito.

• Sucesso aqui e fora do país.

• Um dos grupos mais premiados.

• Teatro de pesquisa.

• Raízes no teatro popular de rua.

• Formação artística.

• Referências para artistas brasileiros e estrangeiros.

TEATRO DA VERTIGEM

Companhia teatral brasileira surgida em 1991 como um projeto experimental de pesquisa de


linguagem da expressão representativa. Consolidou-se, sendo amplamente premiada, como uma
companhia inovadora em termos de linguagem e, sobretudo, pelas locações de exibição de seus
espetáculos. Sua temática fundamental encontra-se no embate do homem moderno e do homem
religioso, e nas consequências morais, éticas e psicológicas deste embate.

• Teatro experimental.

• Espaços alternativos.

• O Paraíso Perdido – 1991.

• Livro de Jô foi o primeiro espetáculo brasileiro a representar o Brasil no III Festival Internacional de
Teatro Anton Tchekhov em Moscou em comemoração ao centenário de seu teatro.

• Oficinas gratuitas aos moradores locais.

• Criação de espetáculos com base no depoimento pessoal dos seus integrantes.

• O forte eixo investigativo que prima pela busca de um teatro construído de forma coletiva e
democrática entre atores, dramaturgo e encenador – conhecido como processo colaborativo e a
pesquisa sobre os processos de interferência na percepção do espectador. Tais características
impulsionam o trabalho do grupo e mantêm seu repertório sempre ativo.
TEATRO DO OPRIMIDO

Método teatral que reúne exercícios, jogos e técnicas teatrais elaboradas pelo teatrólogo brasileiro
Augusto Boal. Os seus principais objetivos são a democratização dos meios de produção teatral, o
acesso das camadas sociais menos favorecidas e a transformação da realidade através do diálogo (tal
como Paulo Freire pensou a educação) e do teatro.

• Militância – mobilização do público – Teatro de Resistência.

• Formas teatrais que pudessem ser úteis para os oprimidos e oprimidas, criando condições para
ultrapassarem o papel de consumidores de bens culturais e assumirem a condição de produtores de
cultura e de conhecimento.

• Encenação a partir de uma situação real.

• Transformador.

• Restituir ao oprimido o direito à palavra – o seu direito de ser.

• Criação coletiva.

• Inspirado por Bertolt Brecht.

• Notícias do dia utilizadas nos espetáculos.

• Aproximação aos ideais de Paulo Freire.

• O teatro enquanto libertação.

• Teatro Invisível.

• Influência fora do Brasil.

NELSON RODRIGUES

Nelson Rodrigues nasceu em 23 de agosto de 1912 e foi o quinto filho de uma prole de 14. É
considerado um dos maiores dramaturgos brasileiros. Suas obras são polêmicas e retratam a realidade
da vida, talvez por esta razão ele seja alvo de críticas boas e ruins. Entre os anos de 1941 e 1943,
escreveu duas peças teatrais: “A mulher sem pecado” e “Vestido de Noiva”. Levou uma vida cheia de
tristezas: perdeu 3 irmãos, o pai, seu filho foi preso e sua filha nasceu cega, surda e muda. O próprio
Nelson foi internado várias vezes com tuberculose. As amarguras, podridões e tragédias da vida foram
transformadas em peças e livros. Usou uma linguagem simples e inovou os textos teatrais, por isso é
considerado um renovador do teatro brasileiro. Escreveu 17 peças, vários contos e 9 romances.

ALGUMAS CURIOSIDADES DO DRAMATURGO

• Foi um dos melhores cronistas do país.

• Era torcedor do Fluminense.

• Trabalhou nos grandes jornais esportivos cariocas.

• Algumas de suas obras foram assinadas com o pseudônimo Suzana Flag.


• Com quase 14 anos, já era repórter policial do jornal “A Crítica” fundado pelo seu pai.

• Em 1920, ganhou um concurso de redação na sua escola, o tema de sua história falava sobre
adultério.

• Sua carreira jornalística começou em dezembro de 1925 como repórter policial.

• As obras de Nelson Rodrigues foram adaptadas para a TV: Engraçadinha – seus amores seus pecados
viraram série na Rede Globo no início dos anos 90. A protagonista foi interpretada por Alessandra
Negrini (fase jovem) e Claudia Raia (fase adulta).

• A vida como ela é também foi apresentada no Fantástico, mais ou menos na mesma época. Nelson
Rodrigues morreu em 21 de dezembro de 1980 de trombose e insuficiência respiratória e circulatória,
depois de ter sofrido 7 paradas cardíacas.

VESTIDO DE NOIVA

A peça "Vestido de Noiva", de Nelson Rodrigues, é um marco na história da dramaturgia


nacional. A primeira montagem, em dezembro de 1943, deu início ao processo de modernização do
teatro brasileiro. Essa era a segunda peça escrita por Nelson. O autor trabalhava como jornalista,
profissão que herdara do pai, e procurava, naquele período, uma fonte de sustento complementar.

Seu primeiro trabalho para os palcos, "A Mulher sem Pecado", tinha como pretensão
conseguir o sucesso obtido por outras produções da época, como A Família Lero-Lero, comédia de
Raymundo Magalhães Júnior. Embora a peça de Nelson fosse uma obra de valor artístico muito
superior à de Magalhães Júnior, ao estrear, não obteve a simpatia do público e resultou em fracasso
de bilheteria. Vestido de Noiva Um ano depois, Vestido de Noiva, de estrutura mais complexa, iria
revolucionar o teatro brasileiro. A montagem foi realizada sob a direção do polonês Zbigniew Marian
Ziembinski, que chegara ao Brasil cerca de dois anos antes. Experiente encenador, Ziembinski deu
forma ao texto de Nelson. Seu rigor na encenação, com a exigência de ensaios constantes, levou a
concepção brasileira de teatro a novos níveis. A grande tensão que permeia a peça não se mostra
apenas no antagonismo entre Alaíde e Lúcia, mas nas relações conflitantes entre todos os
personagens. Nas cenas, a angústia da culpa supera sempre os tons de ternura amorosa com que
geralmente são apresentados os laços familiares. As relações de desejo são também relações de ódio.
Um exemplo é a relação entre Lúcia e Pedro, cujo impulso poderia parecer exclusivamente erótico,
um desejo cuja realização era impossibilitada pelo casamento entre Pedro e Alaíde. Tendo morrido
Alaíde, era de esperar que um se entregasse ao outro imediatamente, mas o mecanismo da culpa
atua, o que leva Lúcia a prometer diante do cadáver da irmã jamais ficar com Pedro. O gênero que,
por excelência, incorpora o ridículo da desmesura sentimental é o melodrama moderno. Isso ocorre
porque o melodrama parece tentar imitar a catarse da tragédia clássica numa época em que a
indignação já não tem lugar. Valores como a honra perderam o significado, numa sociedade em que
a dignidade depende de pressupostos materiais. A peça configura uma crítica cáustica a determinada
classe da sociedade carioca. Tal como ressalta o crítico Ronaldo Lima Lins: “Vestido de Noiva
movimenta seu drama dentro de um círculo fechado. Ali está uma peça cujos problemas se passam
no nível da pequena burguesia, que a aplaudiu e lhe deu notoriedade”. Nessa maneira velada de ação,
está o êxito do teatro de Nelson Rodrigues: agradar a sua plateia, ao mesmo tempo em que a insulta.

BOM ESTUDO.

Você também pode gostar