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Professor Cleiton Batista

Teoria literária
é a argumentação científica ou filosófica da
interpretação literária, da crítica literária, da História
da Literatura e do conceito de Literatura no geral
(literariedade, poeticidade, o literário, a sua definição
enquanto poesia, etc.)
Interpretação literária

Teoria Crítica literária

literária
História da Literatura

Conceito de Literatura

Capítulo 1 – Arte, linguagem e literatura


Mapa 2
Arte

Linguagens Linguagens Linguagens


artísticas artísticas artísticas
não verbais verbais mistas

Música Literatura Teatro

Dança Cinema

Pintura História em
quadrinhos

Capítulo 1 – Arte, linguagem e literatura


Mapa 1
O que é literatura?
“Lat. Litteratura – Arte de escrever,
de littera – letra.
Primitivamente, o vocábulo
designava o ensino do alfabeto ou
das primeiras letras, ou do que hoje
em dia seria a gramática ou a
filologia. Com o tempo, passou a
significar ‘arte das belas letras’ e ,
por fim, ‘arte literária’.”
(Moisés, 2013)
LITERATURA BRASILEIRA
E PORTUGUESA
Capítulo 2 – Gêneros literários (I) – Épico
Mapa 2
Η τέχνη είναι μίμηση

Art is imitatione

“Arte é imitação (mímesis). o imitar é


congênito no homem (e nisso difere dos outros
viventes, pois de todos, é ele o mais imitador
e, por imitação, apreende as primeiras lições),
e os homens se comprazem no imitado”.
Compreensão e análise
do contexto.

Capacidade de
A expressão literária estabelecer relações entre
Os novos e inesperados as partes de um texto.
significados de um
texto literário Capacidade de
dependem de várias estabelecer relações entre
operações do leitor. diversos textos.

Familiaridade
com a literatura.

Capítulo 1 – Arte, linguagem e literatura


Mapa 2
Autopsicografia
O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
E os que leem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.
E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração
Texto literário e texto não literário
Texto 1

Mar português

Valeu a pena?
Ó mar salgado, quanto do teu sal
Tudo vale a pena,
São lágrimas de Portugal
Se a alma não é pequena.
Por te cruzarmos, quantas mães
Quem quer passar além do Bojador
choraram,
Tem que passar além da dor.
Quantos filhos em vão rezaram
Deus ao mar o perigo e o abismo deu
Quantas noivas ficaram por casar
Mas nele é que espelhou o céu.
Para que fosses nosso, ó mar!
(Fernando Pessoa)
Texto 2
TEXTO LITERÁRIO TEXTO NÃO LITERÁRIO
Linguagem conotativa (sentido Linguagem denotativa (sentido
figurado); real);

Presença da Função Poética Predomínio da Função Referencial


(linguagem direta centrada na
informação);
Presença da Função Emotiva

Presença de figuras de Linguagem impessoal (sem traços


linguagens; particulares, escrita em 3ª
pessoa);
Musicalidade

Fatos reais
lúdica
pragmática
cognitiva
ou social

Funções
perenizado catártica ou
ra
da purificadora
literatura

“arte pela
profética
arte”
evasiva
1. Função lúdica – forma de brinquedo, diversão,
entretenimento, jogo, despertar de emoções
agradáveis, distração, sem qualquer finalidade prática
e utilitária.
2. Função pragmática ou social – é uma função ética,
utilitária e prática porque é a função do engajamento,
da denúncia, da crítica. É a literatura compromisso –
arte como meio de conscientização. Tem como
objetivo: convencer, atrair adeptos, ensinar e
esclarecer, difundir valores.
3. Função cognitiva – é a função do reconhecimento. A
Literatura funciona como elemento revelador da verdade
oculta sob as aparências. É também a função da
descoberta (cognoscere = conhecer). Esta função está
centrada no conteúdo transmitido.
4. Função catártica ou purificadora – catarse significa
alívio de tensões, desabafo. A catarse é purificadora. Essa
função tem uma longa tradição. Por Aristóteles, século IV
a.C., ela já era apontada na Poética. Tem como objetivo: a
compensação, a terapêutica e a transposição da
personalidade.

Advém do papel das tragédias: provocar reflexão com


finalidade de efeito moral e purificador que proporciona o
alívio desses sentimentos, por meio de finais trágicos com
envenenamento, assassinatos e suicídio.
5. Função perenizadora – literatura é a ânsia de
imortalidade, é o desejo de sobreviver ao tempo,
perenizar-se, eternizar-se. É o desejo de todo ser humano
de extrapolar o limite espaço-temporal. O objetivo desta
função da literatura e das artes em geral é o desejo de
reconhecimento.

Descansem o meu leito solitário


Na floresta dos homens esquecida,
À sombra de uma cruz, e escrevam nela:
Foi poeta - sonhou - e amou na vida.
(Álvares de Azevedo)
6. Função profética – na busca de mundos
imaginários, o escritor, muitas vezes prediz o
futuro com precisão quase absoluta. Não é à toa
que chamamos ao poeta Vate que significa
“cognato do vaticínio” na predição - previsão do
futuro.
7. Função de “arte pela arte” – (parnasianos) é um fim
em si mesma; é o alheamento dos problemas sociais. É a
arte literária que existe apenas e tão somente em função
da busca da beleza, é o isolamento para um trabalho
meticuloso, sem emotividade. Busca da forma perfeita:
versos perfeitos, rimas perfeitas, estrofes simétricas,
palavras raras.

Invejo o ourives quando escrevo:


Imito o amor
Com que ele, em ouro, o alto relevo
Faz de uma flor.
8. Função de fuga da realidade, do escapismo ou
da evasão – literatura funcionaria como um
elemento de evasão do “eu”, permitindo-lhe a
fuga à realidade concreta que o cerca.
Pode ser construtiva ou destrutiva.

Oh! que saudades que eu tenho


Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais !
Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras
À sombra das bananeiras,
Debaixo dos laranjais!
(Casimiro de Abreu)
GÊNEROS LITERÁRIOS NA ANTIGUIDADE

ÉPICO DRAMÁTICO LÍRICO

• Narração de • Textos • Textos de


fatos destinados para caráter
grandiosos, a representação emocional,
centrados na cênica, ora na centrados na
figura de um forma de subjetividade
herói. tragédia, ora na dos sentimentos
• Segundo forma de da alma.
Aristóteles, a comédia. • Segundo
palavra narrada. • Segundo Aristóteles, a
Aristóteles, a palavra
palavra cantada.
representada.
O gênero épico e as formas
narrativas em prosa

Romance Novela Conto Fábula

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Capítulo 2 – Gêneros literários (I) – Épico
Mapa 2
Romance

Uma narrativa longa, com vários


personagens que vivem diferentes
conflitos e cujos desfechos se
cruzam.

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Capítulo 2 – Gêneros literários (I) – Épico
Mapa 2
Novela

Narrativa menos abrangente que o


romance, composta de uma série
de unidades encadeadas, mas
articuladas em torno de um número
pequeno de personagens.

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Capítulo 2 – Gêneros literários (I) – Épico
Mapa 2
Conto

Narrativa que se concentra em


torno de um só personagem e em
que há apenas um conflito.

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Capítulo 2 – Gêneros literários (I) – Épico
Mapa 2
Fábula

Breve narrativa que expressa uma


mensagem de fundo moral. Os
personagens das fábulas são
geralmente animais, que
representam tipos humanos.

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Capítulo 2 – Gêneros literários (I) – Épico
Mapa 2
Elementos de uma
narrativa literária

Narrador Personagens Espaço Tempo Enredo

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Capítulo 2 – Gêneros literários (I) – Épico
Mapa 3
Narrador
A “voz” que conta a história.

Narrador- Narrador- Narrador


-personagem -observador onisciente

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Capítulo 2 – Gêneros literários (I) – Épico
Mapa 4
Narrador-personagem

Pode ser um dos personagens, isto


é, participar da ação e relacionar-se
com outros personagens.

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Capítulo 2 – Gêneros literários (I) – Épico
Mapa 4
Narrador-observador

O narrador não participa da


história, apenas relata o que fazem
os personagens.

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Capítulo 2 – Gêneros literários (I) – Épico
Mapa 4
Narrador onisciente

Sabe tudo o que ocorre na história,


conhece os sentimentos e pensamentos
de todos os personagens.

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Capítulo 2 – Gêneros literários (I) – Épico
Mapa 4
Enredo
Sequência dos fatos de uma
narrativa conduzida pelo conflito.

Situação Desenvolvimento Clímax Desfecho


inicial Configuração Momento Configuração
Exposição do do conflito. de maior de uma nova
que ocorria tensão. situação.
antes da
manifestação
do conflito.

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Capítulo 2 – Gêneros literários (I) – Épico
Mapa 5
Tempo

O tempo cronológico é O tempo psicológico é interior


exterior aos personagens. aos personagens. Por ser
É aquele marcado pela subjetivo, não pode ser medido
passagem das horas, dos ou calculado. É o tempo da
dias etc. memória, das reflexões.

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Capítulo 2 – Gêneros literários (I) – Épico
Mapa 6
Protagonista
Personagem principal
de uma narrativa.

Personagem

Personagens redondos, Personagens planos


mais complexos, que têm apresentam poucas
sentimentos variados, características, são
contradições etc. previsíveis ou caricatos.

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Capítulo 2 – Gêneros literários (I) – Épico
Mapa 7
Gênero lírico

 Predomina a expressão do “eu”, ou seja, quando o eu lírico


(“a voz que fala” no texto) projeta seu mundo interior,
revelando sentimentos, desejos e emoções.
 O gênero lírico é atemporal, os personagens evocados, os
objetos descritos, tudo, enfim, está a serviço da expressão
do “eu”.
 O tema geralmente é o amor, a angústia ou o prazer em relação
à vida, a dor diante da morte, a indignação provocada por uma
injustiça etc.
 No texto lírico, ocorre a manifestação plena da subjetividade.

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Capítulo 3 – Gêneros literários (II) – Lírico
Mapa 1
Recursos poéticos

Ritmo Metro Rima


Sequência de Número de Coincidência ou
sílabas fortes sílabas poéticas semelhança de sons
e fracas. de um verso. nos finais dos versos
de um poema.

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Capítulo 3 – Gêneros literários (II) – Lírico
Mapa 2
Dodecassílabo Monossílabo: Dissílabo:
ou alexandrino: uma só sílaba duas sílabas
doze sílabas

Trissílabo:
Hendecassílabo: três sílabas
onze sílabas

Tipos de Tetrassílabo:
Decassílabo: verso quatro sílabas
dez sílabas

Pentassílabo ou
Eneassílabo: redondilha menor:
nove sílabas cinco sílabas

Heptassílabo ou
Octossílabo: redondilha maior: Hexassílabo:
oito sílabas sete sílabas seis sílabas

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Capítulo 3 – Gêneros literários (II) – Lírico
Mapa 3
Classificação das estrofes

 Monóstico – um verso
 Dístico – dois versos
 Terceto – três versos
 Quarteto ou quadra – quatro versos
 Quintilha – cinco versos
 Sexteto ou sextilha – seis versos
 Setilha ou sétima – sete versos
 Oitava – oito versos
 Nona – nove versos
 Décima – dez versos

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Capítulo 3 – Gêneros literários (II) – Lírico
Mapa 4
Gênero dramático

 Texto feito para encenação.


 Também apresenta o desenvolvimento de uma ação.
 Em geral, não há um narrador.
 Os atores tomam a palavra e se apresentam diante dos
espectadores, representando as ações das personagens e
fazendo evoluir a história.
 O texto dramático só se realiza de fato quando ocorre a
representação e quando alguém assiste a ela.
 Alguns autores escrevem rubricas, indicações de como
imaginam o cenário, a iluminação e a movimentação
dos atores.
 Os atores podem contar com vários recursos, como
cenário, música, figurinos, iluminação etc.

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Capítulo 4 – Gêneros literários (III) – Dramático
Mapa 1
Formas importantes de
expressão dramática

Tragédia Farsa Auto Monólogo Comédia Drama

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Capítulo 4 – Gêneros literários (III) – Dramático
Mapa 2
Tragédia

Peça sobre o destino do ser


humano. Tem um final infeliz que
leva o espectador a meditar sobre
a vida.

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Capítulo 4 – Gêneros literários (III) – Dramático
Mapa 2
Farsa

Peça breve. Tem poucos


personagens e pretende provocar o
riso explorando situações
engraçadas ou grotescas da vida
cotidiana.

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Capítulo 4 – Gêneros literários (III) – Dramático
Mapa 2
Auto

Peça breve, geralmente de conteúdo


religioso e escrita em verso. Surgiu
na Idade Média.

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Capítulo 4 – Gêneros literários (III) – Dramático
Mapa 2
Monólogo

Cena teatral em que um


personagem se encontra sozinho e
fala consigo mesmo em voz alta.

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Capítulo 4 – Gêneros literários (III) – Dramático
Mapa 2
Comédia

Peça que procura criticar a


sociedade e o comportamento
humano por meio do ridículo.

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Capítulo 4 – Gêneros literários (III) – Dramático
Mapa 2
Drama

Peça teatral caracterizada pelo tom sério.


Pode apresentar momentos engraçados,
mas predomina a seriedade de um
conflito humano ou social.

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Capítulo 4 – Gêneros literários (III) – Dramático
Mapa 2
Estilo

Estilo de época Estilo individual


Características comuns a Características que
obras que tiveram origem identificam o estilo próprio
no mesmo período. de um autor.

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Capítulo 5 – Estilos literários
Mapa 1
Portugal Brasil

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Capítulo 5 – Estilos literários
Mapa 2
Literatura medieval – Quadro geral

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Capítulo 6 – A primeira época medieval (I) – Trovadorismo
Mapa 1
Gênero lírico

Cantigas de Cantigas de
amigo amor

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Capítulo 6 – A primeira época medieval (I) – Trovadorismo
Mapa 2
Cantigas de amigo

 Originárias da península Ibérica.


 A palavra amigo significava namorado ou amante.
 O trovador procura traduzir os sentimentos femininos,
falando como se fosse uma mulher.
 Dirige-se diretamente ao homem ou à mãe ou às amigas.
 Às vezes, procura um ambiente solitário e desabafa
com a natureza.
 A mulher fala de suas expectativas amorosas, das
saudades do amigo.

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Capítulo 6 – A primeira época medieval (I) – Trovadorismo
Mapa 2
Cantigas de amor

 Floresceram em Provença, na França.


 Expressam o amor do trovador pela dama, muitas vezes
uma mulher casada.
 A dama é chamada de senhora e aparece sempre em
posição superior, representando a relação senhor e vassalo.
 Na península Ibérica, no lugar do aspecto sensual,
destaca-se o sofrimento do homem e sua submissão
diante da amada.

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Capítulo 6 – A primeira época medieval (I) – Trovadorismo
Mapa 2
Gênero satírico

Cantigas de escárnio Cantigas de maldizer

As referências à O ataque é explícito, até


pessoa satirizada são mesmo com palavras de
indiretas. baixo calão.

LITERATURA BRASILEIRA
E PORTUGUESA
Capítulo 6 – A primeira época medieval (I) – Trovadorismo
Mapa 3
Cancioneiros
Coletâneas de cantigas com características
variadas e escritas por diversos autores.

Cancioneiro Cancioneiro Cancioneiro Cantigas


da Ajuda da Biblioteca da Vaticana de Santa
Nacional de Maria
Lisboa

LITERATURA BRASILEIRA
E PORTUGUESA
Capítulo 6 – A primeira época medieval (I) – Trovadorismo
Mapa 4
Ciclos das novelas de cavalaria

Bretão ou Carolíngio Clássico


arturiano Aborda as Abarca temas extraídos
Trata das aventuras de da Antiguidade grega e
aventuras do rei Carlos Magno e romana, tais como a
Artur e de seus dos doze pares guerra de Troia, a vida
cavaleiros. de França. de Alexandre Magno e
as aventuras de Eneias.

LITERATURA BRASILEIRA
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Capítulo 7 – A primeira época medieval (II) – Novelas de cavalaria
Gênero satírico

Cantigas de escárnio Cantigas de maldizer

As referências à O ataque é explícito, até


pessoa satirizada são mesmo com palavras de
indiretas. baixo calão.

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Capítulo 6 – A primeira época medieval (I) – Trovadorismo
Mapa 3
Cancioneiros
Coletâneas de cantigas com características
variadas e escritas por diversos autores.

Cancioneiro Cancioneiro Cancioneiro Cantigas


da Ajuda da Biblioteca da Vaticana de Santa
Nacional de Maria
Lisboa

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Capítulo 6 – A primeira época medieval (I) – Trovadorismo
Mapa 4
Ciclos das novelas de cavalaria

Bretão ou Carolíngio Clássico


arturiano Aborda as Abarca temas extraídos
Trata das aventuras de da Antiguidade grega e
aventuras do rei Carlos Magno e romana, tais como a
Artur e de seus dos doze pares guerra de Troia, a vida
cavaleiros. de França. de Alexandre Magno e
as aventuras de Eneias.

LITERATURA BRASILEIRA
E PORTUGUESA
Capítulo 7 – A primeira época medieval (II) – Novelas de cavalaria
Humanismo

Crescimento Ser humano Tradução e Harmonização


da burguesia como divulgação das culturas
e das preocupação de textos pagãs e
cidades. central. clássicos. cristãs.

Capítulo 8 – A segunda época medieval (I) –


LITERATURA BRASILEIRA Humanismo: crônicas e poesia
E PORTUGUESA
Mapa 1
Humanismo: crônicas

Fernão Lopes (aproximadamente 1380-1460)


Responsável pelos arquivos do Estado português.
Visão bastante moderna da história.
Interesse pelo lado humano dos fatos e pela
importância dos movimentos populares e das
forças econômicas na história.

Capítulo 8 – A segunda época medieval (I) –


LITERATURA BRASILEIRA Humanismo: crônicas e poesia
E PORTUGUESA
Mapa 2
Humanismo: poesia

Cancioneiro geral
Coletânea de poemas publicada em 1516.

Predomina o lirismo Prevalecem a O paralelismo


amoroso, mais sutil redondilha dá lugar ao
que o das cantigas menor e a maior. vilancete.
trovadorescas.

Capítulo 8 – A segunda época medieval (I) –


LITERATURA BRASILEIRA Humanismo: crônicas e poesia
E PORTUGUESA
Mapa 3
O teatro medieval

Religioso Profano

Mistérios e Moralidades Farsas


milagres Peças de claro Peças satíricas
Tratavam da vida simbolismo moral, que divertiam o
de Cristo, de em que os público.
passagens da personagens
Bíblia ou da vida pecadores sofriam
de santos. terríveis punições.

Capítulo 9 – A segunda época medieval (II) –


LITERATURA BRASILEIRA Humanismo: o teatro de Gil Vicente
E PORTUGUESA
Mapa 1
Visão extremamente crítica da
sociedade da época.

Teatro de fundo moralista, vê na


restauração da pureza da religião
Gil Vicente
católica o único caminho de salvação.
e o teatro
em Portugal
Expressa uma visão teocêntrica numa
época de crise dos valores medievais.

Principais peças: Farsa de Inês Pereira,


O velho da horta, Auto da barca do
inferno e Auto da alma.

Capítulo 9 – A segunda época medieval (II) –


LITERATURA BRASILEIRA
E PORTUGUESA
Humanismo: o teatro de Gil Vicente
Mapa 2
Surgimento da ciência moderna com o
desenvolvimento da matemática e do
método experimental.

A invenção da imprensa ampliou a


difusão de ideias.

Ruptura com o forte teocentrismo da


Renascimento
Idade Média.

Difusão e tradução de obras gregas e


latinas.

Surgimento das primeiras gramáticas


das línguas modernas.

LITERATURA BRASILEIRA Capítulo 10 – O Renascimento – Uma revolução cultural


E PORTUGUESA
Mapa 1
A nova arte

Representação Desenvolvimento Representação


mais humanizada da técnica da realista e
de personagens perspectiva. minuciosa da
bíblicos. natureza.

LITERATURA BRASILEIRA Capítulo 10 – O Renascimento – Uma revolução cultural


E PORTUGUESA
Mapa 2
O Classicismo

Arte Engenho Razão

Técnica Talento Controla a


adquirida no pessoal. expressão das
estudo dos emoções.
clássicos.

Capítulo 11 – O Classicismo
Mapa 1
A poesia lírica de Camões

Coexistem tradição e inovação, saber letrado e


experiência de vida, mitologia e cristianismo, alegria e
angústia, paixão carnal e idealismo amoroso.

A medida velha: A medida nova:


redondilhas sonetos

Capítulo 11 – O Classicismo
Mapa 2
A poesia épica de Camões – Os lusíadas

Narra a viagem de Vasco Como nos antigos poemas Estrutura:


da Gama às Índias (1497- clássicos, em Os lusíadas dez cantos;
1498), visto como um algumas entidades estrofes de oito versos;
símbolo da coletividade mitológicas (deuses e esquema de rima:
lusitana e da glória das ninfas) participam da ação. ABABABCC;
conquistas. versos decassílabos;
dividido em 5 partes:
proposição, invocação,
dedicatória, narração,
epílogo.

Capítulo 11 – O Classicismo
Mapa 3
A literatura informativa

Cartas e relatos de navegantes, missionários e aventureiros que


estiveram nas terras brasileiras durante os séculos XVI e XVII.

Material de grande interesse cultural e histórico.

Principais obras:
A carta de Pero Vaz de Caminha;
Tratado da Terra do Brasil e História da Província de Santa
Cruz a que vulgarmente chamamos Brasil, de Pero de
Magalhães Gandavo;
Tratado descritivo do Brasil, de Gabriel Soares de Souza.

Capítulo 12 – Brasil – Literatura informativa e jesuítica


Mapa 1
Os jesuítas viram na arte uma forma de cativar
a atenção dos nativos, daí o uso constante do
teatro pedagógico e da música nas atividades
de catequese.

A literatura Muitas dessas obras eram escritas em

jesuítica nheengatu, conhecido como “língua geral”.

O principal autor foi José de Anchieta, que


produziu teatro de catequese, poesias líricas e
épicas, cartas, sermões e uma gramática da
língua geral.

Capítulo 12 – Brasil – Literatura informativa e jesuítica


Mapa 2
Os sentimentos se exaltam, não são mais
controlados pela razão.

A linguagem não segue a clareza do


Classicismo e é construída tortuosamente, no
sentido de captar, através de antíteses e
imagens sugestivas, o que é a vida, a morte,
O Barroco
o destino, o amor.

A antítese entre vida e morte está no centro


da arte barroca.

Surge em um momento histórico conturbado,


da Contrarreforma e muitas guerras.

Capítulo 13 – O Barroco
Mapa 1
A linguagem barroca

Cultismo Conceptismo
 utiliza-se do jogo de palavras,  o rebuscamento se dá na
das antíteses, das hipérboles, expressão do raciocínio,
das metáforas, das frases com a exploração do jogo
tortuosas, dos paradoxos; de ideias e sutilezas de
 linguagem preciosa e argumentação;
rebuscada;  o espanhol Francisco de
 um dos grandes poetas cultistas Quevedo foi o expoente
foi o espanhol Luís de Gôngora; desse estilo, que por isso
por isso, o cultismo é também pode ser chamado também
conhecido por gongorismo. de quevedismo.

Capítulo 13 – O Barroco
Mapa 2
Gregório de Matos

 Maior nome da poesia barroca brasileira.


 Não teve nenhum livro publicado em vida.
 Sua obra pode ser dividida em três linhas temáticas:
religiosa, amorosa, satírica.

Capítulo 13 – O Barroco
Mapa 3
Antônio Vieira

Padre jesuíta e um dos melhores oradores do século XVII.

Discutiu questões políticas, criticou os impostos injustos que sangravam o


Brasil e participou ativamente das expedições de catequese.

Principais sermões:
 Sermão do mandato — fala do amor místico de Cristo;
 Sermão da sexagésima — discorre sobre a arte de pregar;
 Sermão pelo bom sucesso das armas de Portugal contra as de Holanda
— proferido por ocasião do cerco dos holandeses à cidade da Bahia;
 Sermão de Santo Antônio aos peixes — trata da escravidão do indígena.

Capítulo 13 – O Barroco
Mapa 4
Júlio Dinis (1839-1871)

Obras inovaram em Linguagem Suas obras principais


alguns aspectos a simples. são os romances As
prosa do pupilas do senhor reitor,
Romantismo. A morgadinha dos
canaviais, Os fidalgos da
casa mourisca e Uma
Enredos mais simples, que giram em torno família inglesa.
de problemas amorosos e familiares.
No final, os mal-entendidos se esclarecem
e tudo se resolve.

Capítulo 16 – O Romantismo em Portugal


Mapa 5
Leitores do século XIX

O número de A leitura ocorria Os leitores


pessoas num ambiente visados por essa
alfabetizadas no doméstico, em literatura
Brasil era muito meio a afazeres sentimental
pequeno. tipicamente eram, sobretudo,
femininos, e era as mulheres.
feita em voz alta.

Capítulo 17 – O Romantismo no Brasil – Introdução


Mapa 1
O Nacionalismo como projeto

1836 – início do Com a Independência, os escritores


Romantismo no Brasil. românticos engajaram-se também no
projeto de criação de uma literatura

Publicação de autenticamente nacional.

Suspiros poéticos e
saudades, de
Temas ligados à Linguagem mais
Gonçalves de
nossa realidade próxima da fala
Magalhães.
social e histórica. brasileira.

Capítulo 17 – O Romantismo no Brasil – Introdução


Mapa 2
O Indianismo: expressão do
Nacionalismo romântico

Europa Brasil

Heróis que O indígena O indígena é uma


ajudaram a romântico é um figura idealizada
constituir suas símbolo do e, tal qual o herói
nações espírito jovem e europeu, era
durante a independente da nobre, valoroso
Idade Média. nação brasileira. e fiel.

Capítulo 17 – O Romantismo no Brasil – Introdução


Mapa 3
A importância da
vinda de D. João VI

Funcionamento Desenvolvimento de várias


de tipografias. expressões artísticas.

Início da atividade editorial


e surgimento da imprensa Ampliação do público

periódica. consumidor de arte.

Folhetins

Capítulo 17 – O Romantismo no Brasil – Introdução


Mapa 4
Características do Romantismo
 Observe no quadro abaixo, as principais diferenças entres os
movimentos clássico e romântico:

Classicismo Romantismo
 geral, universal  particular, individual

 impessoal, objetivo  pessoal, subjetivo


 apelo à inteligência  apelo à imaginação

 razão  sensibilidade

 erudição  folclore

 elitilização  motivos populares

 disciplina  libertação

 imagem racional do  imagem sentimental e subjetiva


amor e da mulher do amor e da mulher
Romance urbano Romance sertanejo
ou de costumes ou regionalista
Abrange temas amorosos e Focaliza a gente do interior, com
sociais no ambiente urbano. seus costumes e valores peculiares.

A prosa romântica

Romance histórico Romance indianista


Volta-se para o passado, em uma Ainda na perspectiva
reinterpretação nacionalista de fatos nacionalista, é aquele que
e personagens de nossa história. enfoca a figura do índio.

Capítulo 18 – O Romantismo no Brasil – Prosa (I)


Mapa 1
PÉROLAS DA PROSA ROMÂNTICA
Joaquim Manuel de Macedo (1820-1882)

Jornalista, professor e o primeiro Publicou o romance


escritor popular brasileiro. A Moreninha (1844).

Marco na Trama leve e Linguagem Tipos humanos que


história da movimentada. simples e circulavam pelo Rio
prosa coloquial. de Janeiro.
romântica.

Capítulo 18 – O Romantismo no Brasil – Prosa (I)


Mapa 2
Manuel Antônio de Almeida (1831-1861)

Trabalhou como revisor e Única obra: Memórias de um


redator no Correio Mercantil sargento de milícias.
e administrador da
Tipografia Nacional. Passa-se nas ruas e nos casebres
do Rio de Janeiro de D. João VI.

Publicado em capítulos semanais


em um folhetim.

Linguagem coloquial, comicidade e


tom realista da narração.

Capítulo 18 – O Romantismo no Brasil – Prosa (I)


Mapa 3
Bernardo Guimarães (1825-1884)

Juiz, professor, Romances mais famosos:


jornalista e  O seminarista (1872) –
escritor de livros crítica ao celibato religioso;
de poesia e ficção.  A escrava Isaura (1875) –
condição humana do escravo.

Capítulo 18 – O Romantismo no Brasil – Prosa (I)


Mapa 4
Visconde de Taunay (1843-1899)

Escreveu Inocência (1872).

Passa-se no Um dos melhores Interesse pelos tipos


interior de exemplos de humanos característicos do
Mato Grosso. romance interior e suas rígidas
regionalista. normas de comportamento
social e familiar.

Capítulo 18 – O Romantismo no Brasil – Prosa (I)


Mapa 5
Romances sociais ou urbanos: Cinco
minutos; A viuvinha; Lucíola; Diva; A pata da
gazela; Sonhos d’ouro; Senhora; Encarnação.

Romances regionalistas: O gaúcho;

José de Alencar O tronco do ipê; Til; O sertanejo.

(1829-1877)
Romances indianistas: Iracema; Ubirajara.

Romances históricos: O guarani; As minas


de prata; A guerra dos mascates.

Capítulo 19 – O Romantismo no Brasil – Prosa (II) –


José de Alencar
Mapa 1
Iracema (1865)

História dramática Explicação Linguagem

do amor entre a poética para as poética.

índia Iracema e o origens do


português Martim. Ceará.

Capítulo 19 – O Romantismo no Brasil – Prosa (II) –


José de Alencar
Mapa 2
Senhora (1875)

Aurélia: personagem Organização da Aborda a questão


feminina complexa. história como do amor marcado
uma transação pelas contradições
comercial. da sociedade
burguesa.

Capítulo 19 – O Romantismo no Brasil – Prosa (II) –


José de Alencar
Mapa 3
O Romantismo no Brasil – Poesia

Temas principais

Inspiração Exaltação da
patriótica e natureza
libertária. brasileira.

Indianismo. Morte.

Desilusão
Saudade.
amorosa.

Capítulo 20 – O Romantismo no Brasil – Poesia


Mapa 1
Gonçalves Dias e a primeira
geração romântica

Dimensão poética ao Cantou também os temas


tema indígena. consagrados pelo
Romantismo europeu:
 dores de amor;
 saudade;
 natureza.

Capítulo 20 – O Romantismo no Brasil – Poesia


Mapa 2
Chamada de Temas: morte, solidão,
Ultrarromantismo. tédio e melancolia.

Auge da tendência Segunda


Visão trágica
individualista e geração
da existência.
subjetiva. romântica

Influências: Shelley, Principais poetas: Álvares de Azevedo,


Byron, Lamartine e Junqueira Freire, Casimiro de Abreu,
Musset. Bernardo Guimarães e Laurindo Rabelo.

Capítulo 20 – O Romantismo no Brasil – Poesia


Mapa 3
Álvares de Azevedo
(1831-1852)

Poesia Teatro Prosa

Lira dos vinte anos Macário Noite na taverna

Capítulo 20 – O Romantismo no Brasil – Poesia


Mapa 4
Terceira geração romântica

Preocupação com Castro Alves


os problemas (1847-1871).
sociais do Brasil.

Amor sensual. Indignação contra as


tiranias e combate
à escravidão.

Capítulo 20 – O Romantismo no Brasil – Poesia


Mapa 5
Surge com a Incorporação das situações da
peça Hernani, de vida cotidiana e dos problemas
Victor Hugo. humanos e sociais da época.

Textos em O drama: uma nova Linguagem


prosa. ideia em cena mais comum.

Oposição aos Combinação de aspectos


princípios clássicos. trágicos e cômicos.

Capítulo 21 – O Romantismo no Brasil – Teatro


Mapa 1
O Romantismo no Brasil – Teatro

O teatro brasileiro como Figura mais importante:


atividade artística regular João Caetano (1808-1863).
nasceu no Romantismo.

Fundou, em 1833, a Encenou a peça Antônio


Companhia Dramática José ou O poeta e a
Nacional e, no ano Inquisição – primeira
seguinte, inaugurou o obra teatral de autor e
Teatro Nacional. tema brasileiros.

Capítulo 21 – O Romantismo no Brasil – Teatro


Mapa 2
Martins Pena (1815-1848) – autor de
populares comédias de costumes. Suas
peças mais famosas são O juiz de paz na
roça (1842) e O noviço (1853).

Joaquim Manuel de Macedo (1820-1882)


Principais – foi membro do Conservatório Dramático e
escreveu muitas comédias de cunho social.
dramaturgos do Sua peça mais famosa é
A torre em concurso (1863).
Romantismo
brasileiro Gonçalves Dias (1823-1864) – autor do
drama histórico Leonor de Mendonça (1847).

José de Alencar (1829-1877) – abordou o


tema da escravidão no drama Mãe (1862) e
desenvolveu a crítica social na comédia O
demônio familiar (1858).

Capítulo 21 – O Romantismo no Brasil – Teatro


Mapa 3
Rejeição do idealismo romântico.

Início em 1857, com o romance Madame


Bovary, de Gustave Flaubert.

O método científico de experimentação e


observação da realidade visto como o único
A literatura
aceitável para a explicação do mundo.
realista
Literatura como um instrumento de
denúncia dos vícios e da corrupção da
sociedade burguesa.

Representação mais objetiva e fiel


da vida social.

Capítulo 22 – O Realismo e o Naturalismo em Portugal


Mapa 1
Surgiu com a tentativa de Robert Owen de
melhorar as condições de trabalho dos
Socialismo operários. O conceito foi ampliado por Marx e
Engels, que defendiam o fim do capitalismo.

Teoria formulada por Charles Darwin, segundo


a qual as espécies se transformam ao longo
Darwinismo do tempo, num processo de adaptação
constante ao meio ambiente.

Sistematizado por Auguste Comte, segundo o


qual as sociedades passam por três estágios:
Positivismo teológico, metafísico e positivo.
O estágio positivo poderia ser alcançado pelo
método da observação e da experimentação.

Capítulo 22 – O Realismo e o Naturalismo em Portugal


Mapa 2
Naturalismo

Determinismo Romance
experimental

O comportamento humano O trabalho do


é condicionado pelo meio escritor
ambiente e pelas assemelhava-se ao
características físicas e de um cientista em
psicológicas hereditárias. seu laboratório.

Capítulo 22 – O Realismo e o Naturalismo em Portugal


Mapa 3
O Realismo português

Questão Coimbrã Conferências Democráticas

Polêmica entre a velha Realizadas no Cassino


e a nova geração. Lisbonense, onde se
discutiram a situação de
Portugal e as transformações
por que passava a Europa.

Capítulo 22 – O Realismo e o Naturalismo em Portugal


Mapa 4
Eça de Queirós

Mais importante prosador


realista de Portugal.

O crime do padre Amaro O primo Basílio

Foco no celibato religioso Critica a vida social portuguesa


e na hipocrisia social. e a hipocrisia dos valores
burgueses.

Capítulo 22 – O Realismo e o Naturalismo em Portugal


Mapa 5
A poesia realista

Antero de Quental Cesário Verde

Espírito Também expressa Olhar para


revolucionário, suas inquietações realidade das ruas
engajamento religiosas e e para o cotidiano
nas lutas metafísicas em prosaico e cinzento
sociais de seu diversos sonetos. das cidades.
tempo.

Capítulo 22 – O Realismo e o Naturalismo em Portugal


Mapa 6
O Realismo e o Naturalismo no Brasil

O Brasil era Expectativas ainda


essencialmente agrário, românticas do público
além de monarquista e leitor no Brasil.
escravocrata.

Literatura como um instrumento de análise da


realidade brasileira e não apenas como diversão.

Capítulo 23 – O Realismo e o Naturalismo no Brasil


Mapa 1
Aluísio Azevedo (1857-1913)

O mulato (1881) O cortiço (1890)

Questões polêmicas: o Princípios do Naturalismo.


racismo e a corrupção
dos padres. Influência do meio e dos
instintos nos personagens.

Capítulo 23 – O Realismo e o Naturalismo no Brasil


Mapa 2
Raul Pompeia (1863-1895)

O Ateneu

Obra introspectiva, Análise Narração feita


de caráter psicológica do em primeira
impressionista. protagonista. pessoa.

Capítulo 23 – O Realismo e o Naturalismo no Brasil


Mapa 3
Machado de Assis
(1839-1908)

Mais importante Escreveu poesias, Realismo


autor do nosso crônicas, peças de teatro psicológico de
Realismo. e crítica literária, mas alcance universal
destacou-se no romance e atemporal.
e no conto.

Capítulo 24 – Machado de Assis


Mapa 1
Memórias póstumas de Brás Cubas (1881)

Narrador defunto.

Pessimismo radical.

Brás Cubas revela a hipocrisia


das relações humanas.

Metalinguagem: o narrador conversa


com o leitor sobre a própria obra.

Ordem da narrativa nem sempre é linear;


ocorre conforme as lembranças de Brás Cubas.

Capítulo 24 – Machado de Assis


Mapa 2
Dom Casmurro (1899)

Análise psicológica Criação de um Um rico painel da


dos personagens. clima de incerteza sociedade brasileira
e ambiguidade. da época.

Narrado pelo próprio Relações de classe, os


personagem, que viveu os fatos meios de ascensão
muito tempo antes. O tempo da social e a influência da
narração é bem anterior ao Igreja na vida cotidiana.
tempo da narrativa.

Capítulo 24 – Machado de Assis


Mapa 3
Quincas Borba (1891)

Teoria do Humanitismo
O protagonista é Rubião,
amigo do filósofo maluco
Quincas Borba A vida é um campo de
(personagem já presente batalha onde só os mais
em Memórias póstumas fortes sobrevivem.
de Brás Cubas).

Capítulo 24 – Machado de Assis


Mapa 4
A linguagem machadiana

Interrompe a ação para conversar com o leitor.

Leva o leitor a perceber o jogo da ficção.

Essa característica está presente em autores


estrangeiros, como Laurence Sterne e
Xavier de Maistre.

Capítulo 24 – Machado de Assis


Mapa 5
Comédias predominam Público interessado em
sobre os dramas. distração e divertimento fácil.

É marcante Novos gêneros:


O teatro no final
a influência revista, opereta,
francesa. do século XIX café-concerto.

Poucos autores
brasileiros se destacam.

França Júnior (1838-1890) Artur Azevedo (1855-1908)


influenciado por Martins Pena,  batalhador pelo
retratou bem certos tipos desenvolvimento de nosso
humanos e situações da época; teatro;
as peças mais famosas são As  merecem destaque A capital
doutoras, Caiu o ministério e federal e O dote.
Como se fazia um deputado.

Capítulo 25 – O teatro no final do século XIX


Poesia parnasiana

Inspiração inicial do Parnasianismo veio da França, de uma antologia


intitulada O Parnaso contemporâneo, publicada em 1866.

Preferência por temas descritivos.

Enfoque sensual e erótico da mulher, com ênfase na descrição física.

Observação rigorosa das regras de composição poética.

Frequentes alusões a elementos da mitologia grega e romana.

Uso (excessivo, às vezes) de palavras raras, rebuscadas.

Evitavam-se os exageros sentimentais que marcaram os


poetas românticos.

Capítulo 26 – A poesia no final do século XIX –


Parnasianismo e Simbolismo
Mapa 1
O Parnasianismo no Brasil

Raimundo Alberto de Olavo Vicente de


Correia Oliveira Bilac Carvalho

Sinfonias Meridionais Poesias Poemas e


(1883) (1884) e (1888) canções
Sonetos e (1908)
poemas
(1885)

Capítulo 26 – A poesia no final do século XIX –


Parnasianismo e Simbolismo
Mapa 2
Origem e características gerais do Simbolismo

Origem francesa, com a obra As flores do mal (1857),


de Charles Baudelaire.

Reação contra o materialismo e o positivismo.

Resgatou o lado místico e espiritual da vida, explorou


o imaginário, o misterioso território dos sonhos.

Preferência por temas que tratam da morte, do


destino, de Deus.

Enfoque espiritualista da mulher, envolvendo-a num


clima de sonho.

Escolha de palavras segundo a musicalidade e o


poder de sugestão.

Frequentes alusões a elementos que lembram rituais


religiosos.
Capítulo 26 – A poesia no final do século XIX –
Parnasianismo e Simbolismo
Mapa 3
O Simbolismo no Brasil

Cruz e Sousa (1861-1898) Alphonsus de Guimaraens


(1870-1921)
Angústia espiritual.

Poesia reflexiva e
Também publicou
melancólica sobre a morte,
poemas em prosa,
a fugacidade da vida, os
explorando aliterações
amores perdidos.
e sinestesias.

Missal, Broquéis, Setenário das dores de


Faróis, Últimos Nossa Senhora, Câmara
sonetos e Evocações. ardente, Dona Mística,
Kiriale e Pastoral aos crentes
do amor e da morte.

Capítulo 26 – A poesia no final do século XIX –


Parnasianismo e Simbolismo
Mapa 4
Eu (1912)

Expressão poética muito original, com

Augusto inúmeros termos tirados das ciências naturais.

dos Anjos
Expressa com intensidade uma visão trágica
(1884-1914)
da existência.

Temas: morte, decomposição da matéria,


angústia que marca a condição humana.

Capítulo 26 – A poesia no final do século XIX –


Parnasianismo e Simbolismo
Mapa 5
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Elaboração de original: Fernando Cohen
Preparação de texto: Solange Scattolini
Revisão: Aline Souza, Ramiro Morais Torres, Miguel Facchini

EDITORA MODERNA
Diretoria de Tecnologia Educacional

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Coordenador de projetos: Cristiano Galan
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2012

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