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Fichamento “Formação da Literatura Brasileira”

Prefácio 1
- Cada Literatura requer um médtodo específico para ser estudada. A brasileira gerou-se da portuguesa
e teve influência de outras. O livro de Cândido foi escrito numa perspectiva histórica em que se procurou
definir o valor e função das obras
- É difícil valorizar alguns autores que não merecem e subestimar outros. De mostrar como a nossa
literatura pode ser interessante
- Até que ponto precisamos de outras literaturas? Europeus por exemplo podem encontrar o valor estético
e e emoções literárias suficientes apenas em sua própria literatura
- Cândido diz que nossa literatura é mais fraca que as outras, incluindo a portuguesa de que é origem,
porém cabe a nós investigá-la, pois senão ninguém o faria por nós. Devemos reconhecer o esforço de
autores longínquos que produziram numa terra inculta
- Reforça a ideia de que não busca originalidade pois é uma ilusão pensarmos que o que dissemos não
foi dito por ninguém
- Exclui a crítica teatral pois diz não possuir ferramentas para criticar uma arte que já dispões de suas
próprias maneiras de ser lida. Além disso exclui o Machado do Romantismo
- Prefácio 2
- Explcita de quanto foi valorizado seu capítulo introdutório (hoje muito lido nos cursos de Letras) porém
crtiica esse feito, dizendo que os estudiosos estão mais preocupados nas maneiras de como a crítica
literária deve ser feita em vez de se fazer crítica de verdade.
- Rebate a ideia de que disse que não havia literatura brasileira antes do século XVI. Diz que houve , sim,
manifestações esparsas e não sistemáticas mas que “estabelecem um comçeo e marcam posição para
o futuro”. Essa literatura aumenta no século XVII com os escritores baianos e se ampliam com as
Academias do século XVIII
- Para se configurar literatura precisaríamos do triângulo autor-obra-público em interação dinâmica e de
continuidade de tradição. Nossa literatura não nasce mas se configura no século XVIII e setimos de fato,
sua presença, no final do século XIX. (PRIMEIRO PRESSUPOSTO)
- Ainda que Arcadismo e Romantismo se difereciem em temática, se aproximam em história, sendo
responsáveis pela ideia de se configurar a literatura no Brasil como sitema. (SEGUNDO
PRESSUPOSTO)
- Método histórico e estético: como os elementos da formação nacional, sociológicos e históricos
influenciam os autores a tratar de assuntos literários e estéticos. (TERCEIRO PRESSUSPOSTO)

- Critica a análise puramente histórica e sociológica das obras precedendo estético, não considerando as
obras como autônomas
- Mesmo os árcades pedindo empréstimo a formas estrangeiras, foram essas que permitiram qque a
literatura funcionasse no Brasil, se difundisse como sistema. Pouco a pouco, com os românticos, as
cacaterísticas nacionais foram aparecendo. Cândido ainda faz um raciocínio intrigante. Diz que os
estrangeiros ainda pegaram emprestado traços brasileiros por exemplo. (QUARTO PRESSUPOSTO)
- No início, havia uma literatura de certa maneira interessada. Os árcades pensavam estar ilustrando o
país e levando a Europa nossa mensagem. Este traço de necessidade de se fazer uma literatura nacional
sempre foi presente nos países latino americanos. Traços esses que podem causar empecilhos no ponto
de vista estético assim como vantagem também.
INTRODUÇÃO
- Difere manifestações literárias de literatura propriamente dita, com denominadores comuns de ordem
interna (temas, imagens, escrita) e externa, numa natureza social e psíquica. Para tanto devem existir:
uma produção literária mais ou menos cosnciente do seu papel; um conjunto de receptores formando
diferentes tipos de público; um mecanismo transmissor (de modo geral, uma linguagem traduzida em
estilos)
- Quando a atividade literária se encaixa nesse sistema temos a continuidade literária. Metáfora da
tocha que é passada para outros corredores. Surge então a tradição que rege padrões estilísticos e
comportamentais os quis podemos corroborar ou rejeitar. Manifestações literárias compreendem até a
formação das Academias, como a obra de Gregório de Matos. Via-se a imaturidade num meio de difícil
transmissão das obras e interesse pelas mesmas. A literatura começa na medida em que há a vontade
de s efazer literatura brasileira, com autores conscientes de estarem inseridos num sistema literário. O
Indianismo contribuiu para isso.
UMA LITERATURA EMPENHADA
- Os neoclássicos eram quase todos empenhados em criar uma literatura dizendo que éramos tão
capazes quanto os europeus. Caráter que se acentuou depois da Independência
- Como a literatura prega à fuga ao real e a transcendência ficcional, muito autores sentiram-se tolhidos
devido à tomada de consciência de seu papel e sua missão. Este nacionalismo contribui para uma certa
renúncia à imaginação ou certa incapacidade de aplicá-la ao real, exercendo uma junção de realidade e
fantasia, como no caso de José de Alencar. Esse nacionalismo é fruto de condições históricas na qual há
a necessidade de se edificar a unidade de um Estado que representava um povo sem autonomia. Esse
fator glorifica os valores locais, porém comprometem o caráter universalista da obra. A mistura das
tradições européias e a descoberta do Brasil.
PRESSUPOSTOS
- Cândido de maneira geral, prega a crítica histórica, considerando valores extraliterários, como a
literatura sendo sintoma da realidade social mas também unida a crítica estética. Um crítico consciente
deve dispôr dessas duas análises concomitantemente.
- É preciso uma crítica euqilibrada em erudição e gosto. É preciso que se avalie uma obra apenas por
ímpeto e gosto, sem qual uma literatura não vive, porém é necessária também a erudição e o apuramento
estético das obras.
O TERRENO E AS ATITUDES CRÍTICAS
- Crítica viva reconhece a personalidade do crítico e a sensibilidade do leitor
- Em face do texto surgem emomções, pesar, alçegrias, constatações, reprovação, simples interesse.
Essas primeiras impressões são necessárias no dever do crítico, definindo sua visão pessoal. É como
uma primeira leitura descompromissada de um crítico que pretende avaliar uma obra. Daí, posteriormente
partiríamos para uma definição de valor. O arbítiro e a visão do critico devem se tornar mais objetivas por
meio de uma análise aprofundada, assim sendo aceita c que nçomo juizo de valor pelos leitores. Assim
há um elemento perceptivo inicial, um intelectual médio e um voluntário final, no qual este último
transforma o timbre individual do crítico numa generalidade de valor, chegando a lugar-comum de análise
em maior ou menor intensidade.
- Não há uma crítica única, mas várias, ora com maior ênfase em recursos formais, ora nos fatores
- Uma prentensão exclusiva aos fatores formais e intrínsecos a estética e a língua acabariam por limitar
a literatura como produto da civilização humana inserida num contexto socio-histórico.
OS ELEMENTOS DE COMPREENSÃO
- Quando estamos frente à uma obra temos que considerar três aspectos: os fatores externos que
vinculam a obra ao tempo; o fator individual, ou seja, o autor que a realizou e o resultado destes dois
fatores, o texto. Temos de ter estes três fatores em mente numa crítica literária que não se pretende
parcial ou fragmentária.
- A vida do autor nem sempre corresponde ao texto que exprime, assim desconsidera-se o biografismo.
Porém se esse for necessário para a compreensão de uma obra, não podemos negá-lo
CONCEITOS
- Temos de ter cuidado com termos como a influência de um autor para outro. Podemos nos confundir
que seja apeans plágio,coincidência, a impossibilidade de averiguar o que é deliberação e o que é um
processo inconsciente. Essa influência pode acontecer como transposição direta mal assimilada e d
eoutro lado ser tão incorporada à estrutura, adquirindo um caráter orgânico e perdendo a noção de
empréstimo.
- O eixo do trabalho interpretativo é descobrir a coerência das produções literárias, seja a interna, das
obras, seja a externa, de uma fase, corrente ou grupo.
- Coerência seria integração dos fatores e elementos definindo um tom
- Personalidade literária: não é perfil psico do autor e sim uma série de traços afetivos, intelectuais e
morais que decorrem nas obras
- A coerência é em parte descoberta analiticamente e parte inventada pelo crítico que define cada autor
diferentemente dependendo dos traços que quer isolar e os que quer usar. Escolhe os autores mais
representativos no período, suas obras mais importantes, os temas contidos nessas obras
- A crítica é um ato arbitrário, se escolhe os elementos em detrimnto de outros. O crítico junta a isso sua
linguagem própria e o esqueleto do conhecimento objetivo.

Fichamento “ A literatura brasileira de uma perspectiva pós colonial”


No texto:
- Silviano Santiago diz que não se estude mais a literatura de uma perspectiva de formação e sim d
einserção no panorama mundial
- Bildung – lento e longo processo de interiorização do saber. Se transposto para a produção literária de
Cândido seria o desejo literário de independência dos moldes portugueses, de autonomia política e
literária.
- Candido considera a literatura colonial apenas como manifestação literaria. (paralelo a literatura
africana)
- Influenciado pelos seus estudos sobre literatura africana, de países que seriam idependentes apenas
no século XX, Santiago diz que há um vírus colonial lusitano e que a tese de Candido que nega a
literatura colonial é a vacina.
- Santiago precisaria construir uma disciplna que negasse o centramento europeu, e sim um entre-
lugar.
Extra:
- Começa recuperando a historiografia literária brasileria, com Cândido
- O século XX marca os etsudos que se interessavam na formação de estruturas brasileiras.
Epistemologia marcada pelos interessados no processo de formação do Brasil.
- Uitlizando a metáfora do jovem que está se formando, agora ele diz que devemos nos ater no
paradigma da inserção: já estamos maiores, emancipados e temos de refletir sobre como encaramos
essa maioridade. Como por exemplo, como o que é brasileiro, o que é a linguagem brasileira perante
ao mundo. É cosmopolita
- Candido desconsiderou a literatura não dita sublime, antes do fim do século XIX. Em virtude de sua
metodologia deixou de lado o Brasil colonial
- Ao citar Wilson Martins pensa na ideia de que havia uma inteligência brasileira desde 1550, com os
colégios jesuítas, ainda que importadas da Europa. Havia uma inteligência e literatura “no” Brasil e não
brasileira
- Há uma tendência ao colonialismo e a esquecer o passado
- A diáspora, o índio, o negro já é sabido que faz parte de nossa formação, cabe a nós refeltir como
essa fromação se insere no mundo, como ela se articula.
- Santiago tem a mesma coragem intelectual de Candido na medida em que trabalha num terreno novo,
o da inserção, assim como Candido trabalhou o da formação, porém que não explica a complexidade
dos fenômenos de hoje.

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