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Modernismo

Professor (a): Isabella


Teixeira e Marcelo
Cavalcante
Características do primeiro tempo modernista
(1922 e 1930)
● Poemas- piada e irreverência ● Revisão crítica de nosso passado
histórico e de nossas tradições
● Paródia e literatura popular culturais

● Verso livre e fala popular ● Reconstruir a cultura brasileira


sobre bases nacionais
● Prosa próxima do povo
● Várias obras, grupos, movimentos,
revistas e manifestos ganharam o
cenário intelectual brasileiro, numa
investigação profunda e por vezes
radical de novos conteúdos e de
novas formas de expressão.

● Referência histórica: A Semana de


Arte Moderna; Movimento Pau-
Brasil, Movimento Antropófago e
Grupo Verde- Amarelo.
José Oswald de Sousa Andrade (São Paulo,
1890-1954)
Filho de uma família abastada, partiu em 1912 para Paris, onde viveu durante
cinco anos e foi influenciado pelas ideias futuristas.
Pondo fim aos modelos poéticos importados, cuja qualidade estava na
grandiloquência e na seriedade, Oswald de Andrade parte para a paródia, a
linguagem coloquial, o humor- tendo como eixo a temática brasileira.
É realmente sem fórmulas que se deve encarar a poesia oswaldiana- já que
ele mesmo aponta o caminho: ver as coisas com os olhos livres.

ROMANCE: Os condenados; A estrela do abisinto; A escada; Memórias


sentimentais de João Miramar; Serafim Ponte Grande; Marco zero; A
revolução melancólica; Chão.
POESIA: Poesias reunidas; Pau-brasil, Primeiro caderno do aluno de poesia
Oswald de Andrade; Cântico dos cânticos para flauta e violão; O escaravelho
de ouro.
TEATRO: O homem e o cavalo; A morta; O rei da vela.
Canto do regresso à pátria
Minha terra tem palmares
Onde gorteja o mar
Os passarinhos daqui
Não cantam como os de lá

Minha terra tem mais rosas


E quase que mais amores
Minha terra tem mais outro
Minha terra tem mais terra

Ouro terra amor e rosas


Eu quero tudo de lá
Não permita Deus que eu morra
Sem que volte para lá

Não permite Deus que eu morra


Sem que volte para São Paulo
Sem que veja a Rua 15
E o progresso de São Paulo.
Mário Raul de Morais Andrade (São Paulo, 1893-1945).
Com Há uma gota de sangue em cada poema, Mário de Andrade fez sua estréia
literária, em 1917, mostrando-se um poeta de rara sensibilidade, motivado pela
Primeira Guerra Mundial. Mas é com Paulicélia desvairada que o seu sucesso
emerge, tornando-se o livro de poemas uma espécie de bandeira do movimento
modernista, pelo liberalismo formal da obra, rompendo com qualquer esquema
tradicional: versos livres, métrica informal, subversão total de valores anteriormente
apregoados pelos poetas perfeccionistas, como os parnasianos.

A obra ficcional de Mário de Andrade revela um escritor preocupado com técnicas


narrativas vanguardistas, além da incorporação das expressões autenticamente
brasileiras- o que imprime ao conjunto uma originalidade sem precedentes.

É com Macunaíma, o herói sem nenhum caráter que Mário de Andrade produz sua
obra-prima em matéria ficcional. Uma combinatória das lendas indígenas
transpostas para uma área metropolitana (São Paulo) mais a justaposição de
trechos em colagem, anedotas populares e incorporação de mitos fazem do
romance uma rapsódia, aludindo a esse processo de composição (justaposição)
semelhante à forma musical.
Ode ao burguês
Eu insulto o burguês! O burguês-níquel,
o burguês-burguês!
A digestão bem feita de São Paulo!
O homem-curva! O homem-nádegas!
O homem que sendo francês, brasileiro, italiano,
é sempre cauteloso pouco-a-pouco!

Eu insulto o burguês -funesto!


O indigesto feijão com toucinho, dono das tradições!
Fora os que algarismam os amanhãs!
Olha a vida dos nossos setembros!

Ódio e insulto! Ódio e raiva! Ódio e mais ódio!


Morte ao burguês de giôlhos,
cheirando religião e que não crê em Deus!
Ódio vermelho! Ódio fecundo! Ódio cíclico!
Ódio fundamento, sem perdão!

Fora! Fú! Fora o bom burguês!…


Manuel Carneiro de Souza Bandeira (Recife, 1886-1968).
Já classificado como “o grande clássico da nossa poesia contemporânea” por
Antônio Candido e Gilda de Mello e Souza, Manuel Bandeira é um poeta rítmico,
livre, em constantes rupturas com formas consagradas- sejam parnasianas ou
simbolistas, ou ainda mais antigas-, embora tenha buscado inspiração em muitos
românticos ou em alguns parnasianos.

Ao percorrermos toda a obra do poeta, notaremos que pontilham aqui e ali


inspirações do Romantismo, ou ainda, de um lirismo à moda de Camões, uma forma
de reinvenção que engradece sua poética.

POESIA: A cinza das horas; Carnaval; Poesias; O ritmo dissoluto; Libertinagem;


Estrela da manhã; Poesias completas; Lira dos cinquent’anos; Belo belo; Estrela da
tarde; Estrela da vida inteira (poesias reunidas).

PROSA: Crônicas da província do Brasil; Guia de ouro Preto; Noções de história


das literaturas; Apresentação da poesia brasileira; Literatura hispano-americana;
Itinerário, Itinerário de Pasárgada; Flauta de papel; Andorinha, andorinha; Os reis
vagabundos (e mais cinquenta crônicas).
Os sapos
Por o vídeo:

https://www.youtube.com/watch?v=i-bfP0ObYdU&ab_cha
nnel=MemorialdaDemocraciaMemorialdaDemocracia
Características do segundo tempo modernista
1930 e 1945
● Referência histórica: Crise ● Romances do ciclo da cana e do
econômica - A quebra da Bolsa cangaço;
de Nova York de 1929;
● Romances urbanos
● Os regionalismos;
● Implantação do regionalismo
● Situação dos proletários rurais; nordestino;

● Linguagem próxima da fala; ● Um realismo crítico.

● Romances da seca nordestina;


Carlos Drummond de Andrade (Itabira- 1902- Rio de Janeiro, 1987).
Em Drummond podemos distinguir várias linhas poéticas:

● A poesia saudosista da família e da terra natal (v. poema Infância);


● A poesia intimista do “eu retorcido”, que aponta no poeta uma percepção da
realidade de forma autêntica e cruel (v. Os ombros suportam o mundo);
● A poesia política, de participação social (v. Nosso tempo-I);
● A poesia metafísica, de reflexão sobre a essencialidade humana, na tentativa de
compreender profundamente a realidade (v. poema Amar);
● O poema-objeto, em que explora a mensagem sintética e telegráfica, à moda dos
primeiros futuristas:
Isso é aquilo
o fácil o fóssil
o míssil o físsil
a arte o enfarte
o ocre o canopo
a urna o farniente
a foice o fascículo
a lex o judex
o maiô o avô
a ave o mocotó
o só o sambaqui
(...)
Cecília Meireles (Rio de Janeiro, 1901-1964).
Cecília Meireles domina muito bem os elementos etéreos e sua poesia é povoada de
fantasias, numa diluição (proposital) de formas, sons e cores. Isso se confirma com
Vaga música, onde o próprio título sugere a indefinição,a imprecisão. Observe, por
exemplo, a composição Chorinho, um texto simples, musical , redondo:

Chorinho de clarineta,
de clarineta de prata,
na úmida noite de lua.

Desce o rio de água preta.


E a perdida serenata
Na água trêmula flutua.

Palavra desnecessária
Um leve sopro revela
Tudo que é medo e tenrura.
(...)
Ai, choro de clarineta!
Ai,. Choro de prata!
Ai, noite úmida de lua..
Marcus Vinicius de Melo Moraes (Rio de Janeiro, 1913-
1980).
No cotidiano, a mulher ocupa o foco de interesse do poeta: ela passa a ser “divina”,
um ser superior, “de onde provêm e para onde convergem todas as formas elevadas de
existência”. Em Ariana, a mulher, ela comparece espiritualizada, platonizada, como em
A mulher que passa:

Meu Deus, eu quero a mulher que passa.


Seu dorso frio é um campo de lírios
Tem sete cores nos seus cabelos
Sete esperanças na boca fresca!

Oh! como és linda, mulher que passas


Que me sacias e suplicias
Dentro das noites, dentro dos dias!
ARTES
1- Como era conhecido Castro Alves?
Resposta: O poeta dos escravos.
QUIZ?
2- Qual é o nome do poema que vem a ser uma das principais realizações épicas de Castro Alves?
Resposta: O navio negreiro.
3- Qual era o símbolo do condoreirismo?
Resposta: Símbolo da liberdade.
4- Como era chamado os poetas que discursavam em teatros, praças públicas?
Resposta: Oradores.
5- Onde os escravos realizavam sua mão de obra?
Resposta: No engenho.
6- Qual o principal produto econômico comercializado no Pré Modernismo?
Resposta: Café
7- Quem representava os interesses gerais dos trabalhadores?
Resposta: Sindicato.
8- O mesmo que linguagem coloquial.
Resposta: Formal
9- Qual o nome da literatura que é envolvida com problemas sociais?
Resposta: Literatura engajada.
10- Onde aconteceu a Guerra de Canudos?
Na Bahia.
11- Como se chamava o personagem principal da obra de Lima Barreto?
Resposta: Policarpo Quaresma.
12- Qual o nome da única obra escrita por Augusto do Anjos?
Resposta: Eu e outras poesias.
13- Qual o nome do poeta maranhense pertencente a 03ª Geração Romântica?
Resposta: Sousandrade.
Referências:
CAMPEDELLI, Samira Youssef. Literatura. História & Texto 3. 6
ed. São Paulo: Saraiva, 1999.

CEREJA, William Roberto; MAGALHÃES, Thereza Cochar.


Português: Linguagens. Volume único. 2 ed. São Paulo: Atual, 2005.

CEREJA, William Roberto; MAGALHÃES, Thereza Cochar.


Literatura Brasileira. São Paulo: Atual, 2005.

MOISÉS, Massaud. A Literatura brasileira através dos textos. 29.


ed. São Paulo: Cultrix, 2012.

CAVALCANTE, Simone. Literatura em Alagoas: Ensino médio e


vestibular. Maceió: Scortecci/ Grafmarques, 2005.

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