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PLURALIDADE NA ESCOLA

A partir do dia 21 de Setembro de 2023 foi ofertado na Escola Municipal


Doutor Orlando Araújo localizada na Avenida Doutor José Sampaio Luz, 821 no
bairro de Ponta Verde, cidade de Maceió/Alagoas, o projeto de extensão
“Pluralidade na escola”.

O público alvo foi o EJAI, no turno noturno regido pelo professor efetivo
de Inglês Marcos Paulo Ventura da Silva Lima.

No segundo momento (23/09/23) debati com os alunos acerca da tematica


diversidade cultural dos grupos sociais existentes. Comecei a estimulá-los a
pensar: o que é diversidade em toda sua complexidade?
Já ouviram falar da temática da diversidade cultural?
MARCELO- (CONVERSA INFORMAL)

Sim, tem haver com o que é diferente. (ALUNO-


CONVERSA INFORMAL)

Expliquei que a diversidade manifesta-se no espaço social, político,


econômico e cultural. Essas dimensões guardam profundas conexões entre si
e produzem proteção jurídica integral ao cidadão. Enxergar a diversidade é
reconhecer a diferença. É um princípio ético de igualdade previsto na
Constituição Federal de 1988.

Logo em seguida, questionei-los: aqui, nós somos todos iguais? Por


quê? O aluno respondeu: “Não. Possuímos cor diferentes. Moramos em casas
diferentes e nossa religião é diferente, também”.

A partir daí, expliquei que vivemos numa sociedade multicultural.


Devemos exercitar o respeito, tolerância, promoção e valorização da
diversidade religiosa, de gênero, de orientação sexual e cultural, e a amizade
entre todos (as), seja povos indígenas e grupos étnico-raciais, para assim,
possibilitar a todas as pessoas terem acesso à participação efetiva em uma
sociedade livre.
As pessoas possuem identidades diferentes, seja no modo de se vestir,
nos hábitos, e isso faz parte da diversidade cultural. Mostrei essa imagem aos
alunos, como o intuito de discutir sobre a multiculturalidade presente em nosso
país.
É possível aqui na sala de aula, percebemos o lugar de onde cada um
veio, entender seu contexto, cotidiano, que já diz muito de sua comunidade.
Questionei ao aluno:
De que lugar você veio? MARCELO-
(CONVERSA INFORMAL)

Eu vim do bairro do Vergel. É uma bairro que


tem muitos mangues, lagoas. Muitos da
comunidade sobrevivem da pesca. É um
bairro histórico. As pessoas tem o hábito de
ficarem nas portas de casa conversando até
mais tarde da noite. (ALUNO- CONVERSA
INFORMAL).
Assim, perguntei a outro aluno de onde ele veio, para assim mostrar a
realidade diferente:
E você, onde mora? MARCELO- (CONVERSA INFORMAL)
Eu venho da parte alta de Maceió, no bairro
do Antares. Tenho o hábito de ir muito ao
shopping center. Não tem praia perto. Gosto
de ir bastante na praça, conversar, brincar.
Tudo é muito distante. (ALUNO-Conversa
informal).

Através destas falas, podemos perceber que existem diferenças, seja


nos hábitos, como nos costumes, do aluno da parte alta com o da parte baixa
de Maceió, Alagoas.

Como fechamento da atividade 1- “Reflexões sobre a diversidade dos


grupos sociais: hábitos e heranças culturais familiares” escrevi no quadro e
solicitei que os alunos na folha do caderno escrevessem o nome deles na
folha. Desenhassem o lugar onde moram, seus modos de vida, o que
herdaram da família, quais alimentos consomem diariamente. Sugeri um
pequeno texto junto ao desenho de seus variados estilos de vida.

No terceiro momento, 24/09/23, com a Atividade 2– “Nossas histórias; - O


que é a diversidade cultural?”:
A partir do recurso da oralidade, solicitei que os alunos apresentassem
suas histórias e seus respectivos desenhos. Foi interessante perceber o
relato, narrativa de cada um. São perfis, costumes e hábitos distintos. A partir
dai, perceberam semelhanças com os próximos e diferenças, respeitando o
ser humano na construção da formação cidadã.

Logo em seguida, expus no quadro e comentei que a temática da aula


estaria relacionada a pluralidade cultural brasileira, como: comida, religião,
danças.

A intenção foi discutir que a perspectiva intercultural quer promover uma


educação para o reconhecimento do “outro”, para o diálogo entre os diferentes
grupos sociais e culturais.

A cultura popular e suas danças, assim como a comida, religião, têm sua
importância para o indivíduo e a comunidade, reafirmando a potencialidade do
resgate cultural. Por exemplo, no Brasil tem uma grande mistura de tradições e
culturas em suas diferentes regiões e isso se reflete na culinária de cada
região. Cada região tem seus sabores típicos e os pratos são preparados a
partir de ingredientes regionais. A Região Nordeste tem a presença africana
forte devido a escravidão no ciclo da cana. Os pratos típicos são: acarajé,
vatapá, caranguejada, buchada, paçoca, tapioca, sarapatel, cuscuz, cocada.

Se faz necessário estar atento a cultura dos alunos, já que todos os


estudantes apresentam um repertório cultural diferente, o qual sofre
intervenções e construções das interações sociais com o meio em que está
inserido. O nosso patrimônio cultural é rico e diverso, principalmente quando
abordamos a multiplicidade de culturas, que merecem ser relembradas,
resgatadas, remodeladas e integradas à comunidade.

A importância de identificar a cultura popular surge a partir da


contextualização do lugar onde somos inseridos. Entender o contexto cultural
do local em que vivemos, é um aspecto fundamental para conhecermos nossa
cultura, o que apreciamos, seja na música (descobertas de novos sons), na
dança, nas comidas.

Todos alunos estão inseridos em uma cultura, dependente da história


pessoal ou das convenções coletivas. Além disso, determinados fatores de
identidade são decisivos para que um grupo faça parte de tal cultura, por
exemplo, a história, o local, a raça, a etnia, o idioma e a crença religiosa.

No quarto momento, na Atividade 3 no dia 25 de Setembro 2023-


“Pluralidade cultural regional e brasileira e a cultura local”:

Com a turma organizada, promovi um debate acerca da individualidade


de cada um, suas trajetorias culturais, o que mais gostam de ouvir? Como
costumam se vestir? Quais os parimônios culturais que eles se divertem no
Estado? Quais os alimentos da cultura local mais apreciam? Houve a
socialização. O que mais chamoiu atenção foi o discurso de Sheila:

Aprecio música popula brasileira, francesa e italiana


desde os meus 07 anos. Meu pai tinha o hábito de
colocar música quando era criança. Já minha mãe
na mina infância, sempre me vestiu com vestidos
listrados. Até hoje, gosto de me vestir assim. Na
minha cidade, Maceió-Alagoas, gosto bastante da
Serra da Barriga. Um patrimônio histórico cultural,
em homenagem a Zumbi dos Palmares. Os
alimentos que gosto são sem lactose, frutas,
verduras, açaí. Tenho uma dieta regada, já que
gosto de praticar exercícios físicos.
No quinto momento, na Atividade 4 no dia 28 de Setembro 2023-
”Produções desenvolvidas” escrevi no quadro a palavra “MACEIÓ” e pedi que
os alunos preenchessem com palavras aquilo que representassem a cidade
onde eles moram. Houve várias palavras que se destacaram, dentre elas:
praia, por ser uma cidade turistica, verão, por ser uma cidade muito quente,
xaxado, tendo em vista a dança nordestina, catolicismo, em razão do grande
publico da sala ser cristão, parques, pois existem parques municipais e pubs,
por ser uma cidade a noite agitada no bairro histórico de Jaraguá.
Sendo assim, percebemos o quanto é vasto o conhecimento que temos
de nossa cultura local, promovendo assim para diversidade cultural nacional.
No quinto momento, na Atividade 4 no dia 28 de Setembro 2023-
“Produções desenvolvidas” os alunos trouxeram uma imagem que
representasse sua cultura, podendo ser fotos, imagens, objetos pessoais, suas
produções escritas, alimentos.

Obtivemos um acervo enorme e vasto repertório da cultura alagoana.


Trouxeram fotos de comidas típicas da região, como a tapioca, o cuscuz.
Alguns homens trouxeram fotos de bebida como a cachaça, a caipirinha.
Outras trouxeram biquínis de praia, já que a cidade de Maceió é marcada pelas
praias bonitas. Já outros, trouxeram fotos de escritores, como Graciliano
Ramos, Lêdo Ivo e Milton Rosendo.

Assim, o fechamento do projeto também se deu com a “ETAPA 6”, logo


abaixo, com o depoimento da aluna Nayara acerca do projeto de extensão
desenvolvido na escola.

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