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OEIRAS-PI
2023
A expressão Educação Patrimonial vem se tornando cada vez mais utilizada e
frequente. A partir da experiência inicial, inúmeras questões vêm sendo formuladas ao
longo do processo de difusão e implantação da metodologia da Educação Patrimonial.
A prática e as experiências desenvolvidas em diferentes contextos e locais do país
precisam ser utilizados na educação de crianças e adultos, inserindo no currículo e
componentes do ensino formal, como instrumento de motivação individual e coletiva para
a prática da cidadania, o resgate da autoestima dos grupos culturais e o estabelecimento
de um diálogo entre as gerações.
É por meio da herança cultural que os indivíduos podem se comunicar uns com os
outros, não apenas por meio da linguagem, mas também por formas de comportamento.
Isso significa que as pessoas compreendem quais os sentimentos e as intenções dos outros
porque conhecem as regras culturais de comportamento em sua sociedade. Por exemplo,
gestos como rir, xingar, cumprimentar, assim como os modos de vestir ou comer; indicam
para outras pessoas do grupo tanto a posição social de um indivíduo quanto seus
sentimentos, mas apenas porque quem interpreta seus gestos e sua fala possui os mesmos
códigos culturais. É por isso que, ao nos depararmos com uma pessoa de cultura diferente,
podem acontecer confusões e mal-entendidos, como um cumprimento ser considerado
rude ou uma roupa ser considerada imprópria (SILVA; SILVA, 2005, p. 87).
Ao compreendermos a definição de cultura dessa forma, fica fácil perceber que esse
é um dos conceitos fundamentais para o aprendizado sobre uma Educação Patrimonial,
que trabalha além dos aspectos materiais, os imateriais, que se configuram na forma dos
saberes populares, o qual chamamos de FOLCLORE, pois FOLK – Povo e LORE – Saber.
Para a proposta do trabalho com o Saberes de um povo desse ano, também iremos
dar ênfase aos saberes do povo indígena.
O trabalho do professor pode ser muito facilitado quando parte da proposta de levar
o aluno a reconhecer na cultura dos povos indígenas a sua própria cultura. Para esse
reconhecimento, uma possibilidade de aproximação é a identificação de traços das
culturas indígenas em nossa própria cultura por meio da observação de hábitos cotidianos,
alimentação, vocabulário etc.
Sendo assim, o saber, o jogar e o sentir do povo simples, que, na sua cotidianidade
vem por meio da fala, dos gestos, das atitudes, dos hábitos e costumes, manifestando seus
valores materiais e espirituais, herdados dos antepassados e preservados pelos grupos que
vão se reproduzindo, incentivados a manter vivas suas memórias e suas histórias,
reconhecendo assim o folclore, como uma ciência que cuida das tradições, usos e
costumes dos povos e de cada terra e que é transmitido de pai para filho, oralmente ou
por ensinamentos práticos, chegando a ser definido como a história não escrita de um
povo.
HABILIDADES
METODOLOGIA
Este projeto deverá ser desenvolvido através de um trabalho interdisciplinar, onde todos os
componentes farão uso de variadas estratégias, de forma significativa, com a interação
professor/aluno, podendo ser trabalhado através de:
Vale ainda salientar que deverá ser feito roda de leitura, releituras e dramatizações
das obras de Daniel Munduruku que tem como temas principais a cultura indígena e que
será homenageado na Feira Literária de Oeiras – FLOR, deste ano. Algumas sugestões de
obras:
“E por que eu não gostava de que me chamassem de índio? Por causa das ideias e
imagens que essa palavra trazia. Chamar alguém de índio era classificá-lo como atrasado,
selvagem e preguiçoso. E como já contei, eu era uma pessoa trabalhadora e ajudava
meus pais e meus irmãos e isso era uma honra para mim. Mas uma honra que ninguém
levava em consideração. Para meus colegas, só contava a minha aparência… e não o
que eu era e fazia”. (Daniel Munduruku).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
A partir de 2003 há uma exigência legal que tornou obrigatório o ensino da História e
da cultura africana e afro-brasileira na educação básica, a Lei 10.639/2003, lei que esse
ano completa 20 anos de vigência.
A lei 10.639, de janeiro de 2003, visa fazer um resgate histórico para que as pessoas
afro-brasileiras conheçam um pouco mais o Brasil e melhor a sua própria história. Vai
trabalhar o conhecimento da história e cultura da África a partir do processo de
escravidão, com isso, ameniza os preconceitos em sala de aula, pois propõe que as aulas
abordem temas como: raça, racismo, etnia, etnocentrismo, discriminação racial, etc.
HABILIDADES
METODOLOGIA
“A minha pele preta não me define, o racista não me define, as lutas não me definem, as
dificuldades não me definem, as vitórias não me definem tampouco as derrotas. ” (Kiusam
de Oliveira)
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS