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Língua e Literatura fortalecendo a identidade e cultura da comunidade indígena

Semiraita no município de Iranduba.


Resumo da Proposta do Projeto:
O presente projeto tem por objetivo conhecer, refletir sobre a fala e escrita (literatura)
indígena do povo Semiraita, no município de Iranduba, bem como seus costumes e
tradições o qual ultrapassam de geração em geração, visto que é pertinente o
conhecimento, valorização e respeito. Faz- se necessário estudo, a reflexão sobre a fala
e escritura indígena, o qual perdura a literatura com intuito de preservar, valorizar a
cultura e saberes dos povos indígenas, bem como fortalecimento e identidade do povo
Semiraita. Procura-se combinar neste estudo abordagem qualitativa o qual busca
conhecer/ refletir sobre a importância da escrita literária da comunidade indígena,
bem como suas crenças e costumes. Será utilizado a pesquisa descritiva, pois segundo
Gil (2010, p. 45) “são incluídas neste grupo as pesquisas que têm por objetivo levantar
as opiniões, atitudes e crenças de uma população”.
Palavras chaves:
Língua indígena, literatura, cultura, identidade.

O estado da arte da proposta e justificativa:


Na Constituição 1988, o governo brasileiro estabelece uma preocupação através de
leis, os direitos das comunidades indígenas de preservarem sua cultura, crença,
tradições, costumes através da educação, porém sabe-se da grande dificuldade que
este povo ainda sofre com preconceito, o que dificulta as manifestações artísticas,
culturais, literárias poucas (ou nunca) apresentadas, principalmente no município de
Iranduba, a qual comunidade Semiraita está inserida.
Fito que este projeto busca apresentar a língua e escrita (literatura) do povo Semiraita,
no qual tem colaborado para o fortalecimento da identidade e cultura de sua
coletividade, porém não conhecida à comunidade escolar. Sendo que este projeto
propõe o (re)conhecimento, valorização, respeito à língua, escrita, literatura da
comunidade apresentada.
Com o intuito de práticas de linguagens diversificadas, a preparação do jovem rural
para o mundo contemporâneo, compreensão, reflexão sobre a diversidade, são
essenciais para o desenvolvimento e protagonismo do jovem em sociedade, bem como
afirma o Referencial Curricular Amazonense (2019, p.32) “a área de Linguagens
possibilita aos estudantes o desenvolvimento de diferentes práticas socioculturais,
contribuindo para a leitura de mundo, pensamento crítico, criatividade, construção de
uma sociedade mais justa, democrática, inclusiva e cidadã”.
Temos em nosso país cerca de 12 mil professores indígenas dos quais 2 mil graduados
e 3 mil em formação em que assumiram a produção de seu próprio material didático,
fazendo com que suas histórias, cantos, mitos e poesias passassem do âmbito da
oralidade para a escrita, a partir de suas práticas, a literatura das suas comunidades,
construíram os chamados “livros da floresta”, segundo Almeida e Queiroz (2004).
Diante disso, vale ressaltar a importância deste projeto pois, a literatura indígena,
escrita, cultura e crenças são de suma importância ao conhecimento e
desenvolvimento crítico-social, e o contexto escolar é rico em saberes que se
concretizam em diversos potenciais. Conhecendo a literatura indígena da comunidade
Semiraita, o jovem rural irandubense passará a conhecer, refletir sobre a diversidade,
afirmar sua identidade, protagonismo, extinguindo as desigualdades sociais como
afirma o RCA (2019) “entender e respeitar “o diferente” são fatores que legitimam o
sujeito no processo, dirimindo as desigualdades sociais e singulares de cada contexto”.

Objetivo Geral:
Conhecer e refletir sobre a prática da escrita literária indígena tem colaborado para o
fortalecimento da cultura e identidade do povo Semiraita.
Objetivos Específicos:
Conhecer a literatura indígena Semiraita;
Elaborar um livro com a literatura e curiosidades da comunidade;
Realizar um vídeo com as atividades e histórias da comunidade;
Produzir um e-book com a literatura do povo Semiraita;
Apresentar à comunidade escolar literatura, costumes, crenças e cultura do povo
Semiraita, ampliaando as discussões sobre diversidade na comunidade escolar;
Refletir a escrita, cultura, crenças no sentido de alcance aos jovens rurais na sociedade
irandubense.
Metodologia:
Neste estudo a abordagem realizada é qualitativa, utilizando a pesquisa de cunho
exploratória, afim de proporcionar maior familiaridade com o problema com vista a
torná-lo mais explícito além do aprimoramento de ideias, seguido de uma pesquisa
bibliográfico com o objetivo de conhecer e refletir sobre a prática da escrita literária
indígena, principalmente da comunidade Semiraita. De acordo com Gil (2010, p. 27) “a
pesquisa bibliográfica é desenvolvida a partir de material já elaborado, constituído
principalmente de livros e artigos científicos. Embora em quase todos os estudos seja
exigido algum tipo de trabalho desta natureza, há pesquisas desenvolvidas
exclusivamente a partir de fontes bibliográficas”.
Será utilizado a pesquisa descritiva para conhecer os indígenas da comunidade
Semiraita e coleta de dados através de entrevista estruturada e aplicada, como
corrobora Gil (2010) “pode ser, enfim, totalmente estruturada quando se desenvolve a
partir de uma relação fixa de perguntas. Mesmo que as respostas possíveis não sejam
fixadas anteriormente o entrevistador guia-se por algum tipo de roteiro, que pode ser
memorizado ou registrado em folhas” com fito de conhecer as histórias, cultura da
comunidade. Através da coleta dos dados serão construídos o vídeo, o e-book,
acessível a todos que quiserem conhecer a literatura Semiraita e o livro que ficará na
biblioteca da escola, todos apresentados a comunidade escolar em uma amostra de
trabalhos no fim da pesquisa.
Resultados esperados:
Jovens conhecedores da cultura e literatura indígena para se inspirarem na Língua
Portuguesa e Literatura como arte e protagonismo;
(Re) conhecimento e valorização da cultura presente no território amazônico
assumindo significados reais que se efetivam na comunidade escolar;
Ferramentas e apoio para a construção de um lugar de fala historicamente negado aos
indígenas;
Desenvolvimento de um olhar crítico e social, autônomo de reconhecimento de
identidade em meio a comunidade rural.
Impactos esperados – científico:
Visibilidade aos indígenas da comunidade Semiraita pertencentes ao município de
Iranduba – AM, que sua cultura, literatura sejam contemplados em
projetos/programas específicos para atendê-los;
Amostra de trabalhos, com apresentação de vídeo retratando a cultura e literatura
Semiraita, além do livro e e-book;
Pleitear com a escola estadual de tempo integral Maria Izabel atividades culturais com
a comunidade indígena no município de Iranduba.
Impactos esperados – tecnológico:
Produção de vídeo e e-book retratando a cultura e literatura Semiraita divulgado nas
redes sociais da escola estadual de Tempo Integral Maria Izabel.
Impactos esperados – econômico:
Esta pesquisa não possui impacto econômico.
Impactos esperados – social:
Reconhecer a comunidade Semiraita como parte histórica e social da educação
brasileira contribuindo para valorização da Língua Portuguesa e Literatura,
desenvolvendo identidade e protagonismo do jovem irandubense.
Impactos esperados – ambiental:
Esta pesquisa não possui impacto ambiental.
Riscos e atividades:
Riscos:
1. Não cumprimento ou modificação das atividades programas no Plano de Ação;
2. Fatores externos como decisão política ou legislação que interfira no calendário
escolar.
Atividades:
1. Construção do plano de ação;
2. Revisão da literatura a ser trabalhada;
3. Visita à comunidade indígena Semiraita;
4. Elaboração e aplicação da entrevista;
5. Produção do vídeo, e-book e livro físico;
6. Apresentação do projeto a gestão pedagógica e comunidade escolar;
7. Análise e avaliação dos resultados.

Referências:
ALMEIDA, Maria Inês de; QUEIROZ, Sônia. NA CAPTURA DA VOZ: As edições da
narrativa oral no Brasil. Belo Horizonte: A Autêntica; FALE/UFMG, 2004.
AMAZONAS. REFERENCIAL CURRICULAR AMAZONENSE, 2019. Disponível em:
<https://www.sabermais.am.gov.br/pagina/jornada-pedagogica-2020-referencial-
curricular> Acesso: 20/02/2022.
GIL, Antonio Carlos. COMO ELABORAR PROJETOS DE PESQUISA. 5. ed. São Paulo:
Atlas, 2010, 184p.
GUESSE, Érika Bergamasco. DA ORALIDADE À ESCRITA: OS MITOS E A LITERATURA
INDÍGENA NO BRASIL. UNESP – Faculdade de Ciências e Letras – Campus Araraquara,
2011.
MUNDURUKU, Daniel. A ESCRITA E A AUTORIA FORTALECENDO A IDENTIDADE.
Disponível
em.http://pib.socioambiental.org/pt/A_escrita_e_a_autoria_fortalecendo_a_identida
de. Acesso em: 28/01/2023.

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