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CENTRO UNIVERSITÁRIO FAVENI

VALDECI BARBOSA GONÇALVES DA SILVA

RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO


PROJETO PRÁTICO

SALVADOR
2022
CENTRO UNIVERSITÁRIO FAVENI

VALDECI BARBOSA GONÇALVES DA SILVA

PROJETO PRÁTICO
DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO

Relatório de estágio apresentado à disciplina Estágio


Supervisionado, do Centro Universitário FAVENI, no
Curso de 2ª Licenciatura em Pedagogia, como pré-
requisito para aprovação.

SALVADOR
2022

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A LUDICIDADE COMO ESTRATÉGIA PARA TRABALHAR A DIVERSIDADE
ETNICO RACIAL E DE GÊNERO NA ALFABETIZAÇÃO POR MEIO DA LEITURA
E PRODUÇÃO DE TEXTO.

RESUMO
O Brasil é uma sociedade pluricultural, formada pelo cruzamento de culturas diversas e em especial da
cultura indígena, africana e europeia. Contudo a nossa história é escrita a partir de uma perspectiva
eurocêntrica do colonizador que nega a presença e a contribuição do povo indígena e africano para a
formação da sociedade brasileira. A negação dessa cultura se reflete nas escolas brasileiras.
Estudantes negros e negras não se veem representados nos livros didáticos nem na produção de
conhecimento que é estudada na escola. E ao logo dos tempos as práticas pedagógicas dos
professores e professoras vem refletindo esse contexto, por isso faz-se necessário buscar novas
abordagem que valorize as relações étnico raciais e de gênero. Para tanto, esse trabalho pretende
introduzir a reflexão dessa temática, ao passo que desenvolve o processo de alfabetização dos
estudantes do 4 e 5 anos do Ensino Fundamental, com foco na aquisição e desenvolvimento da leitura,
produção e compreensão textual por meio de uma abordagem lúdica.

PALAVRAS-CHAVE: Ludicidade. Diversidade étnica. Leitura. Produção textual.

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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................. 5
2. DESENVOLVIMENTO ................................................................................. 6
2.1. Justificativa ........................................................................................ 6
2.2. Objetivo Geral..................................................................................... 6
2.3. Objetivo específicos............................................................................ 7
2.4. Metodologia .........................................................................................7
3. RELATO DE ESTUDO ...................................................................................8
4. CONCLUSÃO ............................................................................................... 14
5. REFERÊNCIAS ............................................................................................ 14

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INTRODUÇÃO
O presente trabalho é um projeto de estágio, para fins de conclusão do curso de
Segunda Licenciatura em Pedagogia do Centro Universitário FAVENI e consiste em
descrever práticas didáticas a serem desenvolvidas em sala de aula. Tais práticas
visam sensibilizar e introduzir um processo reflexivo da diversidade étnico racial e de
gênero no processo de alfabetização por meio da leitura e da produção de texto.
Tal projeto se propõem em desenvolver atividades para serem trabalhadas com
turmas do 4º e 5º ano do Ensino Fundamental, anos iniciais. As atividades têm uma
característica interdisciplinar, podendo ser trabalhadas em componentes curriculares
como Língua Portuguesa, Geografia e História.
A escolha do tema se deu pela relevância da temática e pela necessidade de se
trabalhar questões étnico raciais e de gênero na escola, tendo em vista que essa
temática faz parte dos referenciais curriculares da educação, em especial dos anos
iniciais, a exemplo, Lei 10.645/2007, que se refere a obrigatoriedade do estudo da
cultura africana e afro-brasileira e indígena nas instituições de ensino do Brasil.
Enquanto que o Documento Curricular Referencial da Bahia – DCRB, complementa
com a necessidade de trabalhar a diversidade em toda sua complexidade e a
emancipação dos sujeitos na valorização: da cultura estética (tom da pele, textura do
cabelo, religião entre outros); e das produções culturais, literária, tecnológica e
cientificas desses indivíduos. Contudo, apesar da necessidade expressa em lei, pouco
é discutida em sala de aula. Ao longo da minha atuação como professora das redes
públicas e particulares da cidade de Salvador e Pojuca/Bahia, observei e observo a
dificuldade de professores e professora em introduzir a reflexão da referida temática
com seus alunos e alunas em sala de aula, e quando isso acontece, fica restrito ao
mês de novembro dentro das ações do Dia Nacional Da Consciência Negra, havendo
assim um distanciamento do/a estudante com sua própria identidade negra.
Diante do exposto faz se necessário criar práticas pedagógicas que estimule a
construção de uma identidade negra, como afirma Cristiane F. de Morais:
“É preciso refletir cada vez mais sobre a complexidade, as
ambiguidades e os conflitos em torno da identidade negra. Neuza
Santos SOUZA (1990, p.77) ser negro no Brasil é tornar-se negro.
Assim para entender o “tornar-se negro” num clima de discriminação é
preciso considerar como essa identidade se constrói no plano
simbólico. Isso refere-se aos valores, as crenças, aos rituais, aos mitos,
à linguagem.”(2011, p.12)

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O Brasil é uma sociedade pluricultural, formada pelo cruzamento de culturas diversas
e em especial da cultura indígena, africana e europeia. Contudo a nossa história é
escrita a partir de uma perspectiva eurocêntrica do colonizador que nega a presença
e a contribuição do povo indígena e africano para a formação da sociedade brasileira.
Por tanto meu papel, enquanto professora é possibilitar que os/as estudantes se
reconheçam como pessoas negras contribuintes da formação da cultura do seu país
e que se reconheça enquanto sujeitos da sua identidade cultural, como afirma Paulo
Freire:
[...]uma das tarefas mais importantes da prática educativo-critica é
propiciar as condições em que os educandos em suas relações uns
com os outros e todos com o professor ou a professora ensaiam a
experiência profunda de se assumir-se. Assumir-se com ser social e
histórico, como ser pensante, comunicante[...]. (2014, p .41).

Essa condição é fundamental para que haja, em cada estudante, o reconhecimento


das suas raízes e das suas identidades.

JUSTIFICATIVA
A justificativa para o desenvolvimento deste projeto advém das minhas
inquietações, enquanto professora e mulher negra, que me fizeram propor essa
intervenção na tentativa de introduzir a discussão a respeito dos temas acima citados,
em especial a valorização de alunos e alunas negras por meio da leitura e do contato
com textos literários de autores negro que retratam a vida de pessoas negras na sua
diversidade, bem como e introduzir o conceito de gênero e a marginalização do corpo
feminino apresentado nas letras de músicas e suas consequências na sociedade.
Como intervenção pretendo propor algumas atividades de leitura e produção e
compreensão textual que visam trabalhar a consciência racial e social dos estudantes.

OBJETIVO GERAL
Promover por meio de textos da literatura afro-brasileira e letras de músicas, proposta
de atividades pedagógicas e lúdicas (práticas de leituras, produção e compreensão
textual) que propicie um resgate da identidade cultural de estudantes, a fim de que se
reconheçam dentro de um contexto de diversidade cultural, étnica e de gênero.

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OBJETIVOS ESPECIFICOS
• Promover práticas pedagógicas que valorize as relações étnicos raciais e de
gênero;
• Desenvolver a prática da leitura e da produção textual;
• Reconhecer pessoas negras como produtoras de literaturas;
• Introduzir a compreensão do conceito de gênero em sala de aula;
• Utilizar e qualificar a música como instrumento de análise da condição da
mulher na sociedade;
• Promover um olhar diferenciado sobre o papel feminino na sociedade;
• Contribuir para a valorização e autoestima de estudantes negros e negras.

METODOLOGIA
Os procedimentos metodológicos giram em torno do desenvolvimento da leitura e da
escrita por meio da produção e compreensão textual. Sem desmerecer as mais
diversas aprendizagens, a aquisição da leitura e da escrita são habilidades essenciais
nessa fase da aprendizagem em que a/o estudante está concluindo o processo de
alfabetização. De acordo com o PCN de Língua Portuguesa (1997, p. 65) “o trabalho
com produção de texto tem como finalidade formar escritores competentes, capazes
de produzir textos coerentes, coesos e eficazes no seu processo de comunicação
social”. Outra questão importante de se colocar é que a aquisição da leitura e da
escrita são habilidades de caminham conjuntamente. “Segundo Silva (2000), a leitura,
quando efetuada dentro de moldes críticos, sempre leva à produção ou construção de
outro texto: o texto do próprio leitor”. Nesta perspectiva as atividades aqui, proposta
tem essa finalidade, levar o/a estudante a produzir o seu próprio texto.
A ludicidade, será usada como um elemento estratégico para alcançar os objetivos
propostos. Entende-se aqui que atividade lúdica é toda e qualquer prática pedagógica,
que no seu fazer, envolva situações de prazer, divertimento e alegria, como afirma
Huizinga, 2000, “O lúdico tem em sua essência o prazer, a alegria e o divertimento”.
Brougère 2010, destaca que “o caráter lúdico de um ato não vem da natureza do que
é feito, mas da maneira como é feito”. O universo lúdico proporcionado pelas
brincadeiras e jogos são essenciais nessa fase da vida das crianças e por isso são
tão importantes introduzi-las no contexto de sala de aula.

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RELATO DE ESTUDO
Procedimentos metodológico
Os procedimentos metodológicos seguirão da segue maneira:
• primeiro passo - será apresentada uma lista de livros da literatura infantil, que
visam resgatar o simbolismo étnico racial das crianças. Esses livros serão
usados nas propostas de atividades de leituras e produção de textos.
• segundo passo - será listada 5 atividades, pesquisada e testada por diversos
professores e professoras, ajudam a desenvolver a leitura e a escrita da
produção de texto. As mesmas, sofreram adaptações para a entender ao
proposito deste projeto.
• Terceiro e último passo – será apresentada sequência didática para trabalhar
as questões de gênero na perspectiva de como o corpo feminino é abordado
nas letras das músicas, em especial o fank e o pagode.

Os livros – os livros listados abaixo serão usados nas atividades de leituras e


produção de textos, contudo será importante que antes de aplicar as atividades o
professor ou a professora já tenha feito a leitura dos livros (ou alguns livros) com a
turma.
Escritor livro
Lazaro Ramos Cadernos sem rimas de Maria
Bell hooks Meu crespo é de rainha
Rodrigo França O pequeno Príncipe Preto
Ladjane Alves Souza Reis
Ladjane Alves Souza Rainhas
Ladjane Alves Souza Mãe de Luza
Ziraldo O menino Marrom
Kayodê Zumbi o pequeno Guerreiro
Ana Maria Machado Menina bonita do laço de fita
Maté Contos do Baobá

As atividades
1.Bingo de Leitura – escolher um dos livros acima que a turma já conheça e fazer
uma lista de palavras. Como a atividade é voltada para o 4 e 5 anos é interessante

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escolher as palavras mais difíceis ou desconhecidas do livro.

Materiais: lápis, papel e fichas com as figuras correspondentes as palavras da lista


trabalhada.
Procedimento: Cada grupo de aluno (grupo com 4 alunos) recebe um pedaço de
papel, escolhe dez palavras da lista e as escreve. O professor passa a sortear as
fichas, mostrando-as e repetindo seu nome várias vezes. Caso grupo tenha a
palavra correspondente em sua cartela deverá marcá-la. Vence aquele que marcar
primeiro todas as palavras da cartela.
2. Quem disse?
Essa é bem divertida, mas além de ser divertida, esta brincadeira irá exercitar o
poder de memorização das crianças.

Recursos: livros escolhidos, Caneta, Papel e Saquinho.

Procedimento:

Organize os estudantes em grupos pequenos (3 ou 4 pessoas


Primeiro, você recorta tiras de papel e distribui entre os estudantes. Depois, deixe que
eles anotem algumas frases dos livros e, então, dobre os papeizinhos e coloque dentro
do saco. Cada estudante, por grupo, tira um papel e em grupo tem que adivinhar qual
personagem disse a frase. Se ela errar na primeira tentativa, ganha uma pista: de qual
livro saiu a frase. Se ela errar mais uma vez, tem de pagar um mico, imitando o
personagem.
Ganha quem acerta tudo ou ter maior número de acerto.
3. Final diferente – Brincadeira para estimular a leitura e a produção de texto
Recursos: Livro conhecido, Caneta e Papel.
Procedimentos
Primeiramente, escolha um livro(da lista acima) em conjunto com os estudantes.
Depois de ler o livro, proponha à cada estudantes inventar um final diferente para a
história.
Vale fazer perguntas mais objetivas, como:
Você gostou do final da história? Por quê?
O que você mudaria em algum personagem?
(Atividade 1, 2 e 3 adaptada do Mundo da Criança)

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Após despertar a curiosidade dos estudantes, peça que elas escrevam o que
mudariam no final e peça que apresente o novo final possível para toda sala.
4 – Texto fatiado
Usar o livro Zumbi o pequeno Guerreiro (é um livro que tem o texto curto, por isso o
trabalho dá para fazer em uma aula)
Recursos: o livro escolhido, o texto fatiado, envelope, cartolina, cola
Procedimentos:
Organize a sala para a leitura do texto. Pode ser em círculo ou em formato de U. Feito
isso, faça perguntas sobre o texto como: quem escreveu esse livro? Qual o nome do
principal personagem? Em qual lugar a história se passa? É uma história real ou é
fantasia?
Organize os estudantes em grupo e entregue um envelope com o texto fatiado em
frases. Determine um tempo para a montagem (15 ou 20 minutos). Solicite que os
estudantes organizem as frases e forme o texto original. Depois peça para que cada
grupo cole seu texto organizado numa cartolina. Anote o tempo em que cada grupo
fez a montagem. Depois corrige com os estudantes a montagem do texto de cada
grupo. Vence quem fazer a montagem correta e em menos tempos.
5 . Monte sua história
Essa atividade será feita a partir do livro Menina bonita do laço de fita que deverá já
ser conhecido dos estudantes.
Recursos: Livro, uma sacola (ou caixa) objetos que fazem parte da história (fita,
coelho em desenho ou pelúcia, boneca, lua, tinta preta etc.)
Procedimento:
Produção de texto individual
A professora se apresentará com uma sacola ou uma caixa com todos os objetos
dentro. E informará aos estudantes que eles terão que construir uma história a partir
dos objetos que ela irá tirar da sacola/caixa. Assim a professora, vai tirando os objetos
e apresentado e os estudantes irão escrevendo a sua história. Após a retirada de
todos os objetos e a conclusão da escrita, pergunte aos estudantes se eles
reconhecem aqueles objetos de algum livro já lido em sala de aula. Peça para que
eles leem a sua história e façam uma comparação com a história do livro.
(Atividade 4 e 5, elaboração própria)

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Sequência didática
TEMPO DA SEQUÊNCIA: 3 aulas (de 01hora e 50 minutos)
TURMA: 5° ano do Ensino fundamental
Objetivo geral da intervenção
Promover por meio de análise da música popular brasileira uma reflexão sobre a
condição de discriminação do gênero feminino posta nas letras das músicas e
introduzir a discursão do conceito de gênero em sala de aula.
Objetivos a serem alcançados pelos participantes
• Ler e compreender informações por meio de diversos canais como vídeos,
textos e músicas;
• Identificar na letra de música palavras que viole o corpo feminino;
• Compreender a necessidade de pensarmos a respeito das diferenças entre
homens e mulheres (meninos e meninas) na sociedade;
• Produzir questionamentos a respeito da igualdade de gênero.

Metas desejadas

• Utilizar e qualificar a música como instrumento de análise da condição da


mulher na sociedade;
• Promover um olhar diferenciado sobre o papel feminino na sociedade;
• Introduzir a compreensão do conceito de gênero em sala de aula;
• Contribuir para a valorização e autoestima do corpo feminino;
• Debater porque ainda existe diferenciação de gênero em nossa sociedade.
• Ler e compreender informações por meio de diversos canais como vídeos e
textos diversos.
• Fazer inferência sobre a igualdade de gênero?

Aula 1- Detalhamento
Objeto de conhecimento: Sensibilização para a questão de gênero: coisa de menino
e coisa de menina.
Primeiro momento – A turma será organizada em uma roda de conversa; iniciarei o
bate-papo com a ajuda de uma caixa contendo as seguintes perguntas:
● O que de menino?
● O que é de menina?
● Quais profissões são para mulheres?
● Quais profissões são para homens?
● Quais cores são para meninos?
● Quais cores são para meninas?

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● Quais brincadeiras são para meninas e quais são para meninos?
● Quais são os comportamentos adequados para meninos e quais são para
meninas?
● Qual é o papel do homem e da mulher na família?
● Sempre foi assim ou no passado era diferente?
A caixa irá passando e quando a professora indicar, um estudante irá tirar um
papelzinho com a pergunta e ler para toda a turma. A partir desta, dar-se-á o início da
roda de conversa.
Com apoio dos questionamentos acima, dialogarei com a turma, a respeito dessas
questões mediando o diálogo, ouvindo as falas, argumentando, tirando dúvidas e
dando voz a todos e a todas as estudantes.
A dinâmica acima tem como finalidade identificar conceitos e preconceitos, atitudes e
padrões normativos que permeiam a visão dos estudantes e que cada gênero
representa, uma oportunidade de trabalhar a diversidade nas brincadeiras, no vestir,
nos olhares e no falar.
Feito isso explicarei os motivos pelos quais existem essa separação entre: o que é
coisa de menino ou coisa de menina na sociedade e o conceito de gênero.
Segundo momento – Trabalharei a violência simbólica e a discriminação do gênero
feminino presente em letras de músicas.
Atividade: análise e compreensão textual das músicas:
• Perereca (Lambasaia)
• Ela não quer briga com ninguém (Parangole)
• Ela vem (MC Livinho e MC G15)
• Badogando (banda Invasão)
• Murinho do amor (banda Invasão)
Os estudantes serão organizados em 5 grupos, cada grupo ficará responsável por
analisar uma música, com base nas perguntas abaixo. (a música será sorteada)
Compreensão textual
01. Qual é o nome da música e do grupo musical?
02. Quem é o personagem principal dessa música?
03. Você já ouviu essa música? Se já. Em qual ou quais locais?
04. Essa música valoriza ou desvaloriza as mulheres? Justifique.
05. Transcreva um trecho da música que evidencia uma desvalorização do corpo
feminino.
Aula 2- Detalhamento

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Objeto de conhecimento: Desigualdade de gênero
Primeiro momento: Por meio da oralidade retomarei o tema da aula anterior.
● Quem consegue me responder o que é gênero?
● Por que existem diferenças entre meninos e meninas?
● Como a sociedade costuma tratar as meninas e os meninos?
● O que seria igualdade de Gênero?
Após as falas dos estudantes daremos continuidade a compreensão textual iniciada
na aula anterior.
Atividade 1 – os grupos irão concluir a compreensão textual e expor suas respostas.
Antes de cada grupo iniciar a exposição, a professora colocará a música para que
toda a turma a escute e em seguida fará a leitura da letra da música, feito isso, será
aberto um bate-papo para que o grupo exponha a sua visão sobre a música.
Primeiro momento:
Atividade 2 - os estudantes irão assistir aos vídeos abaixo e anotar as compreensões:
● Desafio da igualdade, episodio 1: existe brinquedo de menina e de menino?
● Desafio da igualdade, episodio 2: meninos podem chorar?
● Desafio da igualdade, episodio 3: a culpa é do vestido?
● O que você pode fazer pela igualdade?
Ao termino da exposição dos vídeos, abrirei um espaço para os estudantes falem
sobre as suas impressões.
Aula 3- Detalhamento
Objeto de conhecimento: Igualdade de Gênero
Primeiro momento
Retomarei as reflexões sobre as desigualdades e igualdade de gênero por meio
da oralidade:
Com base no que estudamos até aqui sobre gênero:
● Vocês acham que a mentalidade da sociedade terá que mudar?
● Podemos afirmar que já houve mudanças?
● Vocês acham que ainda deve haver diferenças entre brincadeiras de
meninos e brincadeiras de meninas?
● Será que os homens devem continuar com o título de chefe da família?
Observada as falas dos estudantes, darei a continuidade da temática com uma oficina
de cartazes.
Atividade – Cada grupo irá produzir um cartaz com as frases criadas por eles.
Para essa atividade disponibilizarei materiais como:

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✔ Marcador de texto, cartolina/régua; papeis coloridos, canetas coloridas, fita
adesiva, Lápis de cor, materiais de tático do estudante, caixa de som e celular
ou computador
Segundo momento: expor os cartazes no pátio da escola.

CONCLUSÃO
Em virtude do estudo realizado e das minhas observações como professora em
diversos ambientes escolares, trabalhar essa temática, em especial com estudantes
do Ensino Fundamental I é sempre um desafio muito grande e requer do/a
professor/professora uma sensibilidade e uma disponibilidade de enfrentar as
possíveis questões e preconceitos que surgirá, a saber o não reconhecimento
enquanto uma criança negra; a rejeição, por parte de alguns estudantes de religiões
neopentecostal, por acreditar que estudar a diversidade cultural étnicas é estudar o
candomblé; e no que tange as questões de gênero, o preconceito é ainda maior, por
confundir estudo de gênero com sexualidade. Uma possível forma de amenizar essas
questões é apresentar a proposta de atividade para a coordenação da escola, antes
de iniciar os trabalhos com os estudantes e promover rodas de conversas com os
estudantes, usando situações presente na sua realidade para sensibilizá-los e assim
introduzir as atividades sempre numa perspectiva reflexiva.

REFERÊNCIA

BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais:


língua portuguesa. Brasília: 1997.

BROUGÈRE, Gilles. Ninguém nasce sabendo brincar. É preciso aprender. Revista


estruturalista. Petrópolis, Rio de Janeiro: Vozes. 1997.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários a prática educativa.


49ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2014.

HUIZINGA, Johan . Homo Ludens: O Jogo Como Elemento Da Cultura. Ed


Perspectiva, São Paulo 2000.

LEAL, Telma Ferraz; BRANDÂO, Ana Carolina Perrusi. Produção de textos na escola:
reflexões e práticas no Ensino Fundamental. Belo Horizonte: Autêntica, 2007.

MORAIS, Cristiane Fiuza de. Trabalhar com o Lúdico na Proposta Étnico-Racial


desde a Educação Infantil. Universidade Federal de Minas Gerais. 2010.

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OLIVEIRA, Jaqueline Mesquita de. A alfabetização nas séries iniciais: leitura e
produção de texto. Brasília 2007. Disponível em:
https://repositorio.uniceub.br/jspui/bitstream/235/9901/1/203624…Acesso: 10 de
abril. 2022

Referencias complementar.
BUTLER, Judith. Problemas de Gênero: feminismo e subversão da identidade.
Tradução de Renato Aguiar. 17ª ed. Rio de Janeiro: Civilização brasileira, 2019.

BEAUVOIR, Simone de. O segundo Sexo: a experiência vivida. Tradução de Sergio


Milliet. 2ª ed. São Paulo: Difusão Europeia do Livro, 1967.

LOURO, Guairá Lopes. Gênero sexualidade e educação: uma perspectiva pós-


Nova Escola. São Paulo: ano XXV n. 230, p.21, Março 2010.

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