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Consciência Negra: A cor mais

bonita que uma pessoa pode


ter é a transparência!
“Ninguém nasce odiando outra pessoa
pela cor de sua pele, por sua origem,
ou ainda por sua religião. Para odiar, as
pessoas precisam aprender, e se podem
aprender a odiar,
podem ser ensinadas a amar”.
Nelson Mandela.
Equipe Gestora

Claudete Vieira de Barros – Diretora


Josileide de Matos Melo Vanderlei –
Coordenadora
Idealização e Orientação do Projeto

Claudete Vieira de Barros


José Lindoberto Ferreira da Silva
Professores e Colaboradores

José Lindoberto Ferreira da Silva – Pós-Graduação em História


José Eraldo Guedes Sabino – Pós-Graduação em História
Tárcia Lopes dos Santos – Mestrado Profissional em Culturas Africanas
Claudete Vieira de Barros – Diretora Escolar
Josileide de Matos Melo Vanderlei – Coordenadora Pedagógica
Iordana Santos Soares – Apoio Pedagógico
TÍTULO DO PROJETO

Consciência Negra: A cor mais bonita que


uma pessoa pode ter é a transparência!
PROBLEMÁTICA

Historicamente, o Brasil, no aspecto legal, teve uma


postura ativa e permissiva diante da discriminação e do
racismo que atinge a população afrodescendente brasileira
até hoje. Nesse sentido, ao analisar os dados que apontam
as desigualdades entre brancos e negros, constatou-se a
necessidade de políticas específicas que revertam o atual
quadro.
FINALIDADE

No campo da educação, promover uma educação ética, voltada para o respeito e


convívio harmônico com a diversidade deve-se partir de temáticas significativas, que
propiciem condições para que os alunos e as alunas desenvolvam sua capacidade
dialógica, tomem consciência de nossas próprias raízes históricas que ajudaram e
ajudam a constituir a cultura e formar a nação brasileira, de modo, a combater o
racismo, valorizando a cultura negra e contribuindo com ações antirracistas na prática;
pois, o preconceito e o racismo são uma das formas de violência e por isso, é preciso
educar as crianças para a quebra de preconceitos, promovendo a inclusão social das
etnias para uma convivência saudável no espaço em que estão inseridas.

Desse modo, a educação para as relações étnico-raciais impõe aprendizagens entre os


diferentes grupos étnicos, trocas de conhecimentos, quebra de desconfianças, projeto
conjunto para construção de uma sociedade mais justa, igual e equânime.

Diante disso, quais as situações que temos possibilidades de mudar? Qual seria a
nossa contribuição concreta para viabilizar a conscientização das pessoas? São
perguntas que o projeto prevê responder através de um olhar interdisciplinar.
PÚBLICO-ALVO

As atividades a serem desenvolvidas contemplarão os


alunos do 6º, 7º, 8º e 9º anos do Ensino Fundamental II e
Educação de Jovens e Adultos – EJA da EPMMCT.
I - JUSTIFICATIVA

O Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra, celebrado no Brasil em 20 de novembro, foi


instituído oficialmente pela lei nº 12.519, de 10 de novembro de 2011. A data faz referência à
morte de Zumbi, o então líder do Quilombo dos Palmares – situado entre os estados de
Alagoas e Pernambuco, na região Nordeste do Brasil. Zumbi foi morto em 1695, na referida
data, por bandeirantes liderados por Domingos Jorge Velho, comemorar esta data é debater e
refletir sobre as diferenças raciais e a importância de cada um no processo de construção de
nosso país, estado e comunidade.

Nas últimas décadas, a historiografia vem apresentando uma série de novos trabalhos que
procuraram renovar a percepção sobre a escravidão negra e nossa sociedade ao longo da
história. A forma de enxergar a participação do “escravo” nas ações e práticas cotidianas
também foi repensada, vale ressaltar, que a abordagem a respeito da cultura africana e afro-
brasileira há muito tempo, é feita nas aulas de História, porém, quase sempre sob o viés da
escravidão. A primeira reflexão a ser feita sobre esse fato é sobre o uso da palavra “escravo”,
pois, a rigor, ninguém nasce escravo, e sim, é escravizado. Esse termo, além de conter a ideia
de que ser escravo é uma condição, e não um estado, carrega um significado extremamente
preconceituoso e pejorativo, como se todos os negros fossem passivos e submissos. O foco
principal dessa discussão é romper com o etnocentrismo, ou seja, desconstruir a concepção de
mundo em que os valores de uma determinada sociedade se tornem os únicos parâmetros
válidos para julgar outras culturas e sociedades.
Hoje, a lei brasileira obriga as escolas a ensinarem temas relativos à história dos povos africanos em
seu currículo, além disso, os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) estabelecem que a
diversidade cultural do país deve ser trabalhada no âmbito escolar. "A sociedade em que vivemos
valoriza outro estereótipo, o que resulta na invisibilização do negro. Isso tem um efeito bastante
perverso: as crianças negras nunca se vêm e o que elas olham é sempre diferente delas", explica
Roseli, que coordenou o grupo responsável pelo documento sobre Pluralidade Cultural nos PCNs. "A
pluralidade cultural é um tema que pode ser abordado de forma transversal, em várias disciplinas",
conclui. Estratégias simples, como a introdução de bonecas negras, podem ter um efeito positivo
para reforçar a identificação cultural dos alunos negros. "Revelar a África pela própria visão africana
também surte efeito. O continente produz cultura, histórias e mitologia, o que a perspectiva
eurocêntrica não nos deixa ver", diz Oswaldo de Oliveira Santos Junior, pesquisador do Núcleo de
Educação em Direitos Humanos da Universidade Metodista de São Paulo.
Em meio à diversidade de valores e culturas a que estamos inseridos, faz-se necessário
repensarmos nossas ações diante das atitudes de desrespeito com os afrodescendentes
que formam a maioria da população brasileira sendo historicamente discriminados e
desrespeitados em suas raízes e manifestações.

Assim sendo, percebe-se a necessidade de um trabalho constante desde as sérias


iniciais, proporcionando debates constantes, momentos de reflexão e valorização da
cultura Africana, compreendendo sua importância para diálogo e convivência harmônica
com a diversidade.
PARA REFLETIR...

Expressões racistas e suas


origens.
II- OBJETIVOS

OBJETIVO GERAL
Levar os alunos a refletirem sobre a diversidade étnico-cultural para
compreenderem que cada povo possui sua identidade própria,
presente nas crenças, costumes, história e organização social.
Perceberem suas contribuições para o desenvolvimento da
humanidade, em especial do Brasil, também levar o discente a se
perceber parte desse povo. Assim, promover o respeito às
diferenças de qualquer gênero para a valorização do ser humano e
da identidade cultural de todos os povos, para que dessa forma
mudanças significativas na prática social sejam percebidas e seja
efetivado o desenvolvimento da consciência cidadã.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Promover o crescimento do aluno como ser crítico;


Oferecer aos discentes conhecimentos que lhes permitam buscar a
superação do racismo e preconceito;
Proporcionar aos estudantes momentos de reflexão sobre a riqueza presente
nas diferentes culturas;
Desenvolver a corresponsabilidade pela vida social como compromisso
individual e coletivo;
Destacar as diferentes formas de racismo e discriminação através do resgate
da memória cultural do povo negro;
Estimular o respeito aos direitos humanos e exclusão de qualquer tipo de
discriminação;
Trazer à tona discussões provocantes, por meio das rodas de conversa, para
um posicionamento mais crítico frente à realidade social em que vivemos.
III - METODOLOGIA

Os conhecimentos metodológicos seguem de acordo com a construção de uma


sequência de atividades, tendo em vista garantir o direito de aprendizagem e
conscientização dos alunos, no que diz respeito, a reflexão sobre a diversidade
étnico- cultural e compreensão de que cada povo possui sua identidade própria,
presente em suas crenças, costumes, história e organização social, da mesma
forma que percebam suas contribuições para o desenvolvimento da humanidade,
em especial do Brasil, e que se sintam parte desse povo. Assim, promover o
respeito às diferenças de qualquer gênero para a valorização do ser humano e da
identidade cultural de todos os povos, tendo em vista garantir se a prática de
ensino objetivada neste projeto visa promover uma educação ética, voltada para o
respeito e convívio harmônico com a diversidade.
O projeto culminará em um dia cultural, realizado no
pátio da EPMNCT com apresentações de diversas
manifestações artísticas (música, dança, teatro, etc.)
a serem desenvolvidas durante a sua vivência de
acordo com as seguintes opções:
Os afoxés;
A capoeira;
O Samba de Roda;
O reggae;
O rap;
O hip hop;
O funk;
Maculelê
Olodum;
Bumba-meu-boi;
Carimbó;
Maracatu;
Frevo;
Ciranda.
Sugestões de atividades a serem
trabalhadas na escola durante o
período de realização do projeto:
ATIVIDADES PROPOSTAS:

Língua Portuguesa
Pesquisar palavras de origem africana;

Produzir, utilizando diferentes formas de expressão, textos


individuais e coletivos sobre os debates e as reflexões do assunto;
Leitura e produção de textos de diferentes gêneros sobre
preconceito racial;

Leitura de imagens: várias realidades vivenciadas por negros.

Exibição do filme “Mãos talentosas: A história de Ben Carson”;


História

As Realezas africanas;

O protagonismo das mulheres negras;

Refletir em relação ao início do racismo no Brasil;

Reconhecer a herança cultural dos negros;

Refletir e opinar sobre o papel do negro na formação da nação brasileira;

Identificar o conceito de Quilombo;

Conhecer as diversidades culturais das comunidades Remanescentes de Quilombos do


município de Brejão e do estado de Pernambuco;
Debater temas como: Preconceito racial/O processo de abolição;

Apresentação de figuras ilustres negras e mestiças da história brasileira passada e atual, bem
como de pessoas afro-brasileiro do convívio dos alunos.
Geografia

Localizar comunidades negras no Brasil;

Formação do povo brasileiro;

As migrações;

Contribuições das civilizações africanas para a formação da


sociedade brasileira;

Identificar as Comunidades Remanescentes de Quilombo do


município de Brejão.
Ciências

Genética dos negros; genótipos dominantes e melanina;

Medicina tradicional africana; espiritualidade e fitoterapia;

Leitura e análise de textos que refletem as condições


subumanas vivenciadas por muitos negros em nosso país;
Exibição do filme “O menino que descobriu o vento”.
Matemática

Textos que retratem a discriminação racial contendo dados


numéricos;
o vento”.

Elaboração de questionário e realização de pesquisa sobre


discriminação racial;

Construção e análise de gráficos acerca do tema em


questão
Artes e Educação Física

Observar manifestações de arte realizadas pelos povos afro-


brasileiros;

Vivenciar através de músicas sobre o tema um pouco da cultura


africana através do canto e de dramatizações;
A influência africana na nossa culinária, na dança, na música, na
vivência religiosa e no jeito de ser brasileiro;
Conhecer e vivenciar as danças tradicionais africanas e/ou afro-
brasileiras;

Penteados afros, tranças, entrelaces e turbantes.


Inglês

Identificação e tradução de palavras referentes aos seguintes


temas: Pobreza, Discriminação e Injustiça;
Trabalhar textos e músicas voltadas para os aspectos raciais.

identificar quais países africanos têm o idioma principal a língua


inglesa.
IV – DURAÇÃO

O Projeto terá início a partir de sua divulgação, como também, assim que os alunos
iniciarem a preparação para o cumprimento das atividades propostas e pré-estabelecidas.
A culminância, com as palestras e apresentações artísticas terão a duração de um dia (25
de novembro de 2022), sob a orientação e participação de todos os professores, direção,
coordenação e funcionários da escola.

V – AVALIAÇÃO

A avaliação é parte essencial de todo o processo de construção do conhecimento e será


monitorada e constituirá um processo de feedback, onde serão observados e analisados os
aspectos: participação, desenvolvimento, comportamento, cooperação, companheirismo,
respeito mútuo, respeito ao meio ambiente, atos de solidariedade, conhecimento cultural,
bem como expressões artísticas. Serão também observadas possíveis mudanças atitudinais
dos envolvidos, a fim de se alcançar os objetivos propostos.
VI – CRONOGRAMA
ATIVIDADE PERÍODO
Elaboração do projeto 11 a 14 de novembro
Apresentação do projeto aos 19 de novembro
professores da EPMMCT

Desenvolvimento das atividades 21 a 24 de novembro


nas diferentes áreas
Ensaios gerais em preparação 22 a 24 de novembro
às apresentações do evento
Culminância Cultural 25 de novembro
VII – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
PORFÍRIO, Francisco. “Consciência negra”; Brasil Escola. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/consciencia-negra.htm. Acesso em
11 de novembro de 2022.

REZENDE, Milka. “Racismo no Brasil”; Mundo Educação. Disponível em:


https://mundoeducacao.uol.com.br/sociologia/racismo-no-brasil.htm. Acesso
em 14 de novembro de 2022.

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