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PRO FESS OR A: NO EL I
PROJET O: O E ns i no R e ligios o e a Apre ndi zage m dos Va lo re s Esse nciais
Int rodução
N o Ens ino re lig ioso do e ns ino funda me nta l a nos fina is, de 5ª a 8ª sér ies, fico u
deter minado q ue o próp r io p ro fesso r irá traba lha r, co m se us a luno s os Te mas
Tra ns versa is co m o ob jet ivo de co ns tr uir, uma soc ied ade ma is j usta e so lidá r
ia. O
pro fesso r na sa la de a ula pode rá dar um passo a ma is, se desp erta r nos ado lesce
ntes a
impor tâ nc ia d a re lação co m o tra ns ce nde nte.
Eixos de T ra ba lho
D igni da de da pe s s oa huma na -
I mp lica no rep úd io a q ua lq uer t ipo de d iscr imina ção, respe ito mut uo na s re
lações
interpe ssoa is.
Igua lda de de di re itos
Re fe re- se a poss ib il idade de e xe rcer s ua c idada nia, o pr inc íp io da eq uidade
respe ito as
difere nç as (é t nica s, c ult ura is, re ligio sas, e tc...)
Pa rt icipação
Pr inc íp io de moc rático at ivo, dese nvo lver a pa rtic ipação d e uma c idada nia at
iva.
Co - re s pons abil i dade pe la vi da s ocia l
Dese nvo lver a re spo nsab ilidad e pe lo des t ino c o le t iva, e m b usca de uma a mp
liaç ão da
vid a de moc rát ica e m todos os gr upos soc ia is.
Jus tif icat iva
O Ens ino Re ligioso é um e ixo impo rta nte para a lca nça r mos uma soc iedade ma is
frate r na e me no s a gres s iva. Os va lores pa ssa m pe la re lação q ue o ed uca ndo te
m co m o
tra nsce nde nte, o D ivino. O pro fess o r co mp ro me t ido t e m a c ha nc e não só de t
raba lhar os
va lores na s d ife re nte s d isc ip linas, mas te m um espaço par a dese nvo lver pro
jetos q ue
desperte m as capa c idades p ara a co ns tr ução d e uma r e lação ma is fra ter na e p ró
xima do
D ivino.
Obje t ivo ge ral
Propor as atividad es para a co nsc ie nt ização e perc epção do ed uca ndo na for ma ção
dos
Va lor es Esse nc ia is. Q ua ndo o ed uca ndo p ercebe co mo ser co mp leto e q ue o p
ro fes sor
sabe e respe ita s ua huma nidade e t a mbé m fa z pa rte de la, os pro jeto s sobre : ét
ica;
just iça; igua ldade ; har mo nia e o utros q ue acaba m fa ze ndo pa rte do co nviver da
co munidade.
Suge s tões de ativida de s
Alo nga me nto (e xer c íc io de resp iração e a lo nga me nto )
O aluno ap re nde a re spe itar se u co rpo os lim ite s de le e va lo zirá - lo.
Pre pa ra ndo o afe tivo
Fundamentação Pedagógica
O projeto tem o objetivo de contribuir para uma educação de
qualidade cumprindo assim o que consta no artigo 32 da Lei
de diretrizes e bases da educação, 1996. Que o ensino
fundamental tem por objetivo a formação básica do cidadão,
mediante: o desenvolvimento da capacidade de aprender,
tendo como meios básicos o pleno domínio da leitura, da
escrita e do cálculo. Como também: a compreensão do
ambiente natural e social, do sistema político, da
tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a
sociedade; o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem,
tendo em vista a aquisição de conhecimentos e habilidades e
a formação de atitudes e valores; o fortalecimento dos
vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e de
tolerância recíproca em que se assenta a vida social.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação, no artigo 33
reconhece o Ensino Religioso como parte integrante da
formação básica do cidadão, assegura, o respeito à
diversidade cultural-religiosa do Brasil e veda quaisquer
formas de proselitismo. Considerando o que consta na lei às
atividades serão fundamentadas nos princípios da cidadania,
do entendimento do outro. Respeitando a tradição religiosa
trazida de suas famílias como também a liberdade de
expressão religiosa de cada um.
Desenvolvimento das atividades – Procedimentos
Metodológicos
RECURSOS:
Músicas
Poemas
Histórias
Parábolas bíblicas
3º Bimestre
Vivendo com Comprometimento, Coragem e Disciplina
Habilidades: Desenvolver hábitos de estudos,
responsabilidade, compromisso.
4º Bimestre
Bondade, Compaixão, Solidariedade e Fé.
Objetivo geral desta abordagem: Proporcionar ao
educando reflexões e atitudes que visem o
desenvolvimento da solidariedade, a fim de formar
seres mais fraternos.
Objetivos específicos
3° Bimestre
- Oportunizar vivências diferenciadas, onde os
educando possam identificar “comprometimento como
o modo de ser responsável pelos seus atos em
relação à escola, à sociedade e ao meio ambiente”,
visando o desenvolvimento de atitudes de
cidadania.
4° Bimestre
- Propiciar aos educando momentos de
reflexão e partilha que os levem a perceber a
grandeza da vida, pela sua simplicidade e a
valorizarem a vida ao nosso redor.
- Estimular os educando a entender a
importância da simplicidade e da humildade em cada
um, para uma relação harmônica com as pessoas e
com a natureza.
Desenvolvimento das atividades – Procedimentos
Metodológicos
RECURSOS:
Músicas
Poemas
Histórias
Parábolas
AVALIAÇÃO Bimestral
10 Questões para responder sobre os valores.
AVALIAÇÃO contínua...
Avaliar o desempenho global do aluno a partir de
observações, das atividades nas aulas, da participação
individual e em grupo, observação das atitudes de
responsabilidade, cooperação e organização e a avaliação
escrita.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Objetivos
Possibilitar ao educando, a percepção da dimensão transcendente inerente a
natureza humana;
Desenvolver a capacidade reflexiva/crítica aguçando a razão e demais
dimensões humanas para uma visão mais abrangente do mundo;
Proporcionar vivências que sirvam para aprofundar o significado dos valores e
princípios éticos cristãos para a vida;
Salientar a pluralidade da vida e o fato da interdependência como condições
próprias ao nosso meio e ao nosso viver;
Perceber, entre outras coisas, que o fluir da história e da vida é um devir que
exige dos seres humanos novas e constantes formas de se portar no mundo;
Promover situações que possam auxiliar na reelaboração e aprofundamento de
conceitos significativos ao bem viver;
Ressaltar a necessidade de se conhecer melhor a doutrina, ensinamentos, a
Igreja. Enfim, a religião que professa;
Provocar situações e vivencias que auxiliem no desenvolvimento do sentimento
de amor ao próximo, e a tolerância para com o diferente;
Fazer perceber que a paz, a justiça, o amor e a solidariedade são frutos de uma
luta diária que começa no interior de cada um de nós;
Ressaltar que o sentido da vida e a felicidade não consistem apenas na busca e
realização de desejos materiais, mas em cultivar sentimentos que dão alívio as
inquietações mais profundas da existência;
INTRODUÇÃO
No Ensino Religioso, com as 8ª séries, ficou determinado que o próprio professor irá trabalhar,
com seus alunos os Temas Transversais com objetivo de construir, uma sociedade mais justa e
solidária.O professor na sala de aula poderá dar um passo a mais, se despertar no aluno (a) a
importância da relação com o transcendente.
EIXOS DE TRABALHO
Dignidade da pessoa humana
Implica no repúdio a qualquer tipo de discriminação, respeito mutuo nas relações
interpessoais.
Igualdade de direitos
Refere-se a possibilidade de exercer sua cidadania, o princípio da eqüidade respeito as
diferenças (étnicas, culturais, religiosas, etc...).
Participação
Princípio democrático ativo, desenvolver a participação de uma cidadania ativa.
Co-responsabilidade pela vida social
Desenvolver a responsabilidade pelo destino da vida coletiva, em busca de uma ampliação da
vida democrática em todos os grupos sociais.
JUSTIFICATIVA
O Ensino Religioso é uma disciplina fundamental, um eixo importante, para alcançarmos uma
sociedade mais fraterna e menos agressiva. Os valores passam pela relação que o educando
tem com Transcendente, o Divino.
Agora o professor comprometido tem a chance, não só de trabalhar os valores nas diferentes
disciplinas, mas tem um espaço para desenvolver projetos que despertem as capacidades para
a construção de uma relação mais fraterna e próxima do Divino.
O professor primeiro tem que eleger os valores, que pretende abordar e fazer uma reflexão
sobre eles. Devemos nos preocupar em não passar somente informação, mas criar um vínculo
afetivo, no sentido do educando construir dentro dele, os valores e atitudes essenciais a raça
humana.
Desenvolver projetos de tal forma que no final do trimestre, o educando poderá ter autonomia
e exercer sua cidadania sabendo de sua Co-responsabilidade pela vida social. Essa ação
democrática solidária deve ser o produto de nosso trabalho.
Não será com certeza uma tarefa fácil, o professor terá que ter um comprometimento que vai
além da formação formal do educando, ele deverá ter esses valores e essa responsabilidade de
ser, um ser humano ligado ao Divino ou estar disposto a construir essas relações junto com os
seus alunos. Fazendo parte dessa grande família, ser responsável pela história de uma
humanidade solidária e participativa.
PRODUTO FINAL
Todo produto final, de um projeto na área do Ensino Religioso deve ser associado a uma ação
de confraternização, de todas atividades realizadas durante o projeto. Amostra de murais,
cartazes, vídeos, fotos, músicas, teatros, publicação de textos, slides, filmagens, encenações,
dramatizações, apresentações em power point, e idéias no blog:
http://ensinoreligiososlg.blogspot.com/
É nesse momento que sentimos que este trabalho, não foi feito para ser preso dentro de uma
sala de aula, pois assim ele perde seu sentido. O trabalho deve ser sim uma corrente de ações
e reflexão despertando, no educando e nos que estão a sua volta sua humanidade e o
Transcendente que habita dentro deles.
AVALIAÇÃO
Talvez a parte mais difícil desse conteúdo, como avaliar atitudes e valores, sem deixar de
respeitar a diversidade?
A nossa capacidade de dialogar, de construir junto com o educando um ambiente de busca, da
autonomia emocional na construção de um ser afetivo e co-responsável de sua história. Nos
ajudará a observar o crescimento do educando, transformando as relações da própria sala de
aula e do ambiente em que o aluno convive.
Algumas questões podem nos ajudar:
O que sabemos sobre o tema?
O que gostaríamos de aprender sobre?
O que aprendemos, e nos fez mudar de atitude no final do processo?
ORIENTAÇÕES
Como esse trabalho não está vinculado apenas na sala de aula. A escola toda terá uma
participação direta ou indiretamente nesse processo. O apoio da comunidade escolar no
desenvolvimento dos projetos refletirá no produto final.
As regras e normas devem ter significado e assim se justificam, para que o convívio seja
harmonioso dentro do ambiente escolar.
“A organização dos conteúdos em torno dos projetos, como a forma de desenvolver as
atividades de ensino e aprendizagem, favorece a compreensão da multiplicidade de aspectos
que compõem a realidade, uma vez que permite a articulação de contribuições de diversos
campos do conhecimento...” (PCN-vol8)
Por isso é importante o planejamento do professor, sua reflexão sobre o projeto e suas
atividades durante todo o processo.
SUGESTÕES DE ATIVIDADES, TEXTOS...
PREPARAÇÃO DO CORAÇÃO (AFETIVO)
Usando músicas próprias para relaxamento ou mesmo sem música. Conduzir o aluno primeiro
a perceber os sentidos.(audição- tato-visão...)
Com os olhos fechados o aluno deve perceber os sons próximos a ele música, barulho do
ventilador etc... Depois tomar consciência dos outros sons, voz de outra professora, carros que
passam na rua, etc... E por fim o professor conduz o aluno a voltar a escutar, os sons próximos
a ele. O do próprio coração.
O professor então pede que o aluno ponha a mão no seu coração e depois abrindo os olhos
olhe para ela. Imagine que a mão está cheia de estrelas e cada estrela é um sentimento bom,
um carinho quentinho tirados do coração dele.
O professor pode pedir aos alunos que abracem seu colega, ou façam um carinho no colega do
lado e deseje um bom dia! Com emoção!
Por que essa atividade no Ensino Religioso? O ser humano tem o corpo, esse corpo tem os
sentidos eles devem ser estimulados para o educando desenvolver a concentração e a
solidariedade. Quem tem afeto e deseja coisas boas aos colegas acaba transformando estes
em amigos e aprende a respeitá-los e ser respeitado, quem abençoa cuida do outro e ajuda.
PREPARAÇÃO PARA O DIVINO
Respeitando a religiosidade de cada um, pedir ao Divino, ao Transcendente, ao Pai o nome que
a classe preferir. Que a aula flua com AMOR que cada um seja melhor:
Melhor filho!
Melhor amigo!
Melhor aluno!
Que todos consigam aprender!
Que a professora tenha sabedoria e paciência para ensinar e mostrar o caminho do
conhecimento!
Podendo também a cada dia, um aluno trazer uma mensagem para ser lida para classe. Com
cuidado para que a mensagem seja de valores.
Depois de toda essa preparação, o aluno vai se reconhecendo como um ser completo: corpo-
afetivo- transcendente. O conhecimento, os conteúdos curriculares, os projetos acabam se
desenvolvendo com maior qualidade.
CONCLUSÃO
As atividades acima podem fazer parte de qualquer projeto do Ensino Religioso, ajuda nos pré-
requisitos da formação dos Valores Essenciais. Quando o educando percebe como um ser
completo e que o professor sabe e respeita sua humanidade e também faz parte dela, os
projetos sobre ética; justiça; igualdade; diversidade; harmonia e outros que acabam fazendo
parte do conviver da comunidade.
Apoio literário: PCN – Vol. 8.
Fonte: http://ensinoreligiososlg.blogspot.com
BRAGA, Luiz Guilherme Mattos. Fórum Permanente de Estudos Juvenis: estudo sobre
uma proposta de ensino religioso. Rio de Janeiro: UFRJ, 2007. 101 f. Dissertação
(Mestrado em Sociologia), Programa de Pós-Graduação em Sociologia e Antropologia
Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2007.
CURY, Carlos Roberto Jamil. “Ensino religioso na escola pública: o retorno de uma
polêmica recorrente”. Revista Brasileira de Educação, n. 27, p. 183-191,
set/out/nov/dez. 2004.
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Disponível em:
<http://www.nigs.ufsc.br/ensinoreligioso/docs/mesas/ER_no_Brasil_Maria_Amelia.pdf
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DINIZ, Debora. “Laicidade e ensino religioso nas escolas públicas: o caso do Rio de
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DINIZ, Debora; LIONÇO, Tatiana; CARRIÃO, Vanessa. Laicidade e ensino religioso
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______. “Diversidade cultural nos livros de ensino religioso”. In: DINIZ, Debora;
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______ (org.). Ensino religioso em escolas públicas: impactos sobre o Estado Laico.
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MIRANDA, Ana Paula Mendes de; et al. “A intolerância religiosa e o ensino religioso
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