Você está na página 1de 9

Faculdade Aliança Educacional do Estado de SP

LICENCIATURA EM PEDAGOGIA

HISTORIA DA EDUCAÇÃO
Educação para a democracia

Fernanda Aragão Asakura 1

RESUMO

O objetivo deste artigo não é reforçar o pessimismo existente em nossa sociedade,


mas sim fazer uma proposição reflexiva a respeito das práticas intra-escolares com
base em normas sociais de cunho autoritário e excludente. A educação para
democracia, enquanto empoderadora das classes baixas, formadora de governantes
e governados, fomentadora da ocupação do espaço público, lugar de igualdade,
palavra e ação, vem como um contraponto às estruturas autoritárias, propondo sua
revisão desde o chão da escola até as relações da sociedade mais abrangente. Em
um mundo onde se tem acesso a tantas e variadas informações e onde é possível
até mesmo conhecer aspectos de outras culturas, manter contato facilmente com
elas e assim ser influenciado, recebe-se também inúmeras informações sobre
processos educativos. Há, diariamente, possibilidades infindas de se conhecer
estudos, propostas, práticas e projetos educativos oriundos das mais diversas
culturas.
Palavras-Chave: Cultura, linguagem, educação.

ABSTRACT

The objective of this article is not to reinforce the existing pessimism in our society,
but rather to make a reflective proposition about intra-school practices based on
authoritarian and exclusionary social norms. Education for democracy, while
empowering the lower classes, forming rulers and ruled, encouraging the occupation
of public space, a place of equality, word and action, comes as a counterpoint to
authoritarian structures, proposing its revision from the school floor to the relations of
the wider society. In a world where you have access to so much and varied
information and where you can even learn about aspects of other cultures, easily
keep in touch with them and thus be influenced, you also receive a lot of information
about educational processes. There are, on a daily basis, endless possibilities to
learn about studies, proposals, practices and educational projects from the most
diverse cultures.
Keywords: Culture, language, education.

1
Graduando no curso de Licenciatura em Pedagogia
1
INTRODUÇÃO

A educação integral em tempos modernos envolve acolher e cuidar de alunos,


família, professores. O objetivo desse relatório é refletir sobre os principais pontos
da educação integral em tempos de crises, tendo por base o vídeo da Psicóloga
Natasha Costa, diretora da Associação Cidade Escolar Aprendiz, membro da
Comissão Editorial de Educação em Tempo Integral da Fundaj/MEC e da Rede de
Inovação e Criatividade na Educação Básica, além de integrar o Programa Líderes
Transformadores da Educação da Fundação SM, que reúne educadores da América
Latina e Espanha.

Em entrevista com o professor Carlos Eduardo, ela fala um pouco sobre o


Centro de Referências em Educação Integral, que promove desde 2013, a pesquisa,
o desenvolvimento metodológico, o aprimoramento e a difusão gratuita de
referências, estratégias e instrumentais que contribui para o fortalecimento da
agenda de Educação Integral no Brasil. A psicóloga relata que há muitos jeitos de
ser escola na politica educacional, e nesse período moderno estas diferentes
concepções da educação se refletem.

A educação integral é uma concepção na qual ela compreende qualidades da


educação (aprendizagem e desenvolvimento integral de todos e todas), o
desenvolvimento seria físico, social, emocional, intelectual e cultural, para ter acesso
à educação integral, os caminhos possíveis seria em jornada regular, jornada
ampliada com parcerias (secretarias, organizações sociais, universidades, e outras
modalidades), e a jornada ampliada sem parcerias que seria escolas em tempo
integral. A psicóloga cita que a educação tem suas concepções que vai além da
escolarização, que entende que o estudante é um sujeito social, histórico,
multidimensional e competente, capaz de atuar na realidade. E por fim, cita que o
professor é um profissional que pesquisa, reflete e produz conhecimento, conhecem
os seus alunos e a realidade em que vivem.

Quando pensamos em uma educação integral como política, e não como


modalidade para poucos, devemos pensar que as escolas programem a educação
integral, que a secretaria tem que ter um diálogo com as escolas, para que a
educação integral possa acontecer. Ela cita também que os pais não são

2
capacitados, mediadores pra ensinar a criança, que os pais têm certa dificuldade
para ensinar. Que atualmente, estamos sofrendo uma crise, em vários aspectos,
atividade econômica, desigualdades, acesso a moradia, incerteza e insegurança
tanto dos pais, professores, estudantes, explica também sobre as políticas
educacionais, como definem seu calendário escolar, acompanhamento de
frequência e o processo avaliativo em tempos modernos para todos.

Devemos pensar que a política educacional deve ser passiva, significativa,


para os estudantes, que o foco não é transferir as escolas para dentro da casa, que
o real objetivo é manter as crianças em algum contexto de aprendizagem e apoiar as
famílias nesse momento tão desafiador que estamos enfrentando, apoiar os pais e
estruturar as rotinas dos filhos, e colaborar com os pais na aprendizagem dos filhos.
Cita a busca ativa, que é uma estratégia colaborativa para que a educação chegue
100% ao aluno, e o trabalho colaborativo entre os professores, gestores nas
plataformas, as formas de transmitir as matérias aos alunos, através de vídeos,
Whatsapp, matériais impressos, Cards, canais, Facebook, Instagram e outros.

A mesma comenta como será a pós-crise, famílias que perderam seus entes
queridos, uma experiência traumática, como podemos se preparar organizar, como
fortalecer escola como espaço coletivo, o que estamos aprendendo com esse
período, é a mesma escola de antes? O que esse período nos informa sobre os
alunos, o que estamos aprendendo neste período, aprendemos a ser outra escola, o
que podemos manter? Como a escola vai se posicionar, como a escola vai se
reinventar trabalhar pra transformar, e nos deixa isso como uma filosofia que
devemos pensar depois que passar esse período de crise.

3
“PROJETO APRENDER E COMPARTILHAR”

O projeto “Aprender e Compartilhar” foram o responsável pela premiação de


Joice Lamb como uma das dez vencedoras da edição 2019 do Prêmio Educador
Nota 10 e escolhida como a Educadora do Ano, pela mesma premiação. Formada
em Letras, ela é coordenadora pedagógica da EMEF Prof.ª Adolfina J.M.
Diefenthäler, em Novo Hamburgo (RS), desde 2012.

Seu grupo escolar desenvolveu projetos de iniciação científica, debates,


atividades envolvendo alunos de séries diferentes e criaram ferramentas para
ampliar a participação da escola e a sua comunidade nas decisões de gestão.
“Desde o início como coordenadora da escola, fizemos projetos para resolver os
problemas que nós tínhamos”, relembra. No entanto, no meio de tantas atribuições
que cabem ao coordenador pedagógico, encontrar tempo para desenvolver projetos
é um desafio na rotina. Para vencer essa corrida contra o tempo, Joice sabia que a
missão transbordava o cargo. Era preciso que todo mundo estivesse envolvido na
solução dos problemas. Nesta entrevista, ela nos conta como gestores podem olhar
para dentro da sua escola e criar projetos que ampliem a autonomia dos alunos e
engaje todos na melhoria da aprendizagem.

Joice e sua equipe desenvolveram projetos que unem alunos de diferentes


idades para estimular a criatividade e o senso crítico, inspirada na convicção de que
todos podem “aprender e compartilhar” saberes. “Hoje sou muito mais consciente
da importância de cada um no processo educativo. Aprendi a ouvir os professores e
os alunos e a tentar transformar essas falas em ações e as ações em projetos”. Seu
projeto vencedor é uma ação ampla que convida a comunidade escolar para avaliar
as atividades pedagógicas e propor encaminhamentos, correções de rota e
melhorias.

“Hoje temos uma escola linda, plural, sem pichações, os alunos encontraram
outras formas de se expressar”, comemora. Com o projeto “#aprender compartilhar –
Escola inovadora”, Joice conquistou um lugar entre os dez melhores professores do
ano pelo Prêmio Educador Nota 10, promovido pelas fundações Victor Civita e

4
Roberto Marinho. Ela agora tem a chance de ser vencedora do título Educador do
Ano n a cerimônia que acontece no dia 30 de setembro, em São Paulo. Dúvidas,
mudanças, projeções, replanejamentos e densas reflexões. Todas essas
características adentraram as instituições de ensino nos últimos meses diante da
expansão mundial da nova corona vírus. Dessa forma, gestores/as, especialistas e
empresários do setor articulam possíveis caminhos para um contexto pós-pandemia,
repensando a utilização de tecnologias, metodologias pedagógicas, relações sócio
emocionais, aproximações entre escola e família, bem como os fluxos entre os
funcionários das instituições. O primeiro semestre de 2020 foi palco de rupturas
abruptas sem precedentes em todas as camadas sociais. A pandemia da nova
corona vírus (Covid-19) instaurou, rapidamente, mudanças que atravessaram a vida
de todos e todas pelo mundo, afetando – diretamente – todos os espaços de
sociabilidade. Diante de tantas alterações e reestruturações, questionamentos e
incertezas emergem, propondo, de certa maneira, novos olhares s obre fluxos,
vivências e experiências cotidianas.

Acredito que teremos um modelo misto de educação do que tínhamos antes


da pandemia. Isso não significa que todo mundo migrará para o EAD. Tudo o que
estamos passando é um grande experimento de um EAD forçado em todos os níveis
da educação. Com essa fase de experimentação, é possível termos uma ideia de
como seria o mundo 100% on-line, mas também estamos descobrindo os percalços,
a parte ruim da falta de convívio. Mas ficará muito evidente em um cenário pós-
pandemia que é perfeitamente possível transmitir conhecimento de base de forma
remota. Genuinamente, o futuro da educação será um híbrido do que era o mundo
pé-pandemia com o período pandêmico. Teremos muito on-line, até por redução de
custo, deslocamento e trânsito. Os alunos vão querer os profissionais de ensino
também.

“Porém, não podemos esquecer que a parte da experimentação é


insubstituível”. O ensino a distância chegou de forma definitiva para a Educação
Básica e a gora todas as escolas necessitam ter ao menos uma solução que
funcione remotamente. Para mim, o futuro está em soluções híbridas , que
valorizam o professor, a troca com o aluno e também garantem a qualidade no
conteúdo aplicado. Por isso, escolhemos o WhatsApp como principal canal para
5
nossa Inteligência Artificial, já que ele é acessível para grande parte dos
alunos das mais varia das realidades socioeconômicas.

Acho muito importante que as equipes escolares conheçam suas realidades


para que consigam definir bem quais plataformas vão usar. “Este é o momento de
virarmos o jogo e percebermos que o celular pode ser um aliado na educação, uma
ferramenta que pode, sim, agregar em sala de aula e engajar ainda mais os alunos”.
A educação do futuro deve ser essencialmente uma educação digital e ambiental. As
futuras gerações necessitarão de um conhecimento profundo dos recursos
ambientais e de como geri-los. Além do conhecimento sobre todo o universo e
a cultura digital na qual estão inseridas. Criar um diálogo entre esses dois
saberes – o digital e o ambiental – parece ser o grande desafio da educação do
futuro pós-pandemia a. A Covid-19 não é só um problema de saúde. É também um
problema ambiental. A medida que novos vírus começam a surgir no ecossistema e
os modelos de sociedade superpopulosos, com grandes aglomerações se tornam
epicentro dos surtos de transmissão, um a nova organização da sociedade, do
espaço urbano e uma nova educação de cidadãos se fazem necessários, sem
dúvida nossa normalidade será diferente, com muito cuidado no distanciamento
corporal e nas medidas de higiene e saúde recomendadas. Mas o afeto será
ainda mais imprescindível para essa retomada presencial. Com toda essa
pandemia ficou claro que o vínculo é muito importante tanto para a saúde
mental, corporal e social dos estudantes.

Nosso principal foco será na dimensão humana, no cuidado com o estudante


e suas especificidades, resguardando também nossos docentes e administrativos.

Na pós-pandemia as escolas voltarão com uma visão mais de negócio, com


maior clareza da missão do empresário e suas atribuições, pois essa pandemia deu
aos mantenedores a oportunidade de ver sua empresa e reconhecer suas
particularidades na questão não somente Educacional e Pedagógica, mas como
empresa que dá lucro, prejuízo, responsabilidades e conhecimento de lei s e
aplicação da mesma dentro da sua Escola. Creio que as escolas devam tirar algo de
positivo nessa pandemia, tiveram que se readequarem as finanças da Escola, e
acompanhar de forma meticulosa cada fato e tomada de decisão. Mantenedores na

6
grande maioria, professores, educadores, que tiveram seu sonho de constituir uma
escola, terão conquistado mais um aprendizado que é a transformação desse
Educador em agora também, Empresário. Com todas as dificuldades que é
empreender, todas as responsabilidades que levam sob sua tutela, mas como êxito
de transformar a educação, ser gerador de renda e emprego, e ver-se parte d e
empresários que carregam o país, independentemente do seu tamanho, com sua
carga máxima de esforço e dedicação para uma Educação de qualidade.

Para mim, a maior lição que os Mantenedores poderão tirar dessa pandemia
é a sua reformulação de Educador para Empresário. E o empresário que superar
essa crise, terá o aprendizado de negócios aprimorado e sairá muito mais forte para
fazer sua Escola crescer ainda mais como uma instituição de sucesso.

7
CONSIDERAÇÕES FINAIS

A educação para democracia vem, nesse contexto, com uma proposta que
desestrutura as hierarquias autoritárias, propondo participação nas decisões
daqueles de quem se espera apenas da obediência.

Dessa forma, o questionamento proposto é uma reflexão individual e coletiva


de todos os agentes envolvidos com a educação, de que se nós — enquanto
comunidade escolar — estamos preparados para a educação para a democracia. A
compreensão da raiz autoritária e de nossas próprias práticas contraditórias ao
ideário democrático pode nos dar pistas de como podemos superar uma
socialização baseada na violência e na imposição, reformulando os nossos próprios
pressupostos, a partir do que será possível uma real educação para democracia.

Somando junto aos pais, as mídias, aplicativos e demais materiais e pessoas


que possam colaborar, evitando a evasão escolar.

8
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

https://premioeducadornota10.org/votacao-popular/2019/joice-lamb/
https://gestaoescolar.org.br/conteudo/2286/ninguem-faz-escola-sozinho-diz-
educadora-do-ano
https://fundacaolemann.org.br/noticias/joice-lamb-e-a-educadora-do-ano-no-
educadornota102019?gclid=CjwKCAjwkN6EBhBNEiwADVfya2rIGy6IySFD6ZAJK9Iz
BGGF9FG6KM2YrD0ZxTxKsMKeNmAs7xT0oRoCYbsQAvD_BwE
https://direcionalescolas.com.br/como-manter-a-gestao-da-sua-escola-em-tempos-
de-crise/
https://www.youtube.com/watch?v=fL8JAx8LkWw
https://educacaointegral.org.br/reportagens/o-papel-da-educacao-integral-
emtempos-de-crise-por-natacha-costa/
www.educaçãointegral.com.br
https://www.youtube.com/watch?v=fL8JAx8LkWw
Disponível em:www.youtube.com.br
Acesso aos vídeos no mês de Abril de 2023

Você também pode gostar