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DOCUMENTO

ORIENTADOR PEI
EUMA 2023

As 5 premissas da
escola PEI
1 - Protagonismo Juvenil: segundo o qual o adolescente e o jovem são
vistos como sujeitos de todas as ações da escola e construtores dos
seus Projetos de Vida. No que se refere à equipe escolar, há o
Protagonismo Sênior, que se manifesta na atuação dos profissionais da
escola.

2 - Formação Continuada: é o processo permanente de aperfeiçoamento


profissional, comprometido com o autodesenvolvimento na carreira e
com o papel de educador.

Segundo essa premissa, a formação do educador é abordada sob duas


perspectivas: a primeira busca o aperfeiçoamento da formação do
educador nas bases, nos conceitos e nas práticas do Programa Ensino
Integral; a segunda dedica-se à formação do educador no âmbito do
Currículo. Portanto, trata-se de fortalecer a formação docente no que se
refere aos conteúdo do Currículo (Base Nacional Comum e Parte
Diversificada) trabalhados na sua prática profissional.

3 - Corresponsabilidade: é a terceira premissa do Programa e opera no


sentido de garantir que todos os envolvidos no cotidiano escolar se
responsabilizem pela aprendizagem dos alunos. O envolvimento e o
comprometimento de todos os agentes para a melhoria dos resultados
são mais alguns fatores do sucesso escolar.

4 - Excelência em Gestão: a gestão da escola é voltada para o alcance


efetivo dos objetivos, metas e resultados previstos no Plano de Ação da
escola.

5- Replicabilidade: visa à transferência das metodologias


comprovadamente válidas e passíveis de replicação entre as escolas do
Programa Ensino Integral, assim como entre as demais escolas da Rede
pública.

Dessa maneira, essa premissa proporciona trocas de experiências que


permitem às equipes escolares aprender umas com as outras,
aprimorando a sua prática pedagógica a serviço de uma educação de
qualidade. Enfim, essa premissa revela o compromisso da equipe escolar,
dos estudantes e das famílias para com o aperfeiçoamento da educação
pública.

Princípios do
Ensino Integral
São eles:

1 - Os Quatro Pilares da Educação: O Programa Ensino Integral considera


esses pilares como princípios estruturantes que devem nortear todas as
ações desenvolvidas na escola, nas relações professor/aluno, assim
como em todas as situações de aprendizagem.

Aprender a conhecer: diz respeito às diversas maneiras de o ser humano


lidar com o conhecimento, integrando as três dimensões da cognição;
trata-se, portanto, da competência cognitiva. Dominar a leitura, a escrita,
a expressão oral, o cálculo e a solução de problemas; despertar a
curiosidade intelectual, o sentido crítico, a compreensão do real e a
capacidade de discernir; construir as bases que permitirão ao indivíduo
continuar aprendendo ao longo de toda a vida.

Aprender a fazer: é uma competência a ser desenvolvida para ir além da


aprendizagem de uma profissão, mobilizando conhecimentos que
permitam o enfrentamento de situações e desafios relevantes e
significativos do cotidiano: essa competência é também conhecida como
“competência produtiva”. No Programa Ensino Integral ela diz respeito,
também, à aquisição das habilidades básicas, específicas e de gestão
que possibilitam à pessoa adquirir uma profissão ou ocupação. Aprender
a praticar os conhecimentos adquiridos; habilitar-se a atuar no mundo do
trabalho pós-moderno desenvolvendo a capacidade de comunicar-se, de
trabalhar com os outros, de gerir e resolver conflitos e tomar iniciativa.

Aprender a conviver: diz respeito às relações entre os seres humanos em


seus diferentes contextos: social, político, econômico, cultural e
transcendental, tratando-se da competência social e relacional. Esse pilar
implica o desenvolvimento das capacidades de comunicar-se, interagir,
decidir em grupo, cuidar de si, do outro e do lugar em que se vive;
valorizar o saber social; compreender o outro e a interdependência entre
todos os seres humanos; participar e cooperar; valorizar as diferenças,
gerir conflitos e manter a paz.

Aprender a ser: diz respeito à relação de cada indivíduo consigo mesmo,


ou seja, é uma competência pessoal. Ela se traduz na capacidade dos
adolescentes e jovens em se preparar para agir com autonomia,
solidariedade e responsabilidade; descobrir-se, reconhecendo suas
forças e seus limites, buscando superá-los; desenvolver a autoestima e o
autoconceito gerando autoconfiança e autodeterminação; construir um
Projeto de Vida que leve em conta o bem-estar pessoal e da comunidade.

Para transpor a teoria à prática é necessário que os conteúdos e as


práticas dessa escola sejam colocados a serviço da construção das
competências que esses Quatro Pilares pressupõem.

2 - A Pedagogia da Presença: Nas escolas do Programa Ensino Integral, a


Pedagogia da Presença é um princípio segundo o qual a presença de
todos os profissionais da escola deve ser afirmativa na vida dos alunos.
Espera-se que essa presença afirmativa promova a compreensão do
sentido de sua vida, o que requer um novo olhar sobre os estudos, a
convivência, a colaboração, a solidariedade, os valores, a
profissionalização, as maneiras de tratar as pessoas, entre outros
aspectos.

No Programa Ensino Integral, a presença educativa é intencional e


deliberada e não se restringe à presença física dos profissionais.
Espera-se que eles possam exercer sobre os alunos uma influência
construtiva: estar próximo, estar com alegria, sem oprimir nem inibir,
sabendo afastar -se no momento oportuno, encorajando os estudantes a
crescer e a agir com liberdade e responsabilidade. Espera-se, portanto,
que todos sejam referência afirmativa, fonte de inspiração e apoio para a
vida dos adolescentes e dos jovens.

Nesse contexto, é fundamental que o educador aprenda a se fazer


presente na vida dos alunos com base na compreensão e na
receptividade. Espera-se, ainda, que cada educador possa construir
relações interpessoais qualificadas segundo a perspectiva desse
Programa, consolidando um ambiente em que as aprendizagens sejam
mais amplas que a formação estritamente acadêmica.

A Pedagogia da Presença, portanto, requer a contextualização dos atores


e dos espaços escolares, para que cada escola se constitua como
ambiente de aprendizagem e de formação integral.

3 - A Educação Interdimensional: A Educação Interdimensional


representa a busca da integração entre as diferentes dimensões
constitutivas do ser humano nos processos formativos que ele vivência
na escola ou em outros espaços educativos. Isso pressupõe o equilíbrio
das relações do indivíduo consigo mesmo, com os outros seres
humanos, com a natureza e com a esfera transcendente da vida.
Enquanto princípio, a Educação Interdimensional implica a consideração
da aprendizagem em outras dimensões, para além da racional, e a
construção de um olhar mais amplo sobre os diferentes aspectos e
nuances da realidade, o que favorece o desenvolvimento e a
harmonização entre as dimensões intrínsecas ao ser humano: a o logos,
associado ao pensamento racional, científico e ordenador; a o pathos,
que se refere aos sentimentos e à afetividade propiciadora das relações
de empatia e simpatia; a o eros, que diz respeito à dimensão do desejo,
dos impulsos e da corporeidade; a o mytho, relacionado à esfera da
transcendência, aos mistérios da vida e da morte.

Ainda que essas dimensões sejam próprias do ser humano em seus mais
variados contextos sociais, políticos, econômicos e culturais, é
importante destacar que o pathos, o eros e o mytho têm sido
descredenciados como formas legítimas e válidas de conhecimento
desde o advento da ciência e das técnicas modernas associadas ao
progressivo domínio de uma razão analítico-instrumental, o que levou a
uma reiterada primazia do logos sobre as outras dimensões humanas em
um processo histórico que teve seu início na modernidade.

4 - O Protagonismo Juvenil: No âmbito do Programa Ensino Integral, o


princípio Protagonismo Juvenil corresponde à base que norteia o
processo no qual os adolescentes e jovens são, simultaneamente, sujeito
e objeto da ação no desenvolvimento de suas potencialidades. Segundo
esse princípio, é necessário promover a criação de espaços e condições
que possibilitem aos alunos o envolvimento em atividades direcionadas à
solução de problemas reais, em que eles atuem como fonte de iniciativa,
liberdade e compromisso.

O trabalho com o Protagonismo Juvenil favorece a formação de jovens


autônomos, solidários e competentes, o que caracteriza o perfil do
adolescente e do jovem idealizados pelo Programa.

Para que se garanta o princípio do Protagonismo Juvenil na escola, é


necessário que a equipe escolar assegure – por meio de práticas
eficazes de ensino e de processos mensuráveis de aprendizagem,
pautados pela excelência acadêmica – a construção de conhecimentos e
o desenvolvimento de habilidades e competências para o século XXI.

A formação de jovens protagonistas pressupõe a concepção dos


adolescentes e jovens como fontes de iniciativa, e não simplesmente
como receptores ou porta-vozes daquilo que os adultos dizem ou fazem
com relação a eles, proporcionando-lhes espaços e mecanismos de
escuta e participação. Portanto, não é válido conceber o Protagonismo
Juvenil como projeto ou ação isolada, mas como participação autêntica
dos adolescentes e jovens, ou seja, uma participação relacionada ao
exercício autônomo, consequente e democrático.
Tutoria
A Tutoria é uma das metodologias que compõem o Modelo Pedagógico
do Programa Ensino Integral, caracterizada pela orientação e
acompanhamento dos alunos em suas necessidades de formação,
visando ao seu desenvolvimento pleno nas atividades promovidas pela
escola. A Tutoria é orientada pelos princípios do Programa Ensino
Integral, particularmente pela Pedagogia da Presença, segundo a qual é
fundamental que os educadores se façam presentes na vida dos alunos
em todos os tempos e espaços da escola, tendo como referência o seu
papel, a missão da escola e as responsabilidades da Tutoria.

O Programa Ensino Integral tem, entre seus fundamentos, a preocupação


de compreender e trabalhar com os alunos a partir de suas
potencialidades, levando em consideração o desenvolvimento do
Protagonismo Juvenil. Daí a importância e a pertinência da Tutoria, por
meio da qual o educador tem a oportunidade de acompanhar e estimular
os alunos na conquista do seu progresso pessoal e educacional.

Como uma metodologia de trabalho pedagógico, a Tutoria representa o


pleno e constante apoio dos educadores aos alunos, visando ao alcance
de seu sucesso escolar (excelência acadêmica) e à realização de seu
Projeto de Vida. A Tutoria requer uma ação coordenada dos educadores
para o acompanhamento sistemático dos estudantes, o que é possível
em razão da estrutura de trabalho desses educadores.

O tutor é o educador responsável por apoiar os estudantes no que diz


respeito à potencialização da aprendizagem, uma vez que o foco da
Tutoria é acadêmico, porém, é necessário ter abertura e receptividade
para acolhê-los no que concerne a questões de âmbito pessoal, o que
não implica tomar decisões pelos alunos e/ou definir o que eles precisam
fazer.

Clube Juvenil
Os Clubes Juvenis constituem um dos espaços privilegiados que se
destinam à prática e à vivência do Protagonismo Juvenil, principalmente
no que se refere à autonomia e à capacidade de organização e gestão.
Esses clubes são organizados e consolidados para atender as áreas de
interesse dos alunos, proporcionando oportunidades para trocas de
informações e de experiências que contribuam para a melhoria da vida
escolar. Para que um Clube Juvenil possa ser formado, é preciso que os
alunos interessados proponham uma forma de organização para o Clube
e as metas a serem atingidas. Para isso, é necessário que seja formulado
um Plano de Ação do Clube Juvenil, documento em que constam os
objetivos, as metas e as propostas de atuação deliberadas pelos alunos
participantes.

A formação de Clubes Juvenis deve ser estimulada e apoiada pela


direção da escola com a corresponsabilidade dos professores e dos
demais membros da comunidade escolar; o grau de interferência dos
adultos nas ações dos Clubes vai depender do nível de maturidade dos
alunos e do grau de complexidade que a ação possa demandar.
Eletivas
As Disciplinas Eletivas nas escolas do Programa Ensino Integral
possibilitam a diversificação das experiências escolares com finalidade
de aprofundar, enriquecer e ampliar estudos relativos às áreas de
conhecimento da Base Nacional Comum.

Devem possibilitar ao aluno participar:

• da construção do currículo escolar;

• da ampliação, diversificação e/ou aprofundamento de conceitos,


procedimentos ou temáticas de uma disciplina ou área de conhecimento
que não são garantidas no espaço cotidiano disciplinar.

• do desenvolvimento de projetos de acordo com os seus interesses


relacionados aos seus Projetos de Vida e/ou da comunidade a que
pertencem.

• da preparação para a futura aquisição de capacidades específicas e de


gestão para o mundo do trabalho, dentre outras.
A 2ª SÉRIE DO ENSINO MÉDIO NÃO TEM A DISCIPLINA ELETIVAS.

Grêmio Estudantil
O Grêmio estudantil tem como principal função representar os alunos, ou
seja, ele é a “voz” dos alunos. Importante lembrar que representar os
alunos é acima de tudo ouvi-los e para isso é necessário que sejam
mobilizados tanto os estudantes do Ensino fundamental, quanto do
médio.

A escolha do grupo que ira representar os alunos é feita de forma


democrática, pelo voto. Cada ano acontece uma nova eleição e com
novos grupos.
Compete ao Presidente:

• Representar o Grêmio dentro da Escola e fora dela;

• Convocar e presidir as reuniões ordinárias c extraordinárias do Grêmio;


• Assinar, juntamente com o Tesoureiro-Geral, os documentos relativos ao
movimento financeiro;

• Assinar, juntamente com o Secretário-Geral, a correspondência oficial


do Grêmio;

• Representar o Grêmio no Conselho Escolar;

• Cumprir e fazer cumprir as normas do presente Estatuto;

• Desempenhar as demais funções inerentes a seu cargo.

Compete ao Vice-Presidente:

a) Auxiliar o Presidente no exercício de suas funções;

b) Substituir o Presidente nos casos de ausência eventual ou


impedimento temporário e nos casos de vacância do cargo.

Compete ao Secretário-Geral:

a) Publicar avisos e convocações de reuniões, divulgar editais e expedir


convites;

b) Lavrar atas das reuniões de Diretoria;

c) Redigir e assinar com o Presidente a correspondência oficial do


Grêmio;

d) Manter em dia os arquivos da entidade.

Compete ao 1º Secretário:

Auxiliar o Secretário-Geral em todas as suas funções e assumir o cargo


em caso de vacância do mesmo.

Compete ao Tesoureiro-Geral:
a) Ter sob seu controle todos os bens do Grêmio;

b) Manter em dia a escrituração de todo o movimento financeiro do


Grêmio ;

c) Assinar com o Presidente os documentos e balancetes, bem como os


relativos à movimentação financeira;

d) Apresentar, juntamente com o Presidente, a prestação de contas ao


Conselho Fiscal.

Compete ao 1º Tesoureiro:

Auxiliar o Tesoureiro-Geral em todas as suas funções, e assumir o cargo


em caso de vacância.

Compete ao Diretor Social:

a) Coordenar o serviço de Relações Públicas do Grêmio ;

b) Organizar os colaboradores de sua Diretoria;

c) Organizar festas promovidas pelo Grêmio ;

d) Zelar pelo bom relacionamento do Grêmio com os gremistas, com a


Escola e com a comunidade.

Compete ao Diretor de Imprensa:

a) Responder pela comunicação da Diretoria com os sócios e do Grêmio


com a comunidade;

b) Manter os membros do Grêmio informados sobre os fatos de interesse


dos estudantes;

c) Editar o órgão oficial de imprensa do Grêmio ;


d) Escolher os colaboradores para sua Diretoria.

Compete ao Diretor Cultural:

a) Promover a realização de conferências, exposições, concursos,


recitais, festivais de música e outras atividades de natureza cultural;

b) Manter relações com entidades culturais;

c) A organização de grupos musicais, teatrais, etc.;

d) Escolher os colaboradores de sua Diretoria.

Compete ao Diretor de Esportes:

a) Coordenar e orientar as atividades esportivas do corpo discente;

b) Incentivar a prática de esportes organizando campeonatos internos;

c) Escolher os colaboradores de sua Diretoria.

Compete ao Diretor de Saúde e Meio Ambiente

a) Promover a realização de palestras, exposições e concursos, sobre


saúde e meio ambiente;

b) Manter relações com entidades de saúde e meio ambiente;

c) Incentivar hábitos de higiene e conservação do ambiente escolar;

d) Escolher os colaboradores de sua Diretoria.


Guias de
Aprendizagem
O Guia de Aprendizagem é um instrumento adotado pelas escolas do
Programa Ensino Integral e deve ser elaborado à luz do Currículo do
Estado de São Paulo e da necessidade de desenvolvimento das
habilidades e competências identificadas nos resultados das avaliações
internas e externas, conforme proposto no Plano de Ação.

Os Guias de Aprendizagem devem ser divulgados para a comunidade,


como estratégia para facilitar a complexa articulação entre a família e a
escola.

Projeto de Vida
O Projeto de Vida é o eixo estruturante do Programa Ensino Integral e
pressupõe um esforço concentrado da equipe escolar para assegurar seu
pleno desenvolvimento. Esse esforço desdobra-se em diversas atividades
presentes em todas as metodologias do Programa e pressupõe a
definição de objetivos, de um plano para alcançá-los e das ações que
deverão ser realizadas.

Cada estudante precisa materializar seu Projeto de Vida em um


documento escrito a ser constantemente revisado, tendo um professor
responsável que assuma a tarefa de orientá-lo tanto na construção inicial,
quanto no seu constante aprimoramento. A aquisição das aprendizagens
oferecidas pela escola ao jovem é um elemento fundamental para a
construção e o desenvolvimento do Projeto de Vida, pois possibilita seu
desenvolvimento acadêmico e pessoal. É importante que a equipe
escolar o incentive a refletir sobre quem ele é, quem ele gostaria de ser e
ajudá-lo a planejar o caminho que ele precisa seguir para alcançar o que
pretende ser. Essa reflexão deve contemplar a articulação entre a
singularidade do indivíduo e os diversos contextos em que ele está
inserido, o que dará suporte ao aluno na realização de suas escolhas. A
construção do Projeto de Vida deve considerar a reflexão sobre sonhos e
planos, que é um processo complexo e, por vezes, demorado, que pode
ser alterado à medida que os alunos amadurecem, sendo também um
estímulo àqueles que nem ousam sonhar.

O Projeto de Vida é um meio de motivar os alunos a fazer bom uso


dessas oportunidades educativas. Aos educadores cabe a tarefa de
apoiar o Projeto de Vida de seus educandos e garantir a qualidade de
suas ações. No entanto, cabe também aos estudantes a
corresponsabilidade no seu desenvolvimento, já que são os interessados
diretos. O Projeto de Vida é o foco para o qual devem convergir todas as
ações educativas, sendo construído a partir do provimento da excelência
acadêmica, da formação para valores e da formação para o mundo
produtivo.

Protagonismo
Juvenil
O Protagonismo Juvenil pode ser visto a partir de três prismas: como
princípio, como premissa e como metodologia. Como princípio, norteia o
processo de construção da autonomia dos adolescentes e jovens;
enquanto premissa, o Protagonismo consiste na criação de espaços e
condições que possibilitam aos educandos e aos educadores o
envolvimento em atividades direcionadas à solução de problemas reais;
como metodologia do Modelo Pedagógico do Programa, fortalecendo o
princípio e a premissa, o Protagonismo Juvenil apoia as práticas e
vivências experienciadas pelos adolescentes e jovens, que podem
contribuir com resultados positivos para o sucesso de toda a equipe
escolar, da família e da comunidade.

As práticas e vivências em Protagonismo Juvenil possibilitam aos


adolescentes e jovens atuar de forma protagonista e responsável,
levando-os a se empenhar para realizar seus objetivos de modo
consciente. Esse empenho conduz os alunos a uma participação
autêntica e a tomadas de decisões consequentes, conferindo-lhes
melhores condições para lidar com as diversas alternativas que se
apresentam no enfrentamento e na resolução de problemas que os
desafiam, contribuindo para a construção do seu Projeto de Vida, para a
excelência acadêmica, bem como para o processo de construção de sua
identidade.

Nas escolas do Programa Ensino Integral, as atividades curriculares são


previstas, planejadas, desenvolvidas e acompanhadas para oferecer aos
adolescentes e jovens a oportunidade de desenvolver o Protagonismo, de
tal modo que a escola apoie a “formação de cidadãos mais autônomos,
críticos e autodeterminados e de uma sociedade mais democrática,
solidária e aberta” (COSTA, 2006a, p. 177).
Sala de Leitura
ATRIBUIÇOES:

I – elaborar, anualmente, o seu programa de ação com os objetivos,


metas e resultados de aprendizagem a serem atingidos;

II – organizar, planejar e executar sua tarefa institucional de forma


colaborativa e cooperativa visando ao cumprimento do plano de ação
estabelecido;

III - incentivar e apoiar as atividades de protagonismo e


empreendedorismo juvenis;

IV – realizar, obrigatoriamente, a totalidade das horas de trabalho


pedagógico coletivo e individual, no recinto da escola;

V - participar das reuniões de trabalho pedagógico coletivo realizadas na


escola, a fim de promover sua própria integração e articulação com as
atividades dos demais professores em sala de aula;

VI – participar das orientações técnico-pedagógicas relativas à sua


atuação na escola e de cursos de formação continuada;

VII – atuar em atividades de tutoria aos alunos, de acordo com o plano de


ação da Escola e com os projetos de vida dos alunos;

VIII - propor indicadores que possibilitem à equipe escolar avaliar o


impacto das atividades desenvolvidas na Sala/ Ambiente de Leitura nos
resultados da aprendizagem, no âmbito escolar;

IX – acompanhar, avaliar e sistematizar as práticas educacionais,


estudos, consultas e pesquisas, no âmbito da Sala/ Ambiente de Leitura;
X – atuar em atividades de orientação e apoio aos alunos, para utilização
de recursos de Tecnologia da Informação e Comunicação nas áreas de
pesquisa e produção de materiais em mídias digitais;

XI - subsidiar e orientar programas de preservação e organização da


memória da escola e da história local, articulados com o plano de ação
da escola e com os programas de ação dos docentes;

XII - incentivar a visitação participativa dos professores da escola à


Sala/Ambiente de Leitura, para utilização em atividades pedagógicas;

XIII - promover e executar ações inovadoras, que incentivem a leitura e a


construção de canais de acesso a universos culturais mais amplos;

XIV – coordenar, executar e supervisionar o funcionamento regular da


Sala/Ambiente de Leitura, cuidando da organização e do controle
patrimonial do acervo e das instalações;

XV – organizar, na escola, ambientes de leitura alternativos.

NIVELAMENTO
O Nivelamento é uma ação pedagógica emergencial específica do Programa
Ensino Integral. O objetivo desta ação é promover a consolidação das
habilidades não desenvolvidas nos anos anteriores ao do ano/série em curso.
O Nivelamento proporciona ao estudante o apoio para a superação de suas
defasagens, possibilitando o pleno acompanhamento do currículo do ano/série
em curso. É interessante destacar que o Nivelamento não é o mesmo que a
recuperação contínua, tendo em vista que o Nivelamento é uma ação
pedagógica direcionada às habilidades em defasagem de anos/séries
anteriores e que a recuperação contínua é uma ação pedagógica direcionada
às habilidades em defasagem do ano letivo em curso. Inclusive, ambas as
ações podem ocorrer de forma concomitante, caso seja necessário. Para as
ações de Nivelamento, recomenda-se o uso de estratégias diferenciadas como:
agrupamentos de estudantes por habilidade a desenvolver, por dificuldade,
monitoria, entre outras. Parte das aulas de Orientação de Estudos podem ser
utilizadas para as ações de Nivelamento. Os responsáveis por diagnosticar,
planejar, executar, monitorar e avaliar as ações de Nivelamento são os
professores de Língua Portuguesa e Matemática, em seus respectivos
componentes, entretanto todos os demais professores são corresponsáveis
pelo processo. O Coordenador de Gestão Pedagógica Geral (CGPG) é
responsável pelo acompanhamento de todas as ações pedagógicas de
Nivelamento.

ACOLHIMENTO
O Acolhimento constitui-se em uma prática pedagógica intencional, planejada e
executada por estudantes matriculados na escola no ano vigente ou por
egressos, os chamados “acolhedores”. O acolhimento destina-se aos
estudantes ingressantes e tem como objetivo receber, acolher e dar as
boas-vindas aos recém chegados. Além disso, durante as atividades de
Acolhimento, por meio de um diálogo de jovem para jovem, os acolhedores
apresentam aos ingressantes as particularidades, conceitos e metodologias do
Programa Ensino Integral. É também durante o Acolhimento que os estudantes
iniciam a reflexão sobre seus objetivos e sonhos, importante passo para a
construção de seus projetos de vida.
A equipe escolar participa apenas da culminância do Acolhimento, momento
em que os jovens os convidam para verem os produtos finais das atividades
desenvolvidas. Todo o material produzido pelos estudantes no Acolhimento é
guardado e sistematizado pelo vice-diretor da escola, devendo ser
disponibilizado à equipe escolar para nortear as ações dos professores de
Projeto de Vida e dos tutores, além de servirem como base para a criação das
Eletivas.
LÍDERES DE
TURMA
Líder de turma é o estudante eleito pelos colegas para representá-los junto à
equipe escolar, principalmente junto à equipe gestora da escola, durante o ano
letivo. O líder de turma, orientado pelo diretor da escola, é responsável por ouvir
os interesses e necessidades de sua turma, fazendo com que essas ideias
cheguem à equipe escolar ou diretamente à direção e por estimular a
participação dos colegas nas ações e decisões da escola. O líder de turma
também é uma figura fundamental nos conselhos participativos em que atua
junto aos seus colegas, estimulando-os a agirem como protagonistas de sua
aprendizagem e buscando um maior comprometimento da turma com os
estudos.
A liderança de turma permite a prática do protagonismo e o desenvolvimento
de cinco macrocompetências socioemocionais: resiliência emocional,
engajamento com os outros, autogestão, amabilidade e abertura ao novo.
Para que haja uma efetiva participação e comprometimento dos estudantes
nas ações e decisões da escola e para que possam exercer o Protagonismo
Juvenil, a rotina escolar deve ser organizada de uma maneira que possibilite a
realização de reuniões periódicas dos líderes de turma com a equipe gestora.
Desse modo, espera-se que a equipe gestora, a partir do ideal de gestão
democrática, atue de forma a facilitar o contato entre os estudantes e entre
eles e seus professores e gestores, contribuindo, assim, para a criação de um
ambiente escolar democrático e participativo.
Esses são os componentes curriculares da Parte Diversificada e as
metodologias e práticas pedagógicas específicas do Programa Ensino Integral
que viabilizam a formação integral do estudante nas escolas participantes do
programa.

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