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CURSO DE PEDAGOGIA

PROJETOS E PRÁTICAS DE AÇÃO PEDAGÓGICA


SUPERVISÃO ESCOLAR E ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL
POSTAGEM 2: ATIVIDADE 2
PROJETO DE INTERVENÇÃO DIDÁTICA
CONSCIENTIZAÇÃO SOCIAL E INCLUSÃO

Trabalho de intervenção pedagógica, realizado da disciplina de Projetos e Práticas de Ação


Pedagógica, do Curso de Pedagogia, da Instituição Universidade Paulista

SELY LEMOS SPINA DE MATOS RA: 0576069

UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP POLO IPIRANGA - ANO 2022


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Sumário:

Tema.................................................................................................................................... 3
Situação Problema............................................................................................................. 3
Justificativa e Embasamento Teórico.............................................................................. 3
Público Alvo....................................................................................................................... 6
Objetivos............................................................................................................................ 6
Percurso Metodológico ....................................................................................................7
Recursos.............................................................................................................................8
Cronograma....................................................................................................................... 9
Avaliação e Produto.......................................................................................................... 9
Referências Bibliográficas................................................................................................10

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1. Tema
A importância da conscientização social no ambiente escolar, trabalhando a inclusão social de pessoas que necessitam de cadeira de rodas.
Este projeto visa ampliar a maneira como os alunos entendem seu papel na sociedade, através do coordenador pedagógico irá liderar o projeto, orientando e dialogando
com cada turma sobre a dimensão social e individual, viabilizando o autodesenvolvimento e o autoconhecimento dos alunos.
O coordenador pedagógico em conjunto com a equipe pedagógica estimulará a coletividade e a individualidade, trabalhando a educação de forma ampla contribuindo
para a construção do ser humano como um ser social.

2. Situação Problema

•Falta de políticas públicas efetivas, pouca conscientização, inacessibilidade, preconceito etc.


Quando falamos de cadeirantes, torna-se difícil não escutar sobre esses problemas.
•Segundo a OMS em um relatório de 05/22 há mais de 2,5 bilhões de pessoas que necessitam de um ou mais produtos assistivos, incluindo cadeira de rodas.
•A falta de consciência social na humanidade é o maior obstáculo para quem tem algum tipo de deficiência.
•O intuito é dar visibilidade para o tema do projeto e acima de tudo, aumentar a conscientização social sobre a importância de desenvolver formas de incluir pessoas
com deficiência na sociedade.
• Sendo assim, a escola tem o dever de assumir sua função social de formar cidadãos críticos capazes de construir uma sociedade mais justa, ética, democrática,
responsável, inclusiva e solidária.
3. Justificativa e Embasamento Teórico
O ambiente escolar deve ser prazeroso, estimulante e desafiador, nele os alunos passam boa parte do seu dia e de suas vidas, por isso devemos semear a
conscientização social e o desenvolvimento humano global dos alunos.
Pensando não somente na formação intelectual mas também na formação moral, somando esforços que promovam o pleno desenvolvimento do indivíduo como
cidadão transmitindo valores que norteiam o indivíduo para viver em coletividade.
Através da consciência social coletiva e individual e da inclusão de um grupo de pessoas podemos exercitar a cidadania de forma organizada.

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O papel da escola como sociedade é justamente esse: fazer compreensível o significado dos conceitos das normas e valores, se esforçar para torná-los visíveis,
assimilar os valores no seu comportamento ao conscientizá-los na sua relação com os outros alunos afirmando sua autonomia, estabelecer limites ao exercícios da
liberdade, contribuir para uma convivência democrática.
Desta forma, a escola deve preocupar-se, possibilitando condições para que a sociedade que a abriga ingresse em seu meio, assumindo assim seu compromisso
como local de transmissão de saberes e construção do conhecimento.
O papel da escola neste mundo que se transforma, deve estar equilibrado entre uma função sistêmica de preparar cidadãos tanto para desenvolver suas qualidades
como para a vida em sociedade.
Podemos então observar que os Parâmetros Curriculares Nacionais elaborados pela secretaria de Educação Fundamental do Ministério da Educação (MEC), em
1998, ressaltam tudo isso do seguinte modo: são objetivos que os alunos sejam capazes de:
• Compreender a cidadania como participação social e política, assim como exercício de direitos e deveres políticos, civis e sociais, adotando, no dia-a-dia,
atitudes de solidariedade, cooperação e repúdio às injustiças, respeitando o outro e exigindo para si o mesmo respeito;
• posicionar-se de maneira crítica, responsável e construtiva nas diferentes situações sociais, utilizando o diálogo como forma de mediar conflitos e de tomar
decisões coletivas;
• Conhecer características fundamentais do Brasil nas dimensões sociais, materiais e culturais como meio para construir progressivamente a noção de identidade
nacional e pessoal e o sentimento de pertinência ao país;
• Conhecer e valorizar a pluralidade do patrimônio sociocultural brasileiro, bem como aspectos socioculturais de outros povos e nações, posicionando-se contra
qualquer discriminação baseada em diferenças culturais, de classe social, de crenças, de sexo, de etnia ou outras características individuais e sociais;
• perceber-se integrante, dependente e agente transformador do ambiente, identificando seus elementos e as interações entre eles, contribuindo ativamente para
a melhoria do meio ambiente;
• Desenvolver o conhecimento ajustado de si mesmo e o sentimento de confiança em suas capacidades afetiva, física, cognitiva, ética, estética, de inter-relação
pessoal e de inserção social, para agir com perseverança na busca de conhecimento e no exercício da cidadania;
Ainda podemos contar com o amparo da constituição federal(CF) de 1988 (Brasil) no Art 3º que nos fala numa perspectiva inclusiva;
Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembléia Nacional Constituinte para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos
direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna,
pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias, promulgamos,
sob a proteção de Deus, a seguinte:
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL.
Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:
I - construir uma sociedade livre, justa e solidária;
II - garantir o desenvolvimento nacional;
III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais;
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.
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Quando ofertamos uma educação formadora crítica, ofertamos também um caminho seguro para vivenciar a autonomia;
Immanuel Kant (1724–1804) afirma que “o homem é a única criatura que precisa ser educada” e que “o homem não pode se tornar um verdadeiro homem senão pela
educação, ele é aquilo que a educação faz dele”.
Para Kant, a educação faz parte do processo do homem para alcançar a autonomia.
Ao se tornar autônomo, o indivíduo ganha a liberdade e, ao ser livre, ele passa a ter uma gama de possibilidades.

Podemos então refletir do que adianta receber a melhor educação e ser instruído se isso não contribui para o progresso da comunidade na qual se vive?
A educação só faz alguém ser melhor se esse indivíduo aplicar o que aprendeu, não apenas em benefício próprio, mas também e principalmente em favor da
sociedade. A formação do sujeito ético, crítico e reflexivo se faz através da educação, que é ferramenta para mudanças no comportamento social, tão necessária
para uma sociedade mais justa, inclusiva e solidária.

Portanto a conscientização social e inclusão atingem positivamente o contingente escolar mobilizando outros sujeitos sociais para novas aprendizagens, visto que
muitos passam a perceber suas fragilidades para atender públicos diversos, mobilizando ações transformadoras em nosso potencial de humanidade , capaz de nos
relacionarmos e aprendermos um com o outro.
Tornando os alunos participativos e atuantes, com objetivos coerentes e saudáveis, demonstrando a fundamental importância na formação humana na qual vivemos
em sociedade.
O ambiente escolar e os alunos são parte integrante do processo educativo, sendo importantes para a formação das gerações e aos padrões de sociedade que
buscamos.
Libâneo relata o papel social da educação e como seus conteúdos objetivos são determinados pelas sociedades, política e ideologicamente predominantes.
Fala desta relação importante da educação com os processos formadores da sociedade “desde o início da história da humanidade, os indivíduos e grupos travavam
relações recíprocas diante da necessidade de trabalharem conjuntamente para garantir sua sobrevivência” (Libâneo, 1994, p.19).
O autor considera estas influências como fatores fundamentais das desigualdades entre os homens, sendo um traço fundamental desta sociedade.
Portanto, ele afirma que a escola é o campo específico de atuação política do professor, politizando ainda mais o ambiente escolar.
Se antes a transformação social era entendida de forma simplista, fazendo-se com a mudança, primeiro das consciências, como se fosse a consciência, de fato, a
transformadora do real, agora a transformação social é percebida como processo histórico em que subjetividade e objetividade se prendem dialeticamente. Já não há
como absolutizar nem uma nem a outra. (FREIRE, 2001, p. 30).

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4. Público – Alvo
● Alunos de todos os níveis - Educação Infantil, Ensino Fundamental e Médio.
● Equipe pedagógica multidisciplinar,coordenadores, gestores e orientadores pedagógicos.
● Família e comunidade em torno da escola.

5. Objetivos
● A escola tem como papel social a tarefa de, principalmente, encaminhar ações por meio de processos educativos que venham despertar o compromisso social
individual e coletivo, objetivando fazer uma só aliança, capaz de promover mudanças e transformações no cumprimento do dever educacional.
•Segundo Paulo Freire (2001), “o Brasil foi “inventado” de cabeça para baixo, autoritariamente. Precisamos reinventá-lo em outros termos”. Segundo a Lei de
Diretrizes e Bases, “O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: Vinculação entre educação escolar, o trabalho e as práticas sociais”. (LDB, Art. 3º,
XI).
•A escola tem como papel social a tarefa de, principalmente, encaminhar ações por meio de processos educativos que venham despertar a conscientização social
entre os indivíduos, capaz de promover mudanças e transformações no cumprimento do dever educacional, da preparação e formação de alunos que sejam cidadãos
portadores de uma nova visão de mundo reinventado, através do engajamento em ações sociais.
•Para Gadotti (2001), a pedagogia é revolucionária, significa que ela não esconde as relações existentes entre educação e sociedade, entre educação e poder, ou
seja, ela não esconde o papel ideológico, político, da educação.
•É de suma importância para a escola ter uma equipe pedagógica consciente e envolvida nesta questão, diagnosticando as dificuldades existentes no processo
educacional e buscando modificá-las socialmente, sendo instrumento mediador desta mudança: a educação.
● Deste modo, podemos afirmar que não é preciso esperar por mudanças estruturais para se desenvolver uma ação política transformadora.
(OLIVEIRA, 2001, p. 29)
● Segundo Florestan Fernandes (NOVA ESCOLA, 2008), “na sala de aula, o professor precisa ser um cidadão”.
•Já no entendimento de Gadotti (1998), a educação não é neutra: ou se educa para o silêncio, para a submissão, ou com o intuito de dar a palavra, de não deixar
calar as angústias e as necessidades daqueles que estão sob a responsabilidade, mesmo que temporária, de educadores e educadoras nos âmbitos escolares.
•Para Paulo Freire (1996) a escola tem um papel bem mais amplo do que simplesmente passar conteúdos: ensinar exige compreender que a educação é uma forma
de intervenção no mundo.

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6. Percurso Metodológico
• A coordenação irá definir a instituição que receberá as doações das tampinhas arrecadadas, levando em consideração o local da instituição e proximidade com a
escola.
• A título de exemplo temos a instituição: Tampinha Legal
• A escola atuará como: Ponto de coleta, doador das tampinhas e parceiro do projeto.
• A instituição parceira fará a coleta das tampinhas arrecadadas, a venda à indústria de reciclagem, a compra da cadeira de rodas e a doação da cadeira de rodas para
instituições filantrópicas ou para pessoas com deficiência, que poderá ser acompanhada pelos alunos.
(Entidades assistenciais atendidas pela instituição: APAEs ( Tatuí, Ourinhos e Itapira - SP e Adefipe - Associação dos deficientes físicos de Penápolis SP )

O programa incentiva as pessoas a recolher todo tipo de tampa plástica e depois doa o dinheiro obtido com a venda do material a diversas entidades assistenciais
(como ONGs e Apaes).
Criado em Porto Alegre (RS), hoje tem mais de 2.000 pontos de coleta espalhados pelo Brasil e arrecadou mais de R$ 700 mil entre 2016 e 2020, recolhendo mais de
222 milhões de tampinhas.
Missão
Motivar, inspirar e conectar vários segmentos da sociedade através de ações modificadoras de comportamento de massa a fim de aumentar os níveis de
esclarecimento quanto ao destino adequado aos resíduos plásticos.
Visão
Ser o maior e melhor programa socioambiental de caráter educativo de iniciativa da indústria de transformação do plástico no Brasil e obter projeção internacional.
Valores
• Transparência e ética: A honestidade e a idoneidade permeiam nossas ações. É nosso dever tornar as informações claras e acessíveis.
• Comprometimento: Honramos os acordos firmados e buscamos o compromisso de todos os envolvidos com o programa.
• Espírito de Equipe: Reunir pessoas conectadas respeitando a opinião de cada um.
• Paixão pela atividade: colocamos todo nosso entusiasmo em nossas ações. • Desafio pelo crescimento: constante evolução Agregando valores ao nosso projeto
como:
✓ Comprometimento
✓ Cooperação
✓ Empatia
✓ Ética
✓ Mentalidade de Transformação Social
• Sabemos que é necessário cerca de 150 quilos de tampinhas de todo e qualquer tipo para a doação de 1 cadeira de rodas.
• Desta forma, com estas informações apresentadas aos alunos ampliamos o envolvimento mútuo, o desenvolvimento humano e o engajamento social.

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• A escola será ponto de coleta e receberá diariamente as tampinhas doadas pelos alunos e as armazenará em recipientes produzidos pelos alunos ou doado pela
instituição.
• Todos podem doar todo e qualquer tipo de tampinha plástica.
•Os alunos divididos por turma, poderão separar por cores as tampinhas arrecadadas no momento da pesagem para a divulgação , ampliando o envolvimento
individual, mútuo, a importância do trabalho em equipe e a importância da inclusão.
•Divulgar através de “Tampômetro” (placar) a pesagem das tampinhas.
•Divulgar o projeto através de mídias sociais (se houver), banners ou material produzido pelos próprios alunos, ampliando o envolvimento e engajamento da família e
comunidade.
•Neste projeto ativo toda a escola estará envolvida diariamente, porém serão reservados 50 minutos 1 X por mês para a separação, pesagem e divulgação.
•A coordenação pedagógica explorará o tema: conscientização social e inclusão neste momento, dialogando com os alunos e criando a cultura crítica do papel social
de cada indivíduo.
7. Recursos
• A instituição parceira poderá fornecer o recipiente para a coleta das tampinhas, poderemos fazê-lo junto com alunos, explorando o lúdico e o
cognitivo.
• Fita adesiva, retalho de tecido, barbante, papel colorido, eva, cartolina, canetinha, caixa de papelão, etc.
• Bombonas de água de 5 litros para armazenar as tampinhas.
• Adesivos, faixas e redes sociais para divulgação.
• Nesta instituição específica temos ainda um incentivo para agregar ainda mais valor no contexto escolar:

Coletor Itinerante Tampinha Legal


• Inscrevendo-se no Coletor Itinerante Tampinha Legal, ao atingir a meta de 500 bombonas de 5 lt de água (com tampinhas separadas por cor) sua
escola receberá, pelo período de um mês, o coletor de tampinhas em formato de Tabela Periódica apresentado na Feira do Livro 2017, no estande da
Braskem.

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8. Cronograma
• Levar os alunos para um ambiente amplo e estimulante, onde eles se sintam à vontade.
• Os representantes de sala (preferencialmente duplas) que serão definidos em esquema de rodízio, poderão criar desafios de acordo com o engajamento individual
e do grupo.
• Atentar se em relação à participação dos alunos e da família no engajamento do projeto/ação no contexto social.

9. Avaliação e Produto
• Será por auto-avaliação ao final de cada semestre, os critérios da auto-avaliação serão definidos pelo coordenador de acordo com a realidade escolar, podemos
citar alguns critérios como:cooperação, compromisso com o projeto, relacionamento, assiduidade, organização, iniciativa, liderança etc.
•A autoavaliação permite que os estudantes analisem seus pontos fortes, seus erros e dificuldades no processo de ensino. Ela é uma oportunidade de reflexão
sobre o seu comportamento e sua dedicação às atividades escolares e autoconhecimento.
•Durante a autoavaliação, é possível entender melhor os próprios potenciais, habilidades e competências. Por outro lado também é possível avaliar pontos de
melhoria e lacunas que impedem o crescimento
• Exceto alunos da educação infantil, serão avaliados pela assiduidade.

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10.Referências Bibliográficas

BRASIL. MEC – Coordenação de educação Infantil – DPEIEF/SEB – Revista CRIANÇA – do professor de educação infantil.
Brasília, DF, nº42, dez/2006.

BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais. Brasília, MEC/SEF, 1997. Jusbrasil.com.br
BRASIL, LDB Lei 9.394, 1996.

Vieira, Caetano Mônica e Silva, Maria Aparecida - Gestão Escolar e a organização do trabalho pedagógico na Educação Inclusiva - Curitiba – InterSaberes - 2022

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