Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Aulas de
Protagonismo
Anos Finais do
Ensino Fundamental
9º ano
Realização
PRESIDENTE
Marcos Antônio Magalhães
CONSELHEIRO
Alberto Chinen
EQUIPE DE DIREÇÃO
Liane Muniz
Juliana Zimmerman
Thereza Barreto
CRÉDITOS DA PUBLICAÇÃO
Organização: Thereza Barreto
Coordenação: Johanna Faller e Solange Leal
Supervisão de Conteúdo: Thereza Barreto
Redação: Thereza Barreto
Leitura Crítica: Regina Lima
Revisão Ortográfica: : Cristiane Schmidt
Projeto Gráfico: Korá Design
Diagramação: Instituto Qualidade no Ensino
2ª Edição | 2021
© Copyright 2022 - Instituto de Corresponsabilidade pela Educação. “Todos os direitos reservados”
A democracia de uma nação pode ser medida pela participação dos seus cidadãos, particular-
mente, em relação à sua atuação na comunidade. Observa-se lentamente o crescimento das
oportunidades de participação das crianças e adolescentes em suas comunidades naqueles
países aspirantes ao regime democrático, em particular onde esse regime já está consolidado.
Com o aumento da valorização dos direitos das crianças e adolescentes começamos a ver um
crescente conhecimento das suas capacidades de falarem por si próprias. Durante séculos
as especificidades e necessidades das crianças não eram reconhecidas pelos adultos, e a
literatura nos diz que foi uma longa caminhada histórica até as crianças serem percebidas em
sua plenitude, na forma de ser e estar no mundo. Porém ainda hoje, lamentavelmente, a parti-
cipação de crianças e adolescentes muitas vezes é de natureza exploradora, manipuladora ou
meramente decorativa, em diferentes graus ao redor do mundo.
Infância e adolescência são construções sociais e fatos biológicos. A maneira como são
entendidas é determinada socialmente e são sempre contextualizadas em relação ao tempo,
ao local e à cultura, e podem variar de acordo com a classe, o gênero e outras condições
socioeconômicas.
As crianças e adolescentes são atores sociais que de muitas formas podem e devem participar
da construção e determinar a própria vida, e também a vida daqueles que as cercam e das
sociedades em que vivem. Assim, devem ser compreendidas como construtores, desde seu
nascimento, do conhecimento, da cultura e da própria identidade. Para que atuem plenamente
nesses aspectos, precisam desenvolver integralmente algumas competências.
O Ensino Fundamental tem como objetivo geral para a sua estruturação curricular a utilização
de diferentes linguagens – verbal, matemática, gráfica, plástica, corporal – como meios para
expressar e comunicar ideias, interpretar e usufruir das produções da cultura.
A partir desses princípios gerais, o currículo deve ser articulado em torno de eixos básicos
orientadores da seleção de conteúdos significativos, tendo em vista as competências e ha-
bilidades que se pretende desenvolver no Ensino Fundamental, considerando o contexto da
sociedade em constante mudança e aprovada validade e de relevância social desse currículo
para a vida do futuro do estudante que atuará no mundo que oferecerá cada vez mais e
sempre, novos desafios.
Isso exigirá que a escola ofereça a condição para que esse estudante se enxergue atuando no
mundo a partir daquilo que ele projetar para si como ser humano autônomo, solidário e com-
petente e crie as condições, espaços e oportunidades para que ele participe ativamente da vida
em seus distintos âmbitos.
Cada ser humano nasce com um potencial e necessita de certas condições e de um ambiente
para se desenvolver, sobretudo onde possam expandir suas capacidades. Esse ambiente deve
oportunizar que as futuras gerações ampliem suas possibilidades e exercitem a fruição do
direito às oportunidades que lhe permitam melhor fazer uso de suas capacidades potenciais. A
forma pela qual realmente são aproveitadas essas oportunidades e quais os resultados alcan-
çados, é assunto que tem a ver com as escolhas que cada um faz ao longo de sua vida.
Todo ser humano deve ter possibilidade de escolha e não meramente chances, agora e no fu-
turo. Essas condições, no conjunto de outras, deverão contribuir para a sua formação e para o
seu projeto mais importante: o Projeto de Vida.
Nenhum adolescente gosta de ser tratado como criança, pois espera ser visto e considerado
como um indivíduo capaz de pensar e agir por conta própria, de tomar decisões e seguir. Logo,
é preciso fazer jus a isso. Por aí se vê que a brincadeira de viver é séria. Que ser jovem não é ape-
nas se divertir. Sempre chega o momento de agir, de escolher e responder pelas escolhas – o
que enfim se espera de um protagonista.
São muitos os desafios. E o maior deles é a construção da identidade. Para tanto, é fundamen-
tal compreender e acompanhar o processo de construção do Projeto de Vida que neste mo-
mento acontece.
É nesse processo que por meio dos seus sonhos e ambições, o estudante será apoiado e
começará a estabelecer metas, compreendendo que para alcançá-las deverá perceber as
potências e os limites, as vontades e os desânimos, e aprender a lidar com tudo isso.
A escola é um lugar privilegiado para um primeiro exercício desse processo, sendo ela a pri-
meira etapa do ingresso das crianças e adolescentes na dimensão da vida pública onde atua-
rão como protagonistas da própria história e de transformações efetivas que impactarão diver-
sos campos de sua própria vida e de outros.
Este material é constituído por um conjunto de aulas com foco no desenvolvimento de compe-
tências e habilidades para a formação do jovem protagonista. As aulas trazem temáticas que
exploram os seguintes elementos:
• Identidade protagonista
• Comportamento pró-social
• Função Executiva
Para que você possa planejar e flexibilizar o tempo das aulas a partir das necessidades da
sua turma consulte o GPS1 das aulas que se encontra ao final da introdução deste Caderno.
Lá você encontrará o número mínimo de tempos previstos por aulas.
1 GPS (Sistema de Posicionamento Global traduzido do Inglês global positioning system) é um sistema
de radionavegação por satélite que permite determinar a posição, velocidade e o fuso horário dos
utilizadores em terra, mar e aerotransportados 24 horas por dia, em todas as condições climatéricas
e em qualquer parte do mundo.
Ao final do 9º ano espera-se que os estudantes tenham explorado temas que estimulem o com-
promisso com a transformação da sociedade a partir da sua própria participação.
A nossa equipe estará sempre à disposição para mais esclarecimentos sobre este material.
Assim, não hesite em solicitar da Equipe de Implantação do Programa de Educação Integral
da Secretaria de Educação do seu Estado o esclarecimento de eventuais dúvidas e, por
meio desse fluxo de comunicação, nos acionar para apoiá-los.
Contamos com a sua dedicação e estudo para o uso desse Caderno de Aulas.
Bom trabalho!
OUTRAS
NÚMEROS
HABILIDADES HABILIDADES
NÚCLEO COMPE- DE
OBJETIVOS1 e FORÇAS CAPACIDADE5 AULAS VALORES6 SOCIOEMO-
FORMATIVO2 TÊNCIAS3 TEMPOS
PESSOAIS4 CIONAIS e
PREVISTOS
VALORES7
O mundo se Resolutividade
Foco
organiza, co-
Capacidade de Objetividade Coragem 2
meçando pelas
compreender a Vigor
formigas. Entusiasmo
atuação de um
empreendedor 3XXW: um Curiosidade
social. decodificador de Gestão da
1
possibilidades informação e
protagonistas. dados
Oba! Eu sei Determinação
gerar capital
Capacidade de Inteligência
social: confian- 1
compreender a social
ça, respeito e
importância do
conhecimento.
planejamento
para estruturação
Vamos lá, inco- Compaixão
de um projeto Inteligência
mode-se, mude
social. social
o mundo! Felicidade
Nada acontece
Capacidade de antes de um
aplicar o conheci- sonho. De volta
mento adquirido à Missão.
para atuar de Definindo os
maneira protago- objetivos e as Justiça
nista a serviço da metas de uma Determinação
sociedade. organização de Prudência
gente que faz.
OUTRAS
NÚMEROS
NÚCLEO HABILIDADES HABILIDADES
COMPE- DE
OBJETIVOS1 FORMATI- e FORÇAS CAPACIDADE5 AULAS VALORES6 SOCIOEMO-
TÊNCIAS3 TEMPOS
VO2 PESSOAIS4 CIONAIS e
PREVISTOS
VALORES7
Definindo as
estratégias e as Gerenciamento
funções de uma e aplicação de
organização de informações
gente que faz
Planejamento
financeiro
não é coisa de
economista!
Humildade
Organização de
gente que faz e
Determinação
Projeto de Vida A serem
precisam dele. trabalhas
Capacidade de Parceiros, ao longo
aplicar o conheci- bem-vindos! O dos 2º,
Formação Atitude em- mento adquirido diálogo com os 3º e 4º
Função preendedora
do ser Produtiva para atuar de que não estão bimestres.
executiva
protagonista maneira protago- na organização
nista a serviço da de gente que faz
sociedade. mas se interes-
Gratidão
sam pelo que ela
Coragem
faz.
Estamos
crescendo e
influenciando
Empatia
positivamente
todos que nos
cercam.
A serem
Start da ONG - Gerenciamento trabalhas
Organização de Produtiva e aplicação de ao longo
Gente que Faz. informações do 4º
bimestre
1. O que se espera como produto; 2. Eixos que indicam o percurso formativo para realizar o objetivo; 3. Como o conhecimento
adquirido se aplica às atividades humanas; 4. O conteúdo da competência; 5. Desdobramento das habilidades em objetivos
específicos; 6. Qualidades e convicções desejadas e valiosas que direcionam as atitudes; 7. Outras habilidades socioemocionais
e valores presentes nesta aula.
Aula 52: Oba! Eu sei gerar capital social: confiança, respeito e conhecimento 30
Aula 54: ONG? Que tal uma organização de gente que faz? Onde tem problema deve
haver solução 41
Aula 55: E se os duendes de Gringotes fizessem parte da organização de gente que faz? 47
Aula 57: Definindo os objetivos e as metas de uma organização de gente que faz 59
Aula 58: Definindo as estratégias e as funções de uma organização de gente que faz 66
Aula 60: Parceiros, bem-vindos! O diálogo com os que não estão na organização de
gente que faz, mas se interessam pelo que ela faz 77
Aula 61: Estamos crescendo e influenciando positivamente todos que nos cercam 84
Esta aula também funciona como base para que os estudantes possam aprender a gerenciar
uma ONG, tendo em vista que esse desafio será proposto nas próximas aulas.
Objetivo Geral
• Conhecer como se faz a gestão ou administração de uma ONG.
Roteiro
ATIVIDADES PREVISÃO DE
DESCRIÇÃO
PREVISTAS DURAÇÃO
Atividade:
Elaboração de planilha com informações sobre a
Quem cuida e 45 minutos
gestão ou organização administrativa da ONG.
faz o quê?
Objetivo
Desenvolvimento
Desde a aula É do terceiro setor, mas nós cuidamos de quê mesmo? os estudantes vêm
aprendendo sobre a estrutura e organização de uma ONG. Assim, dando continuidade a
esse processo, nesta atividade os estudantes aprenderão como se realiza a gestão de uma
ONG. Para isso, o professor deve retomar os pontos sobre as atribuições e funções dos seus
responsáveis, pois, por meio dessa retomada, será possível chegar aos fundadores da ONG,
pessoas que compõem a sua estrutura de gestão ou administrativa e, assim, entender
sobre o seu funcionamento.
Na Roda de Conversa, o professor deve fazer a mediação das falas dos estudantes sobre as
informações que têm, direcionando-as para a estrutura de gestão e funcionamento que as
ONGs possuem. À medida que forem apresentando as informações, o professor deve es-
crevê-las no quadro da sala de aula formando uma imensa planilha, organizada sobre cada
ONG. É importante que os estudantes também tomem nota da planilha em seus cader-
nos. Será por meio da retomada dessas informações que os estudantes consolidarão o que
aprenderam e iniciarão os primeiros passos para a estruturação de uma ONG na próxima
aula 3XXW: Um decodificador de possibilidades protagonistas.
Avaliação
Sobre as ações da ONG, observar como os estudantes, por meio da mediação do professor,
conseguem relacioná-las com a visão de futuro que cada ONG possui. A título de exemplo,
será que os estudantes conseguem explicar porque cada ONG atua de forma diferente?
Por último, verificar se, nas discussões sobre gastos, observaram quem são as pessoas
beneficiadas e como é a manutenção da estrutura física, ou seja, se os estudantes com-
preendem que existem pessoas para controlar tudo isso e que cada ONG realiza controles
semelhantes, mesmo que atuem em áreas diferentes.
Guilherme Guerra
“É preciso ter planejamento para conciliar as causas sociais com a necessidade de cuidar
dos recursos de uma instituição”.
Beatriz Martins descobriu que queria ajudar crianças – e isso quando ela própria tinha seis
anos. Enquanto Amanda Novais, apaixonada por animais, leva cuidados a gatos de rua de
São Paulo. Em comum, as duas têm mais que a clareza das causas que escolheram
defender. Ambas criaram projetos aos quais dedicam tempo e recursos próprios, além das
doações que recebem.
Com 18 anos, Beatriz ainda conta com alguns meses pela frente para decidir se vai cursar
relações públicas ou jornalismo. Mas tem uma certeza: quer que a graduação ajude a
aprimorar o trabalho da organização que montou Olhar de Bia. “A minha história e a da
ONG são a mesma”, justifica. E não é exagero.
A iniciativa surgiu em 2006, quando Bia resolveu juntar balas para distribuir a meninos e
meninas carentes de Guarulhos, onde mora. Com o incentivo da família, seguiu em frente.
No Natal daquele ano, reuniu parentes e vizinhos para entregar alimentos e brinquedos
para mais de 10 mil crianças! Ação que se repetiu na Páscoa seguinte, com mais de 2 mil
pessoas beneficiadas.
As duas Bias (física e jurídica) cresceram juntas, bem como os desafios para manter a
ONG. No sufoco para seguir com o projeto, a família dela já deixou de pagar as contas de
luz e de água para manter o trabalho nos trilhos. “Todas as dificuldades que passamos ser-
viram para formar meu caráter”, diz a jovem. Hoje, a organização se sustenta sozinha, com
apoio das empresas GP Result e Vegus Construtora, e com doações recebidas pelo site da
Olhar de Bia.
Algo que ainda é uma batalha para a estudante de veterinária Amanda Novais, de 20 anos.
Ela é uma das fundadoras do projeto voluntário Castralinos, criado em março de 2018 para
castrar gatos abandonados e diminuir a população dos animais nas ruas. E os custos são
2 GUERRA, Guilherme. De uma boa ideia ao desafio de gerenciar e manter uma ONG. Disponível em:
<www.icebrasil.org.br/surl/?b8994d>. Acesso em dezembro de 2018
“A gente só consegue fazer isso com o dinheiro vindo de doações e rifas”, diz Amanda. Mas
o valor levantado muitas vezes não é suficiente. Ela e as duas outras fundadoras do Castra-
linos tiram do próprio bolso para fazer as castrações, com preço fechado de R$ 70 por gato.
As dívidas já se acumulam.
Mas quem cria a organização deve ter muito clara a sua missão e o compromisso com a so-
ciedade civil. E também buscar legitimidade pública, algo que pode ajudar em uma possível
vaquinha on-line para angariar financiamento, por exemplo. “Para trabalhar em uma ONG,
é preciso estar realmente muito associado a uma motivação e ao compromisso social”, afir-
ma Adriana, que também é coordenadora do Instituto Socioambiental (ISA).
O início requer perseverança. Organizações novatas precisam continuar vivas até comple-
tarem dois anos. Segundo Adriana, essa é a idade mágica para que a entidade consiga ser
considerada pela maior parte dos editais para obtenção de recursos, vindos em boa parte
de instituições privadas estrangeiras. “Muita gente acha que ONG dá dinheiro e é fácil de
manter. Não é verdade”, afirma a diretora da Abong. “É custoso o processo de captação de
recursos.”
De grão em grão
“Os jovens são mais preocupados com uma causa e mais propensos ao trabalho voluntário
em relação às gerações anteriores”, afirma a coordenadora de comunicação do Instituto
para o Desenvolvimento do Investimento Social (Idis), Andrea Wolffenbüttel. E, de acordo
com ela, são os jovens de 18 a 24 anos que mais fazem doações em dinheiro, ainda que se
trate de uma faixa etária sem muitos recursos financeiros.
Nos últimos 12 meses, 39% desses jovens patrocinaram uma causa ante 23% das pessoas
com mais de 55 anos, segundo o estudo Country Giving Report, elaborado pelo Idis com a
Charities Aid Foundation (CAF), entre 2016 e 2017. O estudo também aponta que 41% dos
jovens nessa faixa etária fizeram trabalho voluntário nas últimas quatro semanas, contra
25% daqueles com mais de 55.
São pessoas como a estudante Júlia Calçade, de 23, que todo mês doa para a ONG Action
Aid R$ 52 dos R$ 400 da bolsa que recebe da Universidade de São Paulo. A universitária
não pensa em parar de contribuir. “Eu me planejo bem e, se precisar, corto outras
coisas”, conta.
Na estante
Referência Iconográfica:
Disponível em: <www.icebrasil.org.br/surl/?427f4e>. Acesso em dezembro de 2021.
Considerando que a proposta de criar a ONG é uma forma também de compartilhar saberes
e consolidar a consciência coletiva e de pertencimento dos estudantes nas suas comunida-
des, antes disso, será feita uma retomada das experiências de atuação dos estudantes.
Objetivo Geral
• Aprender sobre os passos necessários para a criação de uma ONG.
ATIVIDADES PREVISÃO
DESCRIÇÃO
PREVISTAS DE DURAÇÃO
Objetivo
Desenvolvimento
Dessa forma, o mais importante nesta aula é proporcionar um ambiente de trocas entre os
estudantes, que devem ser mediadas pelos seguintes temas estratégicos: forma eficiente de
promover mudanças; como criar uma ONG; valores, visão e missão da ONG; planejamento,
avaliação e gerenciamento da ONG; autonomia e participação da comunidade; parceria e
financiadores da ONG. Sobre os temas propostos, é importante que o professor perceba
Organizados em grupos, os estudantes devem discutir um dos temas estratégicos para que
possam definir que tipo de ONG pretendem criar na aula: ONG? Que tal uma Organização de
Gente que faz! Onde tem problema deve haver solução.
O livro é da cantora Ana Vilela, que transformou os versos da música Trem bala em um
livro-presente, cheio de ilustrações.
Referência Iconográfica:
Disponível em: <www.icebrasil.org.br/surl/?91eb5e>. Acesso em dezembro de 2021.
Sendo assim, dando continuidade ao processo de retomada de experiências, esta aula tem
como ponto de partida a socialização do conhecimento construído pelos estudantes desde
as aulas anteriores, para que possam ordená-lo e estruturá-lo com base nos critérios
necessários para a construção de uma ONG.
Objetivo Geral
• Valorizar o conhecimento adquirido como sendo mais um passo dado na
construção da ONG.
ATIVIDADES PREVISÃO
DESCRIÇÃO
PREVISTAS DE DURAÇÃO
Atividade:
Elaboração de documento orientativo para a
A integração do 45 minutos
criação da ONG.
conhecimento.
Objetivo
Desenvolvimento
Tomando como ponto de partida os registros dos estudantes realizados na aula anterior
3XXW: Um decodificador de possibilidades protagonistas, o professor deve abrir espaço
para que os conhecimentos dos estudantes sejam sistematizados com toda a turma. A
proposta não é medir qual grupo sabe mais sobre os temas trabalhados, mas permitir que,
a partir das exposições orais, os estudantes possam se aprofundar na estrutura
organizacional necessária para a construção de uma ONG. Vale lembrar que será, sempre,
a partir de suas próprias vivências que os estudantes vão seguindo o passo a passo nessa
construção.
A atividade propõe que à medida que os estudantes forem apresentando seus registros
para os colegas, o professor vá juntando e ordenando os cartazes produzidos para apre-
ciação de todos. Será necessária, a partir disso, a criação de uma estrutura que facilite a
utilização do conhecimento de forma efetiva nas próximas aulas. Isso implica, portanto, na
produção de um documento que deve ter como base a seguinte questão:
Como extrair dos registros o que é mais importante para a criação de uma ONG?
Além das informações que os estudantes forem apresentando, o professor deve questionar
se existe algum conhecimento que gostariam de acrescentar às informações que trouxeram. O
professor, portanto, deve estar voltado a todo tempo a mediar as colocações dos estu-
dantes ao contexto específico de criação de uma ONG.
Avaliação
Assim, ao final da aula, o professor deve abrir espaço para uma Roda de Conversa com os
estudantes para que eles possam falar sobre as informações que consolidaram e por que
acreditam que elas são essenciais para serem seguidas na construção de uma ONG. Vale
ressaltar que a atividade desta aula integra a aprendizagem dos estudantes numa única
direção – formar a base necessária e definir os próximos passos na criação de uma ONG.
Ao escutar as falas dos estudantes, o professor deve estar atento às evidências que
demonstram a integração do conhecimento pelos estudantes (orientada a garantir também
novos conhecimentos). A forma como os estudantes selecionam as informações,
relacionam entre si, abordam o que é mais importante, verbalizam o que é necessário são
alguns exemplos disso. Por meio dessas evidências, o professor percebe também se os
estudantes são capazes de valorizar o que aprenderam.
É um exemplo de ONG para que os estudantes conheçam mais uma forma de organização
administrativa/gestão nesse formato. O trabalho principal da ONG é inspirador, pois leva
a Arte até onde as crianças e adolescentes estão abrigados, como estratégia para a
transformação pessoal e social deles. A ONG começou com uma ideia simples de fazer do
Natal uma data feliz para crianças de instituições sociais e chegou ao que a Transforme
Sorrisos é hoje. No site da ONG os estudantes encontram a sua missão, visão e premissas,
o que pode contribuir para expandir a compreensão sobre os passos necessários para a
construção de uma ONG.4
Referência Iconográfica:
Disponível em: <www.icebrasil.org.br/surl/?f48cd5>. Acesso em novembro de 2021.
É chegada a hora de pôr a “mão na massa”. Toda a aprendizagem construída até agora foi
devidamente ordenada, estruturada para dar subsídios à escolha do tipo de ONG a ser cria-
da pelos estudantes nesta aula e nas próximas.
Como se sabe, uma das propostas pedagógicas defendidas nas aulas de protagonismo é
sempre: Faça você mesmo! É dessa forma que se valoriza o conhecimento e coloca o
estudante no centro do aprendizado. Não se trata de algo novo, pois é assim que se aprende
desde a infância. Contudo, ainda é preciso romper as barreiras de uma Educação que, ao
longo da sua história, cedeu espaço para outras formas de conceber o currículo.
Assim sendo, o que se propõe de agora em diante é o resgate do “aprender fazendo”, algo
que pode ser assustador para os mais céticos devido às inúmeras possibilidades de
caminhos a se seguir nessa construção.
Assim, o que antes foi agrupado e organizado será utilizado pelos estudantes ao seu modo.
A princípio, tudo se torna mais imprevisível, o que, aos olhos de quem está de fora, pode
parecer sem lógica e sem solução. O que será! Mas só até o momento em que todos
(professor e estudantes) buscarem dentro de si os seus recursos e se dispuserem a
experimentar sem medo de errar.
Materiais Necessários
• Folhas de papel ofício – para cada estudante sugerir nome da ONG;
• Folhas de papel ofício – para cada estudante definir os valores da ONG.
Roteiro
ATIVIDADES PREVISÃO
DESCRIÇÃO
PREVISTAS DE DURAÇÃO
Objetivo
Desenvolvimento
1º Momento
Essa atividade propõe que os estudantes definam que tipo de ONG pretendem criar. Como
ponto inicial, é preciso discutir com os estudantes os seus interesses, mediando a
conversa para que todos possam convergir o que querem para o surgimento de uma única
Assim sendo, posto o desafio, cabe ao professor mobilizar os estudantes nessa direção.
Não basta aguçar apenas o que viram, ouviram, aprenderam e socializaram até esta aula,
também é importante estimular que todos busquem dentro de si uma vontade interna na
defesa da causa escolhida. Isso porque, é preciso lembrar que toda ONG não parte só da
necessidade de uma comunidade, mas, sobretudo, da realização individual das pessoas
que descobrem que podem fazer algo para melhorar a vida de outras.
É importante destacar que muitas ONGs partiram de um ou dois projetos que realizaram
bem na sua comunidade. Muitas vezes, esses projetos definem a escolha do tipo do ONG a
ser criada, funcionando como ponto de partida para a definição e até escolha do nome que
a ONG leva. Um exemplo disso é uma ONG criada depois das oficinas de arte para filhos de
trabalhadores de uma usina ou depois de uma campanha para arrecadação de donativos
para uma comunidade carente do bairro.
2º Momento
Ao escolherem que tipo de ONG vão criar, os estudantes devem incluir nessa etapa quais os
valores fundamentais que compartilham. Os valores funcionam como princípios que uma
ONG se compromete a manter em todos os aspectos do seu trabalho. A título de exemplo,
responsabilidade e transparência são valores que todas as ONGs devem compartilhar.
Isso ajudará os estudantes a definirem a missão e visão da ONG nas próximas aulas.
Essa etapa da atividade é tão importante que o professor deve pedir para cada estudante
desenhar a sua mão numa folha de papel. Em cada dedo da mão desenhada devem colocar
um valor que acreditam que deva orientar a ONG. Em seguida, colocar os estudantes em
grupos para compartilharem as mãos com os valores. Cada integrante do grupo deve
concordar sobre cinco valores mais importantes que têm em comum. Depois, cada grupo
precisa escrever a sua lista e colocá-la exposta numa parede para apreciação de todos.
Com o apoio do professor, os estudantes precisam encontrar um conjunto principal de va-
lores que todos compartilharam.
Nessa etapa final é importante expor a lista de valores com o nome da ONG já definido no
momento anterior. Esse material será um recurso valioso para os próximos passos na cria-
ção da ONG pelos estudantes.
Avaliação
Espera-se que os estudantes tenham mobilizado todo o conhecimento para escolha do tipo
de ONG a ser criada. Ao definirem o nome da ONG e os valores, que eles tenham ressignifi-
cado a aprendizagem construída até esta aula e tenham se sentido representados nas es-
colhas que fizeram. Para isso, é importante que o professor realize uma Roda de Conversa
com os estudantes para que eles possam falar sobre isso.
Na sequência abaixo seguem alguns pontos para apoiar a avaliação dos estudantes. Cabe
ao professor constatar:
Na estante
Referência Iconográfica:
Disponível em: <www.icebrasil.org.br/surl/?f6a6fe>. Acesso em novembro 2021.
Tão importante quanto saber qual a causa que se pretende defender ou problema social
que se busca resolver é direcionar a motivação necessária dos estudantes para a construção
de uma visão de futuro.
A Visão de futuro revela o sonho da ONG a ser fundada, algo simples de ser construído se
não desafiasse os estudantes a pensarem em longo prazo. Isso porque alguns estudantes
não sabem como adquirir uma visão para mais além de umas vagas ideias sobre o que
desejam alcançar. Entretanto, para se ter êxito em qualquer empreendimento é necessário
ir mais adiante. É preciso fazer um esforço consciente para determinar um rumo mais
específico para a ONG.
Sem Visão não se pode prever nada adequadamente. Não tendo claro o destino da ONG,
tampouco se pode investir tempo para alcançá-la. Ter uma Visão ajudará a fixar as metas
e os objetivos da ONG, ajudará na elaboração de um planejamento das ações. É relevante
adquirir uma Visão para se ter uma imagem clara do que se pretende conquistar no futuro.
É sobre a construção da Visão de futuro que essa aula irá tratar.
Roteiro
ATIVIDADES PREVISÃO
DESCRIÇÃO
PREVISTAS DE DURAÇÃO
Atividade
Preliminar: Três Reflexão pessoal sobre a Visão de futuro. 25 minutos
perguntas
Objetivo
Desenvolvimento
1º Momento
Uma vez definido o tipo de ONG, seu nome e os seus valores, de fato, pode-se dizer que os
estudantes deram o primeiro passo na sua construção. Contudo, nesta aula será necessário
preparar os estudantes para o planejamento da ONG nos mínimos detalhes. Para isso, é
preciso definir a Visão da ONG.
Como não basta ter boas ideias e amor a uma causa, uma ONG deve ser capaz de ter uma
Visão de futuro e traduzir sua Visão em projetos e atividades que tenham impactos men-
suráveis e bem recebidos pela comunidade. Nesse sentido, é preciso retomar com os estu-
dantes uma conversa sobre “começar pequeno” ou não “dar um passo maior que as per-
nas”. Isso quer dizer que eles precisam decidir se todas as coisas que pretendem realizar na
ONG seriam eficientemente atendidas logo no início. Se eles não estão certos dos projetos
e atividades por onde começar, devem retomar os pontos que traduzem as necessidades
da comunidade e o que validaram na aula anterior: Vamos lá, incomode-se, mude o mundo!
Essa retomada é necessária porque, assim como os valores, a Visão é a “bússola” da ONG.
Ela vai orientar todas as decisões da ONG.
Assim sendo, os estudantes, em grupos, devem ilustrar e/ou escrever sua Visão em palavras.
Algumas perguntas devem ser mediadas pelo professor para estimular a Visão de futuro dos
estudantes, a exemplo: Como ficará a sua comunidade com a existência da ONG? Como
será a vida das pessoas? O que elas farão?
Em seguida, os grupos devem compartilhar suas visões com a turma para que todos identi-
fiquem pontos comuns e possam reescrever, com a mediação do professor, esses pontos em
uma frase concisa. Ao final, é esperado que a declaração de Visão descreva o que os estu-
dantes querem ou a imagem de mundo que querem criar. A Visão nada mais é do que como
a vida das pessoas, comunidades e da sociedade em geral ficará melhor com o resultado do
trabalho da ONG. Ela determina um cenário ideal a ser alcançado. Determina a direção que
deve servir de referência para os estudantes definirem os objetivos e propósitos da ONG
a serem alcançados. Nesta etapa, a mediação do professor é fundamental para se chegar
nessa construção.
2º Momento
Uma vez que os estudantes colocaram no papel a Visão da ONG, é preciso envolver também a
comunidade nesse processo. Para isso, definir dia para diálogo com a comunidade. O diálo-
go com a comunidade deve partir da aplicação do mesmo processo de construção da Visão
até a elaboração a qual chegaram os estudantes no primeiro momento. Sobre a organiza-
ção desse encontro, é imprescindível que os estudantes preparem tudo, contando com
o apoio do professor e da gestão escolar (Gestor, Coordenador Pedagógico e Coordenador
Administrativo-Financeiro), quando necessário.
A proposta é que, somente depois desse momento, se chegue à escrita final da visão de
futuro da ONG. É importante que os estudantes saibam que esse é apenas um dos primeiros
passos para o engajamento da comunidade com a ONG. Daqui para frente, tudo vai se tra-
duzir em muito esforço combinado e trabalho juntos. É importante que todos saibam que
esta aula será retomada para definição dos objetivos e metas da ONG. Portanto, é impor-
tante que desde já se firme o compromisso de todos com o propósito. Para ajudar nisso, os
estudantes devem criar uma lista de contatos e e-mails de todas as pessoas presentes. A ativida-
de se consolida quando os estudantes construírem e validarem, junto com a comunidade,
a visão de futuro da ONG.
Avaliação
Na estante
Livro: Pollyanna
Autora: Eleanor H. Porter
Editora: Martin Claret
Ano: 2007
Número de Páginas: 192
Embarque na emocionante história da doce Pollyanna que, após ficar órfã
aos 11 anos, vai morar com a sua amarga tia Polly, sua única parente viva. Rica e intransigente,
a tia é desprovida de compreensão e afetividade, e recebe a menina em sua casa como um
Referência Iconográfica:
Disponível em: <www.icebrasil.org.br/surl/?fe8e15>. Acesso em fevereiro de 2019.
A temática desta aula faz referência aos Gringotts Bank que somente quem é fã de Harry
Potter sabe o que significa. Assim sendo, cabe ao professor descrever um pouco o que é essa
série de ficção para que todos os estudantes compreendam a aula. No Beco Diagonal estão
os Gringotts Bank, onde os bruxos guardam dinheiro e têm seus cofres. Sobre isso, as habi-
lidades e a sagacidade dos Duendes de Gringotes é tamanha que controlam grande parte
das finanças no mundo dos bruxos e administram o Banco Gringotes. É por este motivo que,
de forma criativa, esta aula estabelece relações com a ficção, tendo como principal
foco a necessidade de os estudantes regulamentarem seus processos administrativos para
controle da sua ONG. Para isso, é necessário entender que o Planejamento deve fazer parte
da rotina da ONG, sendo um instrumento de extrema importância para organização diária de
cada um, que deve ser construído e partilhado entre todos.
Além disso, como toda instituição, todas as pessoas que fazem parte dela precisam conhecer
a sua Missão e estar de acordo a sua forma de funcionamento para que possam agir
de acordo com o que ela defende. Não é à toa que os Duendes de Gringotes consideram
“máxima traição” se alguém do seu meio, conhecedora do funcionamento da segurança dos
Dessa forma, assim como a Visão e Valores, a Missão é orientadora de todas as decisões que
as pessoas tomam na instituição. É sobre a definição da Missão como parte de um tripé fun-
damental na estruturação de um Plano estratégico que esta aula irá tratar.
Roteiro
ATIVIDADES PREVISÃO
DESCRIÇÃO
PREVISTAS DE DURAÇÃO
Objetivo
Desenvolvimento
1º Momento
Ao estabelecer relações entre a temática da aula e o filme de Harry Potter, o professor tem
possibilidade de abordar o conteúdo da aula de forma criativa e estimulante aos estudantes.
Assim, é preciso que, antes de tudo, o professor apresente aos estudantes, que não conhecem,
parte da história da obra sobre os Gringotes.
Assim como os Gringotes, que sabem exatamente o que têm que fazer e, por isso, tomam
contam dos ouros, armaduras, peles e porções dos bruxos, os estudantes precisam saber
Para facilitar o processo de construção, o professor deve solicitar que os estudantes con-
cordem sobre as palavras-chave ou conceitos trazidos pelos estudantes nas frases. É im-
portante que neste momento o professor reescreva no quadro branco da sala a Visão de
Futuro elaborada por eles na aula anterior: ONG? Que tal uma organização de gente que
faz! Onde tem problema deve haver solução. Essa é uma forma de ajudá-los a integrar o
funcionamento da ONG ao conjunto de um tripé que envolve também os valores. Em se-
guida, deve atribuir a um pequeno grupo a tarefa de unir as palavras-chave e conceitos em
uma ou duas frases concisas. É necessário preparar várias opções diferentes para que, no
fim, todos possam escolher entre elas a que acharem melhor. Caso seja necessário, o pro-
fessor pode trazer as declarações de Missão de outras ONGS como modelo para estudo
dos estudantes.
2º Momento
Como toda ONG faz, os estudantes devem revisar e atualizar periodicamente a declaração
de Missão da sua ONG. O melhor momento para fazer isso é no início de um processo de Pla-
nejamento estratégico, pois, é esperado que, na medida em que a ONG for “amadurecendo”,
ela provavelmente tenha que passar pelo refinamento da sua missão. É importante que os
estudantes percebam que não é possível partir para um Planejamento das ações da ONG
sem definição, primeiro, da sua Missão, pois é ela quem descreverá a principal atividade-pro-
pósito da ONG. Isso porque, é dela também que partirão as principais estratégias e atividades
em resposta às mudanças nas necessidades da comunidade e/ou ambiente no qual a ONG
envolve. Fazendo alusão aos Duendes de Gringotes, sobre a execução do seu trabalho como
guardiões dos tesouros dos bruxos e das responsabilidades as quais compartilhavam, eles
formavam um grupo fiel de guardiões porque sabiam exatamente por que trabalhavam, sen-
do essa a sua razão de existir. Assim sendo, uma vez definida a Missão, os estudantes preci-
sam comunicá-la a todas as partes interessadas, pois ela é meio para a participação coesa de
todos, principalmente da comunidade local e possíveis financiadores e parceiros. Tendo cla-
reza da Missão, não há motivos para não confiar no que a ONG faz, ser responsável e apoiá-la.
Tendo uma Missão clara, ela será traduzida nos projetos e atividades da ONG, o que
É necessário que o professor entregue aos estudantes os Valores, Missão e Visão impressos.
Avaliação
Após o encontro com a comunidade, o professor deve realizar uma Roda de Conversa
com os estudantes para que todos possam falar sobre como foi a apresentação da Missão
da ONG e/ou se a comunidade apresentou dúvidas sobre o que a ONG faz ou, ainda, se
houve propostas de outras iniciativas de interesse da comunidade que os estudantes não
estão contemplando até o momento.
O Projeto Arrastão atua no Campo Limpo, São Paulo, com uma série de programas aten-
dendo desde crianças, jovens e mães e também em projetos habitacionais e ambientais.
Mais que prestar assistência a essas comunidades, a organização promove mudanças cul-
turais minimizando riscos sociais e vem consolidando o seu papel de criar oportunidades
para o desenvolvimento sustentável local.
Referência Iconográfica:
Disponível em: <www.icebrasil.org.br/surl/?2df13f>. Acesso em dezembro 2021.
Para manter a ONG focada em sua Missão, o Planejamento estratégico é fundamental para
a definição dos objetivos, metas e avaliação dos resultados alcançados. Isso é importante
porque o Planejamento organiza todo o trabalho da ONG com tarefas, responsabilidades
e cronogramas definidos. Ou seja, o Planejamento estratégico é uma maneira sistemática
de avaliar onde a ONG se encontra agora e onde ela quer estar no futuro. Ele responde
perguntas sobre como a ONG será e o que fará de cinco a dez anos a partir de agora.
Um Plano de Ação começa pelos Valores, Visão, Missão da ONG, depois com o estabeleci-
mento da sua direção, prioridades e metas. Assim sendo, esta aula mantém os estudantes
“antenados” à Missão da ONG para que eles possam percorrer as principais etapas do Pla-
nejamento estratégico, por meio da elaboração do Plano de Ação da ONG.
Objetivo Geral
• Criar uma ONG de acordo com a estrutura necessária.
ATIVIDADES PREVISÃO
DESCRIÇÃO
PREVISTAS DE DURAÇÃO
Objetivo
Desenvolvimento
A atividade consiste no agrupamento dos estudantes (dez pessoas), com apoio do professor,
para início do Planejamento estratégico da ONG por meio da elaboração do Plano de Ação,
tendo como base os Valores, Visão e Missão da ONG. Cada grupo deve ter um moderador e
um escriba que possa cuidadosamente registrar as discussões em grupo. Sobre o papel do
moderador é importante saber:
De posse dos Valores, Visão e Missão da ONG, assim como do registro das trocas estabele-
cidas com a comunidade na aula anterior: E se os duendes de Gringotes fizessem parte da
organização de gente que faz? os estudantes devem discutir sobre os propósitos da ONG,
só que agora com foco nos projetos a serem desenvolvidos, no envolvimento de pessoas da
comunidade e nos recursos necessários.
Portanto, com ajuda do professor, cada grupo deve fazer um cuidadoso levantamento das
necessidades e pontos de interesses da comunidade buscando responder as seguintes
questões:
Todas essas questões são importantes para início da elaboração do Plano de Ação da ONG
que deve começar a partir de então.
Avaliação
Dessa forma, o professor deve avaliar durante toda a atividade a capacidade dos estudantes
em estabelecer relações entre o resultado pretendido da ONG, com o trabalho que precisa
ser planejado. Ou seja, quanto mais os estudantes conseguirem descrever o que precisam
para alcançar resultados, mais capazes e empoderados do Planejamento eles demonstra-
rão estar. Essas relações facilitarão a elaboração do Plano de Ação, que já se inicia nesta
aula. Cabe ao professor observar, portanto, o quanto os estudantes conseguem avançar no
Plano. De toda forma, vale ressaltar que nas próximas aulas os estudantes vão dar continui-
dade à elaboração do Plano de Ação que já se iniciou.
Livro: Hobbit
Autor: John Ronald Reuel Tolkien
Editora: WMF Martins Fontes
Ano: 2013
Número de Páginas: 328
Prelúdio de O senhor dos anéis, O Hobbit conquistou sucesso imediato
quando foi publicado em 1937. Vendeu milhões de cópias em todo o mundo e estabeleceu-se
como um clássico moderno e um dos livros mais influentes de uma geração. Bilbo Bolsei-
ro é um hobbit que leva uma vida confortável e sem ambições. Mas seu contentamen-
to é perturbado quando Gandalf, o mago, e uma companhia de anões batem à sua porta
e levam-no para uma expedição. Eles têm um plano para roubar o tesouro guardado por
Smaug, o Magnífico, um grande e perigoso dragão. Bilbo reluta muito em participar da
aventura, mas acaba surpreendendo até a si mesmo com sua esperteza e sua habilidade
como ladrão! Tradução de Lenita Maria Rímoli Esteves.8
Referência Iconográfica:
Disponível em: <www.icebrasil.org.br/surl/?737b82>. Acesso em dezembro de 2017.
Toda ONG que se preze constrói uma rede de aliados por meio de relacionamentos sólidos,
baseados em objetivos e metas compartilhadas, confiança e benefício mútuo, com a sua
comunidade. Sendo assim, dando continuidade à aula anterior Nada acontece antes de
um sonho: de volta à missão, a definição dos objetivos da ONG é apenas uma das etapas
iniciais do Planejamento estratégico e tão importante quanto a sua Missão, pois é por meio
dos objetivos alcançados que a ONG cria mudanças duradouras para a sua comunidade.
É também por meio dos objetivos que é possível responder o que a ONG fará e o que terá
realizado em um tempo estimado. É sobre isso que esta aula irá tratar.
Objetivo Geral
• Criar uma ONG de acordo com a estrutura necessária.
ATIVIDADES PREVISÃO DE
DESCRIÇÃO
PREVISTAS DURAÇÃO
Objetivo
Desenvolvimento
1º Momento
1- solicitar que os estudantes façam uma breve introdução sobre a ONG que
criaram, situando a sua causa atual e seus desafios. É possível também fazer
uma descrição sucinta da realidade da comunidade que a ONG atende. Neste
momento, é importante retomar a aula: ONG? Que tal uma organização de
2º Momento
É a partir desta aula em diante que os estudantes devem buscar tornar sustentável sua
ONG, e isso é muito mais do que torná-la financeiramente operante, é preciso buscar isso
desde a sua Visão e Missão. Tendo essa compreensão, ao final, cada grupo deve apre-
sentar as metas que definiram para discussão e validação das mesmas envolvendo toda a
turma.
Solicitar que os estudantes definam grupos de oito pessoas para criação de um comitê
estratégico, responsável por discutir com a comunidade estratégias do Plano de Ação da
ONG. Além disso, é preciso que todos (professor e estudantes) articulem com a Equipe
Gestora da Escola a data para divulgação e realização desse momento.
Avaliação
Nesta aula, o domínio na construção do Plano de Ação da ONG é fundamental, mas isso
depende das articulações que os estudantes são capazes de fazer entre o que idealizaram e
a realidade apresentada. É por isso que deve ser mais valorizado pelo professor o processo
que leva a definição dos objetivos e metas da ONG, do que propriamente a escrita deles no
“papel”.
Além disso, é importante observar, durante as atividades, como todos participam e cola-
boram apresentando as suas propostas, se existe alinhamento entre os estudantes, se to-
dos convergem para um mesmo ponto de entendimento, se existe capacidade de síntese
e fluidez de pensamento. Além destes pontos, é importante observar também o nível de
comprometimento de cada um com a ONG, isso se torna observável quando os estudantes
expressam falas do tipo: “Isso é um grande desafio, mas todos juntos conseguiremos
alcançar”, “Vamos fazer a diferença na comunidade se cuidarmos dessa questão”, “Sonha-
mos com esse dia e vamos fazer a nossa parte”.
Por último, nesta aula, é importante observar também se os estudantes conseguem pontuar
as condições necessárias para o alcance da Visão da ONG, pois é por meio da definição dos
objetivos que eles entram num processo reflexivo de “conversar com a realidade” da comu-
nidade na qual estão inseridos. Sobre isso, pode ser que, ao formular os objetivos da ONG,
Na estante
Referência Iconográfica:
Disponível em: <www.icebrasil.org.br/surl/?9f46f2>. Acesso em dezembro de 2021.
5. Premissas e Objetivos
Pontos de partida e de chegada para atingir a visão.
6. Prioridades
Para cada objetivo: quais os pontos de maior impacto nos resultados.
De Resultados De Processos
Apuração de Medições no decorrer
resultados de médio do processo e o
e longo prazo período de apuração
(diário, semanal,
META
bimestral, etc.)
>.....%
>.....%
<.....%
Para que uma ONG alcance os seus resultados e tenha sucesso é fundamental um detalhamento
de ações que devem acontecer em curto, médio e longo prazos, implementadas por meio
de estratégias que são gerenciadas para que os objetivos sejam alcançados. As estratégias,
portanto, são mobilizadoras de esforços e, por isso, quando bem elaboradas conseguem
reunir ações precisas para obter o melhor retorno possível. Sobre isso, agora, mais do que
nunca, os estudantes devem ter clareza sobre o presente e o futuro da ONG, pois é nesta
aula que passarão a ter critérios para uma atuação mais direcionada na ONG
Objetivo Geral
• Compreender a importância das estratégias para alcance dos objetivos da ONG.
ATIVIDADES PREVISÃO
DESCRIÇÃO
PREVISTAS DE DURAÇÃO
Objetivo
Desenvolvimento
1º Momento
A proposta desta aula é que os estudantes criem um “comitê estratégico”, composto por
oito pessoas em cada grupo, para organizar plenárias abertas à comunidade com o intuito
de discutir e decidir as estratégias do Plano de Ação da ONG. É fundamental que este
momento seja alinhado com a Equipe Escolar (Gestor e Coordenador Pedagógico) e
realizado com a participação ativa de todos os estudantes. A proposta é que a comunidade
contribua no alcance dos resultados a serem alcançados pela ONG ou na solução de algumas
problemáticas. Vale ressaltar que o conhecimento da comunidade e as coisas que ela está
interessada em aprender e fazer podem vir a ser ótimas estratégias para a ONG.
Um ponto importante na construção das estratégias é que elas devem ser discutidas numa
ordem de trás para frente do Plano de Ação, ou seja, ao descrevê-las é preciso assegurar
que elas produzirão os resultados esperados. Isso porque, embora o Plano de Ação seja es-
crito da esquerda para direita, ele ajuda a trabalhar da direita para a esquerda à medida que
os estudantes o desenvolvem. Portanto, quando lidos os objetivos, metas e estratégias, em
2º Momento
Após a definição das estratégias, todos os estudantes devem socializar suas elaborações
para a turma. Para isso, serão realizadas apresentações de cada comitê. A proposta é que
todos validem o que construíram junto com a comunidade e alinhem o que for necessário.
Feito isso, o Plano de Ação está pronto para atribuir tarefas e responsabilidade a cada mem-
bro que compõe a ONG. Lembrar que as ações irão concretizar as estratégias e atingir as
metas do Plano de Ação, o que exigirá também, um cronograma com prazo das ações para
cada pessoa.
É importante ressaltar que a partir desta aula os estudantes devem fazer uma avaliação
sistemática dos resultados alcançados na ONG (aplicação do *PDCA). É por este motivo
que as estratégias do Plano de Ação podem mudar com o passar do tempo, pois é por
meio das estratégias que a ONG, continuamente, seguirá aprendendo e crescendo, e que
os estudantes vão conseguir identificar o que realmente devem fazer para isso acontecer.
*Para PDCA – Ciclo da melhoria contínua. Sobre isso, retomar aula: Nada está tão bem que
não possa melhorar: Como fazer a engrenagem girar? O PDCA ao vivo no Clube. Quando
os estudantes utilizaram esse instrumento de gestão para aprimoramento dos seus Clubes
de Protagonismo.
Um ponto principal a ser avaliado nesta aula é se os estudantes são capazes de definir as
estratégias do Plano de Ação. Contudo, vale ressaltar que mais que conseguirem colocar
“no papel” as estratégias, é importante que durante essa construção tenham feito uma
análise sistemática dos resultados que buscam alcançar na ONG. O professor observa isso,
principalmente no primeiro momento da atividade, quando os estudantes analisam os ob-
jetivos e identificam os pontos fortes da comunidade.
Na estante
Referência Iconográfica:
Disponível em: <www.icebrasil.org.br/surl/?e02255>. Acesso em dezembro de 2021.
Todas as coisas que uma ONG precisa para realizar sua Missão requerem um planejamento fi-
nanceiro, pois isso inclui recursos. Isso significa que, além de recursos financeiros, é preciso
que a ONG tenha condições ou alternativas para manter seus funcionários, espaço, equipa-
mentos, materiais, suprimentos, desenvolver habilidades, pessoas para trocar experiên-
cias e construir uma rede ampla de relacionamentos. Portanto, desenvolver um orçamento
para a organização é uma das tarefas mais desafiadoras para os estudantes. O importante
é que todos compreendam que orçamento é um componente crítico para o sucesso da
ONG, pois isso determina o limite da sua atuação. Sendo assim, esta aula insere os estu-
dantes no exercício constante de desenvolvimento financeiro da sua ONG.
Objetivo Geral
• Compreender a importância do planejamento financeiro para estruturação da ONG.
Roteiro
ATIVIDADES PREVISÃO
DESCRIÇÃO
PREVISTAS DE DURAÇÃO
Objetivo
Desenvolvimento
1º Momento
Para que uma ONG funcione bem e alcance os seus resultados é preciso que ela tenha um
planejamento financeiro em longo prazo e adote uma prática de prestar informações à
comunidade sobre de onde vem o seu dinheiro e para que ele é usado. Isso porque o suces-
so de uma ONG depende da gestão de todos os recursos e, principalmente, do financeiro.
Outro ponto importante é que a comunidade tem o direito de saber o que a ONG realiza e
como está usando tudo o que recebe.
Uma ONG é uma organização sem fins lucrativos e pode ter diversas fontes de recursos
e estratégias para captar recursos, uma delas pode ser oriunda do voluntariado de
pessoas da própria comunidade para realizar seu trabalho com eficiência. Sabendo disso,
os estudantes precisam criar um Comitê formado por estudantes interessados para o
gerenciamento e as finanças da ONG. Uma das atribuições de quem participa desse Comitê
é analisar e aprovar as parcerias da ONG (assunto abordado na próxima aula: Parceiros,
bem-vindos! O diálogo com os que não estão na Organização de Gente que Faz, mas se
interessam pelo que ela faz) e supervisionar todas as questões de orçamento, arrecadação
de fundos e planejamento de projetos da ONG.
Assim sendo, para escolha dos membros do Comitê é preciso buscar, entre os colegas
aqueles que, além de interessados, tenham maior facilidade em tomar decisões e sejam
flexíveis (na sequência desta aula há mais informações sobre o perfil desses estudantes).
Além disso, é fundamental que esses membros estejam comprometidos com a Visão, Valo-
res e Missão da ONG, além de serem líderes servidores. Outro ponto importante na escolha
é informá-los previamente que todos precisarão dedicar mais tempo à “gestão” da ONG,
diferentemente dos outros membros da ONG. É neste momento que o professor deve apro-
veitar para validar com os estudantes as funções e cargos existentes na ONG. É importante
que todos entendam que possuem um trabalho a realizar e todos são importantes para
a ONG.
Abaixo, seguem alguns pontos para apoiar os estudantes na identificação dos membros do
Comitê. Espera-se que os escolhidos sejam capazes de:
2º Momento
Uma vez definidos os membros do Comitê, estes devem articular com os outros estudantes
as direções das ações da ONG e suas prioridades para trazer recursos para a organização.
Isso porque, ao validarem as prioridades e ações da ONG, os estudantes criam condições
para a operacionalização do planejamento financeiro da ONG, facilitando a tomada de
decisões quanto à autorização dos projetos e aprovação das despesas. Para isso, dar
seguimento ao preenchimento do Plano de Ação disponibilizado no anexo da aula anterior:
Definindo os objetivos e as metas de uma organização de gente que faz.
É importante explicar aos estudantes que, na medida em que a ONG cresce e amadurece, é
necessário um planejamento financeiro para assegurar novos projetos, funcionários, re-
cursos, doadores e parceiros. O planejamento financeiro é, portanto, uma forma de ga-
rantir, desde o início, que a ONG tenha o que é necessário para realizar o seu trabalho, pois
tudo deve perpassar também pelo financeiro. E, isso é responsabilidade que cabe agora ao
Comitê que, mais que buscar recursos, tem que saber priorizar o que querem para alcançar
seus objetivos. Assim sendo, cabe ao Comitê:
Avaliação
Embora a liderança servidora seja algo desenvolvido na prática, ao longo da própria vivência
dos estudantes na ONG, o professor deve estar atento ao movimento de identificação que
os estudantes realizam para definição dos membros do Comitê, pois isso tem que ocorrer
a partir do perfil determinado. Assegurar o perfil dos membros do Comitê é uma forma de
garantir que a ONG tenha, de fato, um planejamento financeiro bem produzido, estratégico
e que antecipe os mais diferentes cenários possíveis.
Referência Iconográfica:
Disponível em: <www.icebrasil.org.br/surl/?0353f0>. Acesso em dezembro de 2021.
Uma ONG não pode concretizar sozinha sua Visão para uma sociedade melhor sem criar
uma rede de parceiros que possa apoiá-la. É por meio de parcerias que a ONG pode ampliar
sua base de suporte, ter acesso a novos recursos, incluindo fundos, verbas, além de informações,
experiências e habilidades, assim como pode atingir novas populações, ganhar espaço
e visibilidade.
As parcerias podem ser firmadas de diferentes formas, mas quanto mais formal e estruturada,
mais fácil de avaliar os resultados alcançados. Um bom parceiro para a ONG é aquele que
agrega valor a ela, pode ser na troca de informações, ideias, experiências e não só investindo
dinheiro. Partindo disso, esta aula estimula os estudantes a pensarem nas parcerias que
devem ser criadas para a sua ONG e o tipo de relacionamento que desejam construir por
meio delas. Esta aula é, portanto, uma fonte de ideias e de informações que fortalecem ainda
mais a causa da ONG.
Roteiro
ATIVIDADES PREVISÃO
DESCRIÇÃO
PREVISTAS DE DURAÇÃO
Objetivo
Desenvolvimento
1º Momento
Para início de conversa, o professor deve perguntar aos estudantes sobre os projetos da
ONG e quais deles já acontecem com apoio de algum parceiro. Assim como, para novos
Outro ponto a ser discutido com os estudantes é sobre a importância da confiança que
a comunidade deposita na ONG, pois isso é um dos ativos mais importantes para a ONG
ter uma boa reputação diante de todos, principalmente, dos parceiros. Vale ressaltar que
quanto mais a ONG conquista essa reputação executando projetos que respondem às
necessidades da comunidade, mais recompensa a confiança com os parceiros que possuem.
2º Momento
- visão compartilhada - embora cada parceiro possa ter sua própria Visão,
uma Visão compartilhada ajuda a todos a definir objetivos comuns;
Por fim, uma vez identificados possíveis parceiros, cabe aos estudantes organizarem ma-
neiras de entrar em contato com eles, o que pode ser por meio de chamadas por telefone,
reuniões e/ou e-mails.
Avaliação
A jovem dedicou seus dias em países como Tailândia, Camboja e Vietnã dando aulas de
inglês para crianças, policiais, monges e agricultores. Em troca, ela recebeu alimentação
e acomodação. Além dessas ações, Letícia conseguiu, de forma coletiva, arrecadar fundos
para ajudar na cirurgia de um aluno que tinha dificuldades para falar.
Referência Iconográfica:
Disponível em: <www.icebrasil.org.br/surl/?ac43d8>. Acesso em dezembro de 2021.
Objetivo Geral
• Articular o plano com a comunidade e seu entorno para envolvimento cada vez
maior da comunidade e seus parceiros com a ONG.
ATIVIDADES PREVISÃO
DESCRIÇÃO
PREVISTAS DE DURAÇÃO
Atividade:
Florada das Desenvolvimento de ações para identificar no-
45 minutos
cerejeiras da vas lideranças e espaços de atuação da ONG.
ONG.
Objetivo
Desenvolvimento
Não deve ser novidade para os estudantes que uma boa forma de ajudar a ONG a crescer e
perpetuar o seu trabalho é abrindo as portas para que os membros da comunidade pos-
sam contribuir com as suas ideias e com a revisão anual do seu Plano de Ação. É também
por meio dessa prática que a ONG obtém feedbacks da própria comunidade sobre suas
propostas e comprova o impacto de suas ações. Assim sendo, abaixo seguem algumas
ações para os estudantes fortalecerem ainda mais o crescimento e atuação da ONG:
Assim sendo, para todos os pontos acima mencionados, os estudantes devem discutir em
Avaliação
O envolvimento cívico é um exercício de cidadania que cabe a todos. Assim como todas
as pessoas podem desenvolver o perfil para a liderança, toda pessoa pode colaborar na
melhoria de suas comunidades. Dessa forma, o professor deve estar atento à participação
e ao amplo envolvimento dos estudantes e comunidade nesta direção. Para isso, verificar
as oportunidades criadas pelos estudantes para que outras pessoas se beneficiem e par-
ticipem da ONG.
O crescimento da ONG por meio desse reconhecimento pela comunidade e todos os en-
volvidos (parceiros também) é demonstração do desenvolvimento do protagonismo pelos
estudantes. Assim sendo, cabe ao professor valorizar isto no momento de avaliação junto
com os estudantes. Para isso, é apropriada uma Roda de Conversa com estudantes para
ouvir deles sobre como se enxergam. Como apoio ao professor, abaixo seguem alguns pon-
tos que devem ajudar na valorização das falas dos estudantes em relação ao protagonismo
deles, quando eles relatam:
Na estante
[...]
O start da Organização de Gente que Faz se inicia com a validação final do Plano de Ação da
ONG construído até esta aula, pois foi por meio desse instrumento que a Visão de futuro da
ONG se pactuou perante todos os envolvidos, e tudo o que foi planejado até agora pode ser
implementado com maior propriedade daqui para frente.
Objetivo Geral
• Aplicar o conhecimento adquirido no âmbito da atuação protagonista na
efetivação da ONG construída.
Materiais Necessários
• Computadores ou tablets conectados à internet para a elaboração
de storytellings .
ATIVIDADES PREVISÃO
DESCRIÇÃO
PREVISTAS DE DURAÇÃO
Objetivo
Desenvolvimento
1º Momento
Para reflexão e valorização do conhecimento dos estudantes construído até essa aula, é
importante que o professor retome as aulas Vamos lá, incomode-se, mude o mundo! e
ONG? Que tal uma Organização de Gente que Faz! Onde tem problema deve haver solu-
ção, pois essas aulas tratam do envolvimento dos estudantes com as problemáticas de
suas comunidades no nível de construção de uma ONG. Os estudantes iniciaram, naquele
momento, um processo reflexivo sobre a importância de defender uma causa de interesse
comum e construíram uma Visão de futuro compartilhada com o planejamento da ONG.
Assim sendo, considerando que defender uma causa mobiliza pessoas a contarem histó-
rias, esta aula incentiva os estudantes a buscarem depoimentos de pessoas para quem a
ONG presta serviço (membros da comunidade) para falarem sobre seu envolvimento com
É importante destacar que esse movimento de coleta de depoimentos fortalece ainda mais
o trabalho da ONG e é uma forma de valorizar tudo o que os estudantes criaram e apren-
deram ao longo desse percurso até esta última aula. Isso também proporciona um registro
“histórico” sobre como tudo começou, antes mesmo da ONG ser o que é hoje (uma Organi-
zação de Gente que Faz planejada estrategicamente). É por meio da busca de depoimento
que os estudantes também são mobilizados a relatarem a própria trajetória protagonista
a partir de suas perspectivas e das aulas de Protagonismo. Assim, além de aprenderam a
contar histórias, estão valorizando as suas trajetórias.
É importante saber que nesta atividade é necessário que os estudantes divulguem tudo o
que produziram, haja vista que é por meio da divulgação dos depoimentos que os estudan-
tes vão ajudar tantas pessoas a entenderem o trabalho da ONG, principalmente em torno
do seu público, doadores e parceiros, além de influenciarem outras pessoas a quererem
participar da ONG e impactarem positivamente no mundo da mesma maneira que eles.
Portanto, essa divulgação fortalece e cria ainda mais um grupo de defesa, aliados e parceiros
que apoiarão a ONG no que for preciso.
2º Momento
Avaliação
Outro ponto importante é que os estudantes falem sobre a divulgação dos depoimentos e
seu impacto na visibilidade da ONG e façam isso falando não apenas sobre como outras
pessoas enxergam a ONG, mas como eles se identificam com o que escutaram/coletaram
das pessoas. Assim sendo, é necessário que eles digam o que perceberam de positivo na
forma como a ONG se faz representada por seus beneficiários, voluntários, convidados,
integrantes, parceiros e investidores. Espera-se que os depoimentos tenham colaborado
na maior interação entre todos e agregado ainda mais valor à ONG.
Por fim, é importante que os estudantes falem sobre todo o percurso de elaboração da
ONG e das suas expectativas de trabalho que avançam nesta nova etapa. Sobre isso, é
esperado que os estudantes estejam apropriados de todo o percurso de planejamento da
ONG e tenham clareza de todos os critérios da sua execução.
No link14 do site abaixo, os estudantes encontram as 100 melhores ONGs do Brasil que
receberam uma premiação pela consultoria Mundo que Queremos e o Instituto Doar.
Filme: Okja
Direção: Bong Joon-ho
Países de Origem: Coréia do Sul e Estados Unidos
Ano: 2017
Duração: 1h58mim
Capaz de cativar e assustar na mesma proporção, o filme conta a
história de uma porca gigante chamada Okja e sua amizade com a
pequena Mikha (Seo-Hyun Ahn), uma menina órfã que vive com o avô em uma casinha
isolada no meio das montanhas. Parando por aí, Okja poderia facilmente ser confundido com
uma obra de Miyazaki, cheia de ternura e fantasia. Mas há mais pontos de comparação com
o cineasta japonês. Marcadamente político, o pano de fundo dessa amizade é uma engenho-
sa ação de marketing de uma poderosa corporação do agronegócio chamada Mirando. In-
terpretada por Tilda Swinton, a empresária Lucy faz de tudo para que seus consumidores
comprem a ideia de que Okja foi criada por um fazendeiro, em razão de um concurso para
eleger o melhor superporco. Porém, a porca, na verdade, é fruto de um experimento em la-
Filme: Lionheart
Direção: Genevieve Nnaji
País de Origem: Nigéria
Ano: 2018
Duração: 1h35mim
A história de Lionheart fala sobre Adaeze, uma mulher que se preparou
a vida toda para substituir o pai na transportadora da família, chamada
Lionheart – daí o título do filme. Quando o patriarca sofre um enfarto e
precisa se afastar da empresa, em vez de colocar Adaeze no lugar ao qual ela se dedicou para
assumir, ele escolhe um irmão – tio dela – que é inexperiente para negócios. É um sujeito
que nunca comandou nada e que não faz a menor ideia de como gerir um negócio. Com a
Lionheart prestes a falir, Adaeze precisa se unir ao tio para salvar a empresa. Nesse caminho,
ela acaba se aproximando dele e descobrindo que, mesmo sendo uma pessoa sem tino para
negócios, eles têm várias coisas em comum além do parentesco.16
Referência Iconográfica:
Disponível em: <www.icebrasil.org.br/surl/?240c7b>. Acesso em dezembro de 2021.