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GOVERNO DO ESTADO DO MARANHÃO

Carlos Brandão
Governador do Estado

Leuzinete Pereira da Silva


Secretário de Estado da Educação

André Bello
Secretário Adjunto de Educação Profissional e Integral

Emanuel Denner Lima de Sena Rosa


Superintendente de Gestão e Suporte à Educação Profissional e Integral

Lília Mendes Lobato


Coordenadora Pedagógica do Programa Mais Integral

EQUIPE DO PROGRAMA MAIS INTEGRAL:


Emanuel Denner Lima de Sena Rosa
Emanuelle Ferreira Lobato Pereira
Geysa Adriana Soares Azevedo
Hermínio Benitez Rabello Mendes
Jonny Erick dos Santos Ferreira
Julio Cesar Ferreira da Silva
Kennya Teresa Brito Castro
Lília Mendes Lobato
Marília Danielle Amaral Moreira Aroucha
Ricardo Gonçalves Cardoso
Rômulo Alves
Sérgio Fernandes de Melo

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ORGANIZAÇÃO:
Lília Mendes Lobato

AUTORES:
Alex Reis Barroso
Flavia Regina da Silva Correa
Kennya Teresa Brito Castro
Lília Mendes Lobato
Marília Danielle Amaral Moreira Aroucha
Victor Eduardo Gomes Ferreira

EQUIPE DE REVISÃO:
Kennya Teresa Brito Castro
Lília Mendes Lobato
Marília Danielle Amaral Moreira Aroucha

DIAGRAMAÇÃO:
Alex Reis Barroso
Arthur Moreira Aroucha
Flavia Regina da Silva Correa
Lília Mendes Lobato
Marília Danielle Amaral Moreira Aroucha

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Olá, educadores(as)!

Este ABC de Protagonismo é para uso do professor e está sistematizado em


temas que devem ser abordados no ano letivo de 2023 nas salas do 6º ano das Unidades
Mais Integral.
As aulas estruturadas podem ser executadas conforme o planejamento do
professor(a), sempre respeitando as fases de desenvolvimento de cada turma. Deste
modo, cada tema possui uma sugestão de sequência didática flexível que permite
variações conforme o nível dos estudantes, por exemplo: a aula 01 está estruturado em
um momento para sensibilização e mais 3 momentos didáticos para desenvolvimento da
temática proposta, que podem ser executados em uma ou várias aulas; as discussões
dos textos e vídeos podem ser aprofundadas ou realizadas de maneira mais ampla etc.
Assim, os temas, os objetivos, os materiais e a estruturação das aulas são
apresentados em um único formato, porém, o professor pode adotar metodologias
didáticas variadas, conforme a maturidade dos estudantes, bem como os contextos,
tempos e espaços disponíveis na UMI.
Por fim, desejamos bons estudos e boas aulas!

Equipe Pedagógica Mais Integral

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ABC – PROTAGONISMO 6º ANO

1. PROTAGONISMO – PRINCIPAIS CONCEITOS


▪ AULA 1 – Protagonismo: a novela da vida real
▪ AULA 2 – Protagonismo: Conceitos iniciais
▪ AULA 3 – Protagonismo e Afetividade
▪ AULA 4 – Protagonismo e ética
▪ AULA 5 – protagonismo e cidadania

2. PROTAGONISMO ESTUDANTIL NA PRÁTICA


▪ AULA 6 – Papo cabeça sobre liderança de turma
▪ AULA 7 – Compreendendo as atribuições do líder
▪ AULA 8 – Protagonizando nos Clubes
▪ AULA 9 – Participação dos estudantes na UMI
▪ AULA 10 – Protagonismo na UMI

3. ESPAÇOS DE PROTAGONISMO
▪ AULA 11 – Meio Ambiente: o que tem a ver comigo?
▪ AULA 12 – Protagonismo e Meio Ambiente Sustentável
▪ AULA 13 – Conhecendo os espaços de protagonismo na UMI
▪ AULA 14 – A escola dos meus sonhos
▪ AULA 15 – Sou UMI: eu escolho amar e cuidar
▪ AULA 16 – Participação social ativa
▪ AULA 17 – Protagonismo para além dos muros da UMI

4. IDENTIDADE E PERFIL PROTAGONISTA


▪ AULA 18 – Juventude ou Juventudes?
▪ AULA 19 – Sou protagonista da minha própria história
▪ AULA 20 – O estudante protagonista e o seu projeto de vida

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Sumário

AULA 01 – Protagonismo: a novela da vida real ............................................................. 7

Aula 02: Protagonismo Juvenil: conceitos iniciais.......................................................... 15

AULA 03: Protagonismo e Afetividade........................................................................... 20

AULA 04: Protagonismo, Ética e Moral ......................................................................... 25

AULA 05: Protagonismo, Ética e Cidadania .................................................................. 31

Aula 06 – Papo-cabeça sobre a Liderança na UMI. ...................................................... 38

Aula 07 – Compreendendo as atribuições de um Líder de Turma................................. 46

Aula 8: Protagonizando nos Clubes da UMI .................................................................. 54

AULA 9 - Participação dos estudantes na UMI .............................................................. 63

AULA 10 – Habilidades protagonistas ........................................................................... 72

AULA 11: Meio Ambiente: o que tem a ver comigo? ..................................................... 80

AULA 12: Protagonismo e Meio Ambiente Sustentável ................................................. 89

AULA 13 - Conhecendo os espaços de Protagonismo na UMI ..................................... 98

AULA 14 – A escola dos meus sonhos ........................................................................ 103

AULA 15 – Sou UMI: Eu escolho amar e cuidar .......................................................... 111

AULA 16 – Participação social ativa ............................................................................ 118

AULA 17 – Protagonismo para além dos muros da escola ......................................... 127

AULA 18 – Juventude ou juventudes?......................................................................... 133

AULA 19 – Sou protagonista da minha própria história ............................................... 143

AULA 20 – O estudante protagonista e o seu projeto de vida ..................................... 154

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AULA 01 – Protagonismo: a novela da vida real

OBJETIVOS
▪ Conhecer o termo Protagonismo Juvenil;
▪ Refletir sobre ações protagonistas realizadas na escola;
▪ Perceber os próprios sentimentos sobre o Protagonismo juvenil.

MATERIAIS
▪ Papel sulfite A4 colorido ou branco
▪ Canetas coloridas
▪ Projetor multimídia ou TV

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O BARCO

Passo 1: Distribua para cada aluno uma folha de papel e peça que façam um
barquinho.
Veja o passo a passo na figura abaixo:

Passo 2: À medida que os barcos vão sendo feitos, você conta a seguinte história:

O barco simboliza o nosso grupo, que vai navegando em alto-mar. Às vezes, vem
“aquela tempestade” (desentendimentos entre os colegas, medo de não gostar dos
novos colegas, inseguranças....) e aí o nosso barco começa a pesar para um lado e pode
afundar. (Professor(a), peça aos estudantes para cortar/rasgar uma ponta lateral do
barquinho).

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Depois de um tempo velejando vem o sol e vivemos várias coisas interessantes


(fazemos novos amigos, o professor faz uma atividade bacana ...), tudo parece ir bem.
Mas, então, vem uma “nova chuva” (alguém não faz o que estava combinado no contrato
de convivência, outro suja a sala ...) e isso leva o nosso barco para perto das pedras.
Esses obstáculos podem quebrar o barco. (Professor(a), peça aos estudantes para
cortar/rasgar a outra ponta lateral do barquinho).
Mas a tripulação não desiste e continua navegando. Lá no mastro, está todo
mundo de olho nas coisas boas da Unidade Mais Integral. Só que o mastro ficou muito
pesado e a ponta dele pode se quebrar. (Professor(a), peça aos estudantes para
cortar/rasgar a outra ponta lateral do barquinho).
Agora, oriente-os, a abrir a dobradura para que vejam o que aconteceu: o barco
terá se transformado em uma camiseta.

Passo 3: Professor(a), convide-os, então, a “vestir a camiseta da sala” para que todos
façam parte do mesmo barco. Peça que customizem as camisetas com desenhos ou
frases. Pode usar lápis de cor, canetas coloridas e outros materiais disponíveis. No
entanto, é interessante que todas as camisetas tenham uma mesma imagem/logomarca,
escolhida por todos, que representará o grupo.
Sugere-se que o material fique exposto em um local visível da sala de aula para
que os alunos possam sempre relembrar a história do barco, não se esquecendo, assim,
que agora eles “vestem a camiseta da sala”.

Passo 4: Para finalizar, peça aos estudantes que relatem seus sentimentos sobre a
realização da atividade para toda a turma.

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MOMENTO 1: Exibição de vídeo


Passo 1: Projeção do vídeo

Vídeo: “O Protagonismo Juvenil”


Tempo do vídeo: 8’17”.
Link do vídeo: <https://www.youtube.com/watch?v=BhSPj6c7Pt0&t=63s>

O vídeo conta com a participação de estudantes do Ensino Fundamental de


uma escola pública do município de Sabará - MG.

Passo 2: Após a exibição do vídeo, as questões abaixo serão debatidas.

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MOMENTO 2: Leitura e reflexão

Passo 1: Professor(a), reproduza o texto ou projete-o (com projetor multimídia ou na


televisão) para leitura compartilhada com os estudantes.

Texto: Protagonismo Estudantil

O termo protagonismo vem do grego: Proto, que quer dizer o primeiro, o principal.
Agon significa luta. Agonista, lutador. Protagonista, literalmente, quer dizer o lutador
principal. O termo protagonista é muito usado no teatro, no cinema, na novela etc. para
se referir ao personagem principal da encenação, a pessoa que desempenha ou ocupa
o papel principal numa obra literária ou num acontecimento.
Assim, entende-se Protagonismo como o processo no qual o jovem, visto como
objeto e sujeito da ação, concebe, planeja, desenvolve e se beneficia do resultado de
uma ação, em múltiplos contextos da sua vida, seja escolar, pessoal, familiar, social etc.
(COSTA, 2006).
Esse conceito traz um novo papel para o adolescente/jovem, de modo que ele
possa se enxergar como um sujeito histórico capaz de atuar sobre a sociedade em prol
de um mundo mais justo e igualitário. Ou, nos termos adotados pelo educador Antônio
Carlos Gomes da Costa, quando diz que o protagonismo, enquanto modalidade de ação
educativa,
é a criação de espaços e condições capazes de possibilitar aos
jovens envolverem-se em atividades direcionadas à solução de
problemas reais, atuando como fonte de iniciativa, liberdade e
compromisso. [...] O cerne do protagonismo, portanto, é a
participação ativa e construtiva do jovem na vida da escola, da
comunidade ou da sociedade mais ampla (COSTA, 2006, p.137).

Essa nova concepção, em que o jovem deve ser capaz de reconhecer-se e ser
visto “como parte da solução, não como problema”, atuando com iniciativa, liberdade e
compromisso no delineamento do seu projeto de vida, direciona todo percurso
educacional da Unidade Mais Integral.
A Base Nacional Comum Curricular – BNCC reforça essa ideia, uma vez que este
documento defende
[...] a superação da fragmentação radicalmente disciplinar do
conhecimento, o estímulo à sua aplicação na vida real, a
importância do contexto para dar sentido ao que se aprende e o
protagonismo do estudante em sua aprendizagem e na
construção de seu projeto de vida (BRASIL, 2017, p. 15). (grifo
nosso)

Enfim, o protagonismo estudantil relaciona-se à atuação criativa e solidária dos


estudantes, em conjunto com pessoas adultas, na solução de problemas reais da UMI,
da comunidade escolar e da sociedade, de modo geral.
(MARANHÃO, 2023, p.80)

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Passo 2: Após a leitura do texto, os estudantes poderão manifestar dúvidas e/ou


contribuir com opiniões pessoais ou posicionamentos baseados em outras leituras e
experiências.

Professor(a), além dos conteúdos trazidos no referido texto, sugerimos que


aprofunde suas explicações com base em materiais complementares.

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MOMENTO 3: Atividade individual

Interpretando e compreendendo o texto

Professor(a), os estudantes podem


responder as questões no caderno e expor
oralmente na aula seguinte.

Lembramos que essas questões são apenas sugestivas, o professor pode


acrescentar, retirar ou ajustar, conforme sua intenção para a aula.

1. Que assunto é tratado no texto?


________________________________________________________________
____________________________________________________________
2. Qual a origem e o significado do termo Protagonismo?
________________________________________________________________
____________________________________________________________

3. Identifique e escreva no caderno o trecho do texto em que o educador Antônio


Carlos Gomes da Costa conceitua o protagonismo, enquanto modalidade de ação
educativa.
________________________________________________________________
____________________________________________________________
4. Releia o fragmento do texto e responda à questão:
“O protagonismo estudantil relaciona-se à atuação criativa e solidária dos
estudantes, em conjunto com pessoas adultas, na solução de problemas reais da
UMI, da comunidade escolar e da sociedade, de modo geral”.
Você é um estudante protagonista? Justifique.
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________

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REFERÊNCIAS

COSTA, A. C. G. Protagonismo Juvenil: O que é e como praticá-lo. Belo Horizonte:


Modus Faciendi, 2007.

COSTA, A. C. G.; VIEIRA, M. A. Protagonismo Juvenil: adolescência, educação e


participação democrática. São Paulo: FTD, 2006.

MARANHÃO. Secretaria de Estado da Educação do Maranhão. Modelo Pedagógico e


Modelo de Gestão Escolar Mais Integral – Anos Finais do Ensino Fundamental. São
Luís: SEDUC, 2023.

SÃO PAULO. Secretaria de Estado da educação-SEDUC. Protagonismo Juvenil –


Anos Finais. São Paulo: SEDUC, 2014.

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Aula 02: Protagonismo Juvenil: conceitos iniciais

OBJETIVOS
▪ Conhecer o termo Protagonismo Juvenil;
▪ Refletir sobre ações protagonistas realizadas na escola;
▪ Perceber os próprios sentimentos sobre o Protagonismo juvenil.

MATERIAIS
▪ Papel sulfite A4 colorido ou branco
▪ Canetas coloridas
▪ Projetor multimídia ou TV

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Caixa de Pandora
PASSO 1: Professor(a) leve uma caixa para a sala de aula. Organize as cadeiras em
círculos para que todos os estudantes fiquem sentados.

PASSO 2: Peça inicialmente para cada um falar um pouco sobre o seu maior sonho.

PASSO 3: Quando todas as pessoas tiveram a chance de falar um pouco, entregue a


caixa para cada uma das pessoas da roda. Faça uma provocação e pergunte até onde
elas estariam dispostas a ir para realizar seus sonhos.

PASSO 4: Peça para que as pessoas imaginem que dentro da caixa estarão todas as
realizações e conquistas almejadas e pergunte se a pessoa abriria a caixa. Reforce que
se a pessoa abrir a caixa, o seu sonho será realizado imediatamente. Porém,
explique que, em caso positivo, haveria consequências. Ao abrir a caixa, ela
estaria imediatamente impedindo que outra pessoa — que ela não conhece —
realizasse seus sonhos, fazendo com que ela ficasse fadada ao fracasso. Dê, no
máximo, 1 minuto para cada pessoa pensar e realizar uma ação.

PASSO 5: Ao final, peça para que cada pessoa explique sua decisão.
Obs. Você pode colocar objetos ou pequenos cartões de cartolina com cores diferentes
para a pessoa pegar para depois ficar mais fácil de lembrar o que foi decidido.

Professor(a), não aconselhamos “julgamentos em certo/errado” para os dilemas de


cada pessoa, de modo que o que será interessante de ser observado é a
explicação para a decisão, considerando aspectos como empatia pelo próximo,
responsabilidades pelos atos e abrangência das ações realizadas.

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Obs. Você pode colocar objetos ou pequenos cartões de cartolina com cores
diferentes para a pessoa pegar para depois ficar mais fácil de lembrar o que foi
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MOMENTO 1: Leitura e reflexão


Professor(a), reproduza o texto ou projete (com projetor multimídia ou na
televisão) para leitura compartilhada com os estudantes. Essa leitura irá subsidiar a
atividade solicitada.
Texto: O Protagonismo Juvenil

(COSTA; VIEIRA, 2006)


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MOMENTO 2: Atividade

Professor(a), após a leitura do texto, estimule o diálogo e a reflexão sobre


a temática, seguindo o roteiro abaixo. Essa atividade pode ser respondida
no caderno para posterior discussão em plenária.

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REFERÊNCIAS

ANTUNES, C. Como ensinar com afetividade. 2ª ed. São Paulo: Ática, 2008.

CARRANO, Paulo César. Juventudes e cidades educadoras. Petrópolis: Vozes, 2003.

CHARLOT, Bernard. Os jovens e o saber: perspectivas mundiais. Porto Alegre:


Artmed, 2001.

COLL, César et all. Desenvolvimento psicológico e educação. 2 ed. Porto Alegre:


Artmed, 2004.

COSTA, A. C. G. Protagonismo Juvenil: O que é e como praticá-lo. Belo Horizonte:


Modus Faciendi, 2007.

COSTA, A. C. G.; VIEIRA, M. A. Protagonismo Juvenil: adolescência, educação e


participação democrática. São Paulo: FTD, 2006.

NOVAES, Regina (org.). Juventude e sociedade. São Paulo: Instituto de Cidadania,


2004.

SÃO PAULO. Secretaria de Estado da educação-SEDUC. Protagonismo Juvenil –


Anos Finais. São Paulo: SEDUC, 2014.

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AULA 03: Protagonismo e Afetividade

OBJETIVO
▪ Desenvolver a afetividade e a socialização;
▪ Incentivar a convivência respeitosa e tolerante no grupo

MATERIAIS
▪ Projetor multimídia ou TV
▪ Cadernos

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DINÂMICA DA AFETIVIDADE

PASSO 1: Dividir os estudantes em duplas.

PASSO 2: Em duplas, os estudantes deverão sinalizar com as mãos os números de 01,


02 ou 03. Cada número equivale a uma ação, que deve ser reproduzida quando os
números escolhidos pelos estudantes coincidirem.

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Professor(a), reproduza o texto ou projete-o (com projetor multimídia ou na


televisão) para leitura compartilhada com os estudantes.

MOMENTO 1: Leitura e reflexão


Texto: AFETIVIDADE
Uma das dificuldades no estudo sobre a afetividade é a definição do que
realmente significa o termo. Na linguagem geral, afeto relaciona-se com sentimentos de
ternura, amor, carinho e simpatia. A afetividade está relacionada aos mais diversos
termos: emoção, estados de humor, motivação, sentimento, paixão, atenção,
personalidade, temperamento e outros tantos.
A maior parte das vezes, confundida com emoção. A afetividade exerce um papel
importantíssimo em todas as relações, além de influenciar decisivamente a percepção,
o sentimento, a memória, a autoestima, o pensamento, a vontade e as ações, e ser,
assim, um componente essencial da harmonia e do equilíbrio da personalidade humana.
Os estados afetivos fundamentais são as emoções, os sentimentos, as inclinações e as
paixões. A palavra emoção vem do latim movere, mover-se para fora, externalizar-se. É
a máxima intensidade do afeto.
A emoção é definida assim, pelo Dicionário Aurélio (1994): “Psicol. Reação
intensa e breve do organismo a um lance inesperado, a qual se acompanha de um
estado afetivo de conotação penosa ou agradável”. Segundo a Wikipédia, “a afetividade
é a relação de carinho ou cuidado que se tem com alguém íntimo ou querido”. É o estado
psicológico que permite ao ser humano demonstrar as suas emoções e sentimentos a
outro ser. É considerado também o laço criado entre humanos com uma amizade mais
aprofundada.
Afeição (vinda de afeto), é representada por um apego a alguém, o que gera
carinho, saudade, confiança e intimidade, o termo perfeito para amor entre duas
pessoas. O afeto é um dos sentimentos que mais gera autoestima entre pessoas.
Afeto significa afeição; amizade; amor e designa um estado da alma, um
sentimento; é uma mudança ou modificação que ocorre simultaneamente no corpo e na
mente de alguém. A maneira como somos afetados pode diminuir ou aumentar a nossa
vontade de agir.
(MELLO; RUBIO, 2013, p. 02)
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MOMENTO 2: Roda de Conversa

Sugere-se que seja feita uma Roda de Conversa, mas é importante que cada
estudante escreva suas respostas no caderno para orientar a sua participação na Roda.
Se você optar por essa estratégia, crie um ambiente agradável em que todos se sintam
à vontade para se expressar. Caso alguém não queira falar, não há problema.

Sugestão de Roteiro para a Roda de Conversa

1. Você se sente acolhido na UMI pelos colegas, professores e gestores?


2. Como você vê a relação professor/estudante em sala de aula?
3. O que significa afeto?
4. Na sua opinião, a afetividade é importante para que ocorra uma
aprendizagem satisfatória?

RODA DE CONVERSA

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REFERÊNCIAS

ANTUNES, C. Como ensinar com afetividade. 2ª ed. São Paulo: Ática, 2008.

SÃO PAULO. Secretaria de Estado da educação-SEDUC. Protagonismo


Juvenil – Anos Finais. São Paulo: SEDUC, 2014.

FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática


educativa. 9º ed.- São Paulo: Paz e Terra, 1996. - (coleção leitura)

SILVA, M.L.F.S. Análise das dimensões afetivas nas relações professor-


aluno. Campinas, Unicamp: FE 2001.

MELLO, T.; RUBIO, J. A. S. A Importância da Afetividade na Relação


Professor/Aluno no Processo de Ensino/Aprendizagem na Educação Infantil.
Revista Eletrônica Saberes da Educação – Volume 4 – nº 1 – 2013.

O que é afeto. Significados. 2023. Disponível em:


<https://www.significados.com.br/afeto/>. Acesso em: 30 de dez. de 2023.

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AULA 04: Protagonismo, Ética e Moral

OBJETIVO
▪ Compreender o conceito de ética, distinguindo de moral;
▪ Conhecer as condições do sujeito moral que o leva à autonomia.

MATERIAIS
▪ Projetor multimídia ou TV
▪ Cadernos

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RODA DE CONVERSA

PASSO 1: Organizar os estudantes em círculo na sala de aula ou no pátio. Eles poderão


sentar em cadeiras ou no chão, o importante é que estejam confortáveis e atentos às
falas de todos.

PASSO 2: Professor(a), siga o roteiro abaixo para conduzir a conversa.

▪ Você já passou por alguma situação na qual se sentiu desrespeitado? No


caso de resposta positiva, peça que o estudante narre o ocorrido e diga
como agiu.

▪ Cite um fato, ocorrido na escola, no qual um servidor agiu de forma solidária


para ajudar os estudantes em alguma situação problemática.

Professor(a), estimule a discussão, deixando livre


para quem se sentir à vontade para expor a sua
opinião. Uma forma de motivar a participação é perguntando “qual seria a reação dos
demais estudantes diante do fato narrado pelo colega?”
O ponto central dessa conversa deve girar em torno das “ações do outro” – o agir
diante do seu semelhante (alteridade). Fique atento para os exemplos citados pois
podem servir para ilustrar a discussão da aula e proporcionar reflexões sobre as atitudes
das pessoas diante de determinadas situações (são atitudes éticas, moralmente aceitas
ou justas na sociedade brasileira?). Ao final da aula, após a leitura e reflexão do texto, a
atividade proposta solicita uma autoanalise da conduta ética de cada um, fechando a
discussão iniciada aqui na sensibilização.

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MOMENTO 1: Exibição de vídeo


Passo 1: Projetar o vídeo para os estudantes.
Vídeo: Diferença entre ética e Moral
Tempo: 4’20’’
Link: <https://www.youtube.com/watch?v=_uSoacAFCH4&t=101s>

Passo 2: Após a exibição do vídeo, para estimular uma rápida discussão com os
estudantes, faça as seguintes perguntas:
1. Qual a diferença entre ética e moral?
2. Cite exemplos que envolvam condutas morais/imorais para a comunidade
que você mora.
3. O que podemos fazer para sermos felizes e para que todos possam ser
felizes também?

Professor(a), a questão de n.03 finaliza


o texto que está previsto para o 2º
momento da aula. É a oportunidade de
iniciar uma discussão que será retomada após a leitura do texto “Ética e Moral”.
Lembrando que o texto indicado é apenas sugestivo, o professor(a) tem autonomia para
complementar com materiais mais aprofundados ou que tenha mais relação com o perfil
da sua sala de aula.
Obs. O texto pode ser reproduzido ou projetado (com projetor multimídia ou na televisão)
para leitura compartilhada com os estudantes.
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MOMENTO 2: Leitura e reflexão


Texto: Ética e Moral
Ética é o ramo da filosofia dedicado aos assuntos morais. A palavra ética vem do
grego éthos, que significa “modo de ser” ou “caráter”. Qual a diferença entre ética e
moral?
A moral está ligada aos costumes praticados por uma sociedade, àquilo que é
certo ou errado para um determinado grupo em um determinado momento. Toda cultura
e toda sociedade institui uma moral, isto é, valores concernentes ao bem e ao mal, ao
permitido e ao proibido e à conduta correta e à conduta incorreta. Essa moral é válida
para todos os seus membros naquele momento histórico. Por exemplo, a prática da
escravidão já foi tolerável, mas é considerada intolerável atualmente. Outro exemplo: em
alguns países é permitido ao homem conviver maritalmente com mais de uma mulher,
no Brasil é moralmente condenável. O simples fato de existir uma moral que a sociedade
compreende e aceita, não significa a presença explicita de uma ética. Então a moral
muda de acordo com o tempo e o espaço.
Já a ética é uma reflexão sobre o comportamento moral das pessoas e revela que
nossas ações refletem na sociedade e que cada um de nós deve ser livre e responsável
por suas atitudes. É preciso pensar e refletir sobre nossos costumes, o que são, de onde
vêm e o que valem. Para agir de forma ética é preciso ter consciência do certo e do
errado, do bem e do mal.
O sujeito ético, livre e autônomo está relacionado com a busca do bem-estar
(felicidade) para si e para os seus semelhantes. Essa busca se alia à ideia de construção
de um estado democrático, capaz de propiciar uma vida digna para todos. Podemos
dizer que, então, que a postura ética está relacionada com a atuação cidadã perante a
sociedade. Existe uma postura ética mínima que deve balizar a ação moral. O mínimo
ético se baseia na dignidade da pessoa humana.
Quando agimos de forma consciente com o objetivo de lutar por melhores
condições de vida para todos, de aliviar o sofrimento do outro, de exercer a paciência
em momentos difíceis, de ser tolerantes e respeitosos com os que pensam de forma
diferente, estamos agindo eticamente.
Assim, a preocupação ética pode ser traduzida em uma pergunta fundamental: o
que podemos fazer para sermos felizes e para que todos possam ser felizes
também?
Fonte: FARIAS, M. G. B.; CUSTÓDIO NETO, V. Educação Fiscal e Cidadania.
Coleção Educação Fiscal e Cidadania. Fortaleza: Edições Demócrito Rocha, 2014.

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MOMENTO 3: Atividade
AUTOANÁLISE ÉTICA

1. Preencha o quadro abaixo.

Ações que você Ações que você


pratica e gostaria pratica e que não Ações em favor da
que todas as gostaria que coletividade que você
pessoas outras pessoas gostaria de realizar
praticassem praticassem

Professor(a) informe que não será preciso mostrar


a respostas para ninguém (nem mesmo para os
professores). Desse modo, o estudante poderá
responder com mais liberdade. A atividade tem como objetivo fazer o estudante refletir
sobre a sua própria conduta, de forma que possa confirmar a importância de praticar
ações éticas.
Obs. A atividade pode ser respondida no caderno ou em folha sulfite.

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REFERÊNCIAS

CHAUÍ, M. Convite à Filosofia. São Paulo: Ática, 2000.

FARIAS, M. G. B.; CUSTÓDIO NETO, V. Educação Fiscal e Cidadania.


Coleção Educação Fiscal e Cidadania. Fortaleza: Edições Demócrito Rocha,
2014.

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AULA 05: Protagonismo, Ética e Cidadania

OBJETIVO
▪ Relacionar o conceito de cidadania com participação social;
▪ Refletir sobre bullying e cyberbullying;
▪ Reconhecer espaços de formação cidadã.

MATERIAIS NECESSÁRIOS

▪ Cadernos
▪ Caça-palavras xerocopiados para cada grupo
▪ Texto xerocopiado ou projetado (Datashow ou TV)

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CAÇA-PALAVRAS

PASSO 1: Organizar os estudantes em pequenos grupos (3 ou 4 integrantes) e entregar


o caça-palavras para cada um. Agora, é a hora de desafiá-los a encontrar todas as
palavras no menor tempo possível.
O grupo vencedor será aquele que encontrar e marcar todas as palavras
sugeridas no menor tempo.

PASSO 2: Reflexão sobre atos e ações que são cometidos no dia a dia e que muitas
vezes, de maneira intencional ou não, causam dor e tristeza aos colegas. Nesse
momento, professor(a), estimule os estudantes a comentar situações que sofreram ou
em que provocaram bullying ou cyberbullying.

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MOMENTO 1: Leitura e reflexão


Texto: Ética, Cidadania e Democracia

Nossa responsabilidade com o bem da humanidade inclui uma ética e uma cidadania
universais, que podem ser entendidas como a responsabilidade do ser humano com relação aos
seus semelhantes, a natureza e à defesa do planeta Terra.
Para agir responsavelmente, um por exercício é usar a regra básica de Kant (filósofo
prussiano, nascido no séc. XVIII): Você deve agir de tal modo que a máxima da sua ação possa
se tornar princípio de uma legislação universal”.
A aplicação dessa regra significa que a pessoa deve imaginar como seria o mundo se
todos se comportassem como ele. Por exemplo: Se uma pessoa mente para alguém para obter
um ganho. Agora, ele deve imaginar: E se todos fizessem como eu? Se a mentira fosse
generalizada e o ato de mentir se tornasse uma lei, como ficaria a convivência entre as pessoas,
como seria o mundo onde reinasse a desconfiança?
Quanto mais desigual é uma sociedade, maior é a desconfiança em relação ao outro. E
a falta de confiança é, sem dúvida, uma inimiga de uma sociedade bem governada. Por isso a
ética e a cidadania andam de mãos dadas. Coisas do dia a dia que parecem banais sinalizam o
estágio de cidadania de uma sociedade: respeitar o lugar da fila, aguardar o momento para falar,
respeitar as diferenças e não cometer bullying ou cyberbullying...
A base desses comportamentos é o respeito ao outro e a coletividade.
A cidadania expressa um conjunto de direitos e deveres que nos permite participar das
decisões que vão definir a vida em sociedade. Ela se constitui, no atual estágio de
desenvolvimento da nossa democracia, na nossa capacidade de participação social, como
indivíduo ou como grupo organizado.
A escola é decisiva na construção da cidadania. É o local onde desde cedo a criança
trabalha em coletividade, o que posteriormente deve embasar os conceitos de coisa pública e
interesse público. A educação de qualidade forma indivíduos conscientes, permitindo-lhes
compreender e atuar sobre o contexto em que vivem, ensina-os a intervir adequadamente para
construir os seus projetos de vida, tornando-os cidadãos capazes de melhorar a qualidade de
vida em sociedade.
Os jovens não podem se conformar diante das injustiças ou desanimar achando que as
mudanças são difíceis. Eles têm um longo percurso para realizar suas aspirações. Destaca-se,
por fim, que o maior desafio das novas gerações é ter grandes sonhos, para além do possível.
Fonte: FARIAS, M. G. B.; CUSTÓDIO NETO, V. Educação Fiscal e Cidadania.
Coleção Educação Fiscal e Cidadania. Fortaleza: Edições Demócrito Rocha, 2014.
4
35

Professor(a), o texto possibilita a reflexão


sobre ação cidadã e bem-estar social,
além de abordar temas que incentivam a
participação democrática.
Para estimular a discussão sobre o texto, sugere-se o seguinte questionamento:
Você tem algum desejo que não estejam relacionados apenas ao seu bem-estar pessoal,
mas também ao bem-estar de outras pessoas?
A reflexão sobre essa questão levará à parte final do texto, quando aborda o
desafio das novas gerações: almejar sonhos “impossíveis”
Vale destacar a frase de Paulo Freire:

“Não corte as asas dos seus sonhos na


tentava de fazê-los possíveis. O mundo está
cheio de pessoas com tesouras cortando as
asas dos sonhos”. (Paulo Freire)

Professor(a), levante discussão sobre


a participação de cada um na
construção de mundo mais justo e
democrático. É preciso lembrar da
responsabilidade de cada um de nós para transformar ou manter a ordem social
vigente, seja por ação ou omissão. Quando não agimos diante de uma realidade que
discordamos, estamos contribuindo para mantê-la. Já quando agimos como cidadãos
(votar de forma consciente, preservar o patrimônio da escola, não jogar lixo na rua, por
exemplo), estamos participando do processo de construção de uma sociedade
democrática.

Obs. O texto pode ser reproduzido ou projetado (com projetor multimídia ou na televisão)
para leitura compartilhada com os estudantes.

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36

MOMENTO 2: Atividade em grupo

Que tal começar a exercer o papel de cidadão?


1. Em grupo, criem uma lista de sonhos/desejos para a sua escola. Primeiro, pensem
nos principais problemas da escola, depois definam as soluções (sonhos/desejos) e
quem pode responsabilizar-se pela realização.

SOLUÇÃO RESPONSÁVEIS
PROBLEMA PELA SOLUÇÃO
SONHO/DESEJO

Professor(a), o ideal é que algum desses “sonhos” sejam passíveis de


realização pelos próprios estudantes.

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37

REFERÊNCIAS

CHAUÍ, M. Convite à Filosofia. São Paulo: Ática, 2000.

FARIAS, M. G. B.; CUSTÓDIO NETO, V. Educação Fiscal e Cidadania.


Coleção Educação Fiscal e Cidadania. Fortaleza: Edições Demócrito Rocha,
2014.

FREITAS, Paulo. Educação como prática da liberdade. 17º ed. Rio de Janeiro:
Paz e Terra, 1983.

UNICEF. O que é cyberbullying? Disponível em:


<https://www.unicef.org/brazil/cyberbullying-o-que-eh-e-como-para-
lo#:~:text=O%20que%20%C3%A9%20cyberbullying%3F,envergonhar%20aqueles%20
que%20s%C3%A3o%20v%C3%ADtimas> Acesso em: 13 nov. 2022.

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38

Aula 06 – Papo-cabeça sobre a Liderança na UMI.

OBJETIVOS
▪ Compreender os conceitos de Liderança, Protagonismo e Democracia de forma
lúdica;
▪ Reconhecer as características do exercício da liderança, tanto na sala de aula
como em outros espaços da UMI;

MATERIAIS NECESSÁRIOS
▪ Computador com acesso à internet;
▪ Canetinha ou pincel hidrocor;
▪ Projetor de mídia;
▪ Impressora;
▪ Cartolina ou papel madeira;
▪ ABC de Liderança de Tuma;
▪ Papel sulfite;
▪ Lousa e acessórios.

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Professor, por meio desta aula pretende-se levar os estudantes à


compreensão de que liderar é muito mais do que dirigir e comandar. É saber
persuadir, fazendo uso da comunicação clara e precisa, partilhando informações,
argumentando com coerência, valendo-se de experiências, ideias e sentimentos em
diferentes contextos para defender seus argumentos, sem ferir o direito das pessoas
de expressarem os seus pontos de vista e, assim, produzir sentidos que levem ao
entendimento mútuo.
É importante e necessário informar aos estudantes que a liderança é um fator
fundamental na execução de tarefas envolvendo equipes para atingir resultados.
A liderança está presente em todos os espaços da UMI e envolve habilidades
relacionadas ao trabalho em equipe e relação interpessoal.
Sendo um dos objetivos da UMI, a formação integral dos estudantes, é
necessário que o ambiente seja um espaço privilegiado para o desenvolvimento da
liderança protagonista nos estudantes, aspecto tão importante na constituição dos
relacionamentos interpessoais e na construção da cidadania.

PARA SABER MAIS:


Artigo: Como desenvolver a liderança em sala de aula
Link:<https://canaldoensino.com.br/blog/como-desenvolver-a-lideranca-em-sala-
de-aula>

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40

RODA DE CONVERSA: LIDERANÇA

Passo 1: Nesta atividade, os estudantes irão aprender como uma liderança é construída
e/ou desenvolvida. Para isso, informe-os que será realizada uma Roda de Conversa.
Você, como mediador dessa prática educativa, deve incentivar a participação de
todos.
Como sugestão, seguem algumas questões que podem nortear as reflexões:

Professor(a), você deve anotar as respostas dos estudantes, não importando,


nesse momento, se estão certas ou erradas, para, no final da aula, encerrar
esclarecendo as dúvidas, chamando a atenção sobre as respostas, conceitos e sua
aplicação na prática cotidiana.
É importante lembrar que pode haver estudantes que ainda apresentem
dificuldade em se comunicar, tanto com os colegas quanto com os professores.
Além disso, eles enfrentam outras mudanças na escola, como o tempo em que
precisam permanecer na escola, um número maior de componentes curriculares
etc.

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41

MOMENTO 1: Exibição de vídeo

Passo 1: Após o momento de “#bate-papo legal” com os estudantes, apresente a eles


o vídeo.

Vídeo: Educar Para Transformar: Líderes de sala colaboram na gestão escolar.


Tempo: 3’53’’
Link: <https://www.youtube.com/watch?v=MvCwPvDSFqk>

O vídeo apresenta depoimentos de estudantes, destacando as aprendizagens adquiridas


no exercício da liderança de turma, como:

▪ Postura diante das dúvidas e dificuldades;

▪ Formas de superação no decorrer do processo de liderança;

▪ Relacionamento dos líderes com a gestão escolar.

Professor(a), estimule a discussão entre os estudantes sobre os pontos


abordados no vídeo.

Os líderes de turma são pontes entre estudantes, professores, gestores e


comunidade escolar em geral. Devem promover a união da comunidade
escolar

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MOMENTO 2: Exibição de vídeo

Vídeo: “O Fim do Recreio”


Tempo: 17’26’’
Link: https://www.youtube.com/watch?v=t0s1mGQxhAI

Passo 1: Projetar o vídeo “O Fim do Recreio” convidando os estudantes para assistirem


na sala de aula ou em outro local confortável.

Passo 2: Repassar aos estudantes algumas informações sobre o vídeo: Trata-se de


uma produção fictícia, dirigido por Vinícius Mazzon e Nélio Spréa, no ano de 2012. O
vídeo mostra uma situação problemática em que as atitudes protagonistas e a liderança
de estudantes foram responsáveis por mudar a opinião dos adultos e a solucionar um
problema de forma organizada.

Passo 3: Após a exibição do vídeo proposto, incentive-os a opinarem sobre os assuntos


abordados. Em seguida, incentive-os a construírem, de forma coletiva, os conceitos de
Protagonismo, Liderança e Democracia, procurando ressaltar as suas utilidades para
resolverem seus problemas cotidianos e para uma atuação cidadã na sociedade.

Segue sugestão de quadro a ser construído pelos estudantes para auxiliar na condução
da atividade proposta:

4
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Professor(a), a finalidade desta atividade é apresentar os conceitos


de Liderança, Protagonismo e Democracia de forma lúdica, de modo que
os estudantes possam perceber quais atitudes estão relacionadas a esses
conceitos e como elas podem se desenvolver no ambiente escolar.

Sobre o vídeo

▪ O vídeo retrata uma situação fictícia em que um Senador da República apresenta


um projeto de lei para acabar com o recreio nas escolas brasileiras, argumentando
que “lugar de aluno é na sala de aula” e que “as crianças devem render mais para
a economia”.

▪ Diante dessa situação, os estudantes assumem 2 posições:


1. De forma imediata, ficam indignados e fazem baderna na sala de aula – não
conquistaram nada com essa atitude.;
2. Ficaram indigandos e, ainda que não tivessem a intençao inicialmente,
organizaram um movimento estudantil para reivindicar a manutenção do direito
ao recreio – conseguiram atingir o objetivo (a lei não foi aprovada).

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▪ Pontos para destacar nas reflexões e discussões:


1. Os esteriótipos retratados no “filme” referentes aos professores, gestores, e
estudantes indisciplinados.
2. O alcançe das redes sociais na mobilização política-social.
3. Enfatizar o direito do povo manifestar-se pacificamente para reivindicar seus
direitos.

▪ Principais conceitos abordados na aula:

Entende-se Protagonismo Juvenil comoo processo no qual o jovem, visto


como objeto e sujeito da ação, concebe, planeja, desenvolve e se beneficia do
resultado de uma ação, em múltiplos contextos da sua vida, seja escolar, pessoal,
familiar, social etc. (COSTA, 2006). Esse conceito traz um novo papel para o
adolescente/jovem, de modo que ele possa se enxergar como um sujeito histórico
capaz de atuar sobre a sociedade em prol de um mundomais justo e igualitário.
.

A autoridade é construída “sempre que servirmos aos outros e nos sacrificamos


por eles. Lembre-se, o papel da liderança é servir, isto é, identificar e satisfazer
as necessidades legítimas” (Hunter, 2004, p. 70). O exercício planejado e
executado por todos faz surgir a liderança como um aprendizado de atitudes e
convivências, contribuindo assim na construção de valores e competências não só
escolares, mas aquelas que influenciarão para a vida. Logo, na essência da prática
da Liderança Servidora é desenvolvido o Protagonismo.
.

“Participar, para o adolescente, é influir através de palavras e atos, nos


acontecimentos que afetam a sua vida e a vida de todos aqueles em relação aos
quais ele assumiu uma atitude de não indiferença, uma atitude de valoração
positiva. A participação autêncica dos jovens pressupõe sempre um compromisso
com a democracia. Conquistar, fortalecer e ampliar a experiência democrática na
vida das pessoas, das comunidades e dos povos é e será sempre o objetivo maior
de todo o protagonismo juvenil autêntico”. (COSTA; VIEIRA, 2006, p.176)

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45

REFERÊNCIAS

COSTA, A. C. G.; VIEIRA, M. A. Protagonismo Juvenil: adolescência, educação e


participação democrática. São Paulo: FTD, 2006.

Barbosa, R. A. S. Shitsuka, R., & Barbosa, K. F. S. . (2021). Representante de turma:


Uma referência no desenvolvimento do protagonismo infantil e juvenil. E-
Acadêmica, 2(1), e032121. https://doi.org/10.52076/eacad-v2i1.21.

Como desenvolver a liderança em sala de aula. Canal do Ensino. Disponível em:


https://canaldoensino.com.br/blog/como-desenvolver-a-lideranca-em-sala-de-aula.
Acesso em: 05 de jul. 2022.

Educar para transformar: Líderes de sala colaboram na gestão escolar. Disponível


em: https://www.youtube.com/watch?v=MvCwPvDSFqk. Acesso em: 05 de jul. 2022.

MARANHÃO. Secretaria de Estado da Educação. Programa Mais Integral. Modelo


Pedagógico e Modelo de Gestão Escolar Mais Integral- Anos finais do Ensino
Fundamental. São Luís, 2022.

MARANHÃO. Secretaria Estadual de Educação. Programa Mais Integral. ABC de


Liderança de Tuma. Ensino Funamental – Anos Finais. 1ª ed. São Luís, 2022a.

MAZZON, Vinícius; SPRÉA, Nélio. O fim o recreio. Disponível em:


https://www.youtube.com/watch?v=t0s1mGQxhAI&t=41s. Acesso em: 05 de jul 2022.
Multicultura. Programa Ensino Integral - Líder de turma. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=vAUMASE5voI. Acesso em: 29 mai. 2022.

PARAÍBA. Secretaria de Estado da Educação e Ciência da Tecnologia. Diretoria


Executiva de Desenvolvimento Estudantil. Cartilha de Formação de Líderes
Estudantis. Disponível em: file:///C:/Users/User/Downloads/cartilha-de-formacao-de-
lideres.pdf. Acesso em 03.fev.2022.

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Aula 07 – Compreendendo as atribuições de um


Líder de Turma

OBJETIVOS
▪ Compreender os conceitos de Liderança, Protagonismo e Democracia de forma
lúdica;
▪ Reconhecer as características do exercício da liderança, tanto na sala de aula
como em outros espaços da UMI;
▪ Apresentar as características do Líder de Turma, que desempenha um importante
papel na gestão da UMI.

MATERIAIS NECESSÁRIOS
▪ Computador com acesso à internet;
▪ Canetinha ou pincel hidrocor;
▪ Projetor de mídia;
▪ Impressora;
▪ Cartolina ou papel madeira;
▪ ABC de Liderança de Tuma;
▪ Papel sulfite;
▪ Lousa e acessórios;
▪ Dicionário.

Professor, explique que nesta atividade, os estudantes irão conhecer as


características e as atribuições de um Líder de Turma.

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MOMENTO 1: Leitura e reflexão


Texto: Características e as Atribuições do Líder de Turma

Passo 1: Oriente-os para que se organizem em grupos, entregue folhas impressas (caso
não tenha esse recurso disponível, você pode utilizar a lousa ou um projetor de mídia)
com as Características e as Atribuições do Líder de Turma, conforme constam no
ABC de Liderança de Turma (p. 08 - 10).
Solicite aos estudantes que leiam, silenciosamente o material recebido.

Professor(a), após a leitura concluída, ajude-os na explicação de cada


item sobre as características e atribuições, de modo que compreendam
cada um dos itens (com o auxílio do dicionário ou de celulares
conectados à internet, os estudantes podem procurar o significado das
palavras que não conhecem).

Algumas características identificadas no Líder de Turma

• firmeza; • tolerância;
• presteza; • dinamismo;
• humildade; • assiduidade;
• organização; • boa educação;
• honestidade; • imparcialidade;
• postura crítica; • senso de justiça;
• responsabilidade; • disposição em servir;
• bom relacionamento com a • boa capacidade de
turma; comunicação.

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Atribuições do Líder de Turma

Fonte: ABC de Protagonismo

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Atribuições do Líder de Turma

Fonte: ABC de Protagonismo

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MOMENTO 2: Diálogo com os estudantes

Passo 1: Depois que todos os grupos já tiverem acesso ao quadro das características e
atribuições do Líder de Turma, bem como tenham concluído a leitura indicada no
momento de sensibilização, peça que, todos juntos, leiam cada característica e que cada
grupo leia uma atribuição, em voz alta.
Para ajudar nos esclarecimentos sobre os itens lidos, faça perguntas como as
exemplificadas abaixo:

Não se esqueça de que os estudantes ainda estão em processo de


adaptação sobre os conceitos e exercício de liderança, professor.
Oriente-os para que reflitam sobre si mesmos, procurando perceber quais
das características de um Líder de Turma eles percebem em si, mesmo que nem
todos exerçam o papel de líder da turma. Essa é uma reflexão que pode ser
individual, não precisa, necessariamente, ser expressa para a turma.

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MOMENTO 3 – BATE-PAPO COM NOSSOS LÍDERES DE TURMA

Professor(a), inicie essa etapa, reforçando que o Líder de Turma é o


estudante que representa seus colegas mediante a equipe escolar, a gestão da
escola etc. Que ele é responsável por ouvir as necessidades e os interesses de sua
turma e, com a orientação da gestão e dos professores, são responsáveis também
por incentivar à participação protagonista dos outros estudantes nas ações e
decisões da UMI.
Solicite aos estudantes que realizem e comandem o “MOMENTO 4”.
Enquanto você será o orientador, estimulando assim a participação de todos e
incentivando uma atitude protagonista durante essas atividades.

Passo 2: Em seguida, sugira ao Líder e Vice-líder da turma para socializar com a turma
sobre suas experiências vivenciadas (aprendizagens, desafios, o que deu e/ou não deu
certo etc.) até o momento como liderança da turma.

Passo 3: Após esse momento, peça que formem pequenos grupos, dê 10 minutos para
que as equipes dialoguem e ampliem as aprendizagens adquiridas desde o período de
eleição da liderança da turma.
Sugira aos estudantes que explorem de forma mais ampla o tema desta aula,
estimule-os à participação junto com os líderes e seus colegas de turma na identificação
e resolução de dificuldades coletivas, facilitando assim, o contato e a relação entre
estudantes, professores e gestores, contribuindo para um ambiente positivo, tanto na
sala de aula quanto na UMI como um todo. De que forma eles próprios, como estudantes
participativos e colaboradores podem auxiliar a liderança, exercendo assim práticas
protagonistas.

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MOMENTO 4: Atividade

Passo 1: Após o momento de diálogos e socialização de ideias, peça que os estudantes


descrevam tudo o que pensaram, conversaram e opinaram, em um cartaz, para que,
logo em seguida, seja compartilhado com a turma e anexado em mural, como um
contrato da turma.

Lembre-se, você é o mediador, deve incentivar a participação de todos


durante as atividades em sala de aula.

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REFERÊNCIAS

Como desenvolver a liderança em sala de aula. Canal do Ensino. Disponível


em: https://canaldoensino.com.br/blog/como-desenvolver-a-lideranca-em-sala-
de-aula. Acesso em: 05 de jul. 2022.

Educar para transformar: Líderes de sala colaboram na gestão escolar.


Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=MvCwPvDSFqk. Acesso em:
05 de jul. 2022.

MARANHÃO. Secretaria de Estado da Educação. Modelo Pedagógico e


Modelo de Gestão Escolar Mais Integral- Anos finais do Ensino
Fundamental. São Luís, SEDUC, 2022.

MARANHÃO. Secretaria Estadual de Educação. Programa Mais Integral. ABC de


Liderança de Tuma. Ensino Funamental – Anos Finais. 1ª ed., 2022.
MAZZON, Vinícius; SPRÉA, Nélio. O fim o recreio. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=t0s1mGQxhAI&t=41s. Acesso em: 05 de jul
2022.

Multicultura. Programa Ensino Integral - Líder de turma. Disponível em:


https://www.youtube.com/watch?v=vAUMASE5voI. Acesso em: 29 mai. 2022.

PARAÍBA. Secretaria de Estado da Educação e Ciência da Tecnologia. Diretoria


Executiva de Desenvolvimento Estudantil. Cartilha de Formação de Líderes
Estudantis. Disponível em: file:///C:/Users/User/Downloads/cartilha-de-
formacao-de-lideres.pdf. Acesso em 03.fev.2022.

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Aula 8: Protagonizando nos Clubes da UMI

OBJETIVOS
▪ Pensar no Clube de Protagonismo como uma oportunidade para o
desenvolvimento da própria potencialidade;
▪ Exercitar a capacidade de iniciativa no desenvolvimento de projetos coletivos.

MATERIAIS
▪ Projetor de mídias;
▪ Computador com acesso à internet;
▪ Cadernos;
▪ Caneta esferográficas;
▪ Cartões coloridos;
▪ Canetas hidrográficas;
▪ ABC de Clubes de Protagonismo;
▪ Textos impressos;
▪ Lousa e acessórios.

Esta aula apresenta os Clubes de Protagonismo como uma Prática


Educativa de vivência em protagonismo e como eles são organizados na UMI,
destacando a importância do exercício e desenvolvimento do estudante
protagonista como fator fundamental para o sucesso dos clubes.
Trata-se de uma prática educativa inovadora que visa, por meio de
atividades diferenciadas, o protagonismo de estudantes em busca de soluções
mediante diversas circunstâncias.
Sendo assim, professor, leve os estudantes a refletirem sobre o seu
próprio exercício e desenvolvimento protagonista na UMI por meio do Clube de
Protagonismo em que está inserido, bem como sobre o papel da UMI como
espaço onde estudantes têm a oportunidade de desenvolver a capacidade de
atuar conjuntamente como um jovem autônomo, solidário e competente.

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Exibição de vídeo

Professor, para iniciar esta aula, será necessário que você


motive os estudantes a refletirem sobre a importância da harmonia,
engajamento e parceria entre os membros de um grupo.

Passo 1: Apresente aos estudantes o vídeo a seguir:


Vídeo: “O sapinho”.
LINK: https://www.youtube.com/watch?v=nH9Wivor9VM
Tempo: 2’54

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Passo 2: Após a visualização do vídeo, promova uma Roda de Conversa com


os estudantes. E para que possam expressar suas opiniões sobre as atitudes
das personagens no vídeo, sugerimos que algumas questões sejam feitas, como
as citadas abaixo:

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MOMENTO 1 – Leitura e reflexão


Texto: A ÁGUIA E GALINHA
Passo 1: Inicie esta atividade propondo aos estudantes a leitura da fábula “A
águia e a galinha”. Sugira que cada estudante leia um trecho do texto.
Converse com eles sobre a fábula “A águia e a galinha”, pois esse momento
permitirá a reflexão sobre os preceitos implícitos no texto. Explique a eles que
ela é de autoria de James Aggrey, educador social e líder político da república
de Gana, na África Ocidental.

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(AGREY, 2012)

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Passo 2: Encaminhe um debate junto aos estudantes no sentido de que compreendam


a importância da autoconfiança e da determinação, além do desenvolvimento de
habilidades voltadas ao trabalho em equipe, para que possam protagonizar ações
exitosas. Para isso, apresente aos estudantes as seguintes questões:

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MOMENTO 2 – PENSANDO SOBRE OS CLUBES DE PROTAGONISMO

Professor, agora que você e seus estudantes já discutiram sobre


a importância do trabalho em equipe, é interessante iniciar uma
conversa sobre o que é um “Clube de Protagonismo”, o que eles
pensam sobre essa prática de vivência em protagonismo, e sobre como
esse espaço é uma excelente oportunidade de colocar em prática o
protagonismo. Oriente-os a exporem suas experiências com os Clubes
existentes na UMI. O que eles entendem sobre a atuação nos Clubes e
o que gostariam de fazer para que o Clube tenha a “cara” deles.

Professor, para ampliar o repertório sobre Clubes de


Protagonismo, sugere-se a exibição do vídeo a seguir:

Exibição de vídeo: Clubes Juvenis – SEE/Escola de tempo integral


Tempo: 10’15
LINK: https://www.youtube.com/watch?v=OG-6rAP1_yo&t=287s

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MOMENTO 3: Atividade em grupo


1: Sugira aos estudantes para se organizarem em equipes e elaborarem um mapa
mental/diagrama com as principais ideias que eles têm sobre Clubes de Protagonismo.
Ao final, peça que apresentem suas produções para os demais colegas da turma.

Segue uma sugestão de um mapa mental sobre Clube de Protagonismo:

2. Na área do desenvolvimento pessoal, a prática do protagonismo contribui para o


desenvolvimento do senso de identidade, da autoestima, do autoconhecimento, da
autoconfiança, da visão de futuro, do nível de aspiração vital, do projeto e do sentido da
vida, da autodeterminação, da autorrealização e da busca de plenitude humana por parte
dos adolescentes. Como é seu protagonismo em sua casa e na UMI? Explique por meio
de um pequeno texto.

3. Solicite aos estudantes que sugiram um conjunto de atitudes que julgam interessante
que todos sigam ao trabalharem em grupo (como por exemplo: respeito, paciência,
empatia, colaboração, ajuda, solidariedade...). Vá anotando na lousa e peça para que
copiem em seus cadernos as informações explanadas.

4. Para encerrar a atividade, é importante registrar e dar visibilidade aos comentários


mais recorrentes durante o debate realizado. Para isso, vocês podem montar um mural
na sala para colar cartões nos quais estejam escritas as frases mais marcantes ou
elaborar um cartaz que registre o conjunto de frases com ilustrações que os estudantes
criaram.

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REFERÊNCIA

AGGREY, James. A águia que não queria voar. Tradução de Sergio Tellaroli.
São Paulo: Companhia das Letrinhas, 2012.

MARANHÃO. Secretaria de Estado da Educação. Modelo Pedagógico e


Modelo de Gestão Escolar Mais Integral- Anos finais do Ensino
Fundamental. São Luís, SEDUC, 2022.

SÃO PAULO. Secretaria de Estado da educação-SEDUC. Caderno do(a)


Professor - Clubes Juvenis. Volume Único. São Paulo: SEDUC, 2021.
Disponível em:<file:///C:/Users/User/Downloads/ef_pr_protagonismo-juvenil_6-
a-vol1_2021_versao-preliminar%20(1).pdf>. Acesso em 01.mar.2022.

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AULA 9 - Participação dos estudantes na UMI

OBJETIVO
▪ promover uma cultura de participação capaz de ampliar o engajamento dos
estudantes na UMI;
▪ Contribuir para a construção de um ambiente escolar democrático.

MATERIAIS
▪ Cadernos
▪ Imagens de meio ambiente poluído e saudável
▪ Texto xerocopiado ou projetado (Datashow ou TV)

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Leitura e reflexão
Tema: Atitudes que limitam a participação dos estudantes na escola

Passo 1: Projetar os quadrinhos para todos os estudantes e estimular uma discussão


a partir do tema proposto e dos diálogos dos personagens:
Obs. Material disponível em tamanho ampliado no final da aula.

O protagonismo está em processo de


construção nos estudantes, por isso eles
precisam do apoio dos professores e da
gestão escolar para uma participação efetiva.
O modelo de gestão educacional tradicional
oferece pouco espaço para o protagonismo,
mas na UMI a gestão é democrática, devendo,
assim, estimular e apoiar participação dos
estudantes nas decisões da escola. Eles
precisam da colaboração e da mediação de
educadores.
(KLIX, 2021)
Figura 1

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65

Para a participação dos estudantes


gerar resultados, é necessário que ela
seja compreendida como um processo
que requer acordos e objetivos claros.
No momento de estabelecer os
combinados, educadores e gestores
devem buscar o máximo de
transparência, informando aos jovens o
que pode ser colocado em prática no
curto, médio ou longo prazo, assim como
as delimitações do que poderá ser
resolvido no âmbito da escola, do
município, do estado ou até mesmo da
federação.
(KLIX, 2021, p.12)
Figura 2

A participação requer a construção de


uma relação de confiança entre todos.
Antes de estimular o envolvimento dos
estudantes em uma ação, a equipe
escolar deve garantir que seus objetivos,
expectativas, prazos e até mesmo
limitações sejam apresentados com
clareza. Caso contrário, uma sugestão
de escuta ou intervenção pode ser
recebida com apatia pelos jovens, que
não encontram sentido no que está
sendo proposto ou não acreditam que a
sua participação pode gerar resultados
concretos.
(KLIX, 2021, p.11)

Figura 3

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MOMENTO 1 - Leitura e reflexão

Texto: Como promover a participação dos estudantes na escola

Promover a participação dos estudantes requer a disposição de gestores e


professores para compartilhar informações e poder. Abertura, diálogo, entendimento e
cooperação são palavras chave para qualificar o processo, que deve buscar equilibrar
as responsabilidades que serão sempre dos educadores com as contribuições que
podem vir dos alunos.
Se por um lado é fundamental não subestimar a capacidade dos estudantes,
mesmo quando são crianças ou parecem pouco engajados, por outro não podemos
romantizá-los, nem transformar a participação em um fardo. O engajamento precisa fazer
sentido e estar à altura da capacidade dos alunos, bem como contribuir para a sua
aprendizagem e desenvolvimento, objetivos primordiais da escola.
A participação também deve considerar a cultura dos estudantes, ao invés de
forçá-los a se encaixar em modelos próprios do mundo adulto. Ludicidade, arte, cultura
e mídias digitais são alguns dos elementos que potencializam a contribuição,
especialmente de crianças, adolescentes e jovens. A intenção é levá-los a sério e
respeitar as suas próprias formas de organização, expressão e contribuição.
Para aliar teoria e a prática, reunimos as principais formas de participação dos
alunos na escola em quatro elementos:

▪ Escuta: consultar os estudantes sobre o seu próprio processo educativo.


▪ Escolha: permitir que os estudantes façam escolhas em relação ao seu processo
educativo.
▪ Coautoria: fomentar a participação dos estudantes em processos autorais.
▪ Corresponsabilização: envolver os estudantes na busca de soluções para os
desafios da escola.

Enfim, para que os estudantes continuem envolvidos em processos de


participação, gestores e professores devem promover conversas periódicas e
continuamente com grupos de representantes de turma, presidentes de grêmio e os
estudantes em sua totalidade, sempre que for possível. Durante os encontros, os jovens
devem encontrar espaço para apresentar demandas dos colegas e sugerir propostas de
intervenção na escola.
(KLIX, 2021)

4
67

MOMENTO 2 - Atividade em grupo

Passo 1: Após a leitura e reflexão do texto, os estudantes, em grupo, devem responder


ao seguinte questionamento:
Obs. O texto pode ser reproduzido ou projetado (com projetor multimídia ou na
televisão) para leitura compartilhada com os estudantes. (Ou, o texto pode ser
xerocopiado e distribuído aos estudantes para leitura individual).

Como os elementos da participação podem ser materializados na escola?

Lembrando:
▪ Escuta: consultar os estudantes sobre o seu próprio processo educativo.
▪ Escolha: permitir que os estudantes façam escolhas em relação ao seu processo
educativo.
▪ Coautoria: fomentar a participação dos estudantes em processos autorais.
▪ Corresponsabilização: envolver os estudantes na busca de soluções para os
desafios da escola.

Passo 2: Após as respostas em grupo, de forma isolada, os estudantes podem socializar


as respostas em plenário.

Obs. As respostas dos estudantes podem suscitar discussões entre os estudantes.

4
68

REFERÊNCIAS

COSTA, A. C. G. Protagonismo Juvenil: O que é e como praticá-lo. Belo Horizonte:


Modus Faciendi, 2007.

COSTA, A. C. G.; VIEIRA, M. A. Protagonismo Juvenil: adolescência, educação e


participação democrática. São Paulo: FTD, 2006.

Klix, Tatiana (org.). Participação dos estudantes na escola. Disponível em:


<https://participacao.porvir.org/> . Acesso em: 20 de dez. de 2022.

SANCHES, Ydelis Coelho de Souza. A formação do aluno para a participação: uma


utopia da escola pública? Dissertação (Mestrado em Educação). Faculdade de
Educação. Universidade de São Paulo – USP, 2006. (Disponível em:
<https://teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-
01042015https://teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-01042015-155623/pt-
br.php)155623/pt-br.php)>. Acesso em: 21 de dez. de 2022.

SÃO PAULO. Secretaria de Estado da educação-SEDUC. Protagonismo Juvenil –


Anos Finais. São Paulo: SEDUC, 2014.

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69

FIGURA 1

4
70

FIGURA 2

4
71

FIGURA 3

4
72

AULA 10 – Habilidades protagonistas

OBJETIVO
▪ Entender as diferenças entre competência e habilidade
▪ Identificar as próprias habilidades;
▪ Refletir sobre o nível de participação ao longo da vida escolar.

MATERIAIS
▪ Crachá
▪ Caixa de som
▪ Caderno
▪ Papel sulfite A4
▪ Lápis de cor ou giz de cera
▪ Canetas coloridas
▪ Projetor multimídia ou TV

Imagem: Canva

4
73

RODA DAS HABILIDADES


Passo 1: Professor(a) entregue para cada aluno um cartão que será
utilizado como crachá. Nele, cada um escreverá seu nome. Solicite que acrescentem ao
crachá uma qualidade que acreditam ter, algo que saibam fazer bem, como por exemplo:
pintar, desenhar, cantar ou ler, boa comunicação oral ou escrita etc.

Os alunos podem não conseguir reconhecer, de imediato, suas habilidades.


Por isso, você pode iniciar esta conversa tentando fazer com que eles identifiquem
seus hobbies ou algo que sentem prazer em fazer. Essas ações podem ser de
qualquer natureza (campo das artes, esporte, lazer, cuidados pessoais, moda
etc.). O mais importante é estimular os alunos a pensar em coisas que gostem ou
saibam fazer bem, mesmo que não reconheçam isso como uma habilidade neste
momento. Você pode mediar as descobertas dos alunos tomando o cuidado para
não restringir as colocações que eles venham a fazer, mas, sim, ajudando-os a
visualizar um caminho para que o que gostem de fazer venha a transformar-se
em habilidade.

Imagem: Canva
4
74

Passo 2: Peça aos estudantes que usem


a criatividade na confecção do crachá,
utilizando materiais variados. A seguir,
convide-os a andar livremente pela sala,
com o crachá de identificação pendurado
no pescoço ou segurando de forma bem
visível. A ideia é que eles conversem com
colegas com habilidades afins, que se
assemelhem às suas.

Para melhor ambientação, você pode colocar uma música instrumental enquanto as
conversas acontecem. Ao final, peça para que alguns alunos que se sentirem à vontade
compartilhem a experiência.

Passo 2: Após os direcionamentos anteriores, faça as seguintes questões abaixo e ouça


o que os estudantes irão responder.

Passo 3: Professor, anote todas as falas no quadro e converse com os estudantes sobre
a importância de se conseguir identificar as próprias habilidades.
Nessa conversa, dê exemplos de como é possível utilizar as habilidades dentro e
fora da UMI. Pergunte como eles acham que as habilidades individuais podem ser
trabalhadas nesta ou em outras disciplinas.

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75

MOMENTO 1 – Exibição de Vídeos


Vídeo1: Inteligências, Competências e Habilidades
Tempo: 4’31
Link: https://www.youtube.com/watch?v=V0oqZBkMavQ

No vídeo 1 o educador Celso Antunes explica as diferenças entre Inteligências,


Competências e Habilidades, esclarecendo os significados por meio de um
exemplo.

Imagens: Canva

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76

Vídeo2: Competências e Habilidades


Tempo: 2’13
Link: https://www.youtube.com/watch?v=z0RZYkIF2zk

O vídeo 2 aborda as diferenças entre competências e habilidades por meio de


exemplos do cotidiano.

Professor(a), após a exibição dos vídeos, resgate as respostas socializadas no


momento da sensibilização para que os estudantes possam entender e refletir sobre as
competências e habilidades que já possuem e aquelas que querem ou precisam
desenvolver.

Imagem: Canva

4
77

MOMENTO 2 – A MINHA PARTICIPAÇÃO NA ESCOLA

Passo 1: Convide os estudantes a relembrarem alguns momentos marcantes dos


anos iniciais do Ensino Fundamental, identificando nessas situações as atividades
nas quais participaram ativamente. Instigue-os com algumas perguntas:

Passo 2: Anote todas as indicações em um quadro, como o mostrado a seguir (o


quadro deve ser elaborado pelos estudantes no caderno ou em uma folha de sulfite ou
preparada e xerocopiada pelo professor previamente.

Ações que quero participar


Ações que participei Sentimento/motivação
neste ano
Ex. Participei de uma Ex. Consegui me expressar Ex. Quero participar da
apresentação na Semana muito bem. Eleição para líder de turma.
Cultural

Se nenhum estudante tiver participado de atividades nos anos


anteriores, não tem problema; nesse caso, a primeira parte do quadro ficará
sem informações e servirá como ponto de partida para que você sensibilize e
estimule uma maior participação dos alunos na escola.

4
78

Passo 3: Professor, a partir das respostas do quadro, estimule os diálogos com os


estudantes partindo com os seguintes questionamentos:

É interessante ajudá-los a pensar sobre os sentimentos despertados a


partir das vivências em ações significativas, por exemplo, “gostava de participar
porque eu podia colocar minha opinião” ou “era bacana porque todo mundo fazia
as coisas juntos”.

Passo 4: Peça que indiquem em quais ações gostariam de se envolver mais neste ano.
Caso seja difícil para eles identificar iniciativas para este ano, você pode ajudá-los, dando
exemplos a partir do que está previsto nas metodologias do Programa Mais Integral,
retomando o conceito de protagonismo.

Imagens: Canva

4
79

REFERÊNCIAS

BRASIL. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, 2017.

SÃO PAULO. Secretaria de Estado da educação-SEDUC. Protagonismo


Juvenil – Anos Finais. São Paulo: SEDUC, 2014.

______. Ministério da Educação e Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas


Educacionais Anísio Teixeira. Matriz de Referência para o ENEM 2020.
Brasília, Distrito Federal, 2020.

MARANHÃO. Secretaria de Estado da Educação. Modelo Pedagógico e


Modelo de Gestão Escolar Mais Integral- Anos finais do Ensino
Fundamental. São Luís, SEDUC, 2022.

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80

AULA 11: Meio Ambiente: o que tem a ver comigo?

OBJETIVO
▪ Entender a dependência do homem em relação à natureza;
▪ Discutir sobre o conceito de educação ambiental e sustentabilidade;
▪ Refletir sobre a importância da educação ambiental na escola.

MATERIAIS

▪ Cadernos
▪ Imagens de meio ambiente poluído e saudável
▪ Texto xerocopiado ou projetado (Datashow ou TV)
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COMO SERIA O AMBIENTE IDEAL PARA SE VIVER?

PASSO 1: Apresente imagens de cidades limpas e cidades poluídas.


Professor(a), sugerimos imagens neste ABC, contudo, outras imagens podem ser
apresentadas aos estudantes em revistas, jornais, em sites etc.

PASSO 2: Para estimular as discussões, você pode destacar alguns fatores presentes
nas imagens, como:
▪ Você gostaria de viver em um local com muita vegetação e área de lazer?
▪ Na cidade onde a UMI está localizada, possui um parque público como o retratado
na imagem 1? (Parque do Rangedor – São Luís/MA)
▪ Você gostaria de viver em um local agitado, com muito som e muitas pessoas?
▪ A água parada da imagem, pode conter algo ruim? Como ter acesso a água
limpa?
▪ Em relação à imagem que mostra o esgoto in natura sendo jogado nas praias de
São Luís/MA: Quais as consequências para a saúde dos banhistas? E para o
turismo?

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82

COMO SERIA O AMBIENTE IDEAL PARA SE VIVER?

4
83

MOMENTO 1: Exibição de vídeo

Passo 1: Projetar o vídeo para os estudantes.


Vídeo: O que é sustentabilidade?
Tempo: 3’27’’
Link: https://www.youtube.com/watch?v=UjU0RlTzP4Y

O vídeo explica de forma dinâmica e didática o que é sustentabilidade. Além do


conceito são dados exemplos do que é ser sustentável para facilitar o entendimento do
tema. A sustentabilidade é algo cada vez mais comentado no mundo todo, sua
importância fica cada dia mais evidente diante de tanta devastação ambiental e poluição,
além de alertas de cientistas renomados sobre as consequências que isso pode causar
no futuro e até mesmo no presente.

Passo 2: Após a exibição do vídeo, para estimular uma rápida discussão com os
estudantes, faça as seguintes perguntas:
4. O que você entendeu sobre o termo sustentabilidade?
5. O que cada um de nós podemos fazer para reduzir a poluição do planeta?

MOMENTO 2: LEITURA E REFLEXÃO


4
84

Fonte: https://www.significados.com.br/educacao-ambiental/

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Passo 1: O texto pode ser reproduzido ou projetado (com projetor multimídia ou na


televisão) para leitura compartilhada com os estudantes. (Ou, o texto pode ser
xerocopiado e distribuído aos estudantes para leitura individual).

Passo 2: COMPREENDENDO O TEXTO


Atividade para responder oralmente e/ou no caderno.

1. Qual a importância da educação ambiental?


___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
_____________________________________________________________
2. Por que o tema educação ambiental deve ser abordada nas escolas?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
_____________________________________________________________
3. O que significa desenvolvimento sustentável?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
_____________________________________________________________
4. Como seria o ambiente ideal para se viver? (descreva um ambiente considerando
vários aspectos, como: economia, cultura, lazer, população etc.)
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
_____________________________________________________________
5. Dos problemas ambientas citados no final do texto, qual você ficou com mais
curiosidade para saber mais a respeito do assunto? Por que?
a) a poluição do ar e dos rios,
b) a degradação do solo;
c) a pesca predatória;
d) o desmatamento;
e) a produção de energia com o uso de combustíveis poluentes;
f) o destino do lixo.
______________________________________________________________________
________________________________________________________________

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86

MOMENTO 3: Atividade em grupo


PROJETANDO SUA CIDADE IDEAL

ATIVIDADE PRÉVIA

▪ Professor(a), solicite aos estudantes que levem para escola materiais como
caixinhas diversas (fósforo, remédios, creme dental, entre outras), cartolina,
papel crepom colorido, palitos de sorvete, palitos de fósforo, bonequinhos de
brinquedo, plantinhas artificiais ou naturais, pincel atômico, lápis de cor,
canetas coloridas, cola, tesoura sem ponta, papelão, garrafa pet, tampas
plásticas, entre outros materiais que podem ser utilizados para construção de
uma “maquete”.

Passo 1: A sala será dividida em grupos com até 6 integrantes para desenvolver a
atividade que está planejada para acontecer em duas etapas:
1. construção da cidade ideal;
2. Apresentação da cidade aos colegas

Passo 2: Construção da cidade ideal - Orientar que poderão usar os materiais para
construir casas, setores da prefeitura, parques, ambientes privados e etc., que estão
relacionados com o funcionamento da cidade. Diga que a cidade possui em torno de
10 mil habitantes (uma pequena cidade). Enfatize a importância de não ter somente
casas na cidade, mas setores relacionados à saúde e bem-estar da população que
ali viverá.
Professor(a), caminhe entre os grupos para auxiliá-
los na construção de fatores importantes para o
funcionamento da cidade. Por exemplo, vá
questionando como será fornecida a energia para as casas e quais as atrações que
a cidade possui.
Caso os alunos e/ou a escola tenham acesso à internet (celulares ou sala
de informática), permita que os grupos utilizem para pesquisa. Incentive
que os grupos troquem materiais entre si.

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87

Passo 3: Apresentando a cidade – Cada grupo apresentará sua cidade aos demais
grupos da sala, destacando os fatores escolhidos para a construção (por que
priorizaram hospitais, escolas, praças, vegetação etc.).

Obs. Os trabalhos desenvolvidos pelos estudantes podem fazer parte de uma


exposição planejada para o Dia Mundial do Meio Ambiente (05/06).

Fonte: https://www.google.com/search?q=maquetes+cidades+sustentaveis

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88

REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da Educação. Programa Parâmetros em Ação: Meio Ambiente


na escola. Brasília: MEC; SEF, 2001.

Educação Ambiental. Significados. 2023. Disponível em:


<https://www.significados.com.br/educacao-ambiental/>. Acesso em: 18 jan. 2023.

LEROY, Jean Pierre et alli. Tudo ao mesmo tempo agora: desenvolvimento,


sustentabilidade, democracia: o que isso tem a ver com você? Petrópolis, RJ:
Vozes, 2002.

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89

AULA 12: Protagonismo e Meio Ambiente


Sustentável

OBJETIVO
▪ Refletir sobre temas ambientais que preocupam a sociedade contemporânea;
▪ Reconhecer a importância do protagonismo juvenil para o alcance dos Objetivos
de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

MATERIAIS

▪ Cadernos
▪ Cartolinas ou papel 40kg
▪ Pincel atômico, lápis hidrocor, tesouras sem ponta
▪ Texto xerocopiado
▪ Projetor multimídia (Datashow ou TV)
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RODA DE CONVERSA

PASSO 1: Organizar os estudantes em círculo na sala de aula ou no pátio. Eles poderão


sentar em cadeiras ou no chão, o importante é que estejam confortáveis e atentos às
falas de todos.

PASSO 2: Professor(a), siga o roteiro abaixo para conduzir a conversa:


▪ Vocês se interessam pelas questões ambientais? Por quê?
▪ Que temas ambientais costumam chamar mais a atenção de vocês?
▪ Onde vocês costumam buscar informações sobre essa temática?
▪ O que vocês sabem sobre desenvolvimento sustentável e sustentabilidade?
▪ Já ouviram falar sobre Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS)?

Professor(a), mostre o quadro com os 17 Objetivos de


Desenvolvimento Sustentável (ODS) estabelecidos pela
Cúpula da Nações Unidas. O Brasil se comprometeu
com essa agenda ambiental.

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91

Para saber mais...

AGENDA 2030 PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL


Em 2015, os 193 países membros das Nações Unidas adotaram uma nova política
global: a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, que pretende elevar o
desenvolvimento do mundo e melhorar a qualidade de vida das pessoas. Para isso,
foram estabelecidos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) com 169
metas – a serem alcançadas até 2030 por meio de uma ação conjunta agregando
governos, iniciativa privada e a sociedade como um todo nos âmbitos internacional,
nacional e local.
Essa agenda está pautada em cinco áreas de importância (ou chamados 5 Ps):
pessoas, planeta, prosperidade, paz e parcerias.
(Fonte: http://www.ods.cnm.org.br/agenda-2030)

4
92

Erradicar a pobreza e a fome de todas as maneiras e garantir a


dignidade e a igualdade.

Proteger os recursos naturais e o clima do nosso planeta para as


gerações futuras.

Garantir vidas prósperas e plenas, em harmonia com a natureza.

Promover sociedades pacíficas, justas e inclusivas.

Implementar a agenda por meio de uma parceria global sólida

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MOMENTO 1: EXIBIÇÃO DE VÍDEO


Vídeo: A ONU tem um plano: os Objetivos Globais
Tempo: 3’
Link: <https://www.youtube.com/watch?v=ZSrhXP4-aec>

Passo 1: Exibição do vídeo.


O vídeo aborda, de forma lúdica, os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável
estabelecidos pela ONU e por que eles são tão importantes. Estimula a reflexão sobre
como participar e ajudar na luta contra a pobreza, a desigualdade e as mudanças
climáticas hoje.

Passo 2: Após a exibição do vídeo, para estimular uma rápida discussão com os
estudantes, faça as seguintes perguntas:
1. O que você entendeu sobre o termo Desenvolvimento Sustentável?
________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
2. O que cada você pode fazer para reduzir a poluição do planeta?
________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
3. como você pode participar e ajudar na luta contra a pobreza, a desigualdade e
as mudanças climáticas?
________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________

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94

MOMENTO 2: Atividade em grupo


Painel: ESTUDANTES DA UMI ENGAJADOS COM OS ODS

ATIVIDADE PRÉVIA

▪ Professor(a), solicite aos estudantes que realizem uma pesquisa prévia sobre os
Objetivos e Metas de Desenvolvimento Sustentável (ODS) proposto pela Cúpula das
Nações, em 2015. Solicite que levem para a aula materiais que abordem o tema da
Sustentabilidade e Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), como livros,
revistas, panfletos etc.

Passo 1: Sistematização das equipes e das tarefas: A sala será dividida em grupos
com até 5 integrantes para desenvolver a atividade:

a) Cada grupo deve escolher 1 (um) dos 17 Objetivos de Desenvolvimento


Sustentável (ODS) proposto pela Cúpula das Nações para aprofundamento e
apresentação. Os temas serão diferentes.
Outra sugestão: escolher, com a anuência dos estudantes, apenas 01 (um) ODS
para ser aprofundado e apresentado por toda a turma. Neste caso, seria um
único tema
b) Os motivos da escolha serão esclarecidos durante a apresentação oral;
c) Aprofundar a pesquisa sobre os objetivos escolhidos e as metas relacionadas a
ele. Neste momento, os estudantes podem fazer uso de materiais como revistas,
livros e celulares (smartphones);
d) Discussão em grupo para propor ações que podem ser realizadas por
movimentos juvenis para auxiliar no alcance do objetivo escolhido.

Obs. Caso os alunos e/ou a escola tenham acesso à internet (celulares ou


sala de informática), permita que os grupos utilizem para pesquisa.
Incentive que os grupos troquem materiais e informações entre si.
(Sugestão de site: <https://odsbrasil.gov.br/objetivo1/indicador111>. Os estudantes poderão
pesquisar sobre os Indicadores atuais Brasil para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável).
Passo 2: Confecção de cartaz: Cada grupo deve confeccionar um Cartaz com as
seguintes informações:
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1. Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS)


2. Ações para alcançar o objetivo

Obs. Os estudantes podem usar a criatividade na confecção dos cartazes.


Lembrando que os cartazes serão utilizados para compor um grande painel na
sala de aula ou nos corredores da Unidade Mais Integral (UMI).

Passo 3: Apresentação – Em sala de aula, o grupo deve apresentar o cartaz para


os colegas, enfatizando o objetivo selecionado, os motivos dessa escolha, as ações
possíveis para o alcance do ODS escolhido e as reflexões e discussões da equipe
sobre essa atividade.

Professor(a), caso os estudantes tenham escolhido apenas 1 (um) objetivo


de Desenvolvimento Sustentável para pesquisa e apresentar, estimule-os a pensar
diferentes formas para alcançar o objetivo selecionado.
Destacamos que no ABC de Protagonismo do 7º ano há uma atividade
semelhante a essa. Desta forma, os professores podem pensar em uma grande
exposição na UMI com os cartazes confeccionados pelos estudantes.

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96

REFERÊNCIAS

Agenda 2030 para o desenvolvimento sustentável. Confederação Nacional dos


Municípios. 2023. Disponível em: <http://www.ods.cnm.org.br/agenda-2030>. Acesso
em: Acesso em: 05 de jan. de 2023.

BRASIL. Ministério da Educação. Programa Parâmetros em Ação: Meio Ambiente na


escola. Brasília: MEC; SEF, 2001.

CRUZ, Ângela. WALDHELM, Mônica. Ser em Foco. São Paulo: Editora do


Brasil, 2020.

Educação Ambiental. Significados. 2023. Disponível em:


<https://www.significados.com.br/educacao-ambiental/> Acesso em: 04 de jan. de 2023.

Indicadores Brasileiros para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Instituto


Brasileiro de Geografia e Estatística. 2023. Disponível em: <
https://odsbrasil.gov.br/home/NewHome>. Acesso em: 10 de jan. de 2023.

LEROY, Jean Pierre et alli. Tudo ao mesmo tempo agora: desenvolvimento,


sustentabilidade, democracia: o que isso tem a ver com você? Petrópolis, RJ:
Vozes, 2002.

4
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98

AULA 13 - Conhecendo os espaços de Protagonismo


na UMI

OBJETIVO
▪ Conhecer os espaços de aprendizagem na Unidade Mais Integral (UMI)
▪ Estimular a participação crítica dos estudantes.

MATERIAIS
▪ Caderno
▪ Papel sulfite A4
▪ Lápis de cor ou giz de cera
▪ Canetas coloridas
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TOUR PELA UNIDADE MAIS INTEGRAL (UMI)

Passo 1: Proponha aos estudantes que façam um passeio pela UMI. Devem visitar
os principais espaços de aprendizagens existentes no ambiente escolar.

Passo 2: Ao final do passeio, voltem a sala de aula para exposição oral daquilo que
foi observado.
Professor, utilize os seguintes questionamentos para direcionar os
comentários:

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100

MOMENTO 1 – DEFININDO AÇÕES DE INTERVENÇÃO NA UMI


Passo 1: Terminado o momento de sensibilização, divida a turma em 05 grupos para
realização da atividade.
Cada grupo deve indicar dois ambientes da UMI, responder aos tópicos abaixo e
assim socializar com os colegas sobre suas observações:
• Que bom! (um ponto positivo);
• Que pena! (algo que precisa melhorar);
• Que tal? (o que pode ser feito para tornar esse ambiente melhor?).
Passo 2: Essas informações devem ser organizadas em um quadro no caderno ou em
papel sulfite A4, como o sugerido abaixo:

Para preencher o quadro acima, os estudantes devem dialogar de forma


respeitosa para chegar a um consenso daquilo que será registrado e apresentado pelo
grupo.
Sugestão de questionamentos para direcionar as discussões nos grupos durante
a execução da tarefa:

4
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Passo 3: As apresentações devem ser organizadas de modo que todos possam falar
e ser ouvidos, bem como para que haja respeito às opiniões expostas.
Os quadros preenchidos pelos estudantes podem ser entregues à gestão da
UMI pelo líder de turma. Nesses quadros estarão descritas observações e sugestões
relevantes para a melhoria da qualidade educacional da UMI.

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102

REFERÊNCIAS

Klix, Tatiana (org.). Participação dos estudantes na escola. Disponível em:


<https://participacao.porvir.org/> . Acesso em: 20 de dez. de 2021.

SANCHES, Ydelis Coelho de Souza. A formação do aluno para a participação: uma


utopia da escola pública? Dissertação (Mestrado em Educação). Faculdade de
Educação. Universidade de São Paulo – USP, 2006. (Disponível em:
<https://teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-
01042015https://teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-01042015-155623/pt-
br.php)155623/pt-br.php)>.

SÃO PAULO. Secretaria de Estado da educação-SEDUC. Protagonismo Juvenil –


Anos Finais. São Paulo: SEDUC, 2014.

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103

AULA 14 – A escola dos meus sonhos

OBJETIVO
▪ Reconhecer a escola como um espaço privilegiado de participação social e
exercício da cidadania.

MATERIAIS
▪ Caderno
▪ Projetor multimídia ou TV
▪ Papel sulfite A4
▪ Lápis de cor ou giz de cera
▪ Canetas coloridas
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Vídeo: Qual é a escola dos sonhos dos estudantes?


Tempo: 1’16
Link: <https://www.youtube.com/watch?v=nE0XMF-Lv0Q>

Passo 1: Exibição do vídeo.


O vídeo mostra o depoimento de alguns estudantes durante um evento
educacional. Eles respondem ao questionamento, conforme a opinião pessoal de cada
um.

Passo 2: Após a exibição do vídeo, para estimular uma rápida discussão com os
estudantes, você pode usar o questionamento que intitula o vídeo.

4
105

Com o vídeo, os estudantes serão estimulados a refletir sobre o que eles


pensam que a escola deve lhes oferecer, como deve ser a escola para eles. Além
disso, serão estimulados a pensar como eles podem transformar a escola (com
ideias e ações) em um lugar agradável, onde eles poderão ter oportunidades para
delinear os seus projetos de vida.

4
106

MOMENTO 1 – Leitura e reflexão

Professor(a), reproduza o texto ou projete (com projetor multimídia ou na televisão) para


leitura compartilhada com os estudantes.

Texto: Escola da Ponte radicaliza a ideia de autonomia dos estudantes

“As crianças que sabem ensinam as crianças que não sabem. Isso não é exceção.
É a rotina do dia a dia. A aprendizagem e o ensino são um empreendimento comunitário,
uma expressão de solidariedade. Mais que aprender saberes, as crianças estão a
aprender valores. A ética perpassa silenciosamente, sem explicações, as relações
naquela sala imensa.” Foi assim que o educador Rubem Alves resumiu uma de suas
muitas surpresas com a Escola da Ponte, uma instituição pública de Portugal que, desde
1976, compreende que o percurso educativo de cada estudante supõe um conhecimento
cada vez mais aprofundado de si próprio e um relacionamento solidário com os outros.
Inserida no sistema público de educação e localizada no município de Santo Tirso
(próximo à cidade do Porto), a Escola da Ponte não adota um modelo de séries ou ciclos.
Lá, os estudantes de diferentes idades se organizam a partir de interesses comuns para
desenvolver projetos de pesquisa. Os grupos se formam e se desfazem de acordo com
os temas e a partir das relações afetivas que os estudantes estabelecem entre si.
Organização pedagógica
O processo individual de cada estudante passa por três núcleos distintos: o de
iniciação, consolidação e aprofundamento. Na iniciação, ele é tutorado com maior
frequência e passa a aprender as regras de convívio coletivo e os compromissos que
assume com os demais e com o seu próprio processo de aprendizagem. Na
consolidação, a necessidade de acompanhamento diminui, o estudante assume maior
trânsito nos espaços e tempos da escola e passa a gerir de forma autônoma o currículo
nacional destinado ao 1º ciclo do ensino básico. No núcleo de aprofundamento, as
crianças e adolescentes assumem um comportamento bastante autônomo, participam
do gerenciamento das suas atividades e de atividades do coletivo e assumem o estudo
do currículo nacional do 2º ciclo.
Em vez de um único professor, os estudantes acessam todos os orientadores
educativos, que os acompanham tanto nas questões de aprendizagem acadêmicas
107

quanto comportamentais. Em vez de disciplinas, o projeto pedagógico é dividido por seis


dimensões, apoiadas por docentes e pedagogos e psicólogos: linguística (Língua
Portuguesa, Inglesa, Francesa e Alemã), lógico-matemática (Matemática), naturalista
(Estudo do Meio, Ciências da Natureza, Ciências Naturais, Físico-Química e Geografia),
identitária (Estudo do Meio, História e Geografia de Portugal e História), artística
(Expressão Musical, Dramática, Plástica e Motora, Educação Física, Educação Visual e
Tecnológica – E.V.T., Educação Musical, Educação Visual, Educação Tecnológica e
T.I.C.), pessoal e social (Formação Pessoal, Ensino Especial e Psicologia).
Cada estudante escolhe ainda um tutor, qualquer indivíduo da comunidade
escolar – funcionários, professores, pais -, que será responsável por orientá-lo no
percurso pedagógico que ele estabelece para si mesmo. Dessa forma, o aluno e seu
tutor avaliam juntos como foi o processo de aprendizagem, se os objetivos foram
alcançados, se ficou alguma dúvida e se a criança ou o adolescente está satisfeito com
o que alcançou. No lugar de provas, o tutor e estudante estabelecem que mecanismo
utilizarão para aferir a satisfação e se o conteúdo foi assimilado, em um processo
bastante dialógico e em si educativo.
Segundo o projeto educativo, a escola tem como pedagogia o “Fazer a Ponte”,
que visa a formação de pessoas autônomas, responsáveis, solidárias, mais cultas e
democraticamente comprometidas na construção de um destino coletivo e de um projeto
de sociedade que potencialize a afirmação das mais nobres e elevadas qualidades de
cada ser humano.
Para tanto, a Escola da Ponte integra e corresponsabiliza todos os envolvidos da
comunidade escolar na sua construção – o indivíduo se faz no coletivo e o coletivo se
alimenta da singularidade de cada um.
(MOREIRA, 2014)

4
108

MOMENTO 2: Atividade em grupo

Passo 1: Divida a turma em pequenos grupos e entregue duas folhas de sulfite e caneta
hidrocor de várias cores. Cada grupo deverá discutir e chegar a um consenso em relação
aos seguintes questionamentos:

Passo 2: Os grupos devem responder de


forma legível e criativa para exposição.
Após o tempo definido, organize a sala
para que todos possam fixar as respostas
em local previamente especificado
(quadro branco ou espaço na parede da
sala de aula ou corredor da escola).

(Imagem: Canva)
Passo 3: Plenária - discutir com o grupo, como a escola que se tem pode se
transformar na escola que se gostaria de ter, e como cada um pode participar desta
transformação.
109

Professor, refletir sobre o fato da escola ser um espaço privilegiado de


participação social e exercício de cidadania para os adolescentes. O ponto
principal deste trabalho é comprometê-los com o processo de transformação da
escola que frequentam. Devem ter consciência que a escola pública pertence a
todos e deve ser cuidada por todos.
A discussão e reflexão sobre as várias possibilidades de atuação dos
estudantes deverá ter como objetivo melhorar as condições físicas, materiais,
relacionais e pedagógicas do ambiente escolar. É importante incentivar ações
que possam ser planejadas, executadas e avaliadas pelos próprios
adolescentes. O estudante precisa perceber que é corresponsável por tudo
aquilo que acontece na UMI, dando-se conta da importância da sua ação,
desde a manutenção da limpeza, conservação dos materiais, cumprimento de
tarefas escolares, atenção às aulas, convivência solidária e respeitosa com os
Educadores e colegas à participação criativa e crítica em atividades estudantis,
como: assembleias, grêmios, grupos de jornal, clubes de protagonismo,
reuniões, conselho de classe e demais atividades que são e poderão ser
oferecias pela UMI.

(Imagem: Canva)
4
110

REFERÊNCIA

ALVES, Rubem. A escola com que sempre sonhei sem imaginar que pudesse
existir. 5ª ed. Campinas: Papirus, 2003.

ALVES, Rubem. A escola da Ponte. Disponível em:


<https://servicos.educacao.rs.gov.br/dados/edcampo_texto_rubem_alves_a_escola_
com_que_---_existir.pdf> Acesso em: 01de jan. de 2022.

SÃO PAULO. Secretaria de Estado da educação-SEDUC. Protagonismo Juvenil –


Anos Finais. São Paulo: SEDUC, 2014.

MOREIRA, Jéssica. Escola da ponte radicaliza a ideia de autonomia dos estudantes.


Centro de Referência em Educação Integral. Portugal, 07 de mar. de 2014. Disponível
em: <https://educacaointegral.org.br/experiencias/escola-da-ponte-radicaliza-ideia-de-
autonomia-dos-estudantes/>. Acesso em: 23 de dez. de 2023.

4
111

AULA 15 – Sou UMI: Eu escolho amar e cuidar

OBJETIVO
▪ Perceber a necessidade de organização e da ordem para o bom desenvolvimento
das atividades escolares;
▪ Refletir sobre as atitudes válidas para a construção de um ambiente escolar
agradável para todos.

MATERIAIS
▪ Caderno
▪ Papel sulfite A4
▪ Lápis de cor ou giz de cera
▪ Canetas coloridas

br.pinterest.com/pin/811844270304950675/)

(Imagem:
https://canaldoensino.com.br/blog/saiba-como-alinhar-educacao-e-diversao)

4
112

DINÂMICA “DA BAGUNÇA À ORDEM”

Passo 1: Solicite aos estudantes que cantem uma música, todos ao mesmo tempo, para
o seu companheiro ao lado (esta atividade gerará um caos). Alternativamente, sugerimos
a entrega de uma pequena poesia para todos ou vários estudantes para que seja
declamado ao mesmo tempo.

Imagens: Canva

Passo 2: Depois, peça a alguns estudantes para cantarem a música dele para a
classe, individualmente.
Professor, estimule os estudantes para que comentem como se sentiram quando
todos falaram juntos e quando uma só criança falou/cantou e outras situações vividas
onde a organização é essencial.

4
113

MOMENTO 1 – O QUE VALE E O QUE NÃO VALE A PENA NA UMI

Nesta aula, os estudantes serão levados a refletir sobre temas e condutas


no ambiente escolar, identificando atitudes que não devem ser tomadas por eles
no ambiente escolar (exemplo: riscar as paredes, destruir os quadros, quebrar o
banheiro, sujar a sala etc.), bem como refletir sobre que atitudes serão válidas
para a construção de um ambiente escolar agradável.
O Mural de Ideias, que será o produto final desta aula, servirá para
lembrar os estudantes do contrato de convivência que acordaram no início do
ano letivo.
Os estudantes podem ser estimulados a assumir o compromisso de
cumprir aquilo que sugeriram sobre o que vale e o que não vale a pena na
UMI.
Neste trabalho, professor, esteja atento para reforçar a importância de
construir o sentimento de pertencimento e cuidado do ambiente que os acolhe
durante 9 horas diariamente, em média; além disso, a construção de uma escola
de qualidade envolve a participação de todos: poder público, pais, professores,
gestores, funcionários, parceiros, comunidade e o próprio estudante. A ação do
Atividade: Mural de Ideias
estudante é fundamental para as transformações que podem e devem ocorrer
na sala de aula e na UMI, visando a melhoria contínua da educação.

Passo 1: Professor, peça para os estudantes formarem 5 grupos (ou faça uma dinâmica
para divisão de grupos);

Passo 2: Distribua duas folhas de papel sulfite para cada grupo;

4
114

Passo 3: Peça para cada grupo escrever nos papéis distribuídos, suas opiniões sobre
os temas abaixo (sendo um tema em um papel e outro tema em outro papel):

Passo 4: No instante em que os grupos estiverem escrevendo na folha de papel, escreva


no quadro ou cole na parede uma faixa com os temas supramencionados;

Passo 5: Após todos terem concluído, peça que cada grupo escolha um representante
para a equipe, e este deverá dirigir-se ao local onde foram fixados os temas para cada
um ler as opiniões do grupo, escritas nos pedaços de papel, e em seguida colar estes
papéis sob os temas correspondente;

Passo 6: Plenária: Discutir com os grupos as opiniões levantadas;

Passo 7: Se possível, fazer um grande mural juntando os materiais gerados em todas


as turmas e expor em algum local da UMI onde os estudantes possam estar sempre em
contato com o material que eles produziram.

Imagem: Canva

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115

MOMENTO 2 – Leitura e reflexão


Indisciplina Escolar

A temática indisciplina na escola ocupa espaços pelas mais diversas razões


existentes, tanto nas escolas públicas, quanto nos particulares, prevalecendo atitudes
como rebeldias em face ao desrespeito com a escola, indo contra a função social que é
a construção da cidadania. Não que a escola não exerça seu papel, mas que muitas
vezes o professor perde muito tempo em conter os alunos, ao invés de usar os espaços
da escola como constructo de conhecimento.
Aos pais muitas vezes não tem paciência com a educação de seus filhos,
imaginem a escola receber alunos com carência familiar, precisando de amor, carinho,
companheirismo e compreensão. É nessa perspectiva que todos devem participar de
responsabilidade de educar e comprometer-se a trabalhar em coletivo para caminhar em
uma mesma direção, pois a indisciplina é um problema de ordem social, e os limites
coletivos é o papel principal para a transformação, e juntos precisam ser persistentes e
para se mudar, é preciso ter e criar expectativas positivas.
Enfim, é nesse contexto que se precisa sensibilizar a comunidade escolar da
importância constante de diálogos abordando o tema em questão, não apenas com
especialistas, estudantes, professores e outros profissionais do campo da educação e
das ciências humanas e sociais aplicadas, mas com todos os que se interessam por
reinventar a educação e as relações sociais. Pois é fato, os problemas de indisciplina
na escola, precisam ser discutidos para idealização de soluções e para a sua
implementação. Claro que é árduo, mas a escola, como o todo, não pode se esquivar da
problemática.
(PAULA; et al, 2019. p.89)

O texto acima é um fragmento do artigo intitulado “Indisciplina escolar e a relação


professor aluno: práticas a serem construídas significadamente”, que tem como
objetivo analisar, de forma sucinta, a indisciplina que pode ser minimizada, a partir
de estudos bibliográficos, sob a ótica da mediação social a partir das interações que
ocorrem dentro da escola e em especial na relação professor-aluno.
(Veja os dados completos nas referências desta aula)

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116

MOMENTO 3: Atividade

Neste momento os alunos, de maneira coletiva, devem analisar a atuação dos


estudantes nos grupos, seguindo o roteiro abaixo:

Professor(a), utilize a “Técnica do Bastão” para essa atividade.

Técnica do Bastão
1. Organize os estudantes em círculo (sentados ou em pé);
2. O “bastão” deve ficar no centro do círculo, no chão;
3. À medida que o professor(a) mediador lançar os questionamentos, o
estudante que se sentir à vontade para responder pegará o bastão;
4. Enquanto o estudante estiver com o bastão em suas mãos, estará autorizado
a falar. Ninguém fala até que esteja segurando o bastão;
5. O bastão será repassado para o colega a esquerda daquele que iniciou a
discussão. Aquele estudante que não se sentir à vontade para opinar, ficará
em silencia e passará o bastão para o próximo estudante;
6. O bastão segue contornando o círculo, à medida que um estudante fala, o
restante das pessoas permanece escutando;
7. Quando o bastão completa uma volta, será devolvido para o centro do círculo
e a atividade será finalizada.

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117

REFERÊNCIAS

PAULA, G. C. R.; FREITAS, A. C.; ALBUQUERQUE, J. G. M.; SOUSA, L. M. S.;


SILVA, M. F. da R. e .; SILVA, S. M. P. INDISCIPLINA ESCOLAR E A RELAÇÃO
PROFESSOR ALUNO: PRÁTICAS A SEREM CONSTRUÍDAS SIGNIFICADAMENTE.
RACE - Revista de Administração do Cesmac, [S. l.], v. 4, p. 81–91, 2019.
Disponível em: https://revistas.cesmac.edu.br/administracao/article/view/1042. Acesso
em: 25 dez. 2023.

SÃO PAULO. Secretaria de Estado da educação-SEDUC. Protagonismo Juvenil –


Anos Finais. São Paulo: SEDUC, 2014.
Sergipe, 2014. Disponível em:
<http://anais.educonse.com.br/2014/a_importancia_da_gestao_democrática_no_proce
sso_de_organizacao_e_.pdf>. Acesso em: 09 de jan. de 2022.

SOUZA, L. C. A. de. A importância da gestão democrática no processo de


organização e convivência escolar: um estudo de caso na escola técnica
estadual na região metropolitana de Belém - Pará. VII Colóquio Internacional –
Educação e Contemporaneidade.

VINHARSKI, S. G.; SALLES FILHO, N. A. Mediação de conflitos em educação:


entendendo e Intervindo no contexto escolar. Disponível em
<http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/cadernospde/pdebusca/producoes_pde/
2016/2016_artigo_ped_uepg_sulamitagomesvinharski.pdf>. Acesso em: 25 de dez. de
2023.

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118

AULA 16 – Participação social ativa

OBJETIVO
▪ Perceber os problemas, as desigualdades e as mais diferentes necessidades, que
a população mundial atravessa ao longo dos tempos.

MATERIAIS
▪ Caderno
▪ Papel sulfite A4
▪ Lápis de cor ou giz de cera
▪ Canetas coloridas
▪ adesivos

Imagem: Freepik

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119

QUEM SOU EU?

Passo 1: Usando papéis e adesivos, escreva algumas características de pessoas ou


personagens famosos por ações que influenciaram mudanças positivas no mundo ao
longo da história.

Passo 2: Professor(a), você ou um estudante deve ler em voz alta as características da


pessoa ou personagem para que os colegas descubram sua identidade. Ao final da
leitura das características biográficas da pessoa, o mediador deve finalizar sempre com
a pergunta: “Quem sou eu?”

OBSERVAÇÃO:

O(A) professor(a) pode substituir as personalidades sugeridas e/ou acrescentar


personalidades locais ou personagens em quadrinhos, anime, etc.

Exemplo 1:

Dica 1 – Sofreu um atentado terrorista no qual levou um tiro na cabeça, ficando em


estado grave;
Dica 2 – Ativista paquistanesa mundialmente conhecida pela defesa dos direitos
humanos das mulheres e seu acesso à educação;
Dica 3 – Foi a pessoa mais jovem a receber o prêmio Nobel da Paz, em 2014, aos 17
anos.

QUEM SOU EU?

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120

Exemplo 2:

Dica 1 – Líder do Quilombo dos Palmares;


Dica 2 – Símbolo da resistência dos escravos que conseguiam fugir das fazendas de
Alagoas e arredores;
Dica 3 – O Dia da Consciência Negra faz alusão à data da sua morte, 20 de novembro
de 1965.

QUEM SOU EU?

(Imagem: Canva)

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121

MOMENTO 1 – LEITURA DE TEXTO E PESQUISA SOBRE JOVENS QUE MUDARAM


O MUNDO

Passo 1: Neste momento, apresente alguns exemplos de jovens que conseguiram


perceber os problemas, as desigualdades e as mais diferentes necessidades que a
população mundial atravessou (atravessa) ao longo dos tempos. Esses jovens, mais do
que entender as injustiças e dificuldades, também apresentaram soluções, engajaram-
se em causas e tomam iniciativas relevantes que fazem muita diferença.
Professor(a), você pode exibir vídeos ou levar o resumo da biografia de alguns
jovens que são exemplos de protagonismo pelo mundo.

Passo 2: Além disso, solicite que os estudantes complementem as informações sobre


os protagonistas escolhidos por meio de pesquisas que podem ser realizadas na
biblioteca da escola, na sala de informática ou em materiais diversos indicados pelo
professor ou sugeridos pelos estudantes.

Caso os alunos e/ou a escola tenham acesso à internet (celulares ou


sala de informática), permita que os grupos utilizem para pesquisa.
Recomende aos grupos que troquem materiais entre si.

Passo 3: Para essa atividade, professor, divida a turma em 05 grupos e solicite que
façam a leitura do texto previamente xerocopiado e/ou que pesquisem sobre jovens
que mudaram o mundo com ações protagonistas. Lembrando que cada grupo pode
ficar responsável em pesquisar apenas um jovem protagonista que mudou o mundo.

OBSERVAÇÃO:

Para a pesquisa, o grupo deve elaborar um roteiro que possa guiar as ações
de cada membro. Relevante que o grupo selecione um relator para que faça a
síntese do material pesquisado.

Apresentamos alguns exemplos, a seguir:


4
122

MALALA YOUSAFZAI

Malala é uma ativista paquistanesa


mundialmente conhecida pela defesa dos
direitos humanos das mulheres e seu
acesso à educação, até então proibida pelos
talibãs. Através de um blog, e usando um
pseudônimo, ela começou aos 11 anos a
escrever sobre todas as limitações impostas
às jovens de seu país.
Em 2012, com 15 anos de idade, Malala sofreu um atentado terrorista no
qual levou um tiro na cabeça, ficando em estado grave. O atentado deu início a
um movimento ainda maior de apoio nacional e internacional.
Após a produção de um documentário com a sua história (Malala, 2015),
ela foi se tornando cada vez mais conhecida no mundo. Deu entrevistas e
ganhou o prêmio internacional da criança. A ONU laçou uma petição em nome
da jovem exigindo que todas as crianças do mundo estivessem em escolas até
ao fim de 2015. A petição impulsionou a retificação da primeira lei de direito à
educação no Paquistão.
Considerada uma das 100 pessoas mais influentes do mundo, Malala vive
no Reino Unido, e foi a pessoa mais jovem a receber o Prêmio Nobel da Paz,
em 2014, aos 17 anos.
(SILVA, 2023)

“Quando o mundo inteiro está em silêncio,


até mesmo uma só voz se torna poderosa.”
- Malala Yousafzai

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123

Greta Thunberg nomeou seus protestos como


Skolstrejk för klimatet, o que pode ser
traduzido como “Greve escolar pelo clima”.

Veja mais sobre "Greta Thunberg" em:


4
https://brasilescola.uol.com.br/biografia
/greta-thunberg.htm
124

4
7

4
125

MOMENTO 2 – SEMINÁRIO EM GRUPO

Passo 1: Após as pesquisas e resumos elaborados no momento anterior, os grupos


deverão apresentar os resultados das leituras e pesquisas em forma de seminário.

Seminário é um gênero textual de trabalho em que um determinado tema é


apresentado oralmente. É importante, professor(a), que você faça as
orientações sobre as apresentações como: tempo disponível para cada equipe,
uso de recursos audiovisuais (slides, vídeos, músicas etc.), critérios de avaliação
etc.

Passo 2: Professor(a), ao final de cada apresentação, você pode abrir espaços para que
os demais estudantes façam comentários, perguntas ou exponham opiniões sobre os o
jovem protagonista apresentado.

Imagem: Canva
4
126

REFERÊNCIA

Jovens que mudaram o mundo. SESC-RJ. 2020. Disponível em:


<https://www.sescrio.org.br/noticias/educacao/jovens-que-mudaram-o-mundo/>.
Acesso em: 10 de jan. de 2022.

SÃO PAULO. Secretaria de Estado da educação-SEDUC. Protagonismo Juvenil –


Anos Finais. São Paulo: SEDUC, 2014.

SILVA, Daniel Neves. "Greta Thunberg". Brasil Escola. 2022 Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/biografia/greta-thunberg.htm. Acesso em 07 de janeiro de
2023.

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AULA 17 – Protagonismo para além dos muros da


escola

OBJETIVO
▪ Refletir sobre temas que preocupam a sociedade brasileira contemporânea;
▪ Compreender o protagonismo como ação individual e coletiva.

MATERIAIS
▪ Caderno
▪ Papel sulfite A4
▪ Lápis de cor ou giz de cera
▪ Canetas coloridas
▪ Fita adesiva
▪ Jornais, revistas, fotografias (do Brasil e do mundo)

Imagem: licenciada em CC BY-SA-NC


128

Vamos pensar o Brasil que queremos?

Passo 1: Dividir a turma em 5 grupos. Cada grupo deve pensar e refletir sobre o que
consideram indispensável para a construção de Brasil ideal para viver. Deixe todos bem
livres para anotar no caderno ou folha de papel sulfite A4 o que quiserem, por exemplo:
amor, paz, saneamento básico, sustentabilidade, igualdade, dinheiro, justiça, respeito
etc.

Professor(a), observe que as sugestões estarão ligadas aos


lugares/situações de vivência de cada estudante.

Passo 2: Após esse momento de registro, os estudantes podem ler as respostas e iniciar
uma discussão reflexiva em uma grande plenária.

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129

MOMENTO 1 – O BRASIL QUE TEMOS E O BRASIL QUE QUEREMOS

ATIVIDADE PRÉVIA

▪ Professor(a), solicite aos estudantes que realizem uma pesquisa prévia em sites
de notícias sobre fatos problemáticos que acontecem no país. A pesquisa deve
abranger, ainda, países que são considerados altamente desenvolvidos em
diversos aspectos (social e econômico, por exemplo).

Passo 1: Sistematização das equipes e das tarefas: A sala será dividida em grupos
para desenvolver a atividade (podem ser os mesmos organizados para a tarefa de
socialização).

Passo 2: Cada grupo deve escolher um dos problemas do Brasil que detectaram na fase
de pesquisa.

Passo 3: Em seguida, os grupos devem responder aos questionamentos abaixo:

Professor(a), os questionamentos podem ser xerocopiados e distribuídos


aos grupos, ou, na ausência desse recurso, você pode escrever no quadro para
que os estudantes copiem no caderno.

4
130

PROBLEMA DO BRASIL QUE TEMOS: __________________________________


___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

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MOMENTO 2: Atividade em grupo

Passo 1: Os grupos já formados devem montar um painel com frases, recortes e


desenhos sobre o Brasil que temos e o Brasil que queremos ter.

Para saber mais.

Vídeo: Ligado - O Brasil que temos, o Brasil que queremos, qual a nossa
responsabilidade?

Tempo: 45’

Link: <https://www.youtube.com/watch?v=y7tQ6DHESts>

Professor(a), o vídeo mostra uma Roda de Conversa com estudantes e


professores do Colégio Luterano Arthur Konrath, escola de Ensino Médio,
localizado em Estância Velha, Rio Grande do Sul. O grupo dialoga de forma
democrática sobre a responsabilidade de todos com o Brasil que temos e o Brasil
que queremos.

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132

REFERÊNCIA

COSTA, A. C. G. Protagonismo Juvenil: O que é e como praticá-lo. Belo Horizonte:


Modus Faciendi, 2007.

COSTA, A. C. G.; VIEIRA, M. A. Protagonismo Juvenil: adolescência, educação e


participação democrática. São Paulo: FTD, 2006.

PORFíRIO, Francisco. "Cultura brasileira: da diversidade à desigualdade". Brasil


Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/cultura-brasileira-
diversidade-desigualdade.htm. Acesso em 19 de jan. de 2022

SÃO PAULO. Secretaria de Estado da educação-SEDUC. Protagonismo Juvenil –


Anos Finais. São Paulo: SEDUC, 2014.

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AULA 18 – Juventude ou juventudes?

OBJETIVO

▪ Refletir sobre as diferentes juventudes em contextos históricos passados;


▪ Discutir sobre os diferentes olhares lançados pela sociedade sobre a juventude;
▪ Abordar a visão que os jovens fazem de si mesmos e sobre a sua própria condição
juvenil;

MATERIAIS
▪ Caderno
▪ Projetor de mídias
▪ Computador com acesso a internet
▪ ABC de Protagonismo
▪ Textos impressos
▪ Lousa e acessórios
▪ Papel sulfite A4
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Dinâmica - Privilégio: Desigualdade social e oportunidades

Professor(a), essa dinâmica traz uma reflexão sobre privilégio, oportunidade e


mobilização social.

Passo 1: Cada aluno recebe uma folha de papel para amassar e fazer uma bolinha.

Passo 2: O(A) professor(a) coloca o cesto de lixo bem na frente da sala, embaixo do
quadro.

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Passo 3: Fala do(a) professor(a): “Esse jogo é muito simples. Vocês representam a
população de um país qualquer. E todo cidadão neste país tem a chance de crescer na
vida e realizar o seu maior sonho. Para isso, tudo o que você precisa fazer é acertar sua
bolinha no cesto de lixo, sem se levantar da cadeira.

Passo 4: Provavelmente, os estudantes do fundo da classe devem protestar (“mas isso


não é justo!”) e os estudantes da frente ficarão calados (nem todos). Isso porque, os que
estão no “fundão” da sala têm diante deles um monte de gente e cadeiras (muitos
obstáculos). Enquanto, os que estão nas fileiras da frente, terão vantagens para acertar
a bolinha no cesto de lixo.

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136

Passo 5: Quando os arremessos são feitos, acontece o esperado: os da frente


conseguem acertar mais (mas nem todos) e os de trás acertam menos (mas alguns
acertam).

Passo 6: Professor(a) aproveite para iniciar uma discussão sobre sonhos, privilégios
e oportunidades dos jovens. Pode iniciar com a seguinte observação:

“Quanto mais perto você estiver do cesto de lixo, maiores são as suas chances de
acertar. Isso é um privilégio. Vocês repararam como as reclamações vieram, todas,
do fundo da classe?”

Os estudantes que estão na frente não sentirão as mesmas dificuldades


daqueles que estão na parte de trás da sala de aula… (e, talvez, não
percebam, pelo menos não ao ponto de se manifestarem, sobre a
posição privilegiada em que se encontram ou sobre a injustiça com os
colegas do fundão).
Obs. Essa dinâmica foi publicada originalmente em:
https://www.updateordie.com/2014/12/08/dinamica-de-sala-de-aula-explicando-privilegio/

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MOMENTO 1 – Leitura e reflexão


Texto: O que é Juventude?
Quando falamos de juventude, muitas vezes, propomos um recorte etário, mas
que não leva em consideração características de uma construção social e cultural. Nesse
sentido, o tempo da juventude tem se consolidado, de acordo com Rocha (2006), entre
os 15 a 24 anos. Mas juventude não é só a fase, a idade, envolve elementos de classe,
raça, gênero, entre outros aspectos sociais e sociológicos. Quando nos referimos a este
conceito, podemos pensar num período compreendido na transição entre a infância e a
vida adulta. Mas com o passar dos anos pode-se observar que a definição de juventude
parte da construção de limites e experiências vividas no âmbito social, temporal e
cultural. De acordo com Dayrell (2003) nem ao menos podemos dizer mais de juventude,
mas sim de juventudes, com um S ao final, que caracteriza as dimensões sociais e
políticas da definição, o que amplia a compreensão do conceito.
Ao definirmos o conceito de juventude, deve-se ter em mente algumas questões
pertinentes sobre o termo. A primeira delas, é que, ao contrário do que se pensa,
juventude não é um conceito natural – mas, de acordo com Peralva (1997), uma
construção social e histórica. Levando em consideração esse aspecto, não se pode
deixar de levar em conta os aspectos biológicos, já que se considera as transformações
hormonais tão típicas dessa faixa etária.
Ao mesmo tempo, pode-se observar que ao pensar a juventude pela
modernidade, permite apreender o conceito por um desenvolvimento dialético entre a
institucionalização das juventudes e a possibilidade de sua autonomia, ainda quando é
reprimida, contida ou absorvida pela estrutura social. Assim, pode-se reconhecer que há
uma contradição entre sociedade e juventude, já que as trajetórias dos jovens oscilam
em paradoxos típicos da idade, tais como defendido por Groppo (2010), integração x
adaptação, ou ainda, papeis sociais x identidades, entre outros. Esses movimentos,
segundo o autor, revelam a ação dos jovens em seus protagonismos e criação de
identidades diversas e diferenciadas, resistências.
(SANTOS, 2021)
Passo 1: Após a leitura do texto, discutam sobre a questão abaixo:

O que é ser jovem para você?

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138

MOMENTO 2: ATIVIDADE EM GRUPO


Pesquisa em grupo

Essa atividade tem inspiração na pesquisa desenvolvida pelo Prof. Dr.Luiz


Carlos Gil Esteves e pela Profa. Dra. Miriam Abramovay, intitulada: “Juventude,
Juventudes: pelos outros e por elas mesmas”.

Nesse estudo os autores buscaram contrapor os diversos modos como os jovens


são vistos socialmente (sendo, em regra, depreciativos, porque partem de uma sociedade
“adultocrata”), bem como retratam as múltiplas visões que jovens têm de si mesmos.
Percebem que os jovens reivindicam um espaço para as juventudes nas sociedades
contemporâneas.

TEMAS:
I- Diferenças entre as juventudes em contextos históricos passados e presentes;
II - Diferentes olhares lançados pela sociedade sobre a juventude;
III - A visão que os jovens fazem de si mesmos;

Passo 1: A sala será dividida em 3 (três) grupos para desenvolver a atividade que está
planejada para acontecer em 4 (quatro) etapas:

1ª) Planejamento (definição das atribuições dos membros da equipe e do roteiro


de entrevista);
2ª) Pesquisa de campo: entrevista;
3ª) Sistematização do material coletado;
4ª) Apresentação das conclusões.

Passo 2: Cada temática ficará sob a responsabilidade de uma equipe. Essa divisão ficará
a critério do(a) professor(a).

Passo 3: Após a distribuição das temáticas entre os 4 grupos, os estudantes deverão


seguir as etapas descritas acima.
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139

Passo 4: Professor(a), oriente os grupos, conforme explicado abaixo:

Tema 1: Escolher 2 pessoas com idades diferentes (pelo menos 15 anos de diferença).
Conduzam as entrevistas com as pessoas escolhidas perguntando sobre detalhes da
juventude vivida por elas como: onde moravam, como eram os amigos, como se
vestiam, o que gostavam de fazer, o que gostavam de assistir, de ouvir, os
contextos político e social da época, algum fato importante, vejam fotografias etc.
Sugerimos que o grupo faça uma complementação com dados coletados pela
internet sobre o contexto político, social e cultural sobre a região e o período em que
cada entrevistado viveu na juventude.

Tema 2: As representações mais corriqueiras sobre juventude versam, basicamente, em


duas linhas:
▪ Uma que considera a juventude como grupo social homogêneo, composto por
indivíduos cuja característica mais importante é estarem vivenciando certa fase
da vida, isso é, pertencerem a um dado grupo etário;

▪ Outra, de caráter mais difuso, que, em função de reconhecer a existência de


múltiplas culturas juvenis, formadas a partir de diferentes interesses e inserções
na sociedade (situação socioeconômica, oportunidades, capital cultural etc.),
define a juventude para muito além de um bloco único, no qual a idade seria o
fator predominante. Por essa linha, vem se tornando cada vez mais corriqueiro o
emprego do termo juventudes, no plural, no sentido não de se dar conta de todas
as especificidades, mas, justamente, apontar a enorme gama de possibilidades
presente nessa categoria.
Neste tema, o grupo coleta respostas para a seguinte indagação: o que melhor
define o jovem nos dias de hoje?
Sugerimos a aplicação de questionário para várias pessoas de diferentes idades,
com as seguintes opções de respostas:
( ) A moda e a aparência
( ) A força e a agilidade
( ) A linguagem, a música
( ) A consciência, a responsabilidade e o compromisso
( ) A insegurança pessoal e socia

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( ) A falta de perspectivas
( ) Ser questionador/transgressor/ousado
( ) Ser instável emocionalmente
( ) Ser criativo/empreendedor
( ) Ser egoísta
Ser consumista/comprar
( ) Depende do ambiente em que convive
( ) Ser inteligente e alegre/feliz
( ) Ser mal educado e agressivo
( ) Ser irresponsável

Tema 3: Essa temática remete aos seguintes questionamentos: Como será, então, que
os próprios jovens se percebem? Ou, em termos mais específicos, quais são as
principais características que, no entender das juventudes, melhor definiriam o ser
jovem na contemporaneidade?
Essas perguntas obrigam a um outro tipo de reflexão acerca do conceito de juventude.
Isso porque, quando nos detemos na construção dessa categoria a partir da ótica dos
jovens, damos centralidade não a visões externas, mas sim aos próprios atores nela
inseridos, sujeitos históricos concretos, pois situados em um tempo e um espaço
determinados.

Passo 5: O roteiro das entrevistas e do questionário teve conter um cabeçalho para


qualificação dos entrevistados, conforme descrito abaixo:

Domicílio (bairro) _____________________________________


Escolaridade: ________________________________________
Gênero: _____________________________________________
Idade: _______________________________________________
Cor da pele: __________________________________________

Obs. Destaca-se que essa atividade vai contribuir para despertar o senso de investigação
nos estudantes, contudo não tem a intenção de obter um trabalho com rigor científico.

4
141

Passo 6: Após o levantamento dos dados, os estudantes, em grupo, devem


sistematizar o material coletados e discutir sobre as conclusões alcançadas.

Passo 7: Finalizada a etapa anterior, o(a) professor(a) agendará o momento para


apresentação das impressões que os estudantes tiveram durante a realização
da atividade, além da apresentação dos resultados atingidos com a pesquisa.

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142

REFERÊNCIAS

CRUZ, Ângela. WALDHELM, Mônica. Ser em Foco. São Paulo: Editora do


Brasil, 2020.

ESTEVES, Luiz Carlos Gil. ABRAMOVAY, Miriam. Juventude, juventudes:


pelos outros e por elas mesmas. Disponível em:
<http://www.ia.ufrrj.br/ppgea/conteudo/conteudo-2010-2/Educacao-
MII/2SF/Juventude_juventudes.pdf> Acesso em: 28 de dez. de 2022.

PEREIRA, Alexandre Barbosa. Juventude, Juventudes. Teoria e Debate. 2012.


Disponível em: < https://teoriaedebate.org.br/2012/04/12/juventude-
juventudes/>. Acesso em: 29 de dez. de 2022.

SANTOS, Andreia. O que é Juventude. Blog Café com Sociologia. mar. 2021.
Disponível em: <https://cafecomsociologia.com/juventude/>. Acesso em: 29 de
dez. de 2022.

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143

AULA 19 – Sou protagonista da minha própria


história

OBJETIVO

▪ Fortalecer o interesse dos estudantes pelo protagonismo e o seu projeto de vida;


▪ Buscar atitudes voltadas para à proatividade e habilidades interpessoais;
▪ Desenvolver a capacidade de autonomia.

MATERIAIS
▪ Caderno
▪ Projetor de mídias
▪ Computador com acesso a internet
▪ ABC de Protagonismo
▪ ABC de Projeto de Vida
▪ Textos impressos
▪ Diário dos sonhos
▪ Lousa e acessórios
▪ Papel sulfite A4
▪ Lápis de cor ou giz de cera
▪ Canetas coloridas
144

Abaixo consta um vídeo que traz mais conhecimentos aos estudantes sobre a
compreensão da importância de ser um estudante protagonismo para o alcance do seu
Projeto de Vida.

Passo 1: Exibição do vídeo ou projeção dos quadrinhos abaixo.


Vídeo 1: Protagonismo em Desenhos

Tempo: 1’49’’

Link: <https://www.youtube.com/watch?v=4uTk_ZHHgt0&t=8s>

Professor(a), o vídeo apresenta um resumo dos principais


conceitos e características de Protagonismo Juvenil. Destaca a
importância do tutor(a) e do professor(a) de Projeto de Vida para o
desenvolvimento
Vídeo 1: do protagonismo e do direito de sonhar entre os
estudantes.
Obs. O vídeo pode ser retratado nos slides abaixo.

4
145

4
146

Professor(a), este é um momento interessante para resgatar as


primeiras aulas deste ABC, para reforçar os ensinamentos iniciais sobre
Protagonismo.

Passo 2: Os estudantes devem responder, no caderno ou oralmente, a seguinte


indagação:

Quais os passos para o estudante se tornarem protagonista na sala de aula, na


escola e na vida?

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147

MOMENTO 1 - MEU PLANO DE AÇÃO

Passo 1: Apresente o quadro abaixo como referência. Nele há o exemplo de um


detalhamento de uma meta.
Explique-os que, para o alcance das suas metas, este exercício servirá
para auxiliá-lo na construção de um(s) Projeto(s).

Passo 2: Após, solicite que elaborem os seus próprios Projetos que irão ajudá-
los a alcançarem suas metas. Sugere-se que seja construído uma Planilha
conforme o modelo a seguir:
Exemplo:

Atividade:

4
148

O protagonismo contribui para a formação de pessoas mais


autônomas e comprometidas socialmente, com valores de solidariedade e
respeito mais incorporados, o que contribui para uma proposta de
transformação social. No campo do desenvolvimento pessoal, a prática do
protagonismo contribui para o desenvolvimento do senso de identidade, da
autoestima, do autoconhecimento, da autoconfiança, da visão de futuro,
do nível de aspiração vital, do projeto e do sentido da vida, da
autodeterminação, da autorrealização e da busca de plenitude humana por
parte dos jovens.
Novas atitudes para o Projeto de Vida e para conquistar um futuro
positivo...

O Projeto de vida está relacionado com a capacidade de os estudantes


refletirem sobre desejos e objetivos não apenas para o futuro, mas também para
agora. Isso inclui planejar o que farão a cada ano, aprendendo a se organizar,
estabelecer metas e a definir estratégias para atingi-las.

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149

MOMENTO 2 – RODA DE CONVERSA


Passo 1: Nesta atividade, os estudantes irão aprender como o projeto de vida é
concretizado na vida de uma pessoa. Para isso, informe-os que será realizada uma Roda
de Conversa.
Incentive a participação de todos, professor!
Como sugestão, seguem algumas questões que podem nortear as reflexões:

Passo 2: Considerando esses apontamentos, peça aos estudantes que descrevam


quais são seus projetos de vida.
Deixe-os bem à vontade para que pensem e reflitam. Sugira que revisem seus Diários
dos Sonhos. Se houve alguma mudança quanto aos seus projetos de vida, se precisa
acrescentar algo...

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150

MOMENTO 3 – Leitura de texto e exibição de vídeo

A história “O rei que queria alcançar a lua”, é um famoso conto do folclore


caribenho, capaz de revelar coisas muito interessantes.
Reis são pessoas muito poderosas, todos nós sabemos disso. Mas
algumas vezes até os soberanos se deparam com quem pode muito mais que
eles. Neste caso, a lua.
O desejo do Rei - Muito mimado, o rei desta história teima em
conseguir tocar a lua. Ela havia se encantado por ela certa noite, quando da
janela de seu castelo a avistou brilhando no céu. O rei então decidiu ordenar
que seus súditos fizessem de tudo para que ele conseguisse literalmente
tocar a lua. Sua arrogância e prepotência desmedidas acabaram causando
uma série de danos ao reino, e ele por fim descobre que nem sempre
podemos fazer tudo aquilo que desejamos.
A importância dos limites - Vocês já pararam para pensar o quanto
é importante estabelecer limites?
Professor, consta abaixo o vídeo e o texto “O rei que queria alcançar a
Lua”:

Vídeo: O rei que queria alcançar a Lua.

Tempo: 3’26’’

Link: <https://www.youtube.com/watch?v=tEHfn81H-MA&t=65s>

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151

Passo 1: Após a leitura do texto anterior, proponha aos estudantes que respondam as
questões abaixo:

1) Cite algumas características do rei principal?


_________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________

2) O que o rei queria fazer?


_________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________

3) Quais foram as sugestões para que ele conseguisse o que queria? Isso funcionou?
_________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________

4) O que você consegue apreender sobre as metas que devemos ter?


_________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________
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REFERÊNCIAS

BARROS, Manoel de. Exercícios de ser criança. São Paulo: Salamandra, 1999.

MARANHÃO. Secretaria de Estado da Educação. Modelo Pedagógico e


Modelo de Gestão Escolar Mais Integral- Anos finais do Ensino
Fundamental. São Luís, SEDUC, 2022.

PRlETO, Heloisa. Lá vem história: contos do folclore mundial. 2 ed. São


Paulo. Companhia das Letrinhas 1997 p 36-37 (História do folclore do Caribe).

Significado de Protagonismo. Dicio – Dicionário online de Português.


Disponível em:
<https://www.dicio.com.br/protagonismo/#:~:text=substantivo%20masculino%20
Qualidade%20da%20pessoa,%2C%20art%C3%ADstico%2C%20televisivo%2C
%20cinematogr%C3%A1fico>. Acesso em 26.08.2022.
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AULA 20 – O estudante protagonista e o seu projeto


de vida

OBJETIVO

▪ Despertar o interesse pelo protagonismo e o seu projeto de vida;


▪ Buscar atitudes voltadas para à proatividade e habilidades interpessoais;
▪ Desenvolver a capacidade de autonomia;

MATERIAIS
▪ Caderno
▪ Projetor de mídias
▪ Computador com acesso a internet
▪ ABC de Protagonismo
▪ ABC de Projeto de Vida
▪ Textos impressos
▪ Diário dos sonhos
▪ Lousa e acessórios
▪ Papel sulfite A4
▪ Lápis de cor ou giz de cera
▪ Canetas coloridas

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REVISANDO OS CONCEITOS DE PROTAGONISMO

Os estudantes e o seus projetos de vida são a essência do ensino em tempo


integral. Os sonhos deles têm forma, metas, estratégias, ações e é possível o alcance
da concretização. Não deve ser visto como algo inalcançável. E para isso, levar o
estudante a refletir sobre as suas habilidades, os seus limites, os seus talentos e sobre
a constante descoberta de quem ele é de fato é imprescindível.
São diversos tipos de projetos de vida listados pelos estudantes. Alguns estão
relacionados às profissões, outros, não. Porém, não importa quais sejam, todos
requerem compromisso, tomada de decisões e esforço. Isto posto, entende-se que
para que a realização dos projetos de vida seja exitosa, o desenvolvimento do
protagonismo é indispensável, visto que o estudante é posto diante de desafios
reais e, ao desenvolver a busca por soluções, passam a experimentar e,
consequentemente, aprendem a lidar com situações que levarão a buscar seus
sonhos.
Para tanto, o espaço escolar é um ambiente privilegiado e propício para o
exercício da aprendizagem, para a socialização e para a inserção desses
adolescentes em atividades que envolvam debates sobre temas diversos, ser um
espaço que ofereça as possibilidades de movimentar temas geradores de discussões
e provocar as possíveis soluções, ambiente que ofereça ações educativas
intencionais, planejadas, executadas, avaliadas e, se necessário, ajustadas.
No “Dicio”, dicionário online de Português, conceitua protagonismo como
“qualidade da pessoa que se destaca em qualquer situação, acontecimento,
exercendo o papel mais importante dentre os demais: protagonismo juvenil.” Portanto,
estar em destaque, tomar decisões, ser parte da solução dos problemas é ser
protagonista.

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Passo 1: Baseado no que já foi estudado nas Aulas 1 e 2 proponha aos estudantes que
a revisem. Após, solicite-os que respondam a seguinte pergunta:

Professor, respostas como: “determinação”, “liderança”,


“engajamento”, “o principal da nossa vida”, “quando escrevo a minha
própria história” surgirão. Incentive-os a refletirem e expor suas respostas.
Obs.: Caso a UMI disponibilize de acesso à internet, você pode usar a
ferramenta Mentimeter. Por meio dessa atividade, a turma poderá
visualizar uma “nuvem de palavras” contendo todas as respostas que
foram citadas e postadas.

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MOMENTO 1 – PENSANDO SOBRE A CONSTRUÇÃO DO MEU PROJETO DE VIDA

Projeto de vida é um planejamento estratégico pessoal, organizado e com


detalhamento de metas de curto, médio e longo prazo, para todas as áreas da vida.
Ele deve ser realizável, flexível e dinâmico, servindo de ferramenta para a
consecução das metas, facilitador e motivador das realizações pessoais.
A vida oferece um universo de oportunidades, escolhas e possibilidades.
Há pessoas que querem muito, vivem sempre ocupadas, atarefadas, sem
conseguir fazer tudo que querem. Há outras que não sabem o que querem e
desperdiçam o tempo, sem foco no que lhe seja mais útil e construtivo. Há
ainda as pessoas que assistem a vida passar, sem aproveitar o tempo, sem
saber o que fazer, sem se desenvolver, sem aprender, sem se envolver.
Entretanto, é possível utilizar o tempo de forma eficiente, canalizando energia
e ações para os objetivos e metas pretendidos e reservando espaço para o
lazer, o convívio familiar e social, o desenvolvimento pessoal e o
voluntariado.

Passo 1: Professor, é importante que você apresente aos estudantes algumas ações
para que eles reflitam sobre o processo de construção dos seus projetos de vida.
Apresente alguns exemplos dessas ações citadas abaixo (você pode copiar na
lousa ou num cartaz), logo após, você pode perguntá-los se eles mesmos têm outras
informações a acrescentar e, juntos, vão formando uma lista de ações que favorecem
para a construção do projeto de vida de cada pessoa.

Passo 2: Vá dialogando com os estudantes fazendo questionamentos de reflexão,


como:
- Como você ocupa sua vida, o seu tempo?
- Têm sonhos e objetivos?
- Quais os seus objetivos?
- Você já fez a sua carta do futuro?

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O preenchimento da TABELA DE ATITUDES E AÇÕES abaixo irá ajudar os estudantes


a ver o que precisa mudar.

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REFERÊNCIAS

BARROS, Manoel de. Exercícios de ser criança. São Paulo: Salamandra, 1999.

MARANHÃO. Secretaria de Estado da Educação. Modelo Pedagógico e Modelo de


Gestão Escolar Mais Integral- Anos finais do Ensino Fundamental. São Luís,
SEDUC, 2022.

PRlETO, Heloisa. Lá vem história: contos do folclore mundial. 2 ed. São Paulo.
Companhia das Letrinhas 1997 p 36-37 (História do folclore do Caribe).

SIGNIFICADO DE PROTAGONISMO. Dicio – Dicionário online de Português.


Disponível em:
<https://www.dicio.com.br/protagonismo/#:~:text=substantivo%20masculino%20Qualida
de%20da%20pessoa,%2C%20art%C3%ADstico%2C%20televisivo%2C%20cinematog
r%C3%A1fico>. Acesso em 26.08.2022.
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