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NOME: _______________________________________________

TURMA: _______________

Ficha Catalográfica

Marques, Rosa Monteiro. Apostila Português Instrumental. CEDUP Dario G. Salles


– Joinville, 2021.

www.cedup.com.br
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Sumário

INTRODUÇÃO UNIDADE CURRICULAR .................................................................. 7


CAPÍTULO 1 ............................................................................................................... 8
INTRODUÇÃO À METODOLOGIA CIENTÍFICA ........................................................ 8
DO MEDO À CIÊNCIA ................................................................................................ 8
O medo ....................................................................................................................... 8
O misticismo ................................................................................................................ 9
A ciência ...................................................................................................................... 9
O QUE É CONHECIMENTO ....................................................................................... 9
Conhecimento Popular .............................................................................................. 10
Conhecimento Vulgar ................................................................................................ 10
Empírico .................................................................................................................... 10
Conhecimento Filosófico ........................................................................................... 11
Conhecimento Religioso ........................................................................................... 11
Conhecimento Científico ........................................................................................... 11
Método Científico ...................................................................................................... 12
EXERCÍCIOS ............................................................................................................ 14
CAPÍTULO 2 ............................................................................................................. 15
COMUNICAÇÃO: SISTEMA DE COMUNICAÇÃO ................................................... 15
Comunicação ............................................................................................................ 16
Comunicação Oral ou fala ......................................................................................... 16
Comunicação Escrita ................................................................................................ 16
Sistema de comunicação .......................................................................................... 17
COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL............................................................................. 19
Comunicação Interna ................................................................................................ 20
Comunicação externa ............................................................................................... 21
EXERCÍCIOS ............................................................................................................ 22
CAPÍTULO 3 ............................................................................................................. 24
LINGUAGEM: NÍVEIS DE LINGUAGEM ................................................................... 24
Linguagem formal...................................................................................................... 24
Linguagem Informal................................................................................................... 24
VARIAÇÃO LINGUÍSTICA: DIALETOS E REGISTROS ........................................... 25
EXERCÍCIOS ............................................................................................................ 26
CAPÍTULO 4 ............................................................................................................. 28
COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS E ENUNCIADOS .................. 28
Texto ......................................................................................................................... 29
Contexto .................................................................................................................... 29
Intertexto ou intertextualidade ................................................................................... 29
Interpretação textual .................................................................................................. 30
Elementos necessários para uma boa interpretação ................................................ 30
Interpretação textual .................................................................................................. 30
ELEMENTOS NECESSÁRIOS PARA UMA BOA COMPREENSÃO ........................ 31
Paciência ................................................................................................................... 31
Concentração ............................................................................................................ 31
Leitura ....................................................................................................................... 31
EXERCÍCIOS ............................................................................................................ 32
CAPÍTULO 5 ............................................................................................................. 34
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PRODUÇÃO TEXTUAL: COMO COMEÇAR? .......................................................... 34


ASPECTOS TEXTUAIS ............................................................................................ 34
Alguns aspectos a serem observados na produção de texto .................................... 34
TIPOS TEXTUAIS ..................................................................................................... 36
Texto Dissertativo ...................................................................................................... 36
Texto narrativo .......................................................................................................... 36
Texto descritivo ......................................................................................................... 36
Texto Injuntivo ........................................................................................................... 37
Texto Expositivo ........................................................................................................ 37
PRODUÇÃO TEXTUAL ............................................................................................ 37
ESTRUTURA TEXTUAL - ETAPAS BÁSICAS PARA PRODUÇÃO DE TEXTO ...... 37
Tema e Título ............................................................................................................ 38
Tema ......................................................................................................................... 38
Título ......................................................................................................................... 38
Introdução ................................................................................................................. 38
Desenvolvimento ....................................................................................................... 38
Conclusão ................................................................................................................. 39
DICAS ESSENCIAIS PARA ESCREVER UM BOM TEXTO ..................................... 39
EXERCÍCIOS ............................................................................................................ 40
CAPÍTULO 6 ............................................................................................................. 42
GÊNERO TEXTUAL - E-MAIL................................................................................... 42
Correio Eletrônico (E-mail) ........................................................................................ 42
Definição e finalidade ................................................................................................ 42
Como gênero textual ................................................................................................. 43
Como Endereço Eletrônico........................................................................................ 43
Como sistema de transmissão de mensagens eletrônicas ....................................... 43
FORMA E ESTRUTURA ........................................................................................... 43
CAMPO “ASSUNTO” ................................................................................................ 43
LOCAL E DATA......................................................................................................... 44
SAUDAÇÃO INICIAL: USAR VOCATIVO ................................................................. 44
MENSAGEM ............................................................................................................. 45
COMO ENCERRAR O E-MAIL (FECHO) ................................................................. 46
ASSINATURA ........................................................................................................... 47
ANEXOS ................................................................................................................... 47
RECOMENDAÇÕES PARA SER ASSERTIVO NA HORA DE MANDAR E-MAIL .... 48
Confirmação de leitura .............................................................................................. 48
Formatação e linguagem ........................................................................................... 48
EXERCÍCIOS ............................................................................................................ 50
CAPÍTULO 7 ............................................................................................................. 52
GÊNERO TEXTUAL CURRÍCULO - TIPOS DE CURRÍCULOS ............................... 52
TIPOS DE CURRÍCULOS ......................................................................................... 53
Currículo Lattes ......................................................................................................... 53
Currículo Temático .................................................................................................... 54
Currículo Misto .......................................................................................................... 54
Vídeo currículo .......................................................................................................... 55
Curriculum Vitae ........................................................................................................ 55
COMO PRODUZIR UM BOM CURRÍCULO.............................................................. 55
Erros que devem ser evitados na elaboração do currículo ....................................... 56
O PASSO SEGUINTE DEPOIS DO CURRÍCULO .................................................... 57
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Dicas para uma boa entrevista de emprego .............................................................. 57


EXERCÍCIOS ............................................................................................................ 58
CAPÍTULO 8 ............................................................................................................. 60
INTRODUÇÃO AO RELATÓRIO DE ESTÁGIO ........................................................ 60
EXERCÍCIOS ............................................................................................................ 62
ESTRUTURA DE UMA INTRODUÇÃO DO RELATÓRIO DE ESTÁGIO .................. 64
EXERCÍCIOS ............................................................................................................ 65
CAPÍTULO 9 ............................................................................................................. 66
REVISÃO DA LITERATURA - INTRODUÇÃO AO ASSUNTO.................................. 66
Resumindo ................................................................................................................ 67
EXERCÍCIOS ............................................................................................................ 68
REVISÃO DA LITERATURA: CITAÇÃO ................................................................... 68
CITAÇÃO (NBR 10520, 2002)................................................................................... 69
Citação Direta............................................................................................................ 70
Citação Direta Curta .................................................................................................. 70
Citação Direta Longa ................................................................................................. 70
Citação Indireta ......................................................................................................... 71
Citação de Citação .................................................................................................... 71
EXERCÍCIOS ............................................................................................................ 72
CAPÍTULO 10 ........................................................................................................... 73
ELEMENTOS QUE COMPÕEM O RELATÓRIO DE ESTÁGIO ............................... 73
ATIVIDADES DESENVOLVIDAS .............................................................................. 73
Elementos pré textuais .............................................................................................. 73
Elementos textuais .................................................................................................... 73
Concernente aos elementos pós textuais ................................................................. 73
ELEMENTOS PRÉ TEXTUAIS ................................................................................. 74
Folha de Rosto .......................................................................................................... 74
Termo de Avaliação do Relatório .............................................................................. 74
Sumário ..................................................................................................................... 74
ELEMENTOS TEXTUAIS .......................................................................................... 74
Introdução ................................................................................................................. 74
Revisão da Literatura ................................................................................................ 75
Atividades Desenvolvidas.......................................................................................... 75
LINGUAGEM ............................................................................................................. 75
PARAGRAFAÇÃO .................................................................................................... 76
PARÁGRAFO INADEQUADO ................................................................................... 76
PARÁGRAFO ADEQUADO ...................................................................................... 76
EXERCÍCIOS ............................................................................................................ 77
CAPÍTULO 11 ........................................................................................................... 79
CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................... 79
ELEMENTOS PÓS TEXTUAIS ................................................................................. 79
Referências bibliográficas ......................................................................................... 79
ANEXOS E APÊNDICES .......................................................................................... 80
Apêndices.................................................................................................................. 80
Anexo ........................................................................................................................ 81
Ilustrações ................................................................................................................. 81
TÍTULO E FONTE DAS ILUSTRAÇÕES................................................................... 81
EXERCÍCIOS ............................................................................................................ 82
CAPÍTULO 12 ........................................................................................................... 83
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GRAMÁTICA DA LÍNGUA PORTUGUESA ............................................................... 83


ANÁLISE LINGUÍSTICA E SEMIÓTICA: USO DA VÍRGULA ................................... 83
ONDE O USO DA VÍRGULA É OBRIGATÓRIO! ...................................................... 84
ONDE O USO DA VÍRGULA É FACULTATIVO! ....................................................... 87
ONDE O USO DA VÍRGULA É PROIBIDO! .............................................................. 87
EXERCÍCIOS ............................................................................................................ 88
CAPÍTULO 13 ........................................................................................................... 91
CRASE ...................................................................................................................... 91
REGRA PRÁTICA GERAL ........................................................................................ 91
OUTRAS REGRAS DO USO DA CRASE ................................................................. 92
Crase nas Locuções adverbiais femininas. ............................................................... 92
CASOS EM QUE NÃO OCORREM CRASE ............................................................. 93
CASOS EM QUE A CRASE É FACULTATIVA ......................................................... 95
EXERCÍCIOS ............................................................................................................ 96
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 97

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INTRODUÇÃO UNIDADE CURRICULAR

O objetivo deste material é propiciar um estudo prático e direto do conteúdo


necessário para uma boa comunicação, domínio de técnicas de interpretação e
produção de textos e conhecimento das principais regras gramaticais e comunicação
técnica oficial

No término dos seus estudos você deverá ter domínio em:

 Refletir sobre os aspectos culturais da linguagem oral e escrita;


 Compreender os processos de leitura, escrita e interpretação de texto;
 Revisar e ampliar o conhecimento sobre gramática aplicada e ortografia;
 Conhecer sobre estrutura textual - textos técnicos e não-técnicos.

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CAPÍTULO 1

INTRODUÇÃO À METODOLOGIA CIENTÍFICA

Aluno, você sabe o que é metodologia científica? O que é a disciplina de


Metodologia da Pesquisa Científica? Do que ela trata?
Não é possível começar esta disciplina sem primeiramente contextualizar esta
temática. Para começar, saiba, de antemão, que a disciplina de metodologia não é
aula de língua portuguesa. Claro que pelo fato de estarmos no Brasil e falarmos a
língua portuguesa, o método estudado é concernente com a língua culta.
Todavia, quando analisamos a disciplina de Metodologia da Pesquisa Científica
nos deparamos com uma disciplina que "estuda os caminhos do saber", visto que
"método" quer dizer caminho, "logia" quer dizer estudo e "ciência" que dizer saber.
Diante disso, esta disciplina o auxiliará a entender o seu lugar de pesquisador, visto
que ela estimula o aprendizado, levando o aluno a tirar o melhor proveito de uma
leitura, da análise e interpretação dos textos pesquisados, o que vai ajudar na
originalidade dos textos acadêmicos, sempre fundamentados nas normas da
Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

DO MEDO À CIÊNCIA

Desde os primórdios da raça humana, o homem vem evoluindo, e, desta


evolução surgiram três níveis de desenvolvimento de inteligência: O medo, o
misticismo e a ciência.

O medo

O medo surgiu pelo fato dos primeiros seres humanos não conseguirem
entender os fenômenos da natureza, por isso, suas reações eram sempre de medo
do desconhecido. Por não compreender o que se passava diante deles,
desenvolveram o medo do que não sabiam explicar.

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O misticismo

Com a evolução de sua capacidade de raciocínio o medo deu lugar ao


misticismo, haja vista que surgia a necessidade de se buscar explicação dos
fenômenos, por meio do pensamento mágico, das crenças e das superstições. Surge,
então, a inclinação para acreditar em forças e entes sobrenaturais.

A ciência

Seguindo a evolução humana, o homem começa a entender que as explicações


mágicas não bastavam para compreender os fenômenos, e com isso, evoluíram
buscando respostas que pudessem ser comprovadas. Dessa forma, nasceu a ciência
metódica.
Nas últimas décadas, nunca se falou tanto em ciência, nunca se colocou tantas
expectativas na ciência.

Mas, o que é ciência, para que ela serve?

A ciência é um modo de compreender e analisar o mundo empírico, envolvendo


o conjunto de procedimentos. Também é o conhecimento, ou um sistema de
conhecimento, que abarca verdades gerais ou a operação de leis gerais
especialmente obtidas e testadas por meio do método científico.
A ciência tem como objetivos a melhoria da qualidade de vida intelectual,
material. Veja bem, não é o objetivo da ciência responder todas as questões. Mas sim,
fazer novas descobertas, novos produtos e melhoria da qualidade de vida. Para isso
ela se utiliza de métodos científicos, que surgiu como uma tentativa de organizar o
pensamento a fim conhecer e controlar a natureza.

O QUE É CONHECIMENTO

Conhecer é incorporar um conceito novo, ou original, sobre um fato ou


fenômeno qualquer. O conhecimento não nasce do vazio e sim das experiências que

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acumulamos em nossa vida cotidiana, através de experiências, dos relacionamentos


interpessoais, das leituras de livros e artigos diversos.
Entre todos os animais, nós, os seres humanos, somos os únicos capazes de
criar e transformar o conhecimento; somos os únicos capazes de aplicar o que
aprendemos, por diversos meios, numa situação de mudança do conhecimento.
Classificam-se os conhecimentos em 4 tipos: Popular (Senso Comum; vulgar;
empírico); Filosófico; Teológico; Conhecimento Científico. (CORRÊA, 2016)

Conhecimento Popular

O senso comum nasce da reflexão de sentimentos e opiniões de um grupo


grupo de indivíduos, podendo variar de pessoa para pessoa ou grupo a grupo. Esse
tipo de conhecimento também garante a sobrevivência dos homens, visto que
possibilita a transmissão dos conhecimentos de geração a geração, por meio da fala
e, mais tarde, da escrita. (MENEZES, 2020)

Conhecimento Vulgar

Descrito também como conhecimento vulgar, este conhecimento também pode


trazer alguns perigos quando utilizado para manipular as pessoas, pois tem a
capacidade de projetar nas coisas ou no mundo sentimentos de angústia e medo,
além de cristalizar pré-conceitos e prejudicar minorias e indivíduos. Temos como
exemplo as inúmeras fake news existentes.
Um exemplo de conhecimento vulgar a tendência de considerar que toda
pessoa muçulmana é terrorista, por conta dos atentados cometidos por alguns
indivíduos dessa religião. Ou então, achar que se não apoia determinada ideologia
política automaticamente faz parte da outra, por exemplo: se não apoia determinada
ideologia de direita é considerado de esquerda e vice versa. Assim, o senso comum
pode ser generalizador e ainda criar um estereótipo. E, ainda, com esta visão simplista
e equivocada pode gerar preconceito e exclusão.

Empírico

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O conhecimento Empírico, como senso comum, surge da interação do ser


humano com o que o rodeia. Na área profissional pode-se dizer àquela profissão
passada de pai para filho. Por exemplo: O pai é pescador e por sua vivência no mar
consegue passar para o filho o ofício de pescador, sendo que seu conhecimento foi
construído somente por sua experiência. Outro exemplo: Um agricultor que, mesmo
sem nenhum estudo, sabe exatamente quando plantar e colher cada vegetal. Isto
apenas por observar e aprender com os resultados de colheitas anteriores.

Conhecimento Filosófico

É fruto do raciocínio e da reflexão humana. É o conhecimento especulativo


sobre fenômenos, gerando conceitos subjetivos. Busca dar sentido aos fenômenos
gerais do universo, ultrapassando os limites formais da ciência. Exemplo: "O homem
é a ponte entre o animal e o além-homem" (Friedrich Nietzsche). (CORRÊA, 2016)

Conhecimento Religioso

Conhecimento revelado pela fé divina ou crença religiosa. Não pode, por sua
origem, ser confirmado ou negado. Depende da formação moral e das crenças de
cada indivíduo. Exemplo: Acreditar que alguém foi curado por um milagre; ou acreditar
em duende; acreditar em reencarnação; acreditar em espírito etc. (CORRÊA, 2016)

Conhecimento Científico

É o conhecimento produzido pela investigação científica. Surge não apenas da


necessidade de encontrar soluções para problemas de origem prática da vida diária,
característica esta do conhecimento ordinário, mas do desejo de fornecer explicações
sistemáticas que possam ser testadas e criticadas através de provas”. (KOCHE, 1984)
O conhecimento científico, visto que precisa-se de fontes mais seguras que
abordem os fatos e fenômenos da realidade de forma sistemática, aplicando métodos
e realizando análise e síntese, sem a interferência das crenças do pesquisador. Sua
base está nas experiências comprovadas. Exemplo: A descoberta de outros planetas,
por meio da observação com telescópios super desenvolvidos.
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Pode-se dizer que o Conhecimento Científico: É racional e objetivo, atém-se


aos fatos, É analítico, Requer exatidão e clareza, É comunicável, É verificável,
Depende de investigação metódica, Busca e aplica leis, É explicativo, É aberto, É útil.
Neste viés, a ciência utiliza dos métodos científicos a fim de respaldar ou refutar suas
experiências.

Método Científico

Método científico é um conjunto de procedimentos aplicados sobre um


conhecimento, abrangendo várias etapas, por meio dos quais, consegue-se conferir-
lhe confiabilidade nos resultados, chegando a conclusões científicas para explicações
de fenômenos, constituição e formação de material. Método Científico, de maneira
geral, pode ser apresentado nas seguintes etapas:

1º - Observação

Nesta etapa o pesquisador observa de forma sistemática o objeto de sua


pesquisa.

2º - Elaboração do problema (fase do questionamento)

É nesta etapa que as perguntas, referentes ao objeto da pesquisa, são


elaboradas, tais como:
➢ Por que esse fenômeno ocorre?
➢ Como esse fenômeno ocorre?

➢ Quais são os fatores que originaram esse fenômeno?


➢ Qual é a composição do material?

➢ Que substâncias formam esse material?


➢ Qual é a importância desse material?

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3º - Hipóteses

Nesta parte em que o pesquisador responde às questões da etapa anterior, ele


cria suas hipóteses, que podem ser pautadas em seu conhecimento prévio sobre o
objeto pesquisado. Entretanto, “a elaboração das hipóteses deve ser feita com cautela
porque é por meio delas que a fase da experimentação será realizada, ou seja, elas
serão o ponto de partida da experimentação”. (DIAS, 2021, p. 2).

4º - Experimentação

Com o objetivo de encontrar respostas científicas para o objeto da pesquisa, o


pesquisador, tendo como base as hipóteses formuladas, utiliza-se de experimentos e
pesquisas na bibliografia existentes sobre o assunto do objeto tratado a fim de
respaldar ou refutar as hipóteses, por ele elaboradas. (DIAS, 2021).

5º - Análise dos resultados

Nesta etapa o pesquisador analisa os resultados a fim de verificar se eles são


suficientes para explicar cada um dos problemas levantados, sempre de acordo com
as hipóteses levantadas. Entretanto, se os resultados não forem satisfatórios, volta-
se as etapas 3 e 4 para elaboração de novas hipóteses, novas experimentações e
pesquisa bibliográfica ocorram. Se os resultados da experimentação forem
satisfatórios, o cientista parte para a etapa da conclusão. (DIAS, 2021).

6º - Conclusão

Por fim, após ter-se conseguido os resultados satisfatórios, o pesquisador


verifica se os experimentos e pesquisas realizadas respondem aos questionamentos
levantados e permitem que ele faça afirmações acerca do objeto de estudo. “Todas
as afirmações realizadas após a utilização do método científico são chamadas de
teorias. Quando diferentes hipóteses e experimentações são realizadas e o resultado
é sempre o mesmo, passamos a ter uma lei”. ( (DIAS, 2021, p. 4).

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EXERCÍCIOS

1. Dentre os tipos de conhecimento estudados, indique aquele mais caracterizado


pela informalidade
a) Místico
b) religioso
c) filosófico
d) Empírico
e) científico

2. Leia as afirmações a seguir:

I . Metodologia científica é o estudo dos métodos de conhecer e de buscar o


conhecimento;
II. Metodologia científica não pode ser considerada um estudo dos caminhos e
dos instrumentos usados para se fazer ciência.
III Metodologia significa, na origem do termo, estudo dos caminhos, dos
instrumentos usados para se fazer ciência.

Das alternativas acima:

a) Todas as alternativas são verdadeiras


b) Apenas a I e a III são verdadeira
c) Apenas a III e a II é verdadeira
d) Todas as alternativas são falsas
e) Apenas a II é verdadeira

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CAPÍTULO 2

COMUNICAÇÃO: SISTEMA DE COMUNICAÇÃO

Olá, Aluno, nesta aula será abordado uma parte muito importante da língua
Portuguesa no âmbito da linguagem que é o ato de se comunicar dentro da temática
do português instrumental.
Português instrumental é o estudo da língua portuguesa que objetiva a
capacitação e a compreensão dos estudantes e profissionais na linguagem técnica
oficial, visando a composição de textos técnicos, obedecendo a norma culta da língua
portuguesa. Este estudo veio para evitar equívocos de concordâncias e regências
verbais, bem como erros de pontuação, os quais deixam os textos sem clareza,
ambíguos e com falta de objetividade, causando, assim, uma comunicação deficiente
no meio profissional.
O domínio da linguagem padrão oficial está expressa no ato de se comunicar
de uma empresa. De nada adianta as empresas investirem em treinamentos, cursos,
como de informática, atendimento ao cliente e técnicas de vendas a fim de aperfeiçoar
seus colaboradores, se eles não houver domínio do idioma pátrio, o resultado final
será pouco satisfatório.
Uma boa comunicação se dá tanto na fala quanto na escrita, e exige
objetividade, clareza e coesão. Para isso, é necessário evitar modismos, gírias, bem
como cuidar da ortografia e ter coerência das ideias apresentadas.
Expressões como "vou estar transferindo" ou "Aonde você mora?", utilizadas
na oralidade e na escrita, comprometem a credibilidade de qualquer texto. Imagine,
então, "erros" de português em um currículo como “à combinar”, “à partir”. O
candidato, provavelmente, será eliminado antecipadamente do processo seletivo.
Assim, os desvios da norma culta, sejam elas por meio do correio eletrônico (e-mail),
memorandos, cartas comerciais e outros, aumentam a possibilidade de perder a
credibilidade na sua profissão ou no seu negócio. Então, comunicar-se bem, e de
forma eficiente, tornou-se algo essencial para a carreira profissional.
Atualmente, são inúmeros os meios para que as empresas se comuniquem e
atinjam seus públicos de interesse de forma efetiva, sendo importante saber usar cada
um deles de forma eficiente e adequada.

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Para tanto é primordial a utilização de uma linguagem formal no momento de


se comunicar com seu público alvo. Entende-se linguagem como um processo
comunicativo pelo qual as pessoas interagem entre si, isto é, é qualquer meio
sistemático de comunicar ideias ou sentimentos, seja por meio da linguagem verbal,
ou seja, por meio de palavras, ou pela linguagem não verbal, onde se expressa a
ideias e sentimentos por meio dos signos convencionais, sonoros, gráficos, gestuais
etc.
Quando esta linguagem alcança o seu objetivo pode-se dizer que efetivou-se a
comunicação.

Comunicação

Mas, o que é comunicação. Conforme o dicionário “Comunicação é uma


palavra derivada do termo latino ‘communicare’, que significa ‘partilhar, participar algo,
tornar comum’. Através da comunicação, os seres humanos e os animais partilham
diferentes informações entre si [...].”
Neste sentido, a comunicação é o ato de transmitir uma informação e ocorre
quando interagimos com outras pessoas usando a linguagem. A comunicação se dá
por processo oral e escrito.

Comunicação Oral ou fala

A comunicação oral é mais flexível e complexa do que a escrita, é utilizada para


transmitir informações, responder perguntas, relatar fatos, dar opiniões, influir no
comportamento alheio por meio de instruções, ordens, persuasão, propaganda, entre
outros. Por ser mais espontânea ela leva em conta gestos, nutos, entonação da voz,
postura, entre outros.

Comunicação Escrita

A comunicação escrita é mais estruturada, menos flexível, a fim de não dar


margem à ambiguidade. Também serve para transmissão de informações, responder

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a perguntas, relatar fatos, dar opiniões, entre outros. Utilizando-se assim um código,
símbolos gráficos de representação, que devem ser do conhecimento do interlocutor.
Na comunicação selecionamos as palavras que vão constituir a mensagem;
escolhemos também qual vai ser a estrutura da mensagem, assim como o que vamos
dizer, a quem e em qual lugar. Neste sentido, o ato de se comunicar segue uma
estrutura que chamamos de sistema de comunicação, este sistema é formado pelos
elementos de comunicação, o qual veremos a seguir.
Os elementos que fazem parte do processo de se comunicar. Estes elementos
são: emissor, receptor, mensagem, código, canal de comunicação, contexto ou
referente e ruído. Todos eles possuem seus significados que são importantes para
uma boa comunicação, o que pode fazer toda a diferença em muitos setores.

Sistema de comunicação

Para que uma comunicação aconteça, são necessários seis elementos. Sem
eles, não existe comunicação!
★ Emissor; Receptor; Mensagem; Canal; Contexto; Código.

Observe como é formado o fluxo de comunicação.

Figura 3 - Fluxograma do processo de comunicação

Fonte: https://www.todamateria.com.br/funcoes-da-linguagem (2020)

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Em todo ato comunicativo, há um emissor, é ele o responsável por elaborar o


texto. Ele é quem comunica, solicita, expressa seu sentimento, desejo, opinião, enfim,
é quem produz a mensagem (escrita ou falada). Se há alguém que elabora, é
necessário também alguém para receber tal mensagem.Diante disso, todo texto é
destinado a um público específico, chamado de receptor.
Tudo o que está sendo transmitido e recebido é denominado de mensagem,
que consiste no próprio texto (verbal ou não) que se transmite.
Essa mensagem se utiliza de um canal para transmiti-la, isto é, o canal é
responsável por veicular a mensagem. São exemplos de canais os suportes que
difundem inúmeros gêneros textuais, como: rádio, TV, Internet, jornal, dentre outros.
A mensagem está relacionada a um contexto, também chamado de referente.
O contexto ou referente pode ser entendido como o assunto a que a mensagem se
refere, ou seja, tudo aquilo que está relacionado a ela.
Por fim, essa mensagem precisa ser expressa por um código, constituído por
elementos e regras comuns tanto ao emissor quanto ao receptor.
O código usado para redigir esta mensagem é a língua portuguesa. Assim,
quando falamos ou escrevemos, usamos o código verbal e, quando usamos a arte, a
imaginação e a criatividade, é comum o uso do código não verbal (pintura, gestos
etc.).
Pense, por exemplo, na situação comunicativa na sala de aula de Língua
Portuguesa. O professor é quem está emitindo a mensagem, ou seja explicando o
conteúdo, então, neste contexto ele é o emissor, por sua vez os alunos são os
receptores dessa mensagem, isto é, deste texto sobre a matéria, e o código utilizado
é a língua escrita, a falada e a não verbal, pois o professor pode escrever, falar e usar
gestos e imagens para discutir os conceitos.
O referente é o assunto da mensagem, no caso, os elementos da comunicação.
Nessa situação, pode haver muitos ruídos, isto é, elementos que podem atrapalhar a
comunicação, como: falta de atenção, disposição, conversas, brincadeiras, falta de
conhecimento (gramatical, de mundo, do significado das palavras), dentre outros.
Na fala, o canal que transmite a mensagem (texto oral) é o ar, é ele o
responsável por veicular o som, na escrita é o quadro, slides, projetor, entre outros. O
código utilizado é a língua portuguesa.

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e sujeito às penalidades da lei.
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ANOTE!
Em conversas, diálogos e demais situações comunicativas de base oral, como
uma aula, por exemplo, os papéis de emissor e receptor podem inverter-se! Quando
o professor explica, ele é o emissor. Quando o aluno faz um comentário ou alguma
pergunta, passa a ser o emissor, e o professor torna-se seu receptor.

COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL

Agora que já foi abordado porque ter domínio na língua pátria é tão importante
para o sucesso profissional, vimos também porque o ato de comunicar-se bem faz
com que seja mais assertivo na profissão. Foi visto também quais são os elementos
utilizados no processo de se comunicar.
Abordaremos a seguir como se dá o processo de comunicação no âmbito
corporativo, porque ela é tão importante e o que fazer para torná-la eficiente na área
profissional.
Primeiramente, a comunicação organizacional de uma empresa pode ser
dividida em duas vertentes estratégicas: a comunicação externa e a interna. Cada
uma atende a um público diferente, a interna é voltada a sua gestão, e envolve
direção, funcionários, prestadores de serviço, ou seja, ela atende ao público interno.
Já a comunicação externa é direcionada aos clientes, entre outros, ou seja, seu
público externo.

Figura 1: Sistema de comunicação

Fonte: https://www.todamateria.com.br/funcoes-da-linguagem (2020)


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A comunicação empresarial interna e externa é um dos maiores tesouros de


uma empresa. Sem ela, nenhuma organização avança. É preciso saber que o principal
foco gerador de riqueza em uma corporação não é mais o trabalho manual, mas sim
a maneira em que ela se comunica com seu público. Empresas que não tem uma
comunicação eficiente acabam ficando para trás. Isso quer dizer que a capacidade de
se comunicar é muito valorizada e o mercado está aberto para quem sabe argumentar,
apresentar projetos e envolver pessoas.
E atualmente o que não faltam são meios para que as empresas se
comuniquem e atinjam seus públicos de interesse de forma efetiva e é importante
saber usar cada um deles de forma eficiente e adequada.

Comunicação Interna

No que diz respeito a comunicação interna, aquela voltada “para dentro” da


empresa. Seu objetivo é conscientizar funcionários e prestadores de serviço sobre a
identidade organizacional, divulgar as ações da empresa de forma direta e
transparente, envolver a equipe de trabalho nas metas da organização, buscando
coerência e eficácia nos processos. Serve também para fidelizar seus colaboradores,
visto que fazer deles aliados é importante porque eles veiculam a imagem da empresa.
Além disso, hoje em dia, existe uma disputa por profissionais qualificados.
Para que a comunicação interna atinja seus objetivos a empresa deve criar um
canal de diálogo claro, ouvir sugestões e reclamações dos funcionários e analisar
essas informações para melhorar o ambiente de trabalho. Pois, uma comunicação
ineficiente acarreta em prejuízos e perdas financeiras para ela. Para que isso não
ocorra é importante que reforçar alguns pontos na comunicação interna:
★ Sintonizar as informações com os objetivos da empresa;

★ Abrir informações essenciais para todos;


★ Considerar as diferenças individuais para estabelecer comunicação e
assegurar um relacionamento adequado do empregado com a empresa;
★ Preocupar-se em desenvolver competências básicas em comunicação
para propiciar uma comunicação rápida e eficaz;

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★ Adequar os meios de divulgação às necessidades dos empregados.

Comunicação externa

Enquanto a comunicação interna está voltada para seu público interno, a


comunicação externa está voltada ao público externo, ou seja, para seus
consumidores, órgãos públicos e fornecedores.
A empresa deve estar atenta às necessidades desse público, caso contrário, é
grande a possibilidade de fracassar no seu negócio. Muitas vezes as empresas não
levam a sério a comunicação com seus clientes, e só se comunicam com eles em
momentos de crises, com isso tem dificuldade em fidelizá-los perdendo-os para a
concorrência.
Criar canais de comunicação eficientes com seu público alvo faz com que a
empresa ganhe credibilidade no mercado e se consolide no mundo corporativo.
Aluno, até aqui tratamos deste assunto de forma bem resumida, muito tem-se
para conhecer e pesquisar sobre este assunto. Espero que você continue adicionando
mais conhecimentos em cima do que foi tratado aqui. Para consolidar seguem
algumas atividades de fixação.

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EXERCÍCIOS

3. Relacione as colunas e assinale a alternativa correta:

(1) emissor
(2) receptor
(3) código
(4) mensagem
(5) canal
(6) contexto.

a) ( ) usado para redigir esta mensagem


b) ( ) É o assunto a que a mensagem se refere.
c) ( ) Quem emite a mensagem
d) ( ) É transmitida por um canal.
e) ( ) Quem recebe a mensagem.
f) ( ) É responsável por veicular a mensagem.

a) 1, 2, 3, 4, 5, 6.
b) 6, 4 ,5 ,3, 2, 1.
c) 3, 2, 6, 1, 4, 2.
d) 3, 6, 1, 4, 2, 5.

4. Coloque (V) para a sentença verdadeira e (F) para a sentença falsa E assinale a
alternativa correta.

( ) Uma comunicação eficaz é um processo que visa alcançar os objetivos traçados


pela empresa a fim de consolidá-la.
( ) É possível melhorar a comunicação por meio de treinamento e desenvolvimento de
pessoal, bem como adequar os meios de divulgação às necessidades dos
empregados.
( ) A comunicação é elemento acessório no processo de busca de qualidade nas
organizações.
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a) F-V-F
b) V-V-V
c) V-F-V
d) V -V - F

5. Disserte. Porque deve-se evitar os desvios da norma culta na comunicação oficial?


O que ela pode acarretar em sua carreira profissional. (5 linhas)
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CAPÍTULO 3

LINGUAGEM: NÍVEIS DE LINGUAGEM

Olá, Aluno, você verá, nesta aula, sobre os Níveis de Linguagem. Sabe-se que
a forma como se usa a língua depende de diversos fatores como estudo, cultura,
região, entre outros. É interessante observar que podemos usar a língua de diferentes
maneiras, dependendo do ambiente e do contexto em que estamos. Isto é,
dependendo de onde estamos utilizamos um específico nível de linguagem.
Comumente utilizamos dois níveis de linguagem, os quais serão abordados nesta
aula.

Linguagem formal

O primeiro nível é a linguagem formal ou culta. Ela é usada em ambientes


formais (escola, trabalho, órgãos públicos, igreja), onde escolhemos melhor as
palavras para falar ou escrever, bem como procuramos usar a gramática de forma
correta. Enquanto na linguagem informal existe uma despreocupação e
espontaneidade para se expressar, na linguagem formal existe um alto o grau de
reflexão sobre o que se diz.
É nesta linguagem que utilizamos a norma culta, respeitando rigorosamente as
normas gramaticais, o vocabulário deve ser mais elaborado e a pronúncia correta e
clara das palavras.

Linguagem Informal

Na linguagem coloquial ou informal as estruturas gramaticais não precisam ser


tão rigorosamente empregadas nas conversas com um amigo, uma família. Sendo ela
livre de preconceitos, com bastantes variantes. É espontânea. Na linguagem informal
também estão as gírias, sendo elas bem comum no nosso dia a dia, no entanto, por
fazer parte da linguagem informal, evita-se utilizá-las no ambiente de trabalho ou
lugares que exijam uma linguagem mais formal, pois, algumas pessoas podem não
entendê-las e elas acabarão provocando ruído na comunicação.

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A gíria também demonstra falta de respeito em alguns casos. Termos vulgares,


usados para xingar ou menosprezar alguém, também devem ser totalmente evitados
no convívio social e, principalmente, no ambiente de trabalho.

VARIAÇÃO LINGUÍSTICA: DIALETOS E REGISTROS

A língua portuguesa é o código mais utilizado entre os brasileiros. A língua é


dinâmica, ela muda, evolui conforme a necessidade temporal, regional e de grupos
sociais. Pensar na língua como um elemento imutável é um grande equívoco. Pelo
fato dela não ser “engessada”, pelo contrário, ser adaptável às necessidades de seus
falantes, surgem muitas variantes dela, que são chamadas de variações linguísticas.
Mas, o que são estas variações e como ela se dá?
As variedades linguísticas corroboram a ideia de dinamismo da língua: de
acordo com as condições sociais, culturais, regionais e históricas, a língua sofre
variações que melhor se adaptam às necessidades de determinado grupo. Entre os
tipos de variações linguísticas estão os dialetos e registros, fenômenos que
comprovam na prática que não existe um modelo linguístico a ser seguido na
modalidade oral. Mas o que são dialetos e o que são registros?
É chamada de dialeto a variedade de uma língua própria de uma região ou
território, as diferenças linguísticas originadas em virtude da idade dos falantes, sexo,
classes ou grupos sociais e da própria evolução histórica da língua: pessoas que se
identificam e utilizam uma linguagem mais ou menos comum, com vocabulário,
expressões e gírias próprias do grupo. Já os registros são relativos às variedades
padrão e não padrão. O grau de formalismo existente em uma determinada situação
definirá qual será o registro a ser utilizado. Há situações em que a variedade padrão,
ou norma culta, é a melhor opção, aquela que estabelecerá uma maior sintonia entre
os interlocutores.
Nas entrevistas de emprego, em redações para concursos e vestibulares e em
exposições públicas, por exemplo, a variedade linguística exigida, na maioria das
vezes, é a padrão, por isso é indispensável conhecê-la bem para adequarmos a
comunicação de acordo com a pertinência do momento. Em contrapartida, há
situações de uso em que a variedade não padrão (gírias, regionalismos, jargões) é
aquela que melhor se encaixa no contexto comunicacional.
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Quando entendemos que as línguas são conjuntos de variedades, entendemos


também que as regras da língua portuguesa são variáveis, e não categóricas. Dizer
que alguém fala o português melhor ou pior do que alguém, desconsiderando fatores
sociais como o nível de escolaridade ou grupo e classes diferentes, só reforça a
combatida ideia do preconceito linguístico, tão presente em nossa cultura.
Quantas vezes ouvimos de pessoas próximas frases do tipo “eu não sei
português”, “eu não gosto de português”, “eu falo errado”, “fulano fala tudo errado”,
“eu já falo português, por quê preciso estudar isso?”, entre outras afirmações e
questionamentos que fazem com que nossa língua se pareça com um mistério
insondável.
É possível que você, falante da língua portuguesa, possa não saber nada sobre
seu próprio idioma? Ou saber tudo a ponto de não precisar adentrar nas minúcias
gramaticais? Claro que 'quando se trata de escrever textos ou fazer intervenções
oralmente em situação formal, é óbvio que devemos obedecer à norma culta. Por fim,
todas as variantes linguísticas são válidas e aceitáveis dentro do seu contexto. A
beleza da língua portuguesa está na sua variedade, na sua riqueza vocabular, nos
seus mistérios. Agora que foi aprendido um pouco mais sobre a nossa língua. Que tal
praticar!

EXERCÍCIOS

6. Coloque F para falso e V para verdadeiro e assinale a alternativa correta.

( ) Utilizamos a linguagem formal para conversarmos com amigos;


( ) Em uma entrevista de emprego é necessário utilizarmos o linguagem coloquial,
visto que o entrevistador pode não entender a língua culta;
( ) Ao escrever um jornal a linguagem que deverá ser usada é a culta, visto que, como
é dirigida ao público em geral, todos precisam entender.
( ) Uma palestra para público é totalmente aceitável o uso informal da língua.
a) F - F - V - F;
b) F - F - F - F;
c) V - V - V - F;
d) V - V - F - F.
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7. Com base no texto acima argumente sobre a importância de ter domínio da norma
culta (registro).
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CAPÍTULO 4

COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS E ENUNCIADOS

Você já ouviu a seguinte frase “leio, mas não compreendo o que os textos
querem dizer”. Nesta frase está o conceito de falta de desenvolvimento da autonomia,
percepção crítica, da interpretação e compreensão textual.
Saber compreender e interpretar é ter independência de leitura. Visto que, a
leitura vai muito além do ato de saber ler (reconhecer letras e números), ela está
associada a autonomia que o indivíduo tem da leitura crítica, isto é, aquela leitura que
consegue ir além do que está sendo dito, é saber ler nas entrelinhas.
O ato de não conseguir compreender um texto seja na forma verbal (escrita ou
falada) ou não verbal (signos visuais) denomina-se de analfabetismo funcional. Aluno,
você sabe o que é analfabetismo funcional?
Você sabia, que conforme INAF BRASIL 2018, que cerca de 30% dos
brasileiros entre 15 e 64 anos são analfabetos funcionais. Mas o que é um analfabeto
funcional. São chamados de analfabetos funcionais os indivíduos que, embora saibam
reconhecer letras e números, são incapazes de compreender textos simples, bem
como realizar operações matemáticas mais elaboradas. No Brasil, conforme pesquisa
feita pelo Instituto Pró-Livro, 50% dos entrevistados declararam não ler livros por não
conseguirem compreender seu conteúdo, embora sejam tecnicamente alfabetizados.
Aluno, como estão sua leitura, compreensão e interpretação? Você sabia que
as pessoas com mais sucesso no ato de comunicar e ser compreendido pelo outro
são aquelas que tem uma boa interpretação, isto é, a interpretação está vinculada a
uma boa comunicação que está intrinsecamente relacionada à qualidade de vida!
Além disso, saber compreender a contextualização do discurso é o princípio de
uma boa interpretação. E, para isso, algumas perguntas deverão ser feitas ao texto:
Em que circunstância ele foi exposto? Em que contexto? Qual o sentimento do autor
no momento da sua transmissão? Qual é o público que o autor planejou alcançar com
ele? E qual foi a sua intenção: Informar? Emocionar? Impactar? surpreender?
Já se deparou com enunciado, seja de língua portuguesa, matemática,
geografia, história, entre outros, e não entendeu o que o autor solicitou, ou então, deu
aquela dúvida na hora de assinalar a correta? Isso se dá por causa da dificuldade que

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se tem em distinguir o que é compreensão e o que interpretação. Por isso, nesta aula,
tratar dos detalhes que o auxiliará no que diz respeito a entender e interpretar textos
e enunciados de forma geral.

Texto

Texto é um conjunto de ideias articuladas, de forma escrita ou falada, que estão


organizadas de forma coesa e coerente formando um significado a fim de produzir
uma comunicação efetiva.Os textos são divididos em: texto literário, não literário. Para
ser chamado de texto um discurso tem que fazer sentido para a quem se destina
dentro de um contexto.

Contexto

Em um texto existem algumas informações implícitas que nos ajudam a


entender com que finalidade ele foi escrito a essas informações chamamos de
contexto. Diante disso, para que um texto possa ser compreendido e interpretado há
de se levar em conta o contexto em que ele foi criado (social, cultural, estético, político)
no qual ele está inserido. Então, pode-se dizer que um contexto pode ser de forma de
contexto imediato (são informações expostas em ocasiões particulares e pontuais);
contexto situacional (busca informações fora do texto: históricas, geográficas,
sociológicas, literárias). A identificação do contexto dependerá do conhecimento sobre
o assunto abordado.

Intertexto ou intertextualidade

Pode-se definir intertexto como “uma conversa” entre textos, visto que um texto
pode apresentar referências diretas e indiretas de outros textos, independentes dos
gêneros pertencentes. A intertextualidade pode ser por meio de paródia; paráfrase;
epígrafe; Citação e Alusão. Vejamos um exemplo de intertextualidade em forma de
paródia musical:

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Interpretação textual

Primeiramente, saiba que interpretar não é tão somente entender um texto,


figura ou enunciado, mas compreender o que vai além dele. Ou seja, enquanto na
compreensão você se atém somente ao que o texto diz, na interpretação, você, aluno,
na hora de interpretar, leva em conta todo seu conhecimento prévio sobre o assunto.
Abaixo serão dados alguns direcionamentos de como você ser efetivo na hora
de interpretar um texto. Exposto isso, para uma boa interpretação textual é necessário,
primeiramente, identificar a ideia principal do texto, e posteriormente, localizar as
ideias secundárias e as explicações. Para tanto tem alguns elementos básicos, os
quais é preciso se ater quando for interpretar um texto.

Elementos necessários para uma boa interpretação

✓ Identificar, no texto, o gênero textual o qual pertence, se é um romance,


currículo, lista de compras, artigo, anúncio.
✓ Levar em conta o contexto histórico, geográfico, sociológico, literário que
ele foi escrito.
✓ Ter domínio do conhecimento gramatical, estilístico (qualidades do
texto).
✓ Saber identificar o sentido semântico das palavras no texto, ou seja, o
significado que as palavras estão tendo naquele texto. Se o autor está se utilizando
de homônimos e parônimos, denotação e conotação, sinonímia e antonímia,
polissemia, figuras de linguagem, entre outros.

Interpretação textual

Na compreensão textual a análise é daquilo que está no texto. Por isso, a sua
leitura é mais objetiva, ou seja, ela se atém ao que o texto diz. Todas as informações
estão no texto, enquanto na interpretação uma informação é inferida a partir do texto.
Na compreensão a informação está explícita, ou seja, de forma clara.

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ELEMENTOS NECESSÁRIOS PARA UMA BOA COMPREENSÃO

Dando continuidade a nossa temática apresentaremos os elementos


necessários para uma boa compreensão e interpretação de textos e enunciados.
Primeiramente, tem dificuldades para interpretar um texto? Se a sua resposta for sim,
não se desespere, você não é o único a sofrer com esse problema que afeta muitos
leitores. Seguem algumas dicas para uma interpretação eficiente:

Paciência

Quem lê com cuidado e atenção, compreende melhor o que está escrito.

Ao fazer a primeira leitura, leia com calma e pausada do texto, geralmente com
o dedo como guia da leitura (guiar a leitura é aperfeiçoamento, não retrocesso);

Ficou na dúvida, a primeira leitura não foi suficiente para entender o texto?

Releia. Faça isso com cuidado e atenção, não deixe nenhuma informação
escapar, pois ela pode ser importante para a compreensão global do texto.
Faça leitura mais de uma vez, pois é na segunda leitura que você reparará nos
detalhes. Ao fazer a segunda leitura apontar as palavras-chave de cada período.

Concentração

Concentre-se nas ideias que o autor quer passar. Não crie suposições
aleatórias, se atenha ao que o texto quer informar.

Leitura

Ter hábito da Leitura

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Quem quer interpretar bem um texto, precisa ter esse hábito de ler, visto que
quem lê aprende muitas coisas, além de ganhar uma bagagem de conhecimento que
sempre será útil para a compreensão textual.
Encontrou alguma palavrinha desconhecida? Não tenha preguiça de procurar
seu significado em um dicionário. Mas lembre-se: faça isso quando acabar de ler, não
precisa interromper a leitura para consultar o verbete, já que a interrupção pode
atrapalhar na construção de sentidos do texto.

EXERCÍCIOS

Leia o texto abaixo e responda as questões relacionadas a ele. O liberalismo é


uma teoria política e econômica que exprime os anseios da burguesia. Surge em
oposição ao absolutismo dos reis e à teoria econômica do mercantilismo, defendendo
os direitos da iniciativa privada e restringindo o mais possível as atribuições do Estado.
Locke foi o primeiro teórico liberal. Presenciou na Inglaterra as lutas pela deposição
dos Stuarts, tendo se refugiado na Holanda por questões políticas. De lá regressa
quando, vitoriosa a Revolução de 1688, Guilherme de Orange é chamado para
consolidar a nova monarquia parlamentar inglesa. (Maria Lúcia de Arruda Aranha, in
História da Educação)

8. Segundo o texto, Locke:

a) participou da deposição dos Stuarts.


b) julgava ser necessário restringir as atribuições do Estado.
c) teve participação apenas teórica no liberalismo.
d) tinha respeito pelo absolutismo
e) não sofreu qualquer tipo de perseguição política.

9. Infere-se do texto que os burgueses seriam simpáticos:

a) ao absolutismo
b) aos Stuarts
c) às atribuições do Estado
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d) à perseguição política de Locke


e) ao liberalismo

10. A Revolução de 1688 foi vitoriosa porque:

a) baseou-se nas ideias liberais de Locke.


b) implantou o liberalismo.
c) preservou os direitos de iniciativa privada.
d) derrubou o absolutismo.
e) permitiu que Locke voltasse da Holanda.

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CAPÍTULO 5

PRODUÇÃO TEXTUAL: COMO COMEÇAR?

Aluno, nesta aula será abordada a temática da produção de texto, sua estrutura
e formatação. Bem como os aspectos estéticos tão importantes na sua produção.
Observando que independente da fase de ensino que você está, a produção textual
sempre estará explícita ou implícita no ato de estudar. Então, pode-se dizer que saber
produzir um bom texto é a base para todo seu processo de aprendizagem. Assim
sendo, vamos aprender um pouco sobre como produzir um bom texto?
A produção de texto é o ato de expor ideias sobre um determinado assunto por
meio das palavras. Cada vez mais saber se expressar bem por meio textual está
sendo um pré requisito para o ingresso na área de trabalho ou vaga na faculdade.
Visto que o indivíduo que escreve um bom texto, consequentemente, consegue se
expressar melhor também. Salienta-se aqui, que o hábito de leitura é primordial para
que se consiga uma boa produção textual. Por conseguinte, quanto mais se tem o
hábito de lê, mais o vocabulário é ampliado, e de modo consequente, o universo
interpretativo vai se enriquecendo. Isto é, com o hábito da leitura nossa capacidade
de entender o mundo se torna melhor.

ASPECTOS TEXTUAIS

No que diz respeito aos aspectos textuais, são vários os aspectos que
contribuem para tornar um texto melhor ou pior para se ler. A aparência, que
compreende espaçamento, margem e letra, é um dos primeiros aspectos a serem
observados. Só deverão ser destacadas dentro de um texto as palavras ou
expressões que sejam realmente importantes, sem exageros, senão tudo parecerá
importante demais e, o que é pior, a sua comunicação perderá credibilidade.

Alguns aspectos a serem observados na produção de texto

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➔ Evitar a combinação de parênteses para escrever um texto em primeira


ou terceira pessoas do singular ou plural. exemplo: recebi(emos), pagarei(emos). Opte
por reescrever essas formas de acordo com cada documento enviado.
➔ Quase não se usa a translineação, porém se isso for necessário, use o
hífen ao lado da sílaba a ser separada, não sublinhe letras.
➔ Referentes aos destaques nos textos é importante saber que:

★ Há muitas maneiras de se destacar palavras ou expressões nos textos,


porém não se deve usar mais de uma forma de destaque.
★ Não faça uso de negrito e itálico, ao mesmo tempo. Isso é exagero e
afeta a estética do texto.
★ Não, devem ser empregados caracteres maiúsculos: PALAVRA EM
DESTAQUE.
★ Não usar cores diferentes: palavra em destaque, mesmo que as palavras
estejam no título, em caracteres escritos com caixa alta, os acentos devem ser
respeitados.
➔ Os pronomes de tratamento podem ser abreviados quando seguidos de
nome próprio, do contrário, melhor escrevê-los por extenso.
➔ As palavras estrangeiras devem vir escritas entre aspas. Somente utilize
uma das formas citadas. Opte por termos da Língua Portuguesa, somente use
estrangeirismos quando não houver termo correspondente em nossa língua mãe.

➢ Como grafar datas e números

★ Quanto à grafia nos textos formais devem ser considerados os seguintes


critérios:
✓ A grafia do número de horas não se dá com dois pontos, o correto é
obedecer aos seguintes padrões:
■ para horas inteiras: 15 horas ou 15h;
■ para horas e minutos: 15h15min, 15h02min.

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Obs. Há aqueles que utilizam outras formas para designar número de horas,
porém somente essas mencionadas acima estão corretas. Não erre, nada de escrever
15hs, ou pior 0hs, como se o zero fosse compreendido no plural.
✓ Os números de caixa postal e telefone devem ser grafados assim:
Telefone 9999-9999. Caixa Postal 999.
✓ Para evitar fraudes ou mal-entendidos, escreva os números por extenso
nos documentos. Exceção é aberta para horas (15h), distâncias (15 km), datas (15 de
outubro de 2010) e porcentagens (15%).

TIPOS TEXTUAIS

Até aqui aprendeu-se que os aspectos que devem ser evitados para se
construir um bom texto. Agora será visto os tipos textuais e suas estruturas.
Como já é sabido para a construção de um bom texto é necessário levar em
conta os aspectos textuais, para para isso também é necessário saber qual tipo de
texto se encaixa no que estamos pretendendo escrever. A produção textual envolve
os 5 tipos de textos: Dissertativo, narrativo, descritivo, injuntivo e expositivo:

Texto Dissertativo

Defende uma ideia, sendo um texto argumentativo e opinativo. Exemplos:


artigos, resenhas, ensaios, monografias, etc.

Texto narrativo

Narra fatos, acontecimentos ou ações de personagens num determinado tempo


e espaço. Exemplo: crônicas, fábulas, novelas, romances, etc.

Texto descritivo

Descreve objetos, pessoas, animais, lugares ou acontecimentos. Exemplos:


diários, relatos, biografias, currículos, etc.

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Texto Injuntivo

Textos instrucionais que explicam como realizar algo. Exemplos: receitas, bula
de remédio, manual de instruções, propagandas, etc.

Texto Expositivo

Apresenta um tema, um conceito ou uma ideia. Exemplos: seminários,


conferências, palestras, enciclopédias, etc.

PRODUÇÃO TEXTUAL

Além de conhecer os gêneros textuais, também é de grande relevância ter


domínio no assunto em que irá escrever para que não ocorra de fugir do tema
solicitado. Para isso, é importante pesquisar o tema antes de escrever, pois somente
assim seu texto terá consistência. Outro quesito é saber as regras gramaticais
essenciais, de concordâncias verbais e nominais, bem como ter sempre um dicionário
à mão para as dúvidas recorrentes.
Lembre-se que não existe uma “fórmula mágica” para produzir um bom texto,
no entanto, há estratégias interessantes para melhorar sua produção.Mesmo que
cada indivíduo tenha sua estilística de escrita, existem algumas regras que não
mudam, entre elas estão a coesão e a coerência textual.
Quando tratamos de coesão estamos nos referindo mais as regras gramaticais,
a utilização correta dos conectivos (conjunções, preposições, advérbios e pronomes)
e a ligação entre as palavras. a coesão trabalho no âmbito das palavras. Quando
abordamos a coerência significa que estamos criando relação lógica com o texto, ou
seja, estamos criando relação entre o texto e o contexto, de forma que não haja
contradição no texto.

ESTRUTURA TEXTUAL - ETAPAS BÁSICAS PARA PRODUÇÃO DE TEXTO

As etapas para a produção de um texto são o tema, título, introdução,


desenvolvimento, considerações finais ou conclusão
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Tema e Título

O tema e o título são coisas diferentes na produção de textos.

Tema

Representa o assunto a ser abordado. Exemplo: Educação

Título

É o nome dado ao texto.


Exemplos:
✓ Educação na modalidade não presencial: novas oportunidades ou
retrocesso?
✓ O dilema da sociedade nos dias atuais: Saúde e trabalho.
✓ Na maioria dos casos, o título é muito importante, sendo que algumas
pessoas preferem começar por ele. Outras, escrevem o texto primeiro e a palavra ou
expressão que o define é escolhida posteriormente.

Introdução

A introdução ou apresentação do texto, também chamada de tese ou ideia a


ser defendida, é de grande relevância, visto que são nos primeiros parágrafos que o
leitor vai ficar interessado em ler o restante do texto. Portanto, é o momento em que
você irá instigar o leitor, sendo essencial pontuar as principais informações que serão
desenvolvidas no decorrer do texto. Claro que nem toda a informação deve estar
presente na apresentação, que deverá ser breve (3 a 5 linhas). Porém, os principais
dados e elementos que serão abordados devem surgir neste momento do texto.

Desenvolvimento

Após escrever a introdução, o segundo momento da produção do texto é o


desenvolvimento. Que como o próprio nome indica, nesta etapa é fundamental o
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desenvolvimento da sua tese, das ideias. Aqui o escritor irá argumentar e oferecer os
dados e/ou as informações obtidas na pesquisa e fazer uma reflexão sobre o tema
abordado. Quanto mais você fundamentar sua tese, mais credibilidade seu texto terá.

Conclusão

Por fim, chegou-se à conclusão ou considerações finais do texto, que é tão


importante quanto começá-lo. Embora muitas pessoas não se preocupem com essa
parte fundamental do texto, o momento da conclusão é essencial.Assim, não adianta
fazer uma boa introdução e desenvolvimento, e deixar o texto sem conclusão. Após a
argumentação faz-se necessário que o escritor chegue a uma conclusão e opine (no
caso dos textos dissertativos), apresentando assim um novo caminho.

ANOTE - Quanto mais criativa for a conclusão, mais interessante ficará o texto.

DICAS ESSENCIAIS PARA ESCREVER UM BOM TEXTO

➢ Mantenha o hábito da leitura e da escrita;

➢ Preste atenção à grafia, pontuação, parágrafos e concordâncias;


➢ Não utilize palavras de baixo calão, palavrões;
➢ Distancie-se da linguagem coloquial, informal;
➢ Tenha opinião e faça críticas próprias;

➢ Atenção à relação lógica das ideias (coerência);


➢ Não se afaste do tema e do tipo de texto proposto;

➢ Faça um rascunho para evitar rasuras;


➢ Se necessário, leia o texto em voz alta;

➢ Cuidado com as repetições de palavras e ideias;


➢ Não utilize palavras ou expressões que não conheça;

➢ Se necessário, recorra ao dicionário;


➢ Seja claro e conciso.

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EXERCÍCIOS

11. Liste, a seguir, cinco dicas estudadas nesta aula que você julga muito importante
para a produção de textos em geral.

1). …………………………………………………
2).......................................................................
3).......................................................................
4).......................................................................
5).......................................................................

12. Numere a coluna 2 identificando o tipo de cada termo correspondente conforme


listado na coluna 1, e assinale a alternativa que apresenta a sequência correta.

Coluna 1

1. Tema
2. Título
3. Introdução
4. Desenvolvimento
5. Conclusão

Coluna 2

1. ( ) [...] Apresenta o assunto a ser abordado. Exemplo: Educação.


2. ( ) [...] Após a argumentação faz-se necessário que o escritor chegue nesta
parte e dê um fechamento na sua tese, que pode ser de reforço à ideia principal
ou deixar uma reflexão para seu leitor.
3. ( ) [...] É o nome dado ao texto.
4. ( ) [... ] deverá ser breve (3 a 5 linhas). Porém, os principais dados e elementos
que serão abordados devem surgir neste momento do texto.

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5. ( ) [...] Aqui o escritor irá fundamentar a sua tese, é o local onde será colocado
as informações de embasamento do texto, fazendo uma reflexão sobre o tema
abordado.

a) 1-5-2-3-4
b) 1-2-3-5-4
c) 2-1-3-5-4
d) 5-2-3-4-1

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CAPÍTULO 6

GÊNERO TEXTUAL - E-MAIL

Aluno após esta aula você terá o domínio em: Reconhecer o e-mail com
novo meio de comunicação, bem como Identificar a sua função social bem como a
sua estrutura.

Correio Eletrônico (E-mail)

As comunicações administrativas devem ser sempre formais, isto é, obedecer


a certas regras de formalidade, dando à civilidade necessária ao assunto a ser tratado.
O uso do padrão culto é, portanto, imprescindível na redação oficial por estar acima
das diferenças linguísticas.
A língua culta é contra a pobreza de expressão e não contra a sua
simplicidade, utilizar a norma padrão, não significa empregar uma linguagem
rebuscada, mas, sim, ter domínio na gramática, bem como lançar mão de um
dicionário para consulta quando for necessário.
Pode-se concluir que não existe propriamente um padrão oficial de
linguagem, o que há é o uso da norma-padrão nos atos e nas comunicações oficiais.
É claro que haverá preferência pelo uso de determinadas expressões, ou será
obedecida certa tradição no emprego das formas sintáticas, mas isso não implica,
necessariamente, que se consagre a utilização de uma forma de linguagem
burocrática.

Definição e finalidade

A utilização do e-mail para a comunicação tornou-se prática comum, não só em


âmbito privado, mas também na administração pública. O termo e-mail pode ser
empregado com três sentidos. Dependendo do contexto, pode significar gênero
textual, endereço eletrônico ou sistema de transmissão de mensagem eletrônica.

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Como gênero textual

O e-mail pode ser considerado um documento oficial, assim como o ofício.


Portanto, deve-se evitar o uso de linguagem incompatível com uma comunicação
oficial.

Como Endereço Eletrônico

Como endereço eletrônico é muito utilizado pelos serviços públicos e também


por empresas. São chamados de e-mails corporativos ou institucionais. Geralmente
identificando a empresa em sua extensão. Exemplo: @cedup.com.br.

Como sistema de transmissão de mensagens eletrônicas

O e-mail por seu baixo custo e celeridade, transformou-se na principal forma


de envio e recebimento de documentos.

FORMA E ESTRUTURA

Um dos atrativos de comunicação por correio eletrônico é sua


flexibilidade. Assim, não interessa definir padronização da mensagem comunicada.
No entanto, devem-se observar algumas orientações quanto à sua estrutura.

CAMPO “ASSUNTO”

O assunto deve ser o mais claro e específico possível, relacionado ao conteúdo


global da mensagem. Assim, quem recebe a mensagem identifica rapidamente do que
se trata; quem a envia poderá, posteriormente, localizar a mensagem na caixa do
correio eletrônico.
Deve-se assegurar que o assunto reflita claramente o conteúdo completo da
mensagem para que não pareça, ao receptor, que se trata de mensagem não
solicitada/lixo eletrônico.

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Exemplo

Em vez de “Reunião”, um assunto mais preciso seria “Agendamento de reunião


sobre a Reforma da Previdência”.

★ ANOTE!
Jamais deixe o “assunto” em branco. Em meio a tantos e-mails, muitos são
apagados sem nem serem lidos apenas por terem um assunto em branco ou
inadequado, que muitas vezes fazem o destinatário pensar que pode ser um vírus.
Uma dica é escrever o assunto ao final, depois de redigir seu e-mail.

➢ Termos como “Urgência” ou “Alta Prioridade” devem ser evitados


Isto porque, depois de um tempo, as pessoas se dão conta que os e-
mails não são tão urgentes quanto dizem e acabam desconsiderando estes avisos.
Só atribua importância ao que realmente for necessário.

LOCAL E DATA

São desnecessários no corpo da mensagem, uma vez que o próprio sistema


apresenta essa informação.

SAUDAÇÃO INICIAL: USAR VOCATIVO

Seja sempre educado e cordial e comece seu e-mail cumprimentando o


destinatário. Independente de quem seja: um colega de trabalho, um fornecedor ou
um cliente. Principalmente se aquele for o primeiro e-mail que você envia.
O texto dos correios eletrônicos deve ser iniciado por uma saudação. Quando
endereçado para outras instituições, para receptores desconhecidos ou para
particulares, deve-se utilizar o vocativo conforme os demais documentos oficiais, ou
seja, comece sempre com uma saudação que se adeque à relação que você tem com
o outro. Termos como “Fulana, bom dia!”, “Prezados, boa tarde!”, ” Caro Fulano, boa
noite!”, sempre caem bem.
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Se você ficar trocando e-mails com a pessoa ao longo do dia, não precisa
saudá-la o tempo todo, basta apenas chamá-la por seu nome. Mas nunca envie um
e-mail, escrevendo direto o que tem a dizer, sem nem ao menos mencionar o nome.
Outro detalhe importante é em relação a pontuação.

★ ANOTE!
Use sempre uma vírgula depois do nome, para isolar o vocativo.

➔ exemplo
Boa tarde, professora Rosa.
Boa tarde: Saudação
Professora Rosa: Vocativo

MENSAGEM

➢ Organize as informações
É importante que seu e-mail tenha um começo, meio e fim, ou seja, uma
introdução ao assunto, desenvolvimento e conclusão, para que o outro seja capaz de
entender facilmente. Logo no início apresente o tema principal do e-mail, em seguida
discorra sobre o assunto e encerre cordialmente.
Ao escrever seu e-mail corporativo, primeiramente distribua em tópicos tudo
que você precisa comunicar. Em seguida vá desenvolvendo o parágrafo em torno de
cada tópico. Assim torna-se mais fácil organizar as ideias e ser conciso no que precisa
ser tratado. Colocar cada ideia num parágrafo, facilita a leitura e deixa seu e-mail
organizado. O espaçamento entre a saudação, cada parágrafo e a assinatura também
deixa seu e-mail mais convidativo à leitura.
Depois de escrevê-lo é hora de dar atenção a formatação. Certifique-se de
sempre usar a mesma fonte, do mesmo tamanho e cor. Destacando apenas algumas
palavras que requerem mais atenção e facilitando assim, uma leitura mais rápida.
Nunca deixe seu e-mail todo colorido, criando uma poluição visual.

➢ E-mails corporativos

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E-mails corporativos são ferramentas de comunicação que pedem textos


claros, concisos e objetivos. Afinal de contas, quem está recebendo seu e-mail,
possivelmente tem tantos outros para responder. Busque sempre escrever de forma
clara, objetiva e sucinta.
Antes de enviar o e-mail tenha certeza que você está respondendo ao que foi
perguntado. Nada de escrever uma mensagem repleta de informações
desnecessárias. Poupe o tempo do destinatário. E-mails muito extensos fazem com
que você corra o risco do seu leitor não chegar até o fim e não responder ao que foi
pedido.
Vale lembrar que ser objetivo não significa ser grosseiro e muito menos
economizar nas linhas digitadas e mandar um e-mail incompleto. Às vezes é
necessário um texto mais extenso, para que o destinatário não tenha dúvidas sobre o
assunto tratado.
Além disso, é extremamente importante responder prontamente seus e-mails,
afinal o e-mail é uma das ferramentas de comunicação dentro de uma empresa e
exige uma atenção especial dentro das suas tarefas do dia. Você não vai querer que
alguma ação fique parada, só porque está esperando seu retorno, certo?

COMO ENCERRAR O E-MAIL (FECHO)

Nunca deixe de assinar um e-mail corporativo. Tão importante quanto a


saudação é o encerramento que deve prezar pela impessoalidade. Portanto nada de
se despedir com “beijos” ou “abraços carinhosos”.
Encerre com frases como: “Qualquer dúvida estou à disposição”, “Aguardo seu
retorno”.

★ ANOTE 1!
Se o e-mail é para alguém do mesmo nível hierárquico utiliza-se
“Cordialmente” ou o clássico “Atenciosamente”, mas por extenso. Evite colocar
somente “Att”. Caso seja para um nível hierárquico maior utiliza-se
“Respeitosamente”. O correio eletrônico, em algumas situações, aceita uma
saudação inicial e um fecho menos formal. No entanto, a linguagem do texto dos

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correios eletrônicos deve ser formal, como a que se usaria em qualquer outro
documento oficial.
ASSINATURA

Crie sempre uma assinatura com seus dados pessoais como nome e
sobrenome. Inclua também o setor para evitar desencontros em empresas muito
grandes. O(s) telefone(s) de contato são muito importantes caso o destinatário queira
te ligar e esclarecer prontamente alguma dúvida. Lembre-se sempre de seguir o
padrão de assinatura criado pela empresa.
A assinatura do e-mail deve conter o nome completo, o cargo, a unidade, o
órgão e o telefone do remetente.
Exemplo: Maria da Silva
Gerente da área de manutenção da Empresa Manutenção Ltda.
Tel: 000000000
Site:…

ANEXOS

A possibilidade de anexar documentos, planilhas e imagens de diversos


formatos é uma das vantagens do e-mail. A mensagem que encaminha algum arquivo
deve trazer informações mínimas sobre o conteúdo do anexo. Antes de enviar um
anexo, é preciso avaliar se ele é realmente indispensável e se seria possível colocá-
lo no corpo do correio eletrônico.
Os arquivos anexados devem estar em formatos usuais e que
apresentem poucos riscos de segurança. Quando se tratar de documento ainda em
discussão, os arquivos devem, necessariamente, ser enviados, em formato que possa
ser editado.

★ ANOTE!
Deve-se evitar o tamanho excessivo e o reencaminhamento de anexos nas
mensagens de resposta.

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RECOMENDAÇÕES PARA SER ASSERTIVO NA HORA DE MANDAR E-MAIL

Confirmação de leitura

Sempre que necessário, deve-se utilizar recurso de confirmação de leitura.


Caso não esteja disponível, deve constar da mensagem o pedido de confirmação de
recebimento.

Formatação e linguagem

✓ Apesar da imensa lista de fontes disponíveis nos computadores,


mantêm-se a recomendação de tipo de fonte, tamanho e cor dos documentos oficiais:
Calibri ou Carlito, tamanho 12, cor preta.
✓ Fundo ou papéis de parede eletrônicos não devem ser utilizados, pois
não são apropriados para mensagens profissionais, além de sobrecarregar o tamanho
da mensagem eletrônica. A mensagem do correio eletrônico deve ser revisada com o
mesmo cuidado com que se revisam outros documentos oficiais. O texto profissional
dispensa manifestações emocionais. Por isso, ícones e emoticons não devem ser
utilizados.
✓ Os textos das mensagens eletrônicas não podem ser redigidos com
abreviações como “vc”, “pq”, usuais das conversas na internet, ou neologismos, como
“naum”, “eh”, “aki”.
✓ Não se deve utilizar texto em caixa alta para destaques de palavras ou
trechos da mensagem pois denota agressividade de parte do emissor da
comunicação.
✓ Evite-se o uso de imagens no corpo do e-mail, inclusive das Armas da
República Federativa do Brasil e de logotipos do ente público junto ao texto da
assinatura.
✓ Não devem ser remetidas mensagens com tamanho total que possa
exceder a capacidade do servidor do destinatário.

Erros que devem ser evitados


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✓ A informalidade, muito presente na comunicação das redes sociais, deve


ser deixada de lado na hora de escrever um e-mail corporativo. Ao enviar um e-mail
para alguém que você tem apenas uma relação profissional, aposte sempre em
termos mais formais. Entretanto, vale observar que, dentro dos limites profissionais,
você seja um pouco mais informal com quem já tem afinidade.
✓ Nem pense em usar gírias, emojis ou abreviações como “vc”, “tbm”,
“Att.”, “ctz”, “tá”. “Oi”, “E ai?”, “Beijos” também são informais demais e estão fora de
questão. Usar esses termos transmite falta de profissionalismo.
✓ A forma como o e-mail é escrito transmite informações sobre o
profissional que o está escrevendo e também sobre a empresa. Lembre-se também
de sempre usar palavras mágicas como “por favor”, “desculpe” e “obrigado”.
✓ Evite termos pouco usuais como “convescote” ao invés de piquenique,
onde você tenta “impressionar” o outro com seu vasto vocabulário, mas no fim, não
se faz entender e prejudica a comunicação. Termos que no fim, não dizem nada, como
“sem mais para o momento”, “venho através desta” também devem ser evitados.

➔ Você sabia?

No E-mail o Spam é uma pasta que armazena geralmente as mensagens


publicitárias recebidas. O termo é uma sigla que pode significar “enviar e postar
publicidade em massa” (em inglês “Sending and Posting Advertisement in Mass”) ou
“mensagens irritantes, inúteis e estúpidas” (em inglês “Stupid Pointless Annoying
Messages”). Alguns deles são mensagens disfarçadas que contém vírus ou conteúdo
indesejado.

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EXERCÍCIOS

13. Com base no conteúdo informe se há algum erro neste e-mail. Caso sim, elenque
quais foram os erros cometidos.

a)
______________________________________________________________
b)
______________________________________________________________
c)
_____________________________________________________________

2. Assinale V para a sentença verdadeira e F para a sentença que for falsa.


Após assinale a única alternativa correta.
a) ( ) Não é necessário, antes de encaminhar um e-mail, verificar se está
respondendo ao que foi perguntado, pois isso cabe ao receptor verificar.
b) ( ) Depois de escrevê-lo é hora de dar atenção a formatação. Certifique-
se de sempre usar vários tipos de fonte e tamanhos de letras, para que o receptor
consiga ver melhor a mensagem.
c) ( ) Na mensagem do e-mail é importante destacar apenas algumas
palavras que requerem mais atenção e facilitando assim, uma leitura mais rápida.
Nunca deixe seu e-mail todo colorido, criando uma poluição visual.
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d) ( ) Quando endereçado para outras instituições, para receptores


desconhecidos ou para particulares, não deve-se utilizar o vocativo conforme os
demais documentos oficiais.
e) ( ) Por não ser considerado um documento oficial, assim como o ofício,
na mensagem do e-mail pode-se utilizar uma linguagem menos formal, gírias. Evitar
usar a linguagem formal, visto que este tipo de linguagem pode não ser compreendido
pelo receptor.

a. F-F-F-F-V
b. F-F-V-F-F
c. F-F-F-F-F
d. F-F-V-F-V

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CAPÍTULO 7

GÊNERO TEXTUAL CURRÍCULO - TIPOS DE CURRÍCULOS

 Como identificar e produzir um currículo.


 Como tornar o texto do currículo mais claro e objetivo.
 A importância do uso adequado das variedades urbanas de prestígio em
currículos.

Aluno, esta temática é de grande relevância para tua vida profissional, pois
saber como elaborar um bom currículo é o primeiro passo para se alcançar seu
emprego naquela empresa que tanto almeja, visto que ele é sua porta de entrada, ou
seja, ele é a sua apresentação para seu empregador. Não adianta ter cursos e
experiências profissionais, se na hora de se apresentar por meio dele você o faz de
forma desleixada. Diante disso, é preciso ter alguns cuidados necessários na hora de
elaborá-lo, haja vista que um currículo bem modelado abre oportunidades para
conseguir aquela vaga de emprego que procura.
O currículo é o documento escrito mais utilizado na contratação de profissionais
por empregadores e empresas de todos os tipos.
Currículo é um texto objetivo, direto, curto e informativo. O texto deve permitir
uma leitura rápida, que detenha o máximo de informação sobre a trajetória profissional
de seu autor em poucas palavras. São várias as possibilidades de formatação do
currículo, dependendo do gosto de seu autor, mas é preciso sempre zelar pela clareza
e pela objetividade do texto a fim de proporcionar a leitura fácil e rápida, despertando
curiosidade e interesse do selecionador.
Provavelmente já viu as duas formas de escrita: currículo e curriculum, com
certeza ficou na dúvida de qual é a correta. Segundo a norma culta, as duas maneiras
são aceitáveis na língua portuguesa, entretanto, cuidado na hora de utilizá-las! Ainda,
conforme a escrita formal, o correto é utilizar currículo para se referir às matérias de
um curso e curriculum vitae em documentos para vagas de emprego.
No entanto, atualmente já é comum utilizar os termos currículo ou curriculum
vitae para definir o documento entregue em uma seleção.

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Mas, de onde surgiu a palavra Currículo? Ela é uma derivação do vocábulo


Curriculum que vem do latim e deve ser usada junto a palavra vitae formando assim
a expressão Curriculum Vitae (currículo da vida). Por ser um termo em latim a sua
pronúncia é "CURRÍCULUM VÍTE" (com a tônica nos "is" e sem o A). Seu plural é
Currícula Víte.
Não existe somente um padrão de currículo, tudo vai depender que objetivo
pretende alcançar com seu currículo. Independente do padrão a ser escolhido, ele
deve ter equilíbrio, não sendo prolixo, isto é, com detalhes em excesso, nem com
informações de menos. Nem tão longo, nem tão curto. Saber usar a objetividade é o
primeiro passo. Informações bem estruturadas auxiliam a envolver seu futuro
empregador, caso contrário, seu currículo tem uma enorme chance de não ganhar a
atenção de seu futuro empregador.

TIPOS DE CURRÍCULOS

Os currículos sofrem classificações conforme o objetivo a que eles se destinam,


visto que alguns currículos têm funções dentro da própria empresa, enquanto outros
têm função de buscar o primeiro emprego ou de obter financiamento. Veja como são
classificados:

 Currículo Latte
 Curriculum Vitae
 Currículo Cronológico.
 Currículo Temático
 Currículo Misto
 Vídeo Currículo
 Currículo Web

Currículo Lattes

O Currículo Lattes é o usado no meio acadêmico, visto que seu objetivo é


adquirir financiamento à pesquisa. Ele é administrado pela Plataforma Lattes, sendo
um currículo 100% digital. É muito usado por pesquisadores e estudantes da área
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acadêmica por ser abrangente e confiável. Neste tipo de currículo é importante colocar
o maior número de informações sobre a sua vida acadêmica, seu histórico profissional
e as suas habilidades enquanto profissional.

➢ Currículo Cronológico
O Currículo Cronológico, como o próprio no diz, tem seu objetivo de organizar
as informações profissionais cronologicamente. Exibindo da primeira até a carreira
mais atual, entretanto, deve ser delimitado pelo tempo em que você passou em cada
função e por quantos anos esteve em atividade ou não. Este tipo de currículo é
excelente para quem tem um carreira profissional estável, visto que mostra sua
gradação na carreira, evolução profissional e o tempo de atuação. Sendo este
currículo muito solicitado pelas empresas.

Currículo Temático

Este tipo de currículo procura dividir a informação presente em temas, que


podem ser diversos. Pode-se citar como exemplo as funções desempenhadas em
uma empresa dentro de determinada área, por exemplo, a administrativa. Nele não
há a necessidade de utilizar uma ordem cronológica. Cabe ao autor do currículo
decidir quais informações irá colocar. Também não há a obrigação de colocar
informações sobre últimos empregos ou tempo de inatividade, haja vista que o
principal é destacar as suas habilidades dentro de determinada área. Este currículo é
muito utilizado para quem possui trabalhos na área informal.

Currículo Misto

É considerado um dos currículos mais completo que o temático e cronológico,


pois une dentro dele informações referentes aos dois currículos. Para fazê-lo é
necessário colocar as informações referentes às atividades desempenhadas ao longo
de sua carreira e ao mesmo tempo dividi-las entre temas, habilidades, mostrando não
só o seu registro de progresso, como também a sua capacidade dentro de
determinada área.

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Vídeo currículo

Como o próprio nome diz, o Vídeo Currículo nada mais é que um vídeo onde
você descreve informações relevantes a sua carreira, tentando se mostrar o mais
profissional possível. Seu objetivo é agilizar algumas etapas, reduzir custos de
deslocamento para o candidato e ampliar o alcance de profissionais de outras cidades.
Para produzi-lo é necessário uma camêra do celular. Faz-se o enquadramento
como se fosse uma selfie , mas, no lugar de mostrar seu café da manhã e sua rotina
na academia, começa a falar sobre a sua trajetória profissional.
✓ Alguns passos para que seu currículo fique adequado:

✓ Ter firmeza, clareza e simpatia, sorrir ao relatar experiências e


resultados.
✓ Ser sucinto, seu vídeo currículo deve ter entre um a três minutos, no
máximo.
✓ Gravar em locais tranquilos e com uma boa captação de som.
✓ Evite erros de português, ficar sisudo ou ler o currículo em papel.

✓ Gravar com o enquadramento do busto para cima, celular na horizontal


e não em modo selfie.
✓ Crie uma narrativa sequente, comece se apresentando, seguido pelo
que faz e onde trabalhou.

Curriculum Vitae

Este tipo de currículo é o mais utilizado para quem está buscando um emprego
formal ou informal e que não especifique o tipo de currículo que deseja, visto que é
generalista, de poucas páginas, pois seu objetivo é de ser o mais preciso possível em
suas informações. Devendo ser preenchido somente com as informações mais
relevantes para a sua carreira e para aquela vaga em específico que você está
buscando.

COMO PRODUZIR UM BOM CURRÍCULO

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➢ Para a construção de um bom curriculum vitae estão elencadas algumas


informações importantes, como.

✓ Colocar somente com as informações mais relevantes para a sua


carreira e para aquela vaga em específico que você está buscando.
✓ Ter um objetivo profissional bem definido.

✓ Eliminar as expressões “Currículo Vitae” ou “Curriculum Vitae”, “Dados


Pessoais”. São expressões desnecessárias, visto que quem recebê-lo saberá que se
trata de um currículo.
✓ Deve-se iniciar o currículo com as seguintes informações e obedecendo
à seguinte ordem: Nome, endereço, nacionalidade, estado civil, data de nascimento,
telefone para contato.
✓ Não é necessário colocar número de filhos.
✓ Quanto mais informações de contatos colocar melhor, por exemplo, mais
do que um número de telefone, e-mail, sites, entre outros.
✓ Sempre citar o maior grau de escolaridade primeiro seguindo pelos
seguintes .
✓ Deve-se salientar que não é necessário colocar os números dos
documentos, tais como, CPF, Carteira de Identidade, etc. Pois, caso o candidato seja
aprovado, a empresa se encarregará de fazer o pedido.
✓ É desaconselhável dividir as informações em itens, como por exemplo:
1., 1.1. etc.
✓ O currículo deverá ter no máximo 3 páginas
✓ Deverá constar no currículo a informação denominada “Objetivo”. Onde
o candidato deve indicar, de forma clara e resumida, o propósito do envio do currículo
à empresa. A ocupação pretendida dentro da empresa deverá ser enfocada com
clareza, para que o curriculum vitae seja enviado à área da empresa de interesse.

Erros que devem ser evitados na elaboração do currículo

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sem autorização do autor por qualquer meio eletrônico ou reprográfico será considerado crime
e sujeito às penalidades da lei.
57

✓ Incluir pretensão salarial: Só deve ser colocada quando for solicitada em


anúncio, mesmo assim, deve-se abrir margem à negociação e enviá-la separada. A
não-inclusão deve-se ao fato de que, muitas vezes, o salário proposto pode ser maior
do que o oferecido pela empresa, reduzindo, assim, as chances de ser selecionado,
além disso, a inclusão de pretensão salarial no currículo é deselegante.
✓ Omissão de informações: É considerada tão grave quanto mentir. Na
maioria das vezes, porém, alguns consultores consideram que algumas informações
podem ser omitidas, tais como, idade, estado civil e número de filhos.
✓ Ser pedante (abusar de auto-elogios): Relatos em excesso sobre o
quanto é dinâmico, integrador e líder é prejudicial. O melhor é citar de forma sóbria e
objetiva os resultados obtidos ao longo da carreira.
✓ Cometer erros de português: Estes erros são inaceitáveis, e tão graves
quanto o uso de linguagem rebuscada.
✓ Enviar o currículo indiscriminadamente.

✓ Colocar informações que não estão ligadas ao cargo pretendido. A


adição dessas informações, além de tornar o currículo extenso, indicam a não
qualificação do candidato ao cargo e provocam o desinteresse por parte do
selecionador.
✓ Usar formulário padrão impressos comprados em papelarias
demonstram preguiça, desleixo e falta de interesse por parte do candidato. Além
disso, esses impressos são imprecisos, pois cada profissional tem um perfil,
consequentemente, o currículo deve ser adaptado a esse profissional, adicionando ou
eliminando informações pertinentes ao candidato.

O PASSO SEGUINTE DEPOIS DO CURRÍCULO

Na busca por trabalho, o envio do currículo costuma ser seguido por uma
entrevista de emprego, ocasião em que o empregador tem oportunidade de adquirir
informações que o currículo, sozinho, não fornece sobre o candidato à vaga.

Dicas para uma boa entrevista de emprego

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✓ Antes da entrevista, pesquise sobre a empresa que se interessou por


seu currículo.
✓ No dia da entrevista, use uma roupa adequada ao ambiente dessa
empresa.
✓ Mantenha o celular desligado durante toda a entrevista.
✓ Dê respostas curtas, mas demonstre interesse pelo que está
acontecendo.
✓ Se possível, mencione durante a entrevista alguns dos dados levantados
em sua pesquisa sobre a empresa, deixando claro seu interesse em trabalhar lá.

EXERCÍCIOS

1. Assinale a alternativa correta.


A palavra “Curriculum” deve utilizada em conjunto com a palavra “Vitae”,
formando a expressão Curriculum Vitae:
( ) Falso
( ) Verdadeiro.

2. Assinale V para verdadeiro e F para Falso e assinale a alternativa correta:


a. ( ) O Currículo deve ser extenso, ou seja, quanto mais você escrever
sobre você mais o empregador vai querer te contratar;
b. ( ) No currículo pode-se utilizar de metáforas, pois isso demonstrará teu
domínio na língua portuguesa;
c. ( ) Teu currículo deverá proporcionar a leitura fácil e rápida, despertando
curiosidade e interesse do selecionador.
d. ( ) O Curriculum Vitae não é essencial para você que está buscando um
emprego formal ou informal;
e. ( ) Curriculum vitae por ser generalista e de poucas páginas e que tem
que ter objetivo mais preciso possível em suas informações.
f. ( ) A palavra “Curriculum” deve utilizada em conjunto com a palavra
“Vitae”, formando a expressão Curriculum Vitae

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a). F - F - F - V - F - V;
b). F - F - V - F - V - V;
c). V - V - V - F - F - F;
d). V - V - F - F - V - F.

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CAPÍTULO 8
INTRODUÇÃO AO RELATÓRIO DE ESTÁGIO

Caro aluno, chegamos à etapa dos seus estudos, na qual irá auxiliá-lo em como
se dá a elaboração do relatório de estágio. Diante disso, nesta etapa você terá um
panorama geral do que é um relatório de estágio e de quais elementos o compõem.
Após isso, começaremos a abordagem de cada elemento de maneira minuciosa.
Vamos lá?
Primeiro, você sabe o que é um relatório?
Conforme o dicionário, um relatório é uma exposição escrita, minuciosa e
circunstanciada relativa a um assunto ou fato ocorrido. O objetivo de um relatório é
comunicar uma atividade desenvolvida ou ainda em desenvolvimento durante uma
missão. Deve fornecer o relato permanente de um estudo ou de uma pesquisa e a
informação necessária, que deve ser global e coerente, capaz de permitir tomadas
correctas de decisões. Em suma, vem do verbo relatar algo, é a exposição oral ou
escrita. Neste tipo de documento a linguagem utilizada é a linguagem formal e técnica.
Quando se trata de relatório a ABNT diz que “a estrutura de um relatório
compreende compreende: parte externa e parte interna”. (ABNT NBR 10719:2015,
p.04). Um relatório é formado por elementos pré textuais, textuais e pós textuais.
Dentre estes elementos tem alguns que são opcionais, ou seja, cabe a instituição
inserir ou suprimir estes elementos. Isso varia de instituição para instituição. Tem
também aqueles elementos que são obrigatórios, ou seja, são elementos obrigatórios
em todos os relatórios técnico ou científico.
No relatório de estágio a instituição Cedup segue um modelo bem simples,
sendo constituído dos seguintes elementos:
✓ Elementos pré textuais: Capa; Folha de rosto; Sumário.

✓ Elementos textuais: Introdução; Desenvolvimento; Considerações finais.


✓ Elementos pós-textuais: Referências; Anexo (opcional); Formulário de
identificação.
De maneira resumida o relatório de estágio será estruturado da seguinte forma:
Capa; folha de rosto; formulário de identificação; sumário; introdução;
desenvolvimento (Revisão da Literatura e Atividades Desenvolvidas); considerações
finais; referência bibliográfica. Anexos (caso o aluno queira colocar).
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No que diz respeito à linguagem utilizada, deverá ser objetiva, concisa, porém,
sem omitir qualquer dado importante. Aconselha-se a elaboração de um relato sucinto,
levando em conta a norma culta da língua portuguesa (ortografia e pontuação).
Quando for um relatório técnico, além da linguagem formal, deverá ter a linguagem
técnica também. Contudo, se for direcionado ao público leigo, deve-se procurar
“traduzir” as expressões que possam causar dúvidas.
A dissertação de um relatório, por não ser um texto literário, deverá ser
sem rodeios, floreios de linguagens, literatices, pois sua qualidade deve ser a clareza
e a objetividade, sem dupla interpretação. Além disso, toda a produção de textos
técnico e científico devem prezar pela impessoalidade, isto é, a utilização do sujeito
indeterminado, sendo o verbo no infinitivo mais a partícula SE de indeterminação do
sujeito. Veja o exemplo a seguir:
✓ Aprende-se na escola a importância da preservação da natureza.
✓ Acreditava-se que o Brasil erradicaria a miséria e a pobreza.

✓ Fala-se muito sobre o problema da violência.


Vale observar que a voz passiva deve ser usada com moderação a fim de evitar
repetição em demasia no texto, o que quebra a coerência textual. Veja os exemplos
da voz passiva: “As novas descobertas sobre a cura da AIDS foram realizadas em
centros de estudo e laboratórios cubanos”’. Está sendo comprovada a importância da
escrita à mão no processo de aprendizado”.
Quanto à linguagem utilizada deve-se prezar pelos seguintes itens:
✓ Impessoalidade;

✓ Objetividade;
✓ Clareza e precisão;

✓ Uso do vocábulo técnico;


✓ Característica da fraseologia científica.
Impessoalidade: Todo relatório deve ter caráter impessoal, não se referindo a
nenhuma pessoa em particular. Veja os exemplos abaixo de uma linguagem
impessoal: “Acompanhada a manutenção do equipamento, procedeu-se à atividade
subsequente”. Outrossim, pode ser utilizada a oração reduzida de gerúndio. Veja o
exemplo abaixo: Ex.: Acompanhando a manutenção do equipamento, verificou-se a
existência de avarias.
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e sujeito às penalidades da lei.
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Objetividade: Um relatório técnico científico deve se afastar de colocações que


deixem transparecer impressões subjetivas, não fundadas sobre dados concretos.
Expressões como “pareço”, “eu penso”, “achou-se” e outras, violam, frequentemente,
o princípio da objetividade, indicando raciocínio subjetivo.
Modéstia: Evitar “ar de superioridade” na hora de descrever os conhecimentos
mais profundos adquiridos na área de seu estudo específico.
Clareza e precisão: Também deverá prezar pela precisão de linguagem,
escrevendo, assim, com clareza de ideias, ou seja, assimilação do assunto em todas
as suas dimensões: no conjunto e também em cada uma das partes ou dificuldades.
Utilizar a linguagem denotativa: Para que a linguagem científica seja clara e
precisa, use termos denotativos, isto é, na significação exata encontrada nos
dicionários. Para que não haja ambiguidade.
Uso do vocabulário técnico: Cada ciência utiliza uma terminologia técnica
própria, que acompanha sua evolução, aperfeiçoando-se e enriquecendo-se com seus
resultados. Embora seja uma dificuldade para o leigo no assunto, essa terminologia
técnica é de grande valia para a transmissão de conhecimento entre especialistas. O
estagiário não pode ignorá-la. Seu uso supõe, entretanto, conhecimento da ciência
respectiva.
Característica da fraseologia científica: Preza pelo desenvolvimento lógico do
pensamento, para isso é utilizado períodos curtos, contendo uma ideia somente, para
que a produção textual tenha as ideias exprimidas com clareza, bem como seja
conferido ao estilo certa energia. Siga a ordem frasal, ou seja a na ordem direta, o
sujeito é disposto na oração antes do predicado.

★ ANOTE!
É importante que faça anotações diárias das atividades realizadas
durante o estágio. Quando muito, anotações semanais para facilitar a futura confecção
do relatório.

EXERCÍCIOS

14. Relaciona as colunas e assinale a alternativa correta:

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e sujeito às penalidades da lei.
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(1) Elementos pré textuais


(2) Elementos textuais
(3) Elementos pós textuais
( ) Introdução; desenvolvimento; considerações finais;
( ) Capa; Folha de rosto; Sumário;
( ) Referência bibliográfica. Anexos (caso o aluno queira colocar).
2; 1; 3.
3; 2; 1.
3; 2; 1.

15. Relaciona as colunas e assinale a alternativa correta:

(1) Um relatório técnico científico deve se afastar de colocações que deixem


transparecer impressões subjetivas, não fundadas sobre dados concretos.
Expressões como “pareço”, “eu penso”, “achou-se” e outras, violam, frequentemente,
o princípio da objetividade, indicando raciocínio subjetivo.
(2) Evitar “ar de superioridade” na hora de descrever os conhecimentos mais
profundos adquiridos na área de seu estudo específico.
(3) Também deverá prezar pela precisão de linguagem, escrevendo, assim,
com clareza de ideias, ou seja, assimilação do assunto em todas as suas dimensões:
no conjunto e também em cada uma das partes ou dificuldades.
(4) Para que a linguagem científica seja clara e precisa, use termos denotativos,
isto é, na significação exata encontrada nos dicionários. Para que não haja
ambiguidade.
(5) Cada ciência utiliza uma terminologia técnica própria, que acompanha sua
evolução, aperfeiçoando-se e enriquecendo-se com seus resultados. Embora seja
uma dificuldade para o leigo no assunto, essa terminologia técnica é de grande valia
para a transmissão de conhecimento entre especialistas. O estagiário não pode
ignorá-la. Seu uso supõe, entretanto, conhecimento da ciência respectiva.
(6) A regra é escolher períodos curtos e simples, que exprimem melhor as
ideias, além de conferir ao estilo certa energia. Visto que elas traduzem o
desenvolvimento lógico do pensamento; convém, pois, que cada uma delas contenha

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apenas uma ideia, mas que a envolva completamente. Dê preferência à ordem direta,
ou seja, evite inversões desnecessárias.
(7) Textos técnicos não devem ser para uma pessoa em particular, devendo
sempre ser imparcial; sem resquícios de julgamento pessoal: crítica impessoal.

a) ( ) Uso do vocábulo técnico;


b) ( ) Impessoalidade;
c) ( ) Clareza e precisão;
d) ( ) Característica da fraseologia científica;
e) ( ) Objetividade;
f) ( ) Modéstia;
g) ( ) Utilizar a linguagem denotativa.

a) 7; 5; 3; 6; 1; 4; 2.
b) 5; 7; 3; 6; 1; 2; 4.
c) 4; 1; 2; 3; 5; 6; 7.
d) 5; 3; 4; 2; 6; 7; 1.

ESTRUTURA DE UMA INTRODUÇÃO DO RELATÓRIO DE ESTÁGIO

Introdução significa o início ou o começo. É o ato ou efeito de introduzir um


assunto. Este texto deve ser breve e deve apresentar ao leitor, de maneira resumida,
os tópicos dos assuntos que serão abordados ao longo do trabalho. É uma das partes
textuais mais importante em um trabalho, pois é nela que o autor saberá o que
encontrar no trabalho.
A introdução do relatório de estágio não deverá exceder a 1 página, sendo que
as abordagens de cada elemento deverão ser dispostas em parágrafos curtos.
Observando que um parágrafo deve ter em média de 5 a 8 linhas.
“A introdução é onde colocará o objetivo principal do seu relatório, ou seja, qual
é a finalidade dele existir.” (GUIA PARA ELABORAÇÃO DE RELATÓRIO DE
ESTÁGIO, 2020). Nesta parte é necessário abordar de forma geral o assunto do
relatório, bem como deverá conter o nome da empresa na qual o aluno realizou o

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estágio ou desenvolveu suas atividades profissionais, a área, na qual atuou e o


período em que as atividades do estágio foram realizadas.
Em seguida, deverá apresentar o Histórico da Empresa de forma
resumida (um parágrafo de no máximo 10 linhas) e deverá finalizar com a
apresentação dos conteúdos que serão abordados, sem detalhes (principais tópicos)
tanto da revisão de literatura como das atividades desenvolvidas. (GUIA PARA
ELABORAÇÃO DE RELATÓRIO DE ESTÁGIO, 2020).
Como todo o relatório sua linguagem deve ser impessoal, ou seja, verbo no
infinitivo mais a partícula SE de indeterminação do sujeito (observa-se,entende-se,
entre outros) quando se referir ao presente do indicativo, quando se refere a algo que
ocorre no momento, e (observou-se, entendeu-se) pretérito perfeito, quando se referir
a algo que já ocorre.

EXERCÍCIOS

16. Tendo como base o texto fornecido, cite 3 itens que não podem faltar na introdução
do relatório de estágio:
______________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
_________________________________

17. Tendo como base o texto fornecido, por que a introdução é importante para um
relatório:
______________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
_______________________________________________

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CAPÍTULO 9

REVISÃO DA LITERATURA - INTRODUÇÃO AO ASSUNTO

Dando seguimento às aulas de produção de relatório abordaremos a revisão


da literatura. A Revisão Da Literatura pode vir denominada com outros nomes como
Revisão Bibliográfica; Revisão Teórica; Referencial Teórico; Embasamento teórico;
pressupostos teóricos; fundamentação teórica; entre outros.
Mas você sabe o que é uma revisão de literatura e porque ela é imprescindível
para seu trabalho acadêmico?
A revisão da literatura é a base que sustenta qualquer pesquisa científica, ela
é o processo de pesquisa e análise metódica sobre o que já foi estudado e
comprovado, escrito ou falado sobre o assunto. Isto é, é a fase onde se faz um
levantamento ou agrupamento, por meio de pesquisas em documentos, livros,
revistas, artigos, jornais, entrevistas, registros históricos, relatórios governamentais,
teses e dissertações e outros tipos, para que possa dar a base do teu trabalho.
A revisão da literatura é a parte do projeto/relatório que apresenta de forma
breve a revisão das principais fontes/obras/referências que tratam do tema da
pesquisa, pois parte-se do pressuposto de que nenhuma investigação começa da
estaca zero. Ela é considerada uma das partes mais importantes, pois é nela em que
se embasa toda a parte teórica científica por meio de citações das ideias de outros
autores, fundamentando-o com os que outros autores já falaram sobre o assunto.
Trazendo, assim, credibilidade a ele. Ressalta-se que é preciso ter cuidado com
informações retiradas da internet, haja vista que nem sempre é possível averiguar a
autenticidade da informação apresentada. Ademais, é preciso muita atenção para que
não ocorra o plágio. Mas, o que é plágio.
O site Brasil Escola (2020, on-line, p. 3) defini o que pode ser considerado um
plágio:

o uso de forma literal de alguma palavra, conceitos, frases sem dar os créditos
devidos a quem as profere, sem dar a devida citação ao material de origem; Utilizar-
se da paráfrase (recriação fazendo uso das mesmas ideias), tendo em vista os
mesmos elementos de um dado tópico do texto original; Bem como o uso de uma

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e sujeito às penalidades da lei.
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estrutura ou qualquer outro elemento, tais como uma tabela, um gráfico, enfim, uma
imagem, sem a respectiva credibilidade.

Portanto, plagiar consiste em apresentar a obra (ideia, palavras) de outro autor


como se fosse de sua própria autoria, elas podem ser de forma verbal ou não verbal.
Muito cuidado com os “cola copia” de internet. Caso utilize citação de ideias de outro
autor, é obrigatório fazer o devido referenciamento, haja vista que o plágio é crime de
violação aos direitos autorais, conforme o art. 184, do Código Penal Brasileiro.
Reforçando que se deve embasar um trabalho com os documentos de outros
autores, todavia, deverá sempre referenciá-los, próximo ao texto colocando as
informações necessárias na referência bibliográfica.
Esta etapa da revisão de literatura é parte do desenvolvimento do seu trabalho
e está no âmbito dos elementos textuais. Importante que nesta etapa haja o máximo
de atenção para que seu trabalho não seja comprometido, para tanto, é necessário
seguir os seguintes critérios:
✓ Dar a devida importância a leitura ao que se refere aos documentos
escolhidos para que estejam em conformidade com o assunto, não fugindo do tema;
✓ Colocar a ideias e palavras dos autores em formato de citação com os
devidos referenciamentos;
✓ Seguir a formatação conforme as Normas Brasileiras Regulamentadoras
- NBRs, estabelecidas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT.

★ ANOTE!

Toda a menção de autores citada no trabalho deverá, obrigatoriamente, estar


nas referências bibliográficas ao fim do trabalho.

Resumindo

A revisão da literatura é um processo que abrange levantamento, agrupamento


e análise de estudos científicos sobre um determinado assunto. Descritos na parte do
desenvolvimento do relatório.

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EXERCÍCIOS

18. Com base no conteúdo dado, disserte para que serve a revisão de literatura em
um trabalho técnico científico. Ele é importante? Por que? (5 linhas):
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
______________________________________________________

REVISÃO DA LITERATURA: CITAÇÃO

Uma das partes do desenvolvimento de um trabalho técnico científico é a


revisão de literatura, que é o local onde se utiliza-se as ideias dos autores, visando a
fundamentação do trabalho. É neste momento em que se utiliza as citações seguindo
as especificações estabelecidas pelas Associação Brasileira de Normas Técnicas -
ABNT, por meio das Normas Brasileiras Regulamentadoras - NBRs.
✓ Todavia, o que é uma citação?
✓ O que são estas normas?
Citação é a menção de uma informação retirada de uma obra. Cada citação
tem uma característica própria se diferenciando uma da outra em vários aspectos.
Já as NBRs são um conjunto de regras instituídas pela ABNT para a elaboração
de trabalhos acadêmicos. Essas regras determinam por meio de padrões a
formatação e a estrutura de todo o trabalho acadêmico, definindo desde a capa até as
referências bibliográficas. Algumas das Normas Brasileiras de Regulamentação são:
✓ NBR 14724, que trata dos trabalhos acadêmicos - Apresentação;
✓ NBR 10520, que trata da informação e documentação - apresentação de
citação de documentos;

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✓ NBR 6023, que trata da informação e documentação - referência,


elaboração.
Nesse contexto, as citações que aparecem no trabalho precisam ser inseridas
de acordo com as normas em questão.
Concernente a formatação do seu trabalho é fundamental que leia, antes de
qualquer coisa, o manual de instruções do seu trabalho fornecido pela instituição em
que está estudando. Geralmente as instituições solicitam que o trabalho seja
formatado conforme a ABNT, entretanto, algumas instituições ainda utilizam a
formatação da Normas de Vancouver ou Estilo Vancouver. O importante é não
misturar as duas formatação.
Tratando se citação a Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT, por
meio da NBR 10520 (2002) traz como conceitos de citações os seguintes parâmetros:
✓ citação: menção de uma informação extraída de outra fonte;
✓ citação de citação: citação direta ou indireta de um texto, sendo que não
tivemos acesso ao original (apud);
✓ citação direta: transcrição textual de parte da obra de um autor
consultado;
✓ citação indireta: texto baseado na obra do autor consultado.

✓ notas de referência: Notas que indicam fontes consultadas ou remetem


a outras partes da obra onde o assunto foi abordado.
✓ notas de rodapé: Indicações, observações ou aditamentos ao texto feitos
pelo autor, tradutor ou editor, podendo também aparecer na margem esquerda ou
direita da mancha gráfica.
✓ notas explicativas: Notas usadas para comentários, esclarecimentos ou
explanações, que não possam ser incluídos no texto.

CITAÇÃO (NBR 10520, 2002)

Neste tópico será abordado o que a NBR 10520/2002, traz sobre citação.
Citação é utilizada para mencionar as ideias dos autores que serão utilizadas no seu
trabalho a fim de comprovar o argumento defendido.

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e sujeito às penalidades da lei.
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Citação Direta

“Transcrição literal da parte da obra do autor consultado”. Ou seja, é aquela


transcrição fiel de parte de uma obra. Esta citação se dá de duas formas: Citação
Direta Curta e Citação Direta Longa. É utilizada quando se deseja demonstrar e
fortalecer o seu texto argumentativo, dando credibilidade para ele.

Exemplo

Para Barros e Lehfeld (2000, p. 107 Apud Duarte, 2020): “As citações ou
transcrições de documentos bibliográficos servem para fortalecer e apoiar a tese do
pesquisador ou para documentar sua interpretação [...].

Citação Direta Curta

A citação direta curta pode ser de até 3 linhas, sendo incorporada ao parágrafo
em que está disposta, seguindo a mesma formatação. O que difere ela do restante do
texto é que está disposta entre aspas duplas. Conforme Bazzanella et al (2013, 147):
“Se o fragmento não exceder três linhas, temos uma citação curta. Neste caso, você
vai inserir aspas no início e ao término da citação”.

Citação Direta Longa

Nesta citação é utilizado recursos de formatação específicos. Não se emprega


as aspas conforme as normas ABNT, visto que possui uma formatação própria.
Neste caso, as citações longas são apresentadas em parágrafo próprio, com
espacejamento simples, e destacadas do texto com recuo de 4cm da margem
esquerda. O tamanho da fonte deve ser menor (10) em relação ao restante do texto.
Não há aspas no início e ao término da citação. (BAZZANELLA et al, 2013, 148).

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Citação Indireta

É uma citação onde o texto é baseado na obra, é uma paráfrase da ideia do


autor ou autores das obras consultadas. Nesta citação não se utiliza aspas, sendo
opcional a colocação de página.

Citação de Citação

“Citação direta ou indireta de um texto em que não se teve acesso ao original”.


(NBR 10520, 2002, p. 02). Recomenda-se a utilização deste tipo de citação em casos
pontuais, onde não foi possível ter acesso ao documento original. Neste caso, cita-se
a citação do autor com o referenciamento junto a ideia do autor que está citando e do
autor que está sendo citado é colocada a expressão latina apud (em itálico, ou “citado
por” (sem itálico). conforme exemplos abaixo:

Exemplo 1

Para Barros e Lehfeld (2000, p. 107 Apud Duarte, 2020): “As citações ou
transcrições de documentos bibliográficos servem para fortalecer e apoiar a tese do
pesquisador ou para documentar sua interpretação [...].

Exemplo 2

Para Barros e Lehfeld (2000, p. 107 citado por Duarte, 2020): “As citações ou
transcrições de documentos bibliográficos servem para fortalecer e apoiar a tese do
pesquisador ou para documentar sua interpretação [...]”.

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EXERCÍCIOS

19. Como pode ser definida a citação de citação:

a) citação de um texto a que tivemos acesso a partir de outro documento.


b) transcrição das ideias de um autor usando suas próprias palavras.
c) omissão da citação sem alterar o sentido do texto.
d) transcrição literal de parágrafo usando exatamente as palavras usadas
pelo autor do trabalho consultado.

20. É correto afirmar, acerca de uma citação direta longa, segundo a NBR 10520/2002
da ABNT:

a) Visa fundamentar a escrita do autor e deve ser formatada com destaque


de 4 cm da margem esquerda, espaço simples, entre outros.
b) Deve ser formatada em fonte 10 e com espaçamento 1/5 entrelinhas.
c) Na transcrição deve-se formatá-la com 4 cm da margem direita.
d) O destaque a ser dado deve ser aspas, seguidas da chamada do autor,
ano e página.

21. Korman (1968, citado por PASQUALI et al., 1981), afirma que outra variável que
tem importância especial como característica de personalidade é a autoestima, isto
é, a extensão em que o indivíduo se percebe como competente, capaz e que pode
prover a satisfação de suas necessidades.

O texto acima é considerado uma citação

a) citação direta até 3 linhas


b) citação de citação.
c) direta ou final
d) citação direta longa.

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CAPÍTULO 10

ELEMENTOS QUE COMPÕEM O RELATÓRIO DE ESTÁGIO

ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

Chegamos a etapa da elaboração das “Atividades desenvolvidas” do relatório


de estágio. Entretanto, antes de abordar esta etapa, vamos relembrar como é
constituído o relatório de estágio.

Elementos pré textuais

✓ Capa
✓ Folha de Rosto

✓ Termo de Avaliação do Relatório


✓ Sumário

Elementos textuais

✓ Introdução

✓ Desenvolvimento
★ Revisão da Literatura

★ Atividades Desenvolvidas
✓ Conclusão ou Considerações Finais

Concernente aos elementos pós textuais

✓ Referências,

✓ Apêndice(s),
✓ Anexo(s)

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ELEMENTOS PRÉ TEXTUAIS

Folha de Rosto

É aquela que contém os elementos essenciais à identificação da obra, que


contém no cabeçalho: Nome da INSTITUIÇÃO/ ESCOLA. Título. Nome do aluno;
Curso; Localidade, mês e ano da entrega do trabalho.

Termo de Avaliação do Relatório

Este termo é o espaço destinado à avaliação do relatório que será feito pelo
Professor Orientador de Estágio e deve conter algumas informações importantes do
aluno de interesse da Coordenação de Estágio.

Sumário

O Sumário mostra uma visão global das diversas partes do trabalho e tem como
objetivo facilitar a localização dos títulos e subtítulos, assim como dos demais
elementos do trabalho.

ELEMENTOS TEXTUAIS

Introdução

A introdução deve explicar a importância e os objetivos do trabalho, dando uma


visão geral do que será abordado. Portanto, a introdução do relatório deverá iniciar
colocando-se a finalidade e o objetivo específico do relatório, o nome da empresa na
qual o aluno realizou o estágio ou desenvolveu suas atividades profissionais, a área
na qual atuou e o período em que as atividades do estágio foram realizadas.
Em seguida, deverá apresentar o Histórico da Empresa de forma resumida (um
parágrafo de no máximo 10 linhas).

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Finalizar fazendo apresentação dos conteúdos que serão abordados durante a


construção do seu relatório, sem detalhes, somente resumindo de forma suscita a
revisão de literatura e as atividades desenvolvidas.

ANOTE!

A introdução não deverá ultrapassar uma página.

Revisão da Literatura

É a parte que dá início ao desenvolvimento do relatório. Trata-se de uma


pesquisa feita em livros, revistas técnicas, apostilas, manuais ou internet que deverá
abordar os conteúdos teóricos (temas) diretamente relacionados com o que será
descrito nas “Atividades Desenvolvidas”. É, enfim, o embasamento teórico do
trabalho. É nesta parte que se utiliza as citações. As quais será feito vídeoaula
somente sobre este tema.

Atividades Desenvolvidas

É a segunda parte do desenvolvimento do relatório. É nesta etapa que o


estagiário deverá descrever as atividades que desenvolveu durante o estágio. Sempre
descrevendo com detalhes “acerca do quê, e de como foram realizadas, indicando se
foi implantação, fabricação, manutenção, verificação, correção, melhoria, setup, tryout
ou qualquer atividade industrial”. (GUIA PARA ELABORAÇÃO DO RELATÓRIO DE
ESTÁGIO, 2014. p. 06).

LINGUAGEM

Quanto a linguagem a ser utilizada, por ser um texto técnico científico, deverá
ser de forma impessoal, utilizando os verbos no pretérito perfeito (passado). Exemplo:
Em vez de usinei; Executei; Elaborei: deverá ser escrito: Usinou-se; executou-se;
elaborou-se. Veja, em vez de escrever “usinei a peça”, “Instalei o painel” escreve-se

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“usinou-se a peça”, “instalou-se a peça”. Use com moderação a frase na forma passiva
para que seu texto não fique monótono.

PARAGRAFAÇÃO

Quanto aos parágrafos, eles devem ser curtos, entre 5 a 8 linhas, em média,
lembrando que, esta regra não é “engessada”, visto que cada um tem sua própria
estilística de escrita. Entretanto, no texto deve predominar a escrita objetiva, evitando
a prolixidade textual, ou seja, colocar todas as informações importantes de forma
concisa. Veja os exemplos abaixo:

PARÁGRAFO INADEQUADO

Foi realizada a primeira etapa na usinagem das buchas de 80 mm de diâmetro


e aço 1045 no torno CNC fixei a peça bruta e previamente preparada no torno
convencional no sistema de castanha pneumática do torno CNC modelo Discovery e
Marca Nardini. Após aperto do pedal de acionamento pneumático centralizei a matéria
prima e realizei um teste de giro foi pressionado a tecla SPINDLE e inserindo 1000 na
letra S o que fez com que o torno convencional aplicasse uma rotação de 1000 RPM
no eixo árvore confirmando a rotação aplicada. Em seguida foi interrompido o
movimento da castanha foi pressionado a tecla stop foi liberado a placa universal da
peça fixada para a recentralização da peça bruta sendo que desta vez foi usado o
dispositivo contraponta a fim de obter melhor referenciamento da peça, com isso foi
ganhado agilidade no processo.

PARÁGRAFO ADEQUADO

Realizou-se a primeira etapa na usinagem fixando-se a peça bruta,


previamente preparada no torno convencional. Após o aperto do pedal de
acionamento pneumático, centralizou-se a matéria prima e realizou-se um teste de
giro. Em seguida, interrompeu o movimento da castanha. Liberou-se a placa universal
da peça fixada para a recentralização da peça bruta sendo que desta vez utilizou-se

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o dispositivo contraponta a fim de obter melhor referenciamento da peça, com isso


ganhou-se agilidade no processo.

Percebe-se que no primeiro parágrafo os verbos foram utilizados de forma


inadequada, bem como o texto está prolixo e confuso. Enquanto o mesmo texto no
segundo parágrafo está de forma clara e concisa.
★ ANOTE!

Quanto ao número de páginas usadas para a elaboração das atividades


desenvolvidas deve ser em média de 3 a 5 páginas. Entretanto, isso deverá ser
construído com seu professor orientador de estágio, visto que a quantidade de página
está vinculada a quantidades de atividades que serão realizadas no seu estágio, bem
como quantas seu orientador solicitará que você descreva.
Construa uma comunicação com seu professor orientador, porque ele está apto
para responder todas as suas dúvidas. Ficamos por aqui nas atividades
desenvolvidas.

EXERCÍCIOS

22. Qual o tipo de linguagem que deve ser utilizado para relatar as atividades
desenvolvidas? Justifique.
______________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
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23. Quais as partes que compõem os elementos textuais?


______________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
________________________________________

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CAPÍTULO 11

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Conforme o Guia de Elaboração de Estágio diz que é nas considerações finais


que o estagiário deverá fazer uma síntese do conteúdo abordado durante o processo
de elaboração do relatório. Também é o momento em que terá a oportunidade de
apontar os pontos positivos e negativos relacionados ao estágio e ao curso bem como
sugestões de melhorias e agradecimento. Aqui finda-se a parte de elementos textuais
do seu relatório.

ELEMENTOS PÓS TEXTUAIS

Referências bibliográficas

As Referências são um conjunto de indicações que permite a identificação dos


documentos utilizados no trabalho. Devem ser referenciadas todas as obras ou
documentos que fundamentaram a elaboração da Revisão de Literatura. Exemplos de
apresentação de referências

★ LIVROS: SOBRENOME DO AUTOR, Prenome. Título da obra. n. da


edição. Local: Editora, ano.
DEMO, Pedro. Metodologia científica em ciências sociais. 2. ed. rev. e ampl.
São Paulo: Atlas, 1998.
FEITOSA, Vera Cristina. Redação de textos científicos. 3. ed. Campinas:
Papirus, 2001.

★ LIVROS COM DOIS AUTORES


MENDES, Elton; MACHADO,Luísa. Um momento para refletir. 2. ed. São
Paulo: McGraw-Hill, 1999.

★ AUTOR COM MAIS DE UMA OBRA

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LIMA JR., Fernando de Souza. A era do conhecimento. 6. ed. São Paulo:


Cortez, 2000.
______. A visão holística. Florianópolis: Educacional, 2000.*
* Para referências do mesmo autor, utilize no sublinhado o correspondente a 6
espaços.

★ OBRA COM MAIS DE 3 AUTORES: Utilizar a expressão et al ( e outros)


○ QUINTANA, Valdir et al. Elementos químicos: breve análise. Rio de
Janeiro: Ao Livro Técnico, 2001.

★ INTERNET
AUTOR/ SITE. Assunto. Disponível em: <.........................>. Acesso em: dia,
mês e ano.

UNIVERSIDADE DA REGIÃO DE JOINVILLE. Guia para apresentação de


trabalhos acadêmicos 2006. Disponível em: < http://www.univille.edu.br/ >. Acesso
em: 20 jun. 2006. NEVES, Afne Terra das. As flores que eu ganhei. Disponível em: <
http:// www.natuflora/rosa >. Acesso em: 4 abr. 1997.

APOSTILA: AUTOR/ INSTITUIÇÃO. Apostila de Metrologia. Módulo II. Joinville.


2007. (s.n)* *s.n. ( sine nomine): Quando a editora não é identificada.

ANEXOS E APÊNDICES

Apêndices

São os documentos ou textos elaborados por você mesmo, com o objetivo de


complementar e explicar a sua argumentação. Esse elemento não interfere em nada
no conjunto do trabalho e, por essa razão, é visto como algo opcional. Caso opte por
utilizá-los, não esqueça que até mesmo suas páginas precisam ser numeradas
seguindo o caminho do trabalho.

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Anexo

São documentos ou textos que não foram criados por você, autor do trabalho,
o objetivo dele é fundamentar e comprovar o seu embasamento acadêmico.

★ Anote!

Ilustrações

✓ As normas ABNT classificam como ilustrações imagens de diversas


formas, como desenhos, fluxogramas, gráficos, organogramas, mapas, fotografias,
figuras ou quadros.

✓ As ilustrações servem para complementar seu texto e devem ficar o mais


próximo possível do assunto ao qual estão sendo mencionadas, facilitando a
compreensão do leitor.

✓ Quando for necessário a disposição de um número significativo de


ilustrações, estas deverão ser postas como anexos. O anexo agrupará todas as
ilustrações contidas no texto, que deverão ser citadas na parte textual como arquivos
que constam em anexo do trabalho.

TÍTULO E FONTE DAS ILUSTRAÇÕES

✓ Toda ilustração deverá ter uma identificação, isto é, o tipo da ilustração


(quadro, fotografia, desenho, fluxograma, organograma, mapa, gráfico, entre outros),
o número de acordo com a ordem de apresentação no texto e o título. Sendo que este
deverá ser explicativo e sucinto. Deverá ter também uma referência.

Exemplo:

Figura: 01 - Torno convencional (Quazar CQ 6236 / 1000mm)

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Fonte: https://www.logismarket.ind.br (2020)

Esta identificação dos elementos devem ser posicionados acima da imagem.


Já as referências serão postas na parte inferior. Identificando a fonte da ilustração
(mesmo que ela seja de autoria própria) usando a seguinte formatação: fonte tamanho
10; estilo regular; espaçamento simples.

EXERCÍCIOS

24. Do que se trata as considerações finais, por que esta etapa é tão importante para
seu relatório.
______________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
_______________________________________________

25. Quais são as partes que compõem os elementos pós textuais.


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___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
_______________________________________________

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CAPÍTULO 12

GRAMÁTICA DA LÍNGUA PORTUGUESA

ANÁLISE LINGUÍSTICA E SEMIÓTICA: USO DA VÍRGULA

Na antiguidade, um imperador estava indignado com a população de uma


cidade, sem dúvidas, por motivos políticos. O governador, então, passa-lhe um
telegrama:
- Devo fazer fogo ou poupar a cidade?
A resposta do monarca foi:
- Fogo, não poupe a cidade!
O telegrafista trocou a posição da vírgula. E a resposta ficou assim:
- Fogo não, poupe a cidade!
Assim a cidade foi poupada.

Você já percebeu sobre o que irá ser tratado neste capítulo, correto?
Sim, vamos tratar desta pontuação que é uma das mais, senão a mais
importante na língua portuguesa. Quantas vezes já ouviu-se falar que a vírgula é uma
pausa na fala, Entretanto, não é tão simples assim, até porque, cada indivíduo tem
pausas diferentes na fala. A colocação da vírgula corretamente em um texto está
relacionada ao seu domínio da gramática da língua portuguesa. Saber pontuar
corretamente um texto é imprescindível para que haja uma comunicação eficiente,
visto que cada vez mais a escrita está sendo utilizada, seja para troca de e-mails,
produção de relatórios, trabalhos escolares, entre outros, bem como para sua carreira
profissional.
Afinal, independente do tipo de escrita é necessário ter domínio da vírgula para
não seja cometido erros de interpretação na hora da leitura, considerando que a falta
de clareza na escrita gera conflito desnecessário. Veja o exemplo abaixo.

Não quero o trabalho agora!


Não, quero o trabalho agora!

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Na primeira oração a informação é que não precisa entregar o trabalho naquele


momento.
Já no segundo caso o significado é o oposto, isto é, o trabalho é para ser
entregue naquele instante. Percebeu que a vírgula quando colocada errada ou a falta
dela pode alterar completamente o sentido do que se quer comunicar. Logo, já deve
ter percebido que para uma produção textual possa ter sentido existem alguns
elementos coesivos, sendo a vírgula um deles. De nada vale ter uma boa
conversação, se quando for escrevê-la não souber utilizar esses elementos.
Primeiramente, vamos entender como a vírgula é conceituada. De acordo com
dicionários de língua portuguesa há duas definições para ela, do modo gramatical e
de modo informal:

vír·gu·la:
1 GRAMÁTICA - Sinal gráfico de pontuação (,) utilizado na escrita, entre
palavras ou frases encadeadas, como indicação de uma pausa rápida: “Não posso
estar fazendo frases nem cuidando de vírgulas e de pontos num momento como este,
no fundo deste fosso escuro” (Z4).
2 COLOQUIAL - Expressão indicativa de uma negação ou uma restrição ao que
foi mencionado numa escrita ou oralmente: Moço educado, vírgula… nem pediu
licença para se levantar da mesa.
Diante disso, vamos entender como e quando é necessária a utilização da
vírgula na escrita. Vamos às explicações?

ONDE O USO DA VÍRGULA É OBRIGATÓRIO!

1) Sempre que deseja-se separar topônimos (nomes próprios de lugar)


seguinte data. Veja:

✓ Joinville, 10 de agosto de 2020.

2) Quando for listar elementos e separar termos utilize a vírgula para


separá-la para que não cause mal entendidos. Veja:
✓ João Maria e Ricardo foram almoçar.
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Quantas pessoas foram almoçar? (Sem a vírgula entende-se que duas pessoas
foram almoçar).
✓ João, Maria e Ricardo foram almoçar.
Quantas pessoas foram almoçar? (Com a adição da vírgula entre João e Maria,
três pessoas foram almoçar).
Observou como uma vírgula pode mudar uma ideia. Notou que não houve a
necessidade de colocar vírgula para separar “Maria e Ricardo", pois eles são
separados pelo conectivo “e”. Então, em regra, não se coloca vírgula antes do
conectivo “e”. Todavia, existe exceção que trataremos mais à frente.

3) Separar palavras com sentido explicativo, continuativas ou corretivas:


Ou seja, isto é, quer dizer, por exemplo, aliás, entre outros.
✓ "Este safio pesa dois quilogramas, ou seja, dois mil gramas."'

4) Explicações quando colocadas em meio a frase devem ser colocadas


entre vírgulas, haja vista que há uma quebra de pensamento, ou seja, quando estiver
adjunto adverbial antecipado ou intercalado. Veja:
✓ Ontem, ganhei muitos presentes. (Ontem: Adjunto adverbial indicando
tempo antecipado).
✓ Ganhei muitos presentes ontem. (Ordem direta da frase).
✓ O aluno, rapidamente, saiu da sala. (rapidamente: Adjunto adverbial de
modo intercalado).
✓ O aluno saiu da sala rapidamente. (Ordem direta)

5) Separar o aposto na frase. Veja:


✓ Priscila, estudante muito dedicada, conseguiu notas altas nas provas
(aposto explicativo).
✓ Nem distância, nem tempo, nem discussões, nada separa aquela dupla
de amigos. (aposto resumidor).
✓ Comprei tudo que estava na lista de compras: arroz, tomate, abobrinha
e requeijão. (aposto enumerativo).

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6) Separar o vocativo do restante da frase.


(vocativo vem do latim: chamar, invocar. Serve para chamar alguém). Veja:

✓ Boa tarde, Renata, como está?

✓ Onde você está, Joana?


✓ Meu Deus, como é bom viver!

✓ Como é bom viver, meu Deus!


✓ Aurora, em que cidade está morando?

✓ Em que cidade em que cidade está morando, Aurora.

7) Quando antecede conjunções que dão ideia de alternâncias, explicações,


adversidade e conclusão.
✓ Conseguiu reaver o relógio, contudo o aparelho estava quebrado.
(adversidade).
✓ Não entendo aquele garoto! Ora é simpático, ora é insuportável! (ideia
de alternâncias).
✓ Não esperem por mim, pois estou trabalhando. (ideia de explicação).
✓ Estou muito atrasada, portanto não espere por mim. (ideia de
conclusão).

8) Quando no início da frase vier expressões deslocadas de modo, tempo e


lugar, use a vírgula para separá-los dos elementos seguintes. Veja:.
✓ Lá fora, está um breu.
A Expressão “lá fora” que indica o lugar está deslocada para o início da frase”.
Entretanto, se vier na ordem direta não há necessidade de usar a vírgula.
✓ Está um breu lá fora. A frase está na ordem direta.

✓ No dia seguinte, acordei bem cedo.


A Expressão “No dia seguinte” que indica o tempo está deslocada para o início
da frase”.
Entretanto, se vier na ordem direta também não há necessidade de usar a
vírgula.
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✓ Acordei bem cedo no dia seguinte.

9) Antes do conectivo “e.


✓ Já são dez horas, e (=mas ) a reunião ainda não terminou.

✓ Os funcionários reclamavam, e a direção atendeu.


✓ Os trabalhadores se reuniram, discutiram, e decidiram como agir.

✓ Chegou, e viu, e lutou, e venceu finalmente.

Observação: Em regra não se coloca vírgula antes do conectivo “e”, entretanto,


há caso em que a vírgula pode ser colocada antes dele, que é quando a frase posterior
fala de uma pessoa, coisa, ou objeto (sujeito) diferente da que vem antes dele.

ONDE O USO DA VÍRGULA É FACULTATIVO!

Da mesma forma que o bom uso da vírgula é importante para a compreensão


de um texto, quando ela é colocada de maneira equivocada afeta a legibilidade dele.
Assim sendo, vamos abordar onde a vírgula é facultativa e onde ela é proibida.

1) Uso facultativo da vírgula

Existem casos em que o uso da vírgula é facultativo, isto é, vai depender do


sentido, da ênfase e do ritmo que você quer dar a frase. veja alguns momentos em
que ela pode ser usada ou não e a frase não perderá sua coerência.

✓ ( )Depois vamos sair para jantar.


✓ Depois, vamos sair para jantar.

✓ Geralmente gosto de almoçar naquele restaurante.


✓ Geralmente, gosto de almoçar naquele restaurante.

ONDE O USO DA VÍRGULA É PROIBIDO!

➢ Para separar o sujeito do predicado


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✓ A pequena criança contou a novidade com alegria no olhar. (errado).


✓ A pequena criança contou a novidade com alegria no olhar. (correto).

✓ João, gosta de comer batatas. (errado).


✓ João gosta de comer batatas. (correto).

➢ Separar o verbo de seu complemento

✓ Joana vendeu sua casa.


✓ Verbo: “vendeu” - Complemento Verbal: “sua casa”.

Por fim, entenda que o domínio das regras gramaticais da língua portuguesa é
um processo contínuo na sua trajetória de estudos, isso significa que sempre é o
momento de retomar os assuntos gramaticais a fim de aprimorar sua escrita.

EXERCÍCIOS

26. Assinale a frase em que a vírgula está empregada corretamente:

a) ora, ríamos ora, chorávamos;


b) a parede da casa era, branquinha branquinha;
c) Paulo diga-me, o que sabe a respeito do caso;
d) João, o advogado, comprou, ontem, uma casa.

27. A vírgula está empregada corretamente na seguinte frase:

a) Nem sempre, as tarefas obrigatórias deixam de ser, ainda assim


prazerosas.
b) Quando ela não nos dá prazer, por obrigatória, ficará da leitura,
provavelmente, algum rancor.
c) Ainda que você não goste, do início de um livro, insista, pois quem sabe
assim, algo se revele.
d) Embora ele relute, em ler romances, tem imaginação suficiente, para vir
a gostar deles.
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28. Exercício 6: (UFPR 2009):

A VÍRGULA

A vírgula pode ser uma pausa. Ou não.


Não, espere.
Não espere.

A vírgula pode criar heróis.


Isso só, ele resolve.
Isso, só ele resolve.

Ela pode forçar o que você não quer.


Aceito, obrigado.
Aceito obrigado.

Pode acusar a pessoa errada.


Esse, juiz, é corrupto.
Esse juiz é corrupto.

A vírgula pode mudar uma opinião.


Não quero ler.
Não, quero ler.

(Anúncio publicado na revista Veja, 9 abr. 2008.)

Sobre esse anúncio, considere as seguintes afirmativas:

1. No segundo conjunto de frases, a ideia de heroísmo é veiculada pela primeira


frase.
2. Na frase “Não, espere”, a vírgula é usada para indicar que a leitura deve ser
feita pausadamente, com ênfase em cada palavra.
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3. Nas frases “Não, espere” e “Não, quero ler” a negação não incide sobre o
conteúdo dos verbos “esperar” e “querer”, mas sobre outros conteúdos, que
permanecem implícitos.

Assinale a alternativa correta.

a) Somente as afirmativas 1 e 2 são verdadeiras.


b) Somente as afirmativas 2 e 3 são verdadeiras.
c) Somente as afirmativas 1 e 3 são verdadeiras.
d) São todas afirmativas verdadeiras.

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CAPÍTULO 13

CRASE

Nesta aula, nosso objetivo é desmistificar o uso de um recurso muito utilizado


na produção escrita em Língua Portuguesa: A Crase. Normalmente, as dúvidas ao
utilizá-lo são frequentes. Você sabia que CRASE não é acento?

Figura 1 - Crase

Fonte: http://portaldoprofessor.mec.gov.br

Define-se como crase a fusão da preposição a com o artigo definido feminino


a/as

REGRA PRÁTICA GERAL

Para que você tenha certeza do uso da crase, substitua a palavra antes da
qual aparecerá ou não a crase por um vocábulo masculino (não há necessidade de
se utilizar sinônimo, só deve ser da mesma classe morfológica). Se, ao trocar o
vocábulo por um masculino, você observar que para completar a frase o “a”
transformou-se em “ao” ou “aos”, existe crase; do contrário não.
Exemplo: Vou ao escritório.
Vou a + o escritório.

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OUTRAS REGRAS DO USO DA CRASE

Crase nas Locuções adverbiais femininas.

✓ Trabalho à noite.
✓ A colheita começará às seis horas da manhã.

✓ Estou à disposição.
✓ O patrão estará à porta de sua casa.

✓ Às vezes, acompanho a ordenha.

➢ Nome de lugar: antes de nomes de lugar esse o termo anterior pedir a


preposição “a” e o lugar pedir o artigo “a”.
✓ Vou a Brasília. = Brasília não pede artigo “a”. Exemplo: Venho de
Brasília.
✓ Vou à Bahia. = Bahia pede o artigo “a”
✓ Venho da Bahia. Vou à Bahia.

➢ Crase e pronome demonstrativo “aquela” e “aquele”.

✓ Fiz referência àquele processo.


✓ Fiz referência àquela decisão.

➢ Crase e pronome relativo “a qual” e "às quais"

✓ A revista à qual me refiro sumiu.


✓ As leis às quais nos submetemos são justas.

➢ Crase na manutenção do paralelismo em construções coordenadas.

✓ De 8h a 10h. (não há crase);


✓ Das 8h às 10h. (há crase).

✓ De segunda a sexta. (não há crase);


✓ Da segunda à sexta. (há crase).
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✓ O direito a remuneração e a trabalho;


✓ O direito à remuneração e ao trabalho.

CASOS EM QUE NÃO OCORREM CRASE

➢ Antes de verbo
Não se usa crase diante de verbos, já que esta é uma classe morfológica
masculina e, se utilizarmos artigo diante dos verbos, transformamo-los em
substantivos masculinos.
✓ Andar faz bem. O andar da moça é elegante.

✓ Ela ficou a chorar.

➢ Antes de pronomes em geral


✓ Contei a ela. Refiro-me a quem chegou;

✓ Devido a ocorrências (Quanto às situações);


✓ Quanto a situações(expensas do contribuinte).

➢ Antes de termos masculinos em geral

✓ Contei a Pedro. Refiro-me ao menino.


Não se usa crase diante de palavras masculinas, já que estas exigem artigos
masculinos.
Exceção: Quando se subentende a expressão “à moda de”: Vestia-se à Luiz
XV.: Vestia-se à Luiz XV.

➢ Antes da palavra casa sem estar especificada


✓ Cheguei a casa cedo.
OBS. Cheguei à casa de meu irmão. Ocorre a crase porque o termo está
especificado

➢ Antes do pronome de tratamento.

✓ O documento foi enviado a Vossa Excelência.


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✓ A Sua Excelência o senhor Fulano de Tal.

➢ Antes da palavra “terra” no sentido de chão.


✓ Os marinheiros chegaram a terra.
OBS. Os astronautas chegaram à Terra. = Ocorre a crase porque o termo indica
planeta

➢ Expressão com palavras repetidas


✓ Não se usa crase no meio de substantivos repetidos porque só há
necessidade da colocação da preposição.
★ Ficou cara a cara com o bandido.

★ A dor escorria gota a gota.


★ Cara a cara. Frente a frente. Gota a gota.

➢ Antes de palavras no plural e “a” anterior no singular.

✓ Não daremos ouvidos a reclamações

➢ Pronomes que não possam ser precedidos do artigo definido feminino,


inclusive os de tratamento.
✓ Trouxe dúvidas a ela. (Você também pode fazer a transformação para o
masculino e notar que só há, realmente, a presença da preposição). Trouxe dúvidas
a ele.

➢ Não se usa crase diante de nomes de cidades, estados ou países que


não aceitem o artigo definido feminino.
✓ Chegou a Belém. Voltou de Belém.
✓ Trouxe presentes de Belém para mim. Isso é diferente de: Veio à Bahia
a passeio.
✓ Trouxe presentes da Bahia. Nasceu na Bahia.

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➢ Palavra feminina quando dotada de sentido genérico.


✓ Não se usa crase quando a palavra feminina for dotada de sentido
genérico, for nome de SANTA ou CELEBRIDADE HISTÓRICA.
✓ Recorreu a Nossa Senhora Auxiliadora.
CASOS EM QUE A CRASE É FACULTATIVA

➢ Existem três casos específicos em que a crase é facultativa


✓ Nomes de mulheres
● Refiro-me a/à Paula; Comuniquei a/à Denise.

OBS. Quando o nome aparecer determinado por uma qualidade ou


característica, o artigo será obrigatório. exemplo: Falei o assunto à Denise, minha
irmã.
Quando o nome aparecer determinado por sobrenome, preferencialmente não
use o artigo Exemplo: O texto fazia alusão a Paula Alves.

➢ Pronomes possessivos adjetivos


✓ Refiro-me a/à minha secretária.

✓ Entreguei o presente a/à minha melhor amiga.

➢ após a preposição ”Até”


Não se usa crase quando já existe outra preposição, a não ser no caso da
preposição ATÉ. Estava perante a lei. A festa foi até às / as nove horas.
✓ Vou até a diretoria. = Preposição.

✓ Vou até à diretoria. = Expressão denotativa de inclusão, no sentido de


“inclusive”.

RESUMO
Crase: fusão da preposição a com o artigo definido feminino a/as. Portanto, não
se usa a com acento grave antes de palavras masculinas. Você pode complementar

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seus estudos pesquisando sobre crase em: http://www.brasilescola.com/


gramatica/crase.htm.
EXERCÍCIOS

1. Indique quais frases a seguir devem receber crase.


1) Vou a São Paulo.
2) Estou a disposição.
3) Contei tudo a você.
4) Todos estavam a trabalhar.
5) Refiro-me a novela.
6) Pedi a ele um favor.
7) Informei a diretoria tudo.
8) Irei a fazenda ainda hoje.
9) Devemos ter acesso a merenda escolar.

29. Indique se a placa a seguir está correta ou incorreta em relação ao uso da crase.

Figura 1 - Crase

Fonte: http://g1.globo.com/educacao

a) Correta.
b) Incorreta.

3. O uso do sinal indicativo da crase está corretamente empregado em:


a) A criança gosta de responder à tudo o que lhe perguntam.
b) O pomar se estendia à perder de vista.
c) O jornalista entregou o artigo à diretora.
d) Ele começou à nadar por recomendação médica.
e) Daqui à uma semana o inventor dará uma palestra.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Elizabeth Penzlien. Metodologia científica. Indaial. Uniasselvi. 2013.

BUNDE, Mateus. Compreensão Textual. Estudo. Disponível em:


https://www.todoestudo.com.br/portugues. Acesso em: 29 de July de 2020.

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Acesso em 01 de maio de 2020.

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https://fazercurriculolattes.com. Acesso em 12 de agosto de 2019

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http://www.ifcursos.com.br/sistema/admin/arquivos/15-52-04-
ap0stilap0rtuguesinstrumental.pdf. Acesso em 10 de abril de 2020.

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em:<http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/2010/artigos_teses/FILO
SOFIA/Artigos/diversos_tipos_conhecimento.pdf.>. Acesso em 20/05/2016.

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https://brasilescola.uol.com.br/quimica/metodo-cientifico.htm. Acesso em 26 de
janeiro de 2021.

DIANA, Juliana Diana. Conhecimento empírico, científico, filosófico e teológico.


Disponível em: https://www.diferenca.com. Acesso em 13 de agosto de 2020.

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de agosto de 2020.

YAMAMOTO, Karina. No Brasil, apenas 8% têm plenas condições de compreender e


se expressar. 2016 Disponível em: https://educacao.uol.com.br. Acesso em 02 de
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LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Maria de A. Metodologia do Trabalho científico. 4.


ed. São Paulo: Atlas, 1991.

MENEZES, Pedro. Senso Comum. Disponível em:


https://www.todamateria.com.br/autor/pedro-menezes. Acesso em 20 de novembro
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MOUTINHO. Wilson Teixeira. Elementos da Comunicação. Disponível:


https://www.coladaweb.com/portugues/elementos-da-comunicacao. Acesso em 10 de
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TAMEIRÃO, Nathália. Como estabelecer uma comunicação empresarial. Disponível:


https://www.passeidireto.com/arquivo/42052270/1518799093-comunicacao-
empresarial-1. Acesso em: 10 de abril de 2020.

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