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Tema 1 - Política Social no contexto das políticas públicas

• Compreender a natureza e o âmbito da Política Social, com a diversidade de conceções que lhe
correspondem, enquanto área das políticas públicas que caracteriza a actuação dos modernos
Estados-providência;
• Identificar as finalidades e os objetivos da Política Social nos Estados-providência modernos, a
forma como a sua atuação corresponde aos direitos sociais que consagram, bem como os
aspetos organizativos destes Estados tendo em vista assegurar a sua realização;
• Compreender o que significa “analisar política social”, com atenção aos elementos
fundamentais e aos princípios metodológicos que devem ser respeitados nessa análise;
• Analisar políticas sociais ou medidas de política social, no contexto português, europeu ou
internacional.

Política social é entendida como a actuação das políticas publicas dirigidas à promoção e garantia do bem
estar, confundindo-se com a actuação, com finalidades sociais, do Estado Social ou, como costuma ser
designado em Portugal, do Estado-providência. (Pag 12)

Política social vai ser então entendida como a área de actuação das políticas publicas, com finalidades
sociais. (Pag 12)

Política social é um conceito usado para descrever actuações dirigidas à promoção do bem-estar; mas é
também o termo usado para designar o estudo, em termos académicos, dessas actuações. (Pag 12)

1.1 – O que são políticas públicas (Pag 13)

Políticas públicas são um conjunto de ações interrelacionadas tomadas por um ator ou atores políticos,
respeitante à escolha de objetivos e meios para os alcançar dentro do âmbito das suas competências.

Caraterização de política pública, três aspetos fundamentais: (Pag 13)


• É um conjunto de decisões e não uma decisão isolada, descontextualizada de um conjunto
alargado e consistente de decisões.
• Envolver atores políticos nessas decisões.
• Essas decisões consistem em identificar objetivos a alcançar e escolher os meios que no âmbito
do poder que têm, podem ser utilizados tendo em vista alcançar esses objetivos.

A política social insere-se nas políticas públicas dos Estado-providência modernos, atribuindo assim um
carater social às políticas públicas.

Para identificar uma política pública e proceder à sua caraterização de base, devemos ter em conta dois
aspetos fundamentais:
• A sua substância (o que política faz).
• O seu processo (como a política é feita).

Para distinguir uma política de outra, temos que ter em conta vários aspetos:
• Identificar as finalidades que cada uma delas (políticas) pretende atingir (ex. cuidados de saúde
para todos).
• Quais os objetivos que pretendem prosseguir, (ex. reduzir tempos de espera nas consultas de
especialidade)
• Quantificar os objetivos (se for possível), ou seja, qual o valor fixado para as metas (valores
quantificados para esses objetivos).
• Quais os instrumentos (meios) utilizados para alcançar esses objetivos, (ex. construir novos
hospitais).
1.2 - Políticas públicas e o papel do Estado (Pag14)

Pode-se considerar que uma política publica (policy) é o resultado de um sistema político (political
system) que funciona num certo contexto (environment). E esse “funcionamento” consiste na utilização
deliberada de meios para alcançar finalidades desejadas, nesse contexto, num dado horizonte temporal.
(pag 14).

A política é uma forma de manipulação de meios para alcançar finalidades desejadas. Para tal é necessário
poder.

O Poder é a possibilidade de uma pessoa, ou grupo de pessoas, realizar a sua vontade através de uma
actuação social, mesmo contra a resistência de outros que participem na actuação (Pag 15)

O poder de uma pessoa, de uma instituição ou de um grupo, quando legitimado, traduz-se no exercício
de autoridade nessa sociedade.

Existem 3 factores de legitimação de autoridade numa sociedade:


• Base racional-legal – o exercício da autoridade assenta num conjunto de regras aceites nessa
sociedade
• Tradicional – com bse em tradições antigas, que surgem nessa sociedade , como se de uma
ordem natural se tratasse
• Carismática – resultados das características de forte personalidade de quem exerce esse poder

O Estado (governo ou outras instituições) têm a sua legitimidade assente numa base racional-legal. É esta
a base da legitimidade do Estado-providencia.

Existem várias teorias, ou modelos, explicativos do exercício do poder e do papel do Estado (pag 16):
• Teoria pluralista: o poder numa sociedade é disperso pelos cidadãos. Existem na sociedade
partidos políticos, sindicatos, lobbies, mas nenhum é dominante, não sendo portanto, possível
prever o resultado das discussões sobre as alternativas politicas (exemplo democracias
modernas)
• Teoria das elites: existem na sociedade elites económicas, profissionais, culturais, etc, que
exercem influencia política decisiva, para que sejam tomadas decisões na área e no contexto
onde detêm o poder
• Teoria corporativista: os poderes encontram.se organizados segundo áreas de interesse
profissional ou sectorial (p.ex. ordens profissionais ou associação de industriais). A representação
dos interesses pode estar inserida na discussão e decisão política, podendo até ser essencial em
processos de consulta ou negociação.

Nenhuma destas teorias explica por si só os processos de tomada de decisões

1.3 – Um modelo de descrição sistémica do processo político (Pag18)

Uma política pública traduz-se numa actuação em que, a partir de alguma necessidade diagnosticada, se
utilizam meios a que se pode ter acesso, contacto para esse efeito como conjunto dos apoios necessários
para essa actuação. - Inputs
Ou seja, os inputs são o conjunto das necessidades, meios e apoios

O resultado desta implementação será o output da mesma. É através destes outputs que nos será
permitido fazer a comparação, com o que foi proposto e fixado como objectivo, com o que está a ser feito.

Uma política é avaliada, tendo em conta a comparação entre metas e resultados (eficácia) e entre os
meios e resultados (eficiência).

Para alem desta avaliação dos outputs (o que “a politica faz”), é importante também fazermos uma
avaliação das policy outcomes ou impacto da politica (o que “a politica provoca”), ou seja o que não foi
considerado como objectivo dessa politica, mas de alguma forma foi consequência da mesma, como que
um dano colateral (positivo ou negativo) (Pag19)

O sistema político divide-se em dois níveis complementares: (Pag20)


• sistema decisional: decide a política, a finalidade da mesma, o que pretendem, os objectivos
e suas metas, actuando através de instrumentos (meios financeiros, meios técnicos e meios
humanos).
• Rede organizacional: os serviços que executam a política decidida, sejam eles serviços
públicos, hospitais, escolas, ou entidades privadas estabelecendo acordos com o Estado

1.4 – As finalidades da Política Social: (Pag21)

A política social distingue-se de outras áreas de atuação das políticas públicas pelo facto de prosseguir a
finalidade de garantir e promover o bem-estar (welfare) na sociedade.

Garantir o bem-estar tem um significado (imediato) de satisfazer necessidades (deve ter-se uma conceção
lata e não estrita de necessidades).

Estas podem ser necessidades sentidas (ex. pobreza envergonhada), ou podem significar necessidades
não sentidas que ocorrem quando os decisores políticos decidem sobre uma determinada forma de
atuação em nome de algum princípio de justiça social, ou alguma apreciação que seja feita sobre a
sociedade no seu conjunto. (Pag22)

Pode ocorrer também uma necessidade de natureza normativa que são o resultado de uma avaliação
tendo como referência alguma norma social e com implicações políticas, e ocorrem quando, o decisor
político têm a perceção da necessidade distinta da do próprio individuo sobre quem a política atua, isto
significa entender o conceito de necessidade como construção social, relativa à sociedade.

O Estado-Providência veio, no séc. XX, acrescentar os direitos sociais ao conjunto dos direitos civis e
políticos, constituindo-se uma trilogia de direitos que consagra a cidadania social caraterística do Estado-
Providência. Garantir e promover o bem-estar social é, nesse sentido, idêntico a garantir a realização dos
direitos sociais e promover o seu alargamento.

Os direitos sociais têm uma natureza distinta dos direitos civis e políticos, enquanto estes têm a natureza
de direitos-liberdade, os direitos sociais têm a natureza de direitos-crédito, geram obrigações sociais
em termos de reafectação de recursos económicos tendo em vista a sua realização.

A política social visa a realização de direitos sociais, obrigando a sociedade a um esforço coletivo para a
sua realização.

A não satisfação de necessidades pode ter uma natureza social relacionada com o funcionamento da
sociedade, (ex. fatores demográficos, ritmo de crescimento da economia, alterações no sistema de
emprego, etc).

Outra dimensão do bem-estar relevante para se compreender a substância da política social é o facto de
as avaliações do bem-estar constituírem perceções coletivas que a sociedade faz desse bem-estar, em
termos de normas sociais (consagrada em direitos) que a sociedade assume e aceita realizar social e
politicamente.

Entende-se então a política social como a forma de atuação das políticas públicas com a finalidade de
promover e garantir o bem-estar social, através da consagração de direitos sociais e das condições
necessárias à sua realização na sociedade.
1.5 – Objetivos e domínios de atuação da política social: (pag23)

Política Social atua sobre a realidade social através de um conjunto de instrumentos para alcançar
fundamentalmente os seguintes objetivos:
• redistribuição de recursos;
• gestão de riscos sociais;
• promoção da inclusão social;

Redistribuição (pag24 e 25)


A dimensão redistributiva tem lugar em dois sentidos, ou em duas dimensões, por um lado na produção
de bens e serviços destinados à satisfação de necessidades que são normas sociais consagradas como
direito (a garantia dos direitos à educação, saúde, segurança, etc.); por outro lado a dimensão distributiva
no seu financiamento, como os recursos devem ser redistribuídos por forma a garantir que essa produção
se possa realizar. A necessidade de provisão na natureza do direito (social) tem também fundamentação
nas razões de equidade: equidade horizontal onde a natureza universal dos direitos significa que todos
os cidadãos que se encontrem nas mesmas circunstâncias tenham um tratamento adequadamente igual;
a equidade vertical apresenta-se na forma como os custos são repartidos de forma diferente (contribui
mais ou menos), para quem se encontra em diferentes circunstâncias (ex. níveis diferentes de
rendimentos), ex. disto é a progressividade fiscal.

Gestão de riscos sociais (pag 25)


A gestão dos riscos sociais é um conjunto de formas de atuação que visa precaver os efeitos negativos
sobre os direitos, onde, a ocorrência de fatos contingentes, podem originar a não realização de direitos
sociais, uma obrigação da sociedade que elegeu estes direitos na sociedade e assume a responsabilidade
pela sua realização. Ex.: segurança social, assume a gestão de riscos sociais como desemprego, doença,
invalidez, maternidade, etc.

Promoção da inclusão social (Pag26)


Um desafio na articulação da política social, pois a sua natureza complexa (e ainda mal definida) destes
direitos torna difícil categorizar os objetivos de promoção da inclusão social e identificar os instrumentos
de política que se lhes dirigem. Na sociedade moderna a exclusão social tem origem económica e social,
no sentido anglo-saxónico o conceito de exclusão social significa a não realização da cidadania, já as linhas
seguidas por sociólogos franceses encaram a exclusão como um processo social e materializada m forma
de corte de laços sociais que deveriam ligar os cidadãos entre si e as instituições sociais, designadamente
o mercado de trabalho.

1.6 – Aspetos organizativos da Política Social: (Pag27)

O Estado-Providência originou-se no pós-guerra na Europa, a designação dos big-five com o propósito de


intervenção social do Estado centra-se nas seguintes áreas: educação, saúde, habitação, segurança social
e ação social. Confinando as políticas públicas nessas áreas, pretendia-se que atingindo os objetivos
enunciados alcançasse o bem-estar através da realização dos direitos sociais que constituem um contrato
social firmado pela sociedade, e visível nos seus princípios constitucionais.

O Estado tem diferentes formas de atuação nas atividades de produção de bens e serviços, que visam
garantir a realização de direitos sociais, umas vezes é um agente produtor fornecendo gratuitamente, ou
a um preço que não reflete o custo de sua produção, assegurando por exemplo serviços de Educação e
Saúde. Outras vezes o Estado delega esses serviços aos produtores privados, ficando o Estado responsável
pela subsidiação e regulação desses serviços.

Na complexidade da sociedade moderna se vão identificando direitos com características específicas de


alguns grupos da população, algumas categorias de problemas ou riscos sociais, designadas políticas
sociais categoriais. Encontramos exemplos dessas políticas concebidas e realizadas face a direitos sociais
que a CRP estabelece para a família, mulheres, infância e juventude, terceira idade, imigrantes e minorias
étnicas, etc.; são políticas sociais de natureza transversal, que envolvem as várias dimensões dos direitos
universais que encontramos em algum grupo populacional ou risco social específico. Uma terceira forma
de organização política social sendo transversal a vários grupos populacionais e não sendo específico a
nenhum deles são as políticas globais, não centrando em nenhum grupo específico, mas por exemplo,
num âmbito nacional (ou regional/local) de atuação, abrangendo todos os grupos sociais nessa sociedade.
Ex.: num âmbito local, à pobreza ou à exclusão social (projetos de luta contra a pobreza).

1.7 – Diversidade de concepções de Política Social: (Pag31)

Conceito de política social encontra diferentes conceções entre os vários países europeus:
• Conceção centrada na promoção dos interesses da sociedade no seu conjunto.
• Conceção em que os objetivos se orientam para a proteção do bem-estar dos indivíduos
membros de sociedades.
• Conceções intermédias entre estas.

Contornos da política social enquanto objeto de estudo, ideias fundamentais:


• A política social não se dirige necessariamente, de forma prioritária, à promoção do bem-estar
individual, mas sim ao bem-estar social.
• A essência da política social é a produção e distribuição social de bem-estar de forma
equitativa, assentando em conceitos como cidadania, justiça.
• A política social não se identifica apenas com a atuação do Estado na produção e distribuição
do bem-estar, sendo antes o resultado de todas as instituições sociais e grupos na sociedade
(“triângulo de bem-estar”, entre Estado-mercado-sociedade civil).
• Encarar a avaliação da política social em termos de grupos sociais, não só em termos de “quem
beneficia e quem contribui” para a provisão do bem-estar, mas igualmente em termos de
estratificação social que a política social tende a consolidar ou alterar.

1.8 – O estudo de política social – Algumas opções teóricas (Pag35)

A dimensão social tem uma contribuição significativa da teoria económica, atendendo que os fenómenos
económicos revelam esta dimensão social apresentada pelos fenómenos sociais.

No que respeita ao domínio dos valores presentes na formulação e avaliação da política social, as questões
relativas à desigualdade na repartição dos rendimentos e da pobreza só podem ser estudadas com base
nos importantes contributos que a teoria económica tem dado relativamente a estas matérias.

O estudo da política social engloba o estudo de coordenação de estratégias e políticas, mas não se
confunde com a política económica e com o planeamento, em termos de objetivos, enfoque analítico, no
tipo de alcance das atuações que envolve e dos instrumentos usados e nas formas organizativas
requeridas.

A política social envolve uma atuação em que são utilizados instrumentos específicos, segundo lógicas de
organização próprias (políticas universais, categoriais, globais) envolvendo como atores sociais não só o
estado, como também o setor privado com fins lucrativos e as associações sem fins lucrativos.

1.9 – Análise da Política Social:

1.10 – Aspetos metodológicos da análise da Política Social


Tema 2 - As origens e evolução do Estado-Providência

• Compreender o conceito de Estado-providência (welfare state) e identificar, na delimitação do


seu conteúdo, a atualidade deste conceito para compreender as finalidades e os objetivos da
Política Social nos Estados modernos;
• Conhecer as origens do Estado-providência, a natureza das primeiras medidas de proteção
social e o seu desenvolvimento a todo o mundo contemporâneo, identificando os principais
marcos históricos nesse desenvolvimento;
• Identificar as principais fases da construção do Estado-providência em Portugal e relacionar
essa evolução com a própria evolução das medidas de políticas tomadas no resto da Europa,
sabendo enquadrá-las temporalmente nesse processo;
• Conhecer os principais traços característicos das trajetórias de crescimento da dimensão do
Estado-providência, na Europa e no resto do mundo;
• Conhecer algumas das ideias recentes sobre a redução (retrenchment) do Estado-providência e
respetivas perspetivas teóricas

2.1 Estado -Providencia: uma (primeira) delimitação conceptual


2.2 Origens do Estado-providência: a criação das primeiras medidas
2.3 Expansão do Estado-providência: a difusão das medidas sociais
2.4 O Estado-providência em Portugal: uma digressão histórica
2.5 Trajectórias de crescimento do Estado-Providência no pós-guerra
2.6 Políticas de redução (“retrenchment”) do Estado-Providência

Tema 3 - Pluralidade dos atores no Estado-Providência: o welfare-mix

• Conhecer a variedade de entidades que constituem a oferta de bens e serviços que garantem a
provisão de bem-estar nas sociedades modernas e que sustentam o que se pode designar por
pluralismo providencial (welfare pluralism), compreendendo como as suas ações se
complementam nessa função e as justificações teóricas desta forma mista de prover o bem-
estar social;
• Distinguir os três sectores de provisão do bem-estar (Mercado, Estado e Terceiro Sector) e
caracterizá-los relativamente ao seu papel para a Política Social;
• Conhecer diferentes conceções do Terceiro Sector presentes em diferentes contextos
sociopolíticos, a sua dimensão económica e a importância relativa das diversas funções sociais
que realizam;
• Conhecer a realidade do Terceiro Sector em Portugal, quanto à sua dimensão, funções e
diversidade de formas organizativas.

3.1 “Welfare pluralismo” e o triangulo de bem-estar na actualidade

3.2 Os três sectores da politica social: uma distinção conceptual

3.3 O terceiro-sector da politica social

3.4 Justificações para a actuação do Terceiro Sector

3.5 O terceiro sector em Portugal


Tema 4 - Diversidade de regimes de Estado-Providência

• Compreender a importância das análises comparativas de Política Social, nas suas diferentes
finalidades, e a necessidade de se utilizarem tipologias de Estado-providência adequadas aos
objetivos de análise em que se inserem;
• Conhecer a contribuição de Esping-Andersen no estudo de regimes de Estado-providência e na
construção de uma tipologia desses regimes, compreendendo os fundamentos teóricos em que
assenta essa construção;
• Conhecer algumas das mais importantes contribuições posteriores sobre tipologias do Estado-
providência, compreendendo em que medida, diferentes critérios ou orientações teóricas
podem originar diferentes tipologias;
• Conhecer as características dos Estados-providência nos países do Sul da Europa e
compreender em que medida as tipologias clássicas permitem representar estes países, de
modo a construir uma opinião fundamentada sobre a eventual existência de um modelo
próprio dos Estados-providência do Sul da Europa;
• Conhecer as principais etapas de evolução da dimensão social da construção da União
Europeia, de modo a identificar os principais marcos nessa evolução e os principais
documentos que marcaram essa construção;
• Compreender o significado de “modelo social europeu”, considerando em particular o papel
dos Estados nacionais e o papel das instituições comunitárias na coordenação de políticas;
• Analisar os principais documentos da atual Política Social europeia, reconhecendo a sua
influência na determinação de políticas sociais nacionais, nomeadamente no contexto
português.

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4.1 Análises comparativas de Estado-providência (Pag 100)

Algumas análises comparativas assentam na comparação de “regimes de bem-estar” que engloba as


formas segundo as quais a produção de bem-estar é afetada entre o Estado, mercados e famílias, ao
referirem-se a regimes os especialistas não estão a comparar políticas sociais particulares, ou Estados-
providência específicos, mas antes a comparar as “formas” como essas políticas se encontram
estruturadas, em termos dos princípios presentes na concepção e na organização dessa produção de bem-
estar.
Algumas destas análises têm em vista identificar caraterísticas comuns aos vários Estados-providência por
forma a permitirem entender a natureza dos problemas que defrontam na sustentabilidade da garantia
dos direitos sociais, enfrentando problemas comuns, tais como, envelhecimento, abrandamento
económico, evolução do emprego, os diferentes Estados-providência podem sentir diferentemente o
efeito destes fatores na garantia de provisão do bem-estar, consoante as caraterísticas das instituições
de bem-estar e os princípios em que assentam o seu funcionamento.

Para além de objetivos de diagnóstico das situações sociais e análise de políticas ou de objetivos teóricos
de descrição e compreensão das diferenças das instituições de provisão de bem-estar há também, a
necessidade de sistemas de informação para toda a UE que garanta total comparabilidade entre os vários
Estados membros é particularmente requerida pelo Método Aberto de Coordenação, em que os Estados
acordam entre si um conjunto de objetivos comuns em áreas relevantes da política social.

4.2 Esping-Andersen e os três mundos do capitalismo de bem-estar (Pag103)

Propostas de regimes de Estado-providência:

Titmuss (1974) – segundo este autor haveria três modelos de política social:
• O modelo de Estado de bem-estar residual - segundo o qual a intervenção do estado na
satisfação das necessidades sociais só tem lugar se, e/ou quando, tal não ocorrer através da
família e do mercado, o estado tem um papel de última instância
• Modelo de mérito económico – em que a satisfação das necessidades sociais se faz de acordo
com o mérito e a produtividade do trabalhador, este é um modelo que faz depender a realização
a realização dos direitos sociais dos resultados económicos de cada cidadão.
• Modelo redistributivo institucional – em que o estado assume um papel institucional
de primeira instância na provisão do bem-estar, garantindo a provisão universal do
bem-estar.

Esping-Anderson (1990) – segundo este autor o Estado-providência é um certo tipo de estado


democrático, assente num conjunto de princípios constitutivos, não sendo uma mera adição
de políticas sociais, mas antes um conjunto complexo de dimensões legais e organizacionais
que configuram um sistema, e é nestes termos que deve ser compreendido. Deve ser
entendido como um conjunto complexo de aspetos legais e organizacionais, sistematicamente
interrelacionados, em que é possível identificar princípios subjacentes às formas como o
estado, o mercado e a família se interrelacionam nesse sistema.

Os Estados-providência são construções sociais que resultam da evolução histórica, que originam três
tipos ideais ou modelos de Estado-providência:
• Modelo conservador-corporativo
• Modelo social-democrata
• Modelo liberal

A identificação destas modelos tem por base três critérios:


• Qualidade dos direitos sociais
• Natureza da estratificação social
• Relação entre estado, mercado e família

Desmercadorização:
A razão de ser da política social moderna situa-se no processo pelo qual as necessidades humanas quer a
mão-de-obra se tornam mercadorias e, portanto, o nosso bem-estar ficou dependente da nossa relação
com o dinheiro, estando a satisfação das necessidades dependente da compra de bens e serviços no
mercado, a capacidade de realização de direitos básicos está dependente da distribuição do rendimento.
O potencial de desmercadorização de um programa social é tão mais elevado quanto maior for a taxa de
substituição de rendimento.

Existem diversos tipos de desmercadorização nos países europeus, nas formas como estas atribuem o
direito a transferências sociais.

Os países anglo-saxónicos têm uma tradição assistencialista – que se traduz no fato de o estado intervir
só em última instância.

Nos países com raízes se encontram na tradição dos seguros sociais (Alemanha de Bismark) que apenas
fornecem assistência (reforma, pensões) a quem tiver uma carreira contributiva mínima fixada por lei,
sendo o benefício calculado me função da remuneração do trabalhador.

Nos modernos Estados-providência encontramos outro tipo de transferências com base nos princípios
Beveregiana, em que o acesso aos programas sociais é um direito de cidadania, corresponde ao modelo
redistributivo institucional.

Estratificação social:
Outra dimensão de análise, que permite identificar os princípios distintos entre os diferentes Estados-
providência, é o grau e tipo de estratificação social que consagra, ao observar os diferentes Estados-
providência atuais, Esping-Anderson reconhece existirem três modelos de estratificação:
• Modelo conservador – carateriza-se pelos programas sociais reterem e conservarem, pela forma
como estão concebidos e organizados, as relações de estatuto social existentes na sociedade, na
atualidade existem duas formas de conservadorismo:
• Estatista – carateriza-se pelo sistema proteção social de Bismark no séc.XIX em forma de seguros
sociais e geridos pelas autoridades públicas.
• Corporativismo – carateriza-se pelos princípios mutualistas e de associativismo corporativo.
• Modelo liberal – carateriza-se pelo primado do mercado, e a adesão livre aos seus mecanismos,
como forma de organização da produção do bem-estar, cabendo ao Estado um papel mínimo na
garantia de direitos sociais. A caraterística principal deste modelo e o da garantia, em última
instância, de proteção contra riscos sociais.
• Modelo social-democrata – têm a sua maior adesão nos países nórdicos onde abundam muitos
dos ideais socialistas que se traduzem nos princípios de universalismo popular como extensão e
consolidação dos direitos democráticos.

Relação entre Estado e o mercado:


Aqui a caraterização dos Estados-providência passa pela repartição, entre o setor público e o setor
privado, na proteção social, onde se encontram a existência de três grupos de regimes de pensões:
• Sistemas predominantemente públicos - aqui o elemento de mercado privado é residual.
• Sistemas residuais – aqui o mercado tende a prevalecer.
• Sistemas universalistas – aqui os direitos sociais são garantidos a toda a população.

Os regimes de Estado-providência:
Esping-Anderson conclui que existem três regimes de Estados-providência:
• Regime social-democrata – é constituído por um conjunto de benefícios sociais universais,
generosos e altamente redistributivos, não dependentes de contribuições individuais. A política
social é dirigida à maximização das capacidades de independência individual.
• Regime Liberal – segue os princípios liberais de estratificação social, com uma estrutura dual da
sociedade, sendo os programas sociais em geral pouco redistributivos.
• Regime corporativo – é caraterizado por princípios corporatistas e estatistas de estratificação social,
com benefícios de substituição de rendimentos baseados no estatuto sócio-profissional, tendo
presente a influência

4.3 Variedade de tipologias de Estado-Providência (Pag 110)

Leibfried (1992) – defende a existência de quatro regimes de pobreza que contraponham segundo o
autor a quatro regimes de bem-estar:
• Modelo moderno, do regime escandinavo, com direito ao trabalho e à garantia da provisão de
bem-estar.
• Modelo institucional, do regime bismarkiano, que consagra o direito à segurança social,
estritamente ligado ao mercado de trabalho.
• Modelo residual, próprio do regime anglo-saxónico, que consagra o direito às transferências,
compensador de última instância.
• Modelo rudimentar, característico de um modelo próprio dos países do sul da ueropa, que se
carateriza por não ter direitos sociais plenamente institucionalizados, principalmente aos mínimos
sociais.

Castles & Mitchell (1993) – que questionam que se considerem exclusivamente as transferências sociais
como instrumento redistributivo, havendo mecanismos de regulação das desigualdades do rendimento
ao nível da formação do rendimento primário, que tendo efeitos sobre as desigualdades e a pobreza,
antecipam e tornam menos necessários os mecanismos redistributivos do rendimento disponível.
Estes autores propõem uma classificação com base no peso da despesa, do financiamento por impostos
e o efeito equalizador:
• Liberal - nível de despesas baixo, não dispondo de instrumentos de política social que corrijam
as desigualdades do rendimento. Conservador – elevados níveis de despesa social, com
instrumentos de correção das desigualdades com pouca expressão.
• Hegemonia de não-direita (esquerda política) - existe elevado nível de despesa, dispondo de
instrumentos de correção das desigualdades de rendimento.
• Radical – baixos níveis de despesa social e conseguindo reduzir a desigualdade dos rendimentos
primários.
Korpie & Palme (1998) – estes autores consideram que as diferenças que os Estados-providência
apresentam nestes aspetos institucionais refletem o diferente papel que desempenham na sociedade,
os conflitos entre diferentes grupos de interesse.
Propuseram então os seguintes Estados-providência:
• Segurança básica – as condições de acesso baseiam-se na cidadania ou nas contribuições, em
que o benefício tem natureza uniforme.
• Corporatistas – as condições de acesso baseiam-se na categoria profissional do titular e na
participação na atividade economica, em que o benefício é calculado com base no rendimento
auferido.
• Encompassing – o acesso ao programa baseia-se na cidadania e na participação na atividade
económica, sendo o valor da transferência calculado segundo o princípio do benefício uniforme
• Seletivo – o acesso ao programa depende do exercício da prova de condição de recursos, sendo
o valor da transferência calculado de acordo com o princípio do benefício mínimo.
• Voluntário com subsídio estatal – o acesso baseia-se no princípio de adesão voluntária ao
programa e no valor das contribuições, sendo a transferência social calculada segundo o
benefício uniforme.

Ferrera (1996) a sua construção assenta em quatro critérios de identificação:


• Cobertura de riscos e elegibilidade
• Estrutura dos benefícios
• Mecanismos de financiamento
• Configurações institucionais

A tipologia de Ferrera traduz-se nas seguintes quatro categorias de Estado-providência:


• Escandinávia – em que a proteção social é um direito de cidadania, a cobertura é universal e
todos têm direito às mesmas prestações de base, a receita fiscal desempenha um papel
importante no financiamento das despesas sociais.
• Reino Unido – cobertura da proteção social é muitíssimo inclusiva, embora não completamente
universal (exceto serviços de saúde) e em que assistência social, com prestações sujeita a
condição de recursos têm relevância.
• Europa continental – os benefícios sociais são proporcionais ao salário auferido e o
financiamento assenta nas contribuições, segundo uma lógica de seguro.
• Europa do Sul – com uma forte influência bismarkiana na sua génese, mas apresentando um
grau de desenvolvimento rudimentar.

4.4 A Europa do Sul: realidade ou modelo? (Pag114)

São países que em termos dos seus processos históricos experimentaram regimes autoritários durante
uma parte importante do séc.XX, precisamente durante o período de nascimento e difusão do Estado-
providência na Europa.
A ausência de um movimento operário, durante o período das ditaduras vividas, caraterizam o contexto
político em que as suas instituições de provisão do bem-estar foram criadas e determinaram algumas
das suas caraterísticas.
Em alguns destes países, o desenvolvimento das instituições sociais, ocorreram numa fase de
crescimento económico, sofrendo alguma influência da Igreja Católica e de alguns princípios do
pensamento social da Igreja, levam a que assuma bastante visibilidade a sua influência no desenho das
políticas sociais (subsidiariedade, papel da família, papel assistencial do Estado).
As suas transições para a democracia forma rápidas em alguns destes países (Portugal, Grécia, Espanha),
as políticas sociais forma um elemento decisivo na procura de consenso e legitimação dos regimes
democráticos.
Estes países seguem, princípios bismarkianos dominantes dos seus sistemas de proteção social,
aproximando-se dos países do regime continental-corporativo, ainda que as despesas sociais
representem uma percentagem menor do PIB.
A par deste dualismo de proteção social, encontramos sistemas de saúde públicos e universais,
resultado das transformações democráticas e dos ideais universalistas e igualitaristas que os
caraterizam.

4.5 Funções sociais do Estado na União Europeia

4.6 Dimensão social da integração europeia: análise evolutiva

4.7 As reformas e o futuro do Estado-Providência na Europa

Os Estados-providência têm vindo, nos últimos anos, a ser sujeitos a significativas pressões financeiras
que têm originado reformas dos sistemas de proteção social. embora se aponte para causas externas, são
essencialmente fatores internos que têm provocado a redução do crescimento da produtividade do
trabalho nas economias ocidentais mais avançadas, alterações essas que passam pelo abrandamento e
profunda alteração da estrutura do emprego, menor crescimento económico que provoca maior
desemprego e por consequente mais despesa e menos receita para o Estado.

Outro fator interno responsável por crescentes pressões financeiras sobre os Estados-providência e a
crescente maturidade dos sistemas de proteção social, significando um aumento dos compromissos do
Estado, que impedem qualquer redução de encargos com as despesas sociais, o envelhecimento da
população acentua o efeito das despesas sociais nas áreas como as pensões de reforma e saúde, as
alterações demográficas e a alteração das estruturas familiares que se traduzem no aumento de atividade
feminina, bem como a redução da taxa de fertilidade são outros fatores a ter em conta.

Tema 5 - Fundamentos normativos da Política Social

• Compreender o significado de necessidade social e bem-estar social na aceção que têm para a
Política Social e na sua relação com os direitos sociais;
• Compreender o significado do conceito de problema social em Política Social, reconhecendo as
diferentes formas de encarar os problemas sociais (universalidade vs. seletividade, muito em
particular), e o seu conteúdo normativo;
• Compreender porque é importante considerarmos a equidade na análise da Política Social e
quais são os conceitos de equidade relevantes nessa análise, e, nesse sentido, compreender
que na análise da Política Social nos situamos a um nível normativo e que não é possível
encontrar soluções técnicas para as questões de equidade que se colocam na formulação e na
análise das políticas;
• Compreender onde se encontram, no funcionamento da sociedade, fatores que podem
condicionar a natureza equitativa da distribuição dos recursos numa sociedade e, à luz desses
fatores causais, compreender quais devem ser as formas de atuação dos poderes públicos
tendo em vista esta correção, visando obter distribuições de recursos relativamente aos quais
não se questione a natureza equitativa dessa repartição;
• Compreender o conceito de pobreza, nas várias aceções presentes na literatura e nos estudos
sobre a realidade social da Europa, identificando as hipóteses em que assentam cada uma
dessas conceções;
• Compreender a diferença entre os conceitos de pobreza e de exclusão social e a relevância do
seu uso conjunto na análise de Política Social.

5.1 Bem-estar (welfare): um conceito central em Política Social

5.2 Ordenações de estados sociais e funções de bem-estar social

5.3 Factores que influenciam o bem-estar: os direitos


Um estado social é caracterizado por uma certa distribuição de recursos económicos entre os membros
da sociedade.

Existem genericamente dois grupos de fatores que influenciam o bem-estar segundo Pereirinha, fatores
negativos que provocam a redução de bem-estar ex.: atentado à liberdade ou a segurança física de
outrem e a poluição; fatores positivos - causas cuja a ação tem efeitos positivos sobre o bem-estar (a
atuação positiva requer ação, pois os mesmos não existem na natureza, são construções sociais) ex.:
dispor de rendimento para adquirir bens e serviços, acesso a saúde e a emprego renumerado, etc.

Parte desses fatores são garantidos através do funcionamento das sociedades, estas reconhecem o
direito à garantia do bem-estar, fixando normas e estabelecendo direitos.

A trilogia dos direitos caracteriza os modernos estados democráticos sociais que são: os direitos civis, os
direitos políticos e os direitos sociais.
• Direitos civis – composto pelo conjunto de direitos necessários para o exercício da liberdade
individual;
• Direitos políticos – direito a participar no exercício do poder político direta ou indiretamente
enquanto eleitor de cargos públicos;
• Direito sociais – correspondem a um amplo conjunto de direitos desde o exercício da liberdade
económica e o direito a segurança económica até o direito de uma partilha completa de um
conjunto de padrões de vida existentes na sociedade.

Os direitos sociais distinguem-se dos direitos civis e políticos, pois sua capacidade de realização depende
da capacidade de aceitação na sociedade de obrigações mútuas, resultantes das relações estabelecidas
entre os indivíduos e entre cada indivíduo e a sociedade.

Associados aos direitos sociais (e, portanto, ao bem-estar social) estão dois outros conceitos: o conceito
da necessidade social e o conceito de problema social.

5.4 Bem-estar social e desigualdade do rendimento

5.5 A relevância da equidade em Política Social (pag 166)

A evidência da relevância da equidade surge na forma como esta forma de intervenção foi apresentada,
emergindo a natureza distributiva dessa intervenção, não só a política social se traduz em reafectação
de recursos num sentido considerado desejável, como a qualidade dos seus efeitos deve ser vista à luz
dos efeitos que provoca nessa distribuição.
A política social foi apresentada como um conjunto de atuações dos poderes públicos visando garantir a
realização de direitos sociais com a natureza de direitos-crédito, obrigando a sociedade à sua realização
através de adequada afetação de recursos a esta realização.

A concepção de política social permite verificar a dimensão de equidade se encontra em dois níveis:
• A atuação da política social visa garantir a realização de direitos sociais e há inerentemente uma
dimensão de equidade no modo como esses direitos sociais são entendidos na sociedade. Pode
entender-se que há desvio da equidade se a alguém, na sociedade, for dificultado o acesso a
algum dos sistemas socias (educação, saúde) por este demonstrar dificuldades económicas,
culturais ou étnicas. Também se pode questionar a equidade do sistema se na sociedade
existirem obstáculos á igualdade de obtenção de êxito na usufruição dos sistemas sociais.
• A segunda dimensão de equidade em política social é garantir a produção de serviços de forma
a assegurar a sua universalidade e, por outro lado, fornecer gratuitamente estes serviços de
forma progressivamente generalizada.

Sendo a política social dirigida à garantia dos direitos sociais na sociedade a equidade é critério relevante
para a concepção e execução da política e para a sua avaliação normativa da distribuição dos recursos
que se traduz na provisão de garantias dos direitos quer na avaliação da distribuição dos recursos em que
se traduz o seu financiamento, repartindo os custos das políticas sociais pelos membros da sociedade.
5.7 Défices de bem-estar, pobreza e exclusão social

Tema 6 - Sistemas de pensões

• Conhecer a natureza dos diferentes sistemas de pensões, percebendo a diferença entre


sistemas de capitalização e de repartição, identificando para cada um deles quais são as
variáveis críticas de que depende a sua sustentabilidade económica;
• Conhecer os principais problemas que se colocam aos sistemas de protecção social nos países
da União Europeia, bem como as principais reformas dos sistemas que têm vindo a ser
realizados na União Europeia;
• Analisar os principais documentos da atual Política Social europeia relativos aos sistemas de
pensões.

6.7 Funcionamento dos sistemas de pensões

6.9 Sistemas de pensões, crise e reformas

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