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ABRINDO

CAMINHOS
Religiosidade e Convivência
ENSINO FUNDAMENTAL

6. série
a

MANUAL DO PROFESSOR 1

6S/7A
2 Manual do Professor – ed 07

Sumário
Apresentação

Apresentação .............................................................................................................................................................. 3

Planejamento Anual ..................................................................................................................................................... 4

ENTENDA OS ÍCONES DESTE MANUAL


Novidade à esquerda

Novidade à direita

Novidade em toda a página


3 Ensino Religioso – CP07 – 16ERM1

Apresentação
Apresentação

Fundamentação

Vivemos numa sociedade em que muitos valores são relativizados num processo acelerado. O avanço tecno-
lógico cria novidades a cada instante e na mesma proporção as descaracteriza. Essa realidade vai gestando uma cultura
do descartável, que tem conseqüências sérias para o meio ambiente, ameaçando a vida no planeta. Mas não é só. O
problema mais sério é que o próprio ser humano passa também a ser descartável. Além disso, culturas e países
inteiros não são contados no mercado concentrador de riqueza. Com isso, apenas uma parcela da população mundial
é incluída nos projetos que estão sendo implementados no processo de globalização. Esse processo deixa pessoas,
culturas, países inteiros perplexos. Mais perplexos, entre todos, estão os adolescentes e jovens com pouca perspec-
tiva de futuro. Vêem seus sonhos destruídos e banalizados a cada instante. Emerge, nesse contexto, a questão do
sentido da vida. Viver para quê? Como se realizar? Que caminho percorrer? Como ser feliz? O que sabemos é que,
em muitos aspectos, não é mais possível trilhar o mesmo caminho dos pais. Então, a que referenciais se apegar para
desencadear uma vida pessoal e social saudável?
Este projeto de Ensino Religioso tem presentes essas preocupações e propõe um olhar mais amplo, procuran-
do entender, refletir e buscar pistas de ação para a formação do ser humano integral. Procura entendê-lo na sua
integridade, contemplando as diferentes dimensões da vida e evitando sua fragmentação, seu esfacelamento. Nesse
sentido, está em sintonia com os chamados temas transversais: ética, meio ambiente, pluralidade cultural, orientação
afetivo-sexual, saúde, trabalho e consumo que têm a ver com o todo da vida. Claro que o projeto não se restringe a
essas abordagens, pois a própria Lei de Diretrizes e Bases, no artigo 33, considera o Ensino Religioso indispensável
para a formação do cidadão. Pretendemos, por isso, contemplar essa dimensão, pois julgamos ser ela a que nos
remete diretamente ao sentido da vida.
Sabemos que, na sociedade atual, a comunicação é direta ao ouvinte, procurando envolvê-lo emocionalmente,
inclusive utilizando uma linguagem divinizada para atingir os objetivos econômicos. Não é tão fácil entrar nesse ambiente
cultural com uma outra mensagem que analise as causas dos grandes problemas nacionais e mundiais. São inúmeros os
movimentos basicamente orientados para a satisfação das necessidades subjetivas, de fundo emocional, da pessoa e
do grupo de iniciados. Nesses movimentos, há pouco interesse pelos terríveis problemas sociais do país e muitos
ignoram as diferentes dimensões da vida.
Reconhecemos que não há verdadeiro processo de educação sem conexão com as expectativas dos alunos.
Por isso, é desafiante desenvolver o conhecimento que abarque todos os processos naturais e sociais em que são
gerados e, a partir daí, considerar no processo educativo as diferentes formas de organização da vida. Dentro dessa
dinâmica, a educação não pode ser entendida só como aquisição de conhecimento, mas também como o despertar da
dignidade de sujeitos-cidadãos protagonistas de sua história. Estamos viabilizando esse projeto, entendendo que a
educação é o espaço privilegiado de discernimento, a partir do qual se promove a vida de todos os seres e de toda a
humanidade. Nesse processo, o Ensino Religioso tem muito com o que contribuir.
Procuramos, neste projeto, articular as diferentes dimensões da vida, tendo como eixo central o sentido da vida
que se expressa de múltiplas maneiras, especialmente no exercício da cidadania. Ao despertar nos adolescentes e
jovens suas potencialidades, sem dúvida, estaremos cumprindo nosso papel de educadores. Entendemos que a
escola não tem um fim em si mesma. É, antes, lugar de preparação, por isso de passagem, para que cada um exerça
bem o seu papel social. Na verdade, a escola amplia o horizonte familiar e a sua organização possibilita o agir social. Por
julgarmos oportuno e urgente articular a vida pessoal, familiar, social e sua abertura ao Transcendente, optamos por este
projeto pelo qual irão perpassar essas dimensões de vida. Cremos que não há certezas absolutas, pois elas estagnam
e inviabilizam a busca de novos caminhos. A única certeza é de que a vida pode ser melhor em suas múltiplas
expressões. Assim, é nela que apostamos.
4 Manual do Professor – ed 07

Planejamento Anual
Disciplina: Ensino Religioso Série: 6.a Segmento: EF
Carga horária semanal: a de referência

Competências e habilidades a serem desenvolvidas pelo aluno


• Refletir sobre o ser humano e as diferentes formas de relação com a transcendência, respeitando a diversidade.
• Oferecer subsídios das ciências da religião para reflexões crítico-construtivas sobre as experiências com o transcen-
dente e suas conseqüências éticas, sociais e religiosas.
• Oferecer referenciais éticos que contribuam para a compreensão do sentido da vida e para a construção do ser
integral.
• Propiciar o conhecimento das respostas que diferentes culturas deram e dão às perguntas sobre sua origem, “De
onde vim?”, sobre as razões e o sentido de existir no presente, “Por que estou aqui?” e sobre o futuro, “Para onde
vou?”, reconhecendo o valor e a relatividade de cada uma dessas respostas.
• Aprender a lidar e a interagir com a complexidade do fenômeno religioso.
• Despertar a religiosidade presente no aluno, oferecendo referenciais que possibilitem o discernimento para a ampli-
ação das potencialidades de vida.
• Incentivar o diálogo inter-religioso para a convivência saudável e a construção de uma sociedade mais justa e
solidária.
• Despertar a dimensão do transcendente e sua interação com outros aspectos da vida, sensibilizando para a impor-
tância da convivência com o outro e para a ajuda e o protagonismo necessário na concretização do projeto existencial
e no desempenho da função social.
• Proporcionar experiências que transcendam o cotidiano e auxiliem na busca, abertura e construção de um projeto
que dê sentido à vida.
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Fundamentação teórica
Eixo: Sentido da Vida nhos, aspirações, expectativas, desafios, desejos, neces-
sidades, preocupações, interesses, para, só então, o aluno
Subeixos se posicionar diante das múltiplas interações da vida.
1. Identidade e relações Esse material não visa a passar uma doutrina, mas,
2. Natureza, cultura e sociedade sim, despertar o adolescente para a vivência de valores,
3. Ética e valores que se concretizarão a partir da compreensão e assimilação
4. Abertura para o Transcendente dos aspectos que fizerem sentido para o todo da vida dos
5. Manifestações Religiosas alunos e de toda a comunidade educativa. Dessa forma,
contribuirá para a construção de novos seres e de uma
Unidades e temas nova sociedade.
O caminho para o professor é criar empatia com os
Crendo no potencial da educação é que organizamos alunos e, a partir do diálogo respeitoso, buscar práticas que
este projeto de 5.a a 8.a série do Ensino Fundamental, cientes irão descobrindo juntos. O professor não deve ser alguém
de nossa responsabilidade com os adolescentes, os jovens, que define a priori o que os alunos devem ou não fazer.
as famílias e a sociedade, envolvidos no processo educacio- Ele já tem uma experiência maior de vida, mas também
nal. Os temas vão se ampliando no sentido de possibilitar ao está em busca do novo. Por isso, o professor deve agir
aluno um contato consigo mesmo, com o outro, com a socieda- com profundo respeito e ética, crendo nas potencialidades
de e com o transcendente. Este volume destina-se à 6.a série das pessoas e na construção de relações saudáveis, ape-
e contempla temas dos diferentes eixos. sar das adversidades. É preciso que veja além do senso
Os temas visam propiciar reflexões sobre os diferen- comum, que sonhe com caminhos alternativos, acredite ne-
tes subeixos e procuram aproximar-se dos valores individu- les e os viabilize. Claro que isso não pode ser desconectado
ais de cada pessoa, de sua conexão com o ambiente familiar da realidade. É preciso sonhar com os pés firmes no chão
e das relações daí decorrentes na perspectiva do respeito às da vida, ciente dos limites que a realidade impõe, mas cren-
diferenças. Além disso, procuram analisar o ser humano como do que sempre é possível ir além. Para concretizar este
gestador de culturas. Ressalta-se que as culturas são viven- projeto, há necessidade de investir numa formação especí-
ciadas no espaço social, uma vez que o ser humano se ca- fica, além de sensibilidade e carisma para lidar com as dife-
racteriza por viver em sociedade e, embora as sociedades rentes dimensões da vida sem “pré-conceitos”.
apresentem limites, deve-se ter como meta última a prática da Para a 6.a série, estão previstos 23 temas. O de-
justiça. senvolvimento de cada um está em interação com os de-
Os outros temas retratam os valores essenciais para mais, dando-se num continuum. É importante ler o volume
a vida humana que devem se expressar através de um agir todo, o que facilitará o desenvolvimento e dará maior clareza
ético, desencadeando ações solidárias que favoreçam a vida ao direcionamento do projeto. Recorrer aos temas já traba-
de todos os seres. lhados, resgatando aspectos centrais, é um recurso que o
Os temas anteriores são ampliados pela compreen- professor deverá usar sempre que julgar oportuno, pois
são de que o ser humano não encerra suas atividades na evitará a fragmentação e proporcionará maior interação en-
vivência social e, sim, está aberto a uma dimensão que vai tre os temas.
além. Supera os limites na busca do transcendente, articulan- O roteiro das aulas não deve ser seguido com rigi-
do sistemas religiosos que exercem uma função determinante dez. É interessante ampliá-lo com outros conceitos, jogos,
na organização e no sentido da vida. dramatizações, quando o professor julgar conveniente. Sem-
pre há variações de uma turma para outra. A originalidade
Observações metodológicas de cada uma pode exigir mais atenção em certos temas do
que em outros, por isso a flexibilidade é fundamental.
Essas aulas são um canal para a escola conhecer Destacamos, ainda, algumas observações válidas
diferentes aspectos da vida dos alunos e, assim, lidar melhor para todas as aulas:
com suas inquietações e possibilidades. As aulas, portanto, • Motivar os alunos para realizarem a tarefa e registrarem
visam a estabelecer um diálogo sobre as questões que os as etapas e conclusões.
alunos levantam a respeito de si mesmos, da relação com o • Incentivar a pesquisa de palavras que não ficaram cla-
outro, com o mundo e com o cosmos. Essas questões nem ras.
sempre são compreensíveis e de respostas fáceis; exigem • Comentar as epígrafes e incentivar a memorização, pois
um processo contínuo de busca e aprofundamento, respei- elas sempre se relacionam com o tema.
tando cada fase da vida. • Retomar a tarefa de casa no início de cada aula.
Quanto mais partirmos da vivência concreta dos ado- É importante que o professor consiga sensibilizar
lescentes e jovens, mais eles serão capazes, com o auxílio seus alunos, no decorrer destas aulas, para que os valores
da escola, especialmente do professor e também dos cole- apresentados sejam despertados em cada um deles, alcan-
gas, de ir aprendendo a conviver em sociedade. Com certe- çando-se, assim, os objetivos propostos.
za, esse processo favorecerá a revisão de atitudes e cada Este projeto de Ensino Religioso exigirá dos profis-
um, tendo sua originalidade respeitada, se abrirá e dará sua sionais um compromisso pessoal, institucional e social, para
contribuição para a concretização de um mundo melhor, não que possa, efetivamente, dar novo significado ao sentido
num futuro longínquo, mas no agora da história. da vida. Reafirmamos a nossa convicção de que a vida é o
É de fundamental importância entender que o adoles- maior valor e de que as diferentes áreas do conhecimento,
cente está numa fase delicada de passagem do universo cada uma à sua maneira, muito têm a contribuir para poten-
familiar para inserir-se no universo social. Essa passagem cializá-la. O Ensino Religioso, portanto, não pode ficar alheio
nem sempre se dá de forma pacífica, pois há rupturas, incer- a essa dinâmica.
tezas, inseguranças, perdas, revoltas, como também há so-
6 Manual do Professor – ed 07

MANUAL DO PROFESSOR

Unidade I: Identidade e relações


Capítulo 1: O corpo cresce e se transforma N.o de aulas: 1
Competências e habilidades a serem desenvolvidas pelo aluno
(objetivos específicos deste capítulo)

• Refletir sobre o momento de vida por que está passando, principalmente as transformações corporais, e sobre seu
posicionamento diante dessas mudanças.
• Descobrir as riquezas e as inseguranças dessa fase.

Orientações / Sugestões

• Você poderá iniciar esta aula, professor, apresen- que elaborem um contorno do corpo do parceiro na
tando ilustrações em Power Point, transparência, dupla.
ou mostrando fotos de diversas situações pelas • Nesse contorno, o aluno escreverá palavras que
quais o adolescente passa. indiquem seus sentimentos atuais, podendo, tam-
• Após a observação desse material pelos alu- bém, registrar o que mais ouve.
nos, inicie o trabalho com o texto da aula e, em • A partilha deverá ser feita e, depois, os alunos de
seguida, conduza uma comparação entre as cada turma deverão montar o adolescente “pa-
ilustrações e o momento que os alunos estão drão” daquela turma. A partir dessa atividade, você
vivendo. Existe identificação? Por quê? Quais poderá ir apresentando, a cada aula, o crescimento
são as diferenças? da turma diante das suas descobertas.
• Depois desse aquecimento, entregue uma folha
de papel craft ou similar a cada aluno e peça-lhes

Capítulo 2: Vivendo e amadurecendo N.o de aulas: 1

Competências e habilidades a serem desenvolvidas pelo aluno


(objetivos específicos deste capítulo)

• Refletir sobre as suas relações com os familiares, amigos, enfim, com o mundo.
• Utilizar as diversas formas de expressão para manifestar seus desejos, alegrias e transformações.
• Perceber a importância de guardar a memória familiar e o resgate de sua história.
• Relacionar a sua história pessoal com a do seu grupo e conscientizar-se da importância dos familiares em sua
existência.
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Orientações / Sugestões

• Inicie a aula motivando os alunos para a montagem • Encaminhe a confecção do painel da família de cada
do painel com as fotos dos diferentes momentos aluno e promova na escola um dia do encontro das
da vida. Após a resposta das perguntas, convide famílias (recordações e vivências de nossas famí-
a turma para ouvir a música dos Titãs. lias). Nesse dia, poderá haver mesas-redondas,
• Oriente, em grupos, a interpretação da música e depoimentos, árvores genealógicas, apresentação
relacione-a com os painéis produzidos. de vídeos mostrando a riqueza das diferenças e
• Incentive os alunos a organizar um festival de mudanças para o desenvolvimento humano e des-
música com o tema ADOLESCÊNCIA. Procure tacando que o diferente não é nem melhor nem
envolver toda a comunidade educativa. Pelo pior, é simplesmente diferente.
menos as letras deverão ser de autoria dos alu-
nos.

Capítulo 3: Quem me influencia N.o de aulas: 1

Competências e habilidades a serem desenvolvidas pelo aluno


(objetivos específicos deste capítulo)

• Manifestar atitudes que enriquecem o convívio e constroem uma vida melhor para todos.
• Desenvolver dons, apesar dos contratempos impostos pela realidade.
• Refletir sobre a importância de outras pessoas em nossa vida.

Orientações / Sugestões

• Elabore uma dramatização em grupo sobre o tex- tanto pela persistência como pela prática do bem
to “Era uma vez”. comum. Se possível, os cartazes devem ser ex-
• Utilize dinâmicas de grupos que ressaltem a per- postos na escola.
sistência das pessoas. • Converse sobre a repercussão da prática do
• A turma poderá assistir ao filme Meu pé esquer- Betinho em favor da cidadania.
do1 e, em seguida, debater as idéias nele apre-
sentadas.
• Motive a tarefa de casa sobre a pesquisa de, pelo
menos, duas biografias de pessoas significativas,

1 Filme: Meu pé esquerdo – Produção Noel Pearsn, baseado no livro Christy Brown – Direção Jean Sheridan, 1991.
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Capítulo 4: Contribuir é preciso N.o de aulas: 1

Competências e habilidades a serem desenvolvidas pelo aluno


(objetivos específicos deste capítulo)
• Conscientizar-se da importância da participação de todos na construção da vida, num mundo tão desigual, injusto e
repleto de “pré-conceito”.
• Sentir-se responsável pela construção de um mundo melhor.

Orientações / Sugestões

posição. Após o debate, peça aos alunos que des-


• Ao trabalhar com o texto “Água no barril de vinho”,
taquem os aspectos positivos e assumam algum
é interessante ressaltar, professor, que todo o pla-
compromisso em relação à importância de cada
neta é afetado por aquilo que fazemos, sejam boas
um na construção do mundo.
ou más ações – “tudo tem a ver com tudo”, “há
• Outra atividade pode ser a construção coletiva de
uma interligação entre todas as coisas”.
um painel, com recortes de revistas, jornais, etc.
• A partir do “Mito dos Carajás”, você poderá orga-
que expressem a contradição entre construção e
nizar um debate. Organize dois grupos: um defen-
destruição do planeta.
derá a ida do Carajá e o outro, não. Cada grupo
deverá encontrar argumentos que justifiquem sua

Unidade II: Natureza, cultura e sociedade N.o de aulas: 1


Capítulo 5: Tecnologia a serviço da vida

Competências e habilidades a serem desenvolvidas pelo aluno


(objetivos específicos deste capítulo)

• Perceber que os avanços tecnológicos não estão atendendo a toda a população.


• Interessar-se pela utilização dos avanços tecnológicos para facilitar as atividades do cotidiano, consciente de que eles
devem favorecer o desenvolvimento da vida de todos.
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Orientações / Sugestões

• Inicie esta aula apresentando objetos diversos pro- – Que os valores são passados em nosso mundo?
duzidos pela tecnologia e pergunte sobre a utilida- – Existe uma preocupação real com TODOS?
de deles e quem tem, realmente, acesso a eles. – Podemos fazer algo? O quê?
• Depois, poderá ser elaborado um júri para discutir • Peça aos alunos que façam um levantamento das
a questão das oportunidades, exclusão e partici- ações concretas que a turma poderia realizar
pação da população . para que os avanços tecnológicos potencializem a
• Para esse júri, poderá ser utilizado o texto de vida. Essas ações podem ser das mais simples,
Gênesis 1, 1 – 31, como argumentação. Eviden- como não jogar papéis (que são resultado da tec-
cie, nessa atividade, que o processo criativo deve nologia) no chão , até aquelas contra a destruição
estar a serviço da humanidade e não pode, em das florestas, poluição dos rios e contaminação do
hipótese alguma, contribuir para a destruição do ar e do solo.
planeta. É importante inserir nesse levantamento ações que
Outro aspecto que você poderá ressaltar, pro- visem evitar a “projeção social” de pessoas e gru-
fessor, é que a criação tecnológica deveria ser pos só por utilizarem algum bem tecnológico, etc.
socializada para o bem de todos e para a melhoria
de qualidade de vida.
• Ainda nessa atividade, os alunos poderão deba-
ter os princípios éticos de nossa sociedade.
– Quais são esses princípios?

Capítulo 6: Conhecimento para quê? N.o de aulas: 1


A serviço de quem?

Competências e habilidades a serem desenvolvidas pelo aluno


(objetivos específicos deste capítulo)

• Conscientizar-se da capacidade do ser humano no mundo atual e do valor de levar em consideração a vida diante da
utilização da tecnologia.
• Refletir sobre o uso da tecnologia e de suas diferentes maneiras de promover a vida.

Orientações / Sugestões

• Organize entrevistas com pessoas que trabalham instruções e de informações básicas para a valori-
em diferentes áreas, enfocando o uso da tecnolo- zação do ser humano. No final do trabalho, elabore
gia nos diferentes campos. a feira da vida, para exposição das máquinas, com
• Monte, com seus alunos, um painel ilustrado para a presença dos pais, se possível.
apresentação dessas entrevistas. • Organize um debate sobre as invenções humanas
• Oriente os alunos na construção, em grupo, de e analise se os objetivos, efetivamente, promo-
uma máquina nova que valorize a vida. Essa má- vem a vida.
quina deverá estar acompanhada de manual de
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Capítulo 7: Minhas ações têm conseqüências N.o de aulas: 1

Competências e habilidades a serem desenvolvidas pelo aluno


(objetivos específicos deste capítulo)

• Perceber que as suas atitudes têm conseqüências.


• Conhecer novas pessoas e projetos que modificam positivamente a vida.
• Conhecer melhor seu potencial criativo e a capacidade de interferir na realidade.

Orientações / Sugestões

• Você poderá passar um filme que mostre como as


• Depois, você poderá propor uma gincana de co-
atitudes de alguém podem modificar a vida de mui-
nhecimentos biográficos em que seja incentiva-
tas pessoas. São Francisco e Madre Tereza de
da a divulgação da história de pessoas que mar-
Calcutá são exemplos de vida que devem ser
caram o século XX e daquelas que estão marcando
conhecidos.
o século XXI.
• Peça aos alunos que escrevam, individualmente,
uma síntese do filme.

Capítulo 8: Trabalho coletivo – N.o de aulas: 1


Organizações em favor da vida

Competências e habilidades a serem desenvolvidas pelo aluno


(objetivos específicos deste capítulo)

• Conhecer as organizações que lutam em favor da vida.


• Conhecer os trabalhos realizados pelas ONGs.

Orientações / Sugestões

• Convide algumas ONGs para apresentarem os essas pessoas. Lembre aos alunos que será ne-
seus trabalhos e oriente seus alunos na organiza- cessário espaço, recursos financeiros, voluntários,
ção de uma exposição com os trabalhos elabora- formas diversificadas de atuação e muita garra.
dos por elas. • Uma boa idéia, professor, será convidar algum
• Se possível, motive os alunos a criar uma ONG membro atuante de uma ONG para fazer uma
e envolva os pais nessa atividade. palestra para a turma e demonstrar o trabalho
• Uma outra opção para a tarefa de casa pode ser organizado.
uma pesquisa no bairro em que a escola se locali- • Depois que os alunos tiverem concluído o projeto
za, para saber quais as maiores dificuldades en- da ONG, sugira-lhes que montem um fôlder e
contradas pela população. O resultado do levanta- convidem pais, alunos, funcionários e a própria co-
mento de dados será feito por escrito e, a partir munidade para implantá-la.
dele, a turma criará uma ONG que possa favorecer
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Capítulo 9: Saber cuidar N.o de aulas: 1

Competências e habilidades a serem desenvolvidas pelo aluno


(objetivos específicos deste capítulo)

• Refletir sobre a importância de respeitar as diferentes formas de vida.


• Perceber a importância de se preservar a natureza para que a vida ocorra na sua integridade.
• Conscientizar-se do direito de todos os seres à vida, condição básica para o exercício da cidadania.

Orientações / Sugestões

• O texto sobre a cidade dividida poderá ser drama- • Promova um diálogo com os alunos sobre os prin-
tizado por seus alunos. cipais aspectos do texto “Um homem”, referen-
• Organize um debate sobre as diferentes posições tes ao saber cuidar. É importante destacar que Fran-
levantadas pelos alunos a respeito da cidade. cisco de Assis continua sendo um paradigma quan-
• Oriente os alunos na elaboração de um jornal to ao cuidado do planeta. Ele é um exemplo de
falado que leve em consideração a realidade defesa da vida que transcende o mundo religioso.
sobre a situação da natureza e as dificuldades para • Analise a Carta da Terra, pontuando a sua impor-
preservá-la. tância para salvar a vida do planeta.
• O minijornal deverá ser organizado em folha avul- • Debata sobre os mandamentos do cuidado.
sa. Se for mais conveniente, poderá ser elabora-
do em grupo.

Unidade III: Ética e Valores N.o de aulas: 1


Capítulo 10: Tenho, realmente, opções?

Competências e habilidades a serem desenvolvidas pelo aluno


(objetivos específicos deste capítulo)
• Perceber como o adolescente é incentivado a consumir sempre.
• Ter uma visão crítica do mundo em que vivemos.
• Posicionar-se e agir com espírito crítico diante das contradições da vida.

Orientações / Sugestões

• Peça aos alunos que escolham uma música da pre- • Peça aos alunos que tragam disk-man e/ou CD
ferência deles. Depois, a turma será dividida em com uma música de que mais gostem. Cada um
dois grupos. Um grupo vai defender as idéias pro- deverá, primeiramente, ouvir a música que trou-
postas pela música e o outro as rebaterá. xe e, depois, ir trocando-a com a de seus cole-
• Organize um debate em que seus alunos refletirão gas.
sobre as questões: • Depois de um certo tempo, peça a eles que rela-
– Defendo e critico em função de quê? tem sentimentos que foram brotando nesses
– Minha visão está voltada para os meus proble- momentos. Enfatize os gostos diferentes e o direi-
mas particulares ou preocupo-me, também, com to à diferença e liberdade de escolha.
o social?
– Quais são os meus parâmetros?
– Sou coerente? Quando?
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Capítulo 11: Relações de amizade N.o de aulas: 1

Competências e habilidades a serem desenvolvidas pelo aluno


(objetivos específicos deste capítulo)

• Conscientizar-se do valor da amizade na vida de cada pessoa e perceber que, a partir dessas relações, nos
conhecemos melhor.
• Aprofundar as relações de amizade, reconhecendo que elas se dão a partir daquilo que somos, isto é, da aceitação
de nossos aspectos positivos e negativos.

Orientações / Sugestões

• No resgate das pessoas que foram significativas • Na técnica dos valores e limites negociados na fei-
na vida, podem surgir situações em que alguém ra, é interessante motivar a todos para a realização
se sinta traído na amizade. É importante que do melhor negócio possível. Após um tempo de
você, professor, analise com seus alunos que as negociação, cada aluno poderá narrar sua experi-
interações da vida são inúmeras e interferem nas ência e dizer se gostou ou não do resultado. Os
relações de amizade. As pessoas mudam, nós que quiserem poderão ler os valores e limites que
mudamos, surgem novos interesses que rompem adquiriram na negociação. Talvez alguns se sintam
amizades, mas abrem caminho para novas rela- constrangidos em mostrar os limites. Após a técni-
ções. ca, cabe uma observação geral sobre esse medo,
• Para a dinâmica da atividade proposta na seção evidentemente sem expor ninguém. Caberá a re-
Interagindo, leve pequenas tiras de papel em que flexão de que o reconhecimento dos nossos limi-
haja espaço para escrever uma palavra. Nesses tes nos possibilita melhor compreensão de quem
papéis, os alunos escreverão três valores e três somos. Não há pessoas que só tenham valores e
limites, um em cada tirinha de papel. Dê a eles um é na relação com outras pessoas que os limites
pouco de tempo para isso. Após escreverem, vão aparecendo. Conhecer os limites é a melhor
peça-lhes que fiquem de pé, de preferência bem forma de superá-los ou aprender a lidar com eles.
próximos uns dos outros, em um espaço vazio. • O fundamental desse processo é ajudar seus alu-
Você poderá sugerir que eles abram espaço nos a perceber que as interações nos enriquecem
afastando as carteiras. Uma vez organizados, os muito e nós enriquecemos os outros. É preciso ter
alunos "venderão" o que julgarem conveniente, em mente que os limites também perpassam as
sejam valores, sejam limites, da mesma forma relações, que é preciso reconhecê-los e tentar
como “comprarão” o que acharem melhor. Esse superá-los, ampliando, assim, os valores.
intercâmbio só se dará pelo que possuem nas • É importante reforçar os conceitos de ética, valores
mãos, que são os valores e os limites. O tempo e limites.
para essa atividade não precisa ser muito longo,
uns dez minutos são suficientes.
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Capítulo 12: Um mundo melhor é possível? N.o de aulas: 1

Competências e habilidades a serem desenvolvidas pelo aluno


(objetivos específicos deste capítulo)

• Perceber sua responsabilidade na construção de um mundo melhor.


• Respeitar as diferentes formas de vida.
• Desenvolver alguma ação concreta que qualifique a vida.

Orientações / Sugestões

• Retome a tarefa de casa da aula anterior. Você • Dialogue com os alunos sobre possíveis ações
poderá sugerir que conversem sobre ela com quem que poderiam desenvolver para que o mundo fos-
está mais próximo e, em seguida, alguns alunos se melhor.
falarão para a turma o que acharam importante na • Motive os alunos para socializarem as paródias que
entrevista feita. Faça a ligação dessa conversa com elaborarem.
a aula.
• A partir do texto “Palavras Repetidas”, reflita com
os alunos sobre as palavras que eles acharam mais
significativas.

Capítulo 13: Solidariedade N.o de aulas: 1

Competências e habilidades a serem desenvolvidas pelo aluno


(objetivos específicos deste capítulo)

• Despertar para gestos de solidariedade, entendendo que quem não for capaz de pequenos gestos terá dificuldade
para realizar grandes atos.

Orientações / Sugestões

• Depois que o grupo estiver conversando há um • O texto seguinte ressalta a importância dos objeti-
tempo sobre o tema, apresente-lhes o desafio de vos de vida. Aonde queremos chegar? Claro que
um quebra-cabeça com as letras da palavra SOLI- isso nem sempre é tão fácil de identificar, mas, se
DARIEDADE. Organize cada letra separada e cor- não traçamos objetivos mesmo que sejam a curto
tada em várias partes. Misture e distribua para o prazo, o naufrágio torna-se iminente. É preciso de-
grupo montar as letras. Omita a informação de quais finir a direção. Agora queremos concluir o Ensino
são as letras e a palavra. Observe o caminho que Fundamental, depois o Ensino Médio, a Faculda-
eles fazem para chegar às letras e depois à pala- de, etc. Isso mostra a direção. Há outras tantas di-
vra. Ao terminarem, resgate as sensações que ti- reções em diferentes setores da vida.
veram no processo de montagem.
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Unidade IV: Abertura para o transcendente N.o de aulas: 1


Capítulo 14: Religião e natureza

Competências e habilidades a serem desenvolvidas pelo aluno


(objetivos específicos deste capítulo)

• Conhecer a profunda relação da religião com os elementos da natureza.


• Despertar para uma atitude de respeito e reverência diante das expressões religiosas diferentes.
• Respeitar tanto a natureza como os símbolos religiosos, por mais naturais que possam parecer.

Orientações / Sugestões

• Além dos textos que já falam da relação entre reli- • Você pode também utilizar fotos, transparência,
gião e natureza, é importante abordar esse tema Power Pointer, com gravuras de lugares sagrados,
por meio de outros recursos, como músicas, poesi- pode solicitar aos alunos que observem em silên-
as e fotografias de lugares que expressem a di- cio e, após a projeção e resgatar as sensações
mensão religiosa atribuída por diferentes povos à que as imagens provocaram neles.
natureza. Converse com os alunos sobre o que • Os alunos talvez já tenham estado em lugares con-
eles conhecem dessa relação, especialmente a siderados sagrados por diferentes religiões. É im-
partir de lugares sagrados. Esses lugares criam um portante que você converse sobre isso com eles
fascínio naqueles que têm fé, em parte por situa- e ressalte a importância do respeito a esses luga-
rem-se num espaço geográfico especial, por exem- res, especialmente à natureza como um todo.
plo: gruta, caverna, mar, montanhas, vales, rios, ár-
vores, florestas, pedras, etc.

Capítulo 15: O Sagrado harmoniza a vida N.o de aulas: 1

Competências e habilidades a serem desenvolvidas pelo aluno


(objetivos específicos deste capítulo)
• Perceber que a dimensão sagrada visa harmonizar todas as coisas.
• Perceber que as religiões compreendem o Sagrado intimamente integrado às atividades do cotidiano.
• Compreender que a harmonia é o bem maior para que a vida aconteça para todos.

Orientações / Sugestões

• Retome, a partir das situações de vida dos alunos, sita de uma força maior para solucionar os conflitos
situações em que a dimensão religiosa foi utilizada que desestabilizam a vida.
para amenizar conflitos, na família, na escola ou na • Esteja atento para as situações em que aquilo que
sociedade. Pergunte-lhes quando eles recorreram é dito sobre o Sagrado possa criar problemas,
ao Sagrado como forma de apaziguar as contradi- inquietações, medo ou até revolta. Reflita com os
ções. É de fundamental importância que você va- alunos sobre a importância de saber discernir o que
lorize as situações que eles apresentarem e se efetivamente é essencial para o desenvolvimento
aprofunde nesse tema. Explique-lhes que nem da vida saudável.
sempre o ser humano se harmoniza e que neces-
15 Ensino Religioso – CP07 – 16ERM1

Capítulo 16: Do Sagrado ressurge N.o de aulas: 1


a esperança

Competências e habilidades a serem desenvolvidas pelo aluno


(objetivos específicos deste capítulo)
• Conscientizar-se da importância da dimensão sagrada na vida.
• Perceber o jeito de cada um se relacionar com o que julga estar além do que é visível.
• Compreender que, se a vida não tiver os seus momentos de fascínio, ela torna-se sem sentido.

Orientações / Sugestões

• Esteja atento aos aspectos que mais fascinam os eles escreverem sobre o que gostariam de dizer a
alunos. Converse com eles trazendo à tona as coi- Deus. Isso dará um diagnóstico importante da rela-
sas com as quais eles realmente se empolgam. ção da turma com o Sagrado.
Após esse levantamento, que pode ser anotado • Dialogue a partir do texto “Todos somos divinos”.
no quadro, procure discernir com eles os fascínios O que ele tem a ver com a vida de cada um?
que são passageiros e os que são mais duradou- • A música "Se eu quiser falar com Deus" retrata,
ros. Diante disso, é fundamental que você os ajude entre outros aspectos, que, na relação com o Sa-
a compreender o caráter provisório de algumas grado, nem sempre se encontra o que se pensava
coisas, que, por isso, tornam-se descartáveis. Por encontrar. É importante ressaltar que isso não inva-
outro lado, nem sempre o Sagrado apresentado lida a relação com o Sagrado, antes, sim, deve
pelo que faz parte da vida deles realmente fascina. levar a repensar as questões em torno das quais
Isso ocorre quando o Sagrado é apresentado mais se dá tal relação, conforme afirma a música, "no fim
como um Deus punitivo e controlador do que efe- vai dar em nada do que eu pensava encontrar".
tivamente potencializador da vida. Destaque, professor, que talvez esse seja o cami-
• Ressalte que a esperança que ressurge do Sagra- nho para o encontro de outras dimensões muito
do tem a ver com a busca permanente. Assim, mais fascinantes. A busca e o diálogo são perma-
quem se põe nessa busca, a cada dia, acaba por nentes.
ter mais esperança. Dê muita atenção às frases que

Capítulo 17: O mistério da origem N.o de aulas: 1

Competências e habilidades a serem desenvolvidas pelo aluno


(objetivos específicos deste capítulo)

• Conhecer diferentes mitos relacionados à origem do mundo.


• Compreender que todos os povos necessitam explicar a origem de tudo o que existe e que há inúmeras semelhan-
ças entre as explicações dadas, por mais distante que esses povos vivam uns dos outros.
16 Manual do Professor – ed 07

Orientações / Sugestões

• O ser humano não se cansa de buscar o entendi- todas as coisas têm uma explicação lógica e que,
mento da origem das coisas, apesar das inúmeras para situar-se, o ser humano necessita de uma ex-
explicações existentes. Para isso ele criou as ciên- plicação mitológica que não se oponha às defini-
cias, mas, mesmo assim, ainda há muito mistério ções “científicas”.
encobrindo as respostas às indagações que têm • Destaque as semelhanças que existem entre os
sido feitas por todos os povos. É importante, pro- diferentes textos. Seria interessante que a turma
fessor, que essa inquietação do ser humano sensi- fizesse uma lista dessas semelhanças. Poderá tam-
bilize os alunos. bém surgir a questão: se um criador faz todas as
• Os textos podem ser lidos de forma criativa. Uma coisas boas, porque temos tantos problemas?
possibilidade seria, num primeiro momento, todos Vale, nesse momento, uma reflexão sobre os limi-
tomarem contato com os diferentes textos e, em tes do ser humano ao lidar com a maravilha de tudo
seguida, escolherem dois para dramatizar. Motive o que existe e sobre a importância de cuidar para
seus alunos para que a organização da dramatização que tudo continue sendo “muito bom”.
envolva todo o grupo, atribuindo papéis para cada • A existência das religiões, no geral, tem a ver com a
membro. O tema central da dramatização poderia busca daquilo que se julga ter perdido pela ganân-
ser: “Como surgiram as coisas”. Mesmo que eles cia e pelos desvios do ser humano. As religiões
abordem aspectos da vida atual, ressalte que nem buscam reconstruir o “Paraíso Perdido”.

Capítulo 18: Religião e ação N.o de aulas: 1

Competências e habilidades a serem desenvolvidas pelo aluno


(objetivos específicos deste capítulo)

• Compreender que a religião incide sobre a ação dos seus membros.


• Compreender a importância dos princípios religiosos na organização da vida.
• Perceber que inúmeras ações do cotidiano estão permeadas de princípios religiosos.

Orientações / Sugestões

• Após o levantamento dos comportamentos relacio- dá o direito de desprezar os princípios do outro. É


nados aos princípios religiosos, peça aos alunos fundamental que seus alunos tenham uma atitude
que façam uma lista desses princípios e, em se- de respeito. Há alguns aspectos dos quais não se
guida, organize um debate, dividindo a turma em pode abrir mão, como o direito de todos à vida, à
dois grupos: o que é favor daquele princípios e o igualdade, à justiça, etc.
que são contra eles. É importante que os alunos • Motive a turma a organizar uma lista de dez regras
argumentem suas razões. No final, ressalte que não religiosas que ela considera interessantes e neces-
há um consenso quanto à forma de organizar a vida, sárias.
pois cada um a vê de uma forma, mas isso não nos
17 Ensino Religioso – CP07 – 16ERM1

Unidade V: Manifestações religiosas N.o de aulas: 1


Capítulo 19: O direito de busca

Competências e habilidades a serem desenvolvidas pelo aluno


(objetivos específicos deste capítulo)

• Perceber as funções que as religiões exercem na sociedade.


• Conscientizar-se não só das riquezas como também dos limites das religiões, uma vez que elas podem auxiliar o
ser humano nas fraquezas, mas podem, quando sectárias, impedi-lo de se desenvolver de forma saudável.

Orientações / Sugestões

• Dialogue sobre as diferentes buscas que o ser • Ressalte que o ser saudável não deveria manipu-
humano faz e que nesta busca também há equívo- lar o Sagrado, mas dialogar com Ele na busca do
cos, mas sobressaem os gestos de vida. melhor para a sua vida e de toda a humanidade.
• Organize um debate sobre o texto: “Diversidade
Religiosa e Direitos Humanos”.

Capítulo 20: Religião e dignidade N.o de aulas: 1

Competências e habilidades a serem desenvolvidas pelo aluno


(objetivos específicos deste capítulo)

• Compreender que cada religião, à sua maneira, busca garantir a dignidade humana.
• Conscientizar-se da importância de respeitar a dignidade humana independentemente da religião de cada um.
• Despertar para a busca de expressões religiosas saudáveis.

Orientações / Sugestões

• O eixo central de cada religião parece ser o de Proponha uma dramatização que enfoque alguns
possibilitar a dignidade para os seus membros, exemplos dessas mudanças. Explique aos alu-
mas nem sempre isso ocorre. Trabalhe com os nos que, mesmo que eles não concordem com as
alunos as mudanças que as religiões provocam na mudanças, não é possível negar a sua existência.
vida das pessoas. Existem inúmeros exemplos • Enfatize as afirmações positivas das religiões. Tal-
de como as pessoas resgatam a sua dignidade, vez seja interessante pedir aos alunos que mon-
quando se sentem amadas por Deus. Com certe- tem um painel com frases de diferentes religiões
za, os alunos poderão ajudar a trazer exemplos. sobre a dignidade humana.

Capítulo 21: A busca do essencial N.o de aulas: 1

Competências e habilidades a serem desenvolvidas pelo aluno


(objetivos específicos deste capítulo)

• Perceber a importância de estar sempre sintonizado no essencial da vida.


• Conscientizar-se das questões que são relevantes para uma vida feliz.
18 Manual do Professor – ed 07

Orientações / Sugestões

• Baseando-se na história da bisavó, os alunos po- Futebol – cooperação com os companheiros e


derão criar uma dramatização que mostre outros competição (respeitosa) com os adversários.
aspectos da vida em que há um desvio do essen- • Peça a turma que elabore, em conjunto, uma lista
cial. É importante pontuar que em todos os espa- do que o grupo julga essencial para uma vida feliz.
ços há uma tendência à competição e que a com- • Enriqueça a reflexão com exemplos de pessoas
petição, no geral, desvirtua o essencial da vida e que organizam sua vida centrada no bem comum.
cria sérios problemas. Há aspectos e posturas que
dão um lado saudável à competição. Há situações
em que é preciso saber lidar com ela. Exemplo:

Capítulo 22: A oração na história N.o de aulas: 1

Competências e habilidades a serem desenvolvidas pelo aluno


(objetivos específicos deste capítulo)
• Refletir sobre a importância da oração nas religiões.
• Perceber que a oração sempre esteve presente na história da humanidade e compreender o conteúdo de algumas
orações.

Orientações / Sugestões

• A partir das orações, pode-se estabelecer um diá- a expressão da confiança no transcendente do qual
logo sobre o que cada uma delas expressa. Quais se espera um auxílio ou para o qual se dirige um
são as preocupações da vida que transparecem agradecimento.
na oração? É importante que você destaque que • Relacione o conteúdo das orações com o cotidi-
elas surgem das inquietações do ser humano. São ano da vida.

Capítulo 23: Oração na minha vida N.o de aulas: 1

Competências e habilidades a serem desenvolvidas pelo aluno


(objetivos específicos deste capítulo)

• Perceber a importância da oração na vida e sentir-se motivado a orar.


• Conscientizar-se da relação com o transcendente, através da oração.

Orientações / Sugestões

• Se possível, realize esta aula em um ambiente na oração e sobre a necessidade que temos do
que favoreça a oração, como capela, bosque, jar- transcendente, para que as atividades da vida se-
dim, outra sala, etc. Abra espaço para que cada um jam desenvolvidas a partir de princípios éticos, ten-
faça a oração que redigiu como tarefa de casa. É do em vista o próprio bem e de toda a humanida-
importante dialogar sobre a atitude de humildade de.
19 Ensino Religioso – CP07 – 16ERM1

Referências

ALVES, Rubem. O suspiro dos oprimidos. São Paulo: Paulinas, 1987.


ALVES, Rubem. O amor que acende a lua. Campinas: Papirus, 1999.
ANDREOLA, Beduíno A. Dinâmica de Grupo – Jogo da Vida e Didática do Futuro. Petrópolis: Vozes, 1997.
ANJOS, Márcio Fábri dos.(Org.) Experiência religiosa: risco ou aventura? São Paulo: Paulinas, 1998.
BOFF, Leonardo. Nova Era: A Civilização Planetária. São Paulo: Ática, 1994.
CANO, Betuel. Ética: arte de viver: A alegria de ser um cidadão do universo. São Paulo: Paulinas, v. 4, 2000.
CAROLO, Bianca. Formação Humana – Libertação. São Paulo: Loyola, 1987.
DUSSEL, Enrique. Ética Comunitária. Petrópolis: Vozes, 1986.
DYNA, Onivaldo. Dinâmicas em fichas. São Paulo: CCJ, v. 2, 2000.
FETH, Monika. O Catador de Pensamentos. São Paulo: Brinque- Book Editora de Livros, 1993.
FREI BETTO. Cotidiano & Mistério. São Paulo: Olho dágua, 1996.
GADOTTI, Moacir. Pedagogia da Terra. São Paulo: Petrópolis, 2000.
GALEANO, Eduardo. De pernas pro ar. A Escola do Mundo ao Avesso. Porto Alegre: L&PM, 1999.
LIBANIO, J. B. Crer num mundo de muitas crenças e pouca libertação. Valencia-Espanha: Siquem Ediciones, 2001.
MALDONADO, Maria Tereza. Redes Solidárias. São Paulo: Saraiva, 2001.
MELLO, Anthony de. Corpo e alma em oração. São Paulo: Loyola, 1996.
MILITÃO, Albigenor & Rose. Jogos, Dinâmicas & Vivências Grupais. Rio de Janeiro: Qualitymark Editora, 2000.
MORIN, Edgar. Os Sete Saberes necessários à Educação do Futuro. São Paulo: Cortez, 2001.
MURRAY, Roseana. Qual a palavra? São Paulo: Nova Fronteira, 1998.
OTTO, Rudolf. O Sagrado. Lisboa: Edições 70, 1992.
PAROLI, Márcia Helena R. Geração Jovem. Subsídio Para a Pastoral Escolar. São Paulo: Paulinas, 1997.
RAMPAZZO, Lino. Antropologia, Religiões e Valores Cristãos. São Paulo: Loyola, 1996.
SLAWSKI, Wolfgang. O Trem da Amizade. São Paulo: Brinque – Book Editora de Livros Ltda, 1996.
TEIXEIRA, Faustino (Org.) O diálogo inter-religioso como afirmação da vida. São Paulo: Paulinas, 1997.

Vídeos:
• O Rei Leão (identidade, auto-estima, liderança)
• Ben Hur (perseverança, valores espirituais, fidelidade, trabalho em equipe)
• Um Sonho de Liberdade (perseverança, busca de objetivos, planejamento )
• Lancelot, o primeiro cavaleiro (crença no sonho, no ideal, técnica de trabalho em grupos)
• A Flauta Mágica – MKT (formas de tratamento)
• A Guerra do Arco-Íris – SIAMAR (resistência às mudanças, como sair da zona de conforto)
• Jogo da Culpa – SIAMAR (de quem é a responsabilidade?)
• Juntos! – SIAMAR (preconceito, trabalho em equipe, reconhecimento dos valores do outro)
• Sem-Terra – Invasão ou Cidadania? – Rede Rua de Comunicação (união, dificuldades partilhadas em grupo,
esperança)
20 Manual do Professor – ed 07

Curtas:
• O menino, a favela e a tampa de panela – Cao Hamburger
• Os Vizinhos
• Pipoca

Músicas:
“Amanhã” (Guilherme Arantes)
“Comida” (Marisa Monte ou Titãs)
“O que é, o que é” (Gonzaguinha)
“Como uma onda” (Lulu Santos/Nelson Motta)
“Bolero” (Ravel)
“Oração de São Francisco”
“Não Chores Mais” (Gilberto Gil)
“A Paz” (Gilberto Gil)
“A vida é caminhar” – Pe. Jonas Abib- CD- Crescimento do Jovem na Comunidade Cristã. Editora Salesiana

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