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ABRINDO

CAMINHOS
Religiosidade e Convivência
ENSINO FUNDAMENTAL

7. série
a

MANUAL DO PROFESSOR 1

7S/8A
2 Manual do Professor – ed 07

Sumário
Apresentação

Apresentação .............................................................................................................................................................. 3

Planejamento Anual ..................................................................................................................................................... 4

ENTENDA OS ÍCONES DESTE MANUAL


Novidade à direita

Novidade à esquerda

Novidade em toda a página


3 Ensino Religioso – CP07 – 17ERM1

Apresentação
Apresentação

Fundamentação

Vivemos numa sociedade em que muitos valores são relativizados num processo acelerado. O avanço tecno-
lógico cria novidades a cada instante e na mesma proporção as descaracteriza. Essa realidade vai gestando uma cultura
do descartável, que tem conseqüências sérias para o meio ambiente, ameaçando a vida no planeta. Mas não é só. O
problema mais sério é que o próprio ser humano passa também a ser descartável. Além disso, culturas e países
inteiros não são contados no mercado concentrador de riqueza. Com isso, apenas uma parcela da população mundial
é incluída nos projetos que estão sendo implementados no processo de globalização. Esse processo deixa pessoas,
culturas, países inteiros perplexos. Mais perplexos entre todos estão os adolescentes e jovens com pouca perspec-
tiva de futuro. Vêem seus sonhos destruídos e banalizados a cada instante. Emerge, nesse contexto, a questão do
sentido da vida. Viver para quê? Como se realizar? Que caminho percorrer? Como ser feliz? O que sabemos é que,
em muitos aspectos, não é mais possível trilhar o mesmo caminho dos pais. Então, a que referenciais se apegar para
desencadear uma vida pessoal e social saudável?
Este projeto de Ensino Religioso tem presentes essas preocupações e propõe um olhar mais amplo, procuran-
do entender, refletir e buscar pistas de ação para a formação do ser humano integral. Procura entendê-lo na sua
integridade, contemplando as diferentes dimensões da vida e evitando sua fragmentação, seu esfacelamento. Nesse
sentido, está em sintonia com os chamados temas transversais: ética, meio ambiente, pluralidade cultural, orientação
afetivo-sexual, saúde, trabalho e consumo que têm a ver com o todo da vida. Claro que o projeto não se restringe a
essas abordagens, pois a própria Lei de Diretrizes e Bases, no artigo 33, considera o Ensino Religioso indispensável
para a formação do cidadão. Pretendemos, por isso, contemplar essa dimensão, pois julgamos ser ela a que nos
remete diretamente ao sentido da vida.
Sabemos que, na sociedade atual, a comunicação é direta ao ouvinte, procurando envolvê-lo emocional-
mente, inclusive utilizando uma linguagem divinizada para atingir os objetivos econômicos. Não é tão fácil entrar
nesse ambiente cultural com uma outra mensagem que analise as causas dos grandes problemas nacionais e
mundiais. São inúmeros os movimentos basicamente orientados para a satisfação das necessidades subjetivas,
de fundo emocional, da pessoa e do grupo de iniciados. Nesses movimentos, há pouco interesse pelos terríveis
problemas sociais do país e muitos ignoram as diferentes dimensões da vida.
Reconhecemos que não há verdadeiro processo de educação sem conexão com as expectativas dos alu-
nos. Por isso, é desafiante desenvolver o conhecimento que abarque todos os processos naturais e sociais em que
são gerados e, a partir daí, considerar no processo educativo as diferentes formas de organização da vida. Dentro
dessa dinâmica, a educação não pode ser entendida só como aquisição de conhecimento, mas também como o
despertar da dignidade de sujeitos-cidadãos protagonistas de sua história. Estamos viabilizando esse projeto,
entendendo que a educação é o espaço privilegiado de discernimento, a partir do qual se promove a vida de todos
os seres e de toda a humanidade. Nesse processo, o Ensino Religioso tem muito com o que contribuir.
Procuramos, neste projeto, articular as diferentes dimensões da vida, tendo como eixo central o sentido da vida
que se expressa de múltiplas maneiras, especialmente no exercício da cidadania. Ao despertar nos adolescentes e
jovens suas potencialidades, sem dúvida, estaremos cumprindo nosso papel de educadores. Entendemos que a
escola não tem um fim em si mesma. É, antes, lugar de preparação, por isso de passagem, para que cada um exerça
bem o seu papel social. Na verdade, a escola amplia o horizonte familiar e a sua organização possibilita o agir social. Por
julgarmos oportuno e urgente articular a vida pessoal, familiar, social e sua abertura ao transcendente, optamos por este
projeto pelo qual irão perpassar essas dimensões de vida. Cremos que não há certezas absolutas, pois elas estagnam
e inviabilizam a busca de novos caminhos. A única certeza é que a vida pode ser melhor em suas múltiplas expressões.
Assim, é nela que apostamos.
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Planejamento Anual
Disciplina: Ensino Religioso Série: 7.a Segmento: EF
Carga horária semanal: a de referência

Competências e habilidades a serem desenvolvidas pelo aluno


• Refletir sobre o ser humano e as diferentes formas de relação com a transcendência, respeitando a diversidade.
• Oferecer subsídios das ciências da religião para reflexões crítico-construtivas sobre as experiências com o
transcendente e suas conseqüências éticas, sociais e religiosas.
• Oferecer referenciais éticos que contribuam para a compreensão do sentido da vida e para a construção do ser
integral.
• Propiciar o conhecimento das respostas que diferentes culturas deram e dão às perguntas sobre sua origem,
“De onde vim?”, sobre as razões e sentido de existir no presente, “Por que estou aqui?” e sobre o futuro, “Para
onde vou?”, reconhecendo o valor e a relatividade de cada uma dessas respostas.
• Aprender a lidar e a interagir com a complexidade do fenômeno religioso.
• Despertar a religiosidade presente no aluno, oferecendo referenciais que possibilitem o discernimento para a
ampliação das potencialidades de vida.
• Incentivar o diálogo inter-religioso para a convivência saudável e a construção de uma sociedade mais justa e
solidária.
• Despertar a dimensão do transcendente e sua interação com outros aspectos da vida, sensibilizando para a impor-
tância da convivência com o outro e para a ajuda e o protagonismo necessário na concretização do projeto existencial
e no desempenho da função social.
• Proporcionar experiências que transcendam o cotidiano e auxiliem na busca, abertura e construção de um
projeto que dê sentido à vida.
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Fundamentação teórica
Eixo: Sentido da Vida mos, da relação com o outro, com o mundo e com o
cosmo. Essas questões nem sempre são compreensí-
Subeixos veis e de respostas fáceis; exigem um processo contí-
1. Identidade e Relações nuo de busca e aprofundamento, respeitando cada fase
2. Natureza, Cultura e Sociedade da vida.
3. Ética e Valores Quanto mais partirmos da vivência concreta dos
4. Abertura ao Transcendente e Complexidade do Fe- adolescentes e jovens, mais eles serão capazes, com
nômeno Religioso o auxílio da escola, especialmente do professor e tam-
5. Manifestações Religiosas: Mitos, Ritos, Escrituras e bém dos colegas, de ir aprendendo a conviver em so-
Teologias ciedade. Com certeza, esse processo favorecerá a re-
visão de atitudes e cada um, tendo sua originalidade
Unidades e temas respeitada, irá se abrir e dará sua contribuição para a
concretização de um mundo melhor, não num futuro lon-
Crendo no potencial da educação, é que organi- gínquo, mas no agora da história.
zamos este projeto de 5.a a 8.a série do Ensino Funda- É de fundamental importância entender que o
mental, cientes de nossa responsabilidade com os ado- adolescente está numa fase delicada de passagem do
lescentes, os jovens, as famílias e a sociedade, envolvi- universo familiar para inserir-se no universo social. Essa
dos no processo educacional. Os temas vão se amplian- passagem nem sempre se dá de forma pacífica, pois
do para possibilitar ao aluno um contato consigo mesmo, há rupturas, incertezas, inseguranças, perdas, revoltas,
com o outro, com a sociedade e com o transcendente. como também há sonhos, aspirações, expectativas,
Este volume destina-se à 7.a série e contempla temas desafios, desejos, necessidades, preocupações, inte-
dos diferentes eixos. resses, para, só então, o aluno se posicionar diante das
Os temas visam propiciar reflexões sobre os di- múltiplas interações da vida.
ferentes subeixos e procuram aproximar-se dos valores Esse material não visa a passar uma doutrina,
individuais de cada pessoa, de sua conexão com o ambi- mas, sim, despertar o adolescente para a vivência de
ente familiar e das relações daí decorrentes na perspecti- valores, que se concretizarão a partir da compreensão e
va do respeito às diferenças. Além disso, procuram anali- assimilação dos aspectos que fizerem sentido para o
sar o ser humano como gestador de culturas. Ressalta-se todo da vida dos alunos e de toda a comunidade
que as culturas são vivenciadas no espaço social, uma educativa. Dessa forma, contribuirá para a construção de
vez que o ser humano se caracteriza por viver em socieda- novos seres e de uma nova sociedade.
de e, embora as sociedades apresentem limites, deve-se O caminho para o professor é criar empatia com
ter como meta última a prática da justiça. os alunos e, a partir do diálogo respeitoso, buscar práti-
Os outros temas retratam os valores essenciais cas que irão descobrindo juntos. O professor não deve
para a vida humana que devem se expressar através de ser alguém que define a priori o que os alunos devem
um agir ético, desencadeando ações solidárias que favo- ou não fazer. Ele já tem uma experiência maior de
reçam a vida de todos os seres. vida, mas também está em busca do novo. Por isso,
Os temas anteriores são ampliados pela compre- o professor deve agir com profundo respeito e ética,
ensão de que o ser humano não encerra suas atividades crendo nas potencialidades das pessoas e na constru-
na vivência social e, sim, está aberto a uma dimensão que ção de relações saudáveis, apesar das adversidades.
vai além. Supera os limites na busca do transcendente, É preciso que veja além do senso comum, que sonhe
articulando sistemas religiosos que exercem uma função com caminhos alternativos, acredite neles e os viabilize.
determinante na organização e no sentido da vida. Claro que isso não pode ser desconectado da realida-
de. É preciso sonhar com os pés firmes no chão da
Observações metodológicas vida, ciente dos limites que a realidade impõe, mas cren-
do que sempre é possível ir além. Para concretizar esse
Essas aulas são um canal para a escola conhecer projeto, há necessidade de investir numa formação es-
diferentes aspectos da vida dos alunos e, assim, lidar pecífica, além de sensibilidade e carisma para lidar com
melhor com suas inquietações e possibilidades. As au- as diferentes dimensões da vida sem “pré-conceitos”.
las, portanto, visam a estabelecer um diálogo sobre as O desenvolvimento de cada tema um está em
questões que os alunos levantam a respeito de si mes- interação com os demais, dando-se num continuum. É
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importante ler o volume todo, o que facilitará o desen- • Incentivar a pesquisa de palavras que não ficaram
volvimento e dará maior clareza ao direcionamento do claras.
projeto. Recorrer aos temas já trabalhados, resgatan- • Comentar as epígrafes e incentivar a memoriza-
do aspectos centrais, é um recurso que você, profes- ção, pois elas sempre se relacionam com o tema.
sor, deverá usar sempre que julgar oportuno, pois • Retomar a tarefa de casa no início de cada aula.
evitará a fragmentação e proporcionará maior intera- É importante que você, professor, consiga sen-
ção entre os temas. sibilizar seus alunos, no decorrer dessas aulas, para
O roteiro das aulas não deve ser seguido com que os valores apresentados sejam despertados em
rigidez. É interessante ampliá-lo com outros concei- cada um deles, alcançando-se, assim, os objetivos
tos, jogos, dramatizações, quando julgar convenien- propostos.
te. Sempre há variações de uma turma para outra. A Este projeto de Ensino Religioso exigirá dos
originalidade de cada uma pode exigir mais atenção profissionais um compromisso pessoal, institucional e
em certos temas do que em outros, por isso a flexibi- social, para que possa, efetivamente, dar novo signi-
lidade é fundamental. ficado ao sentido da vida. Reafirmamos a nossa con-
Destacamos, ainda, algumas observações vá- vicção de que a vida é o maior valor e de que as
lidas para todas as aulas: diferentes áreas do conhecimento, cada uma à sua
• Motivar os alunos para realizarem a tarefa e regis- maneira, muito têm a contribuir para potencializá-la. O
trarem as etapas e conclusões. Ensino Religioso, portanto, não pode ficar alheio a
essa dinâmica.
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MANUAL DO PROFESSOR

Unidade I: Identidade e relações


Capítulo 1: O significado da adolescência N.o de aulas: o de referência
Competências e habilidades a serem desenvolvidas pelo aluno
(objetivos específicos deste capítulo)

• Refletir sobre o momento por que está passando.


• Perceber que esse momento é também vivido em meio a um grupo.

Orientações / Sugestões

• Professor, proprocione aos alunos dinâmicas de mostrar à turma o desenho de um skate, de uma
conhecimento e troca de experiências. É um ano prancha de surfe, fotos de cantores, etc., e, a partir
que se inicia, portanto, momento de planejar, daí, iniciar as reflexões.
sonhar, estabelecer metas para o trabalho. • Você poderá, também, iniciar a aula com alguma
• O capítulo se inicia com uma epígrafe que poderá música para motivação. Por exemplo “Geração
ser, também, o início da conversa. Você poderá coca-cola” (Renato Russo) do Legião Urbana.

Capítulo 2: Amor e corporeidade N.o de aulas: o de referência

Competências e habilidades a serem desenvolvidas pelo aluno


(objetivos específicos deste capítulo)

• Compreender a importância de respeitar o próprio corpo e o do próximo.


• Refletir sobre a importância do momento que está vivendo, principalmente, destacando as transformações.

Orientações / Sugestões

• Esta aula pode ser iniciada com um relaxamento, A duração aproximada é de trinta minutos, para gru-
um CD com música tranqüila ao fundo e um convi- pos de até trinta pessoas.
te a uma reflexão sobre o próprio corpo e as • Material necessário: cartelas recortadas num tama-
modificações que estão ocorrendo nele. Nesse nho unificado, contendo questionamentos.
momento, você pode utilizar os questionamentos Como proceder:
que estão descritos no livro do aluno. • Elabore cartelas, em número superior ao de par-
• Antes de propor a atividade indicada no livro, ticipantes do grupo, contendo, em cada uma, pelo
faça uma dinâmica que possibilite um maior en- menos três questionamentos.
trosamento, conhecimento dos colegas, bem • Divida a turma em grupos de até quatro partici-
como identificação de diferenças e semelhanças. pantes.
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• Embaralhe as cartelas e forme um leque. Cartela um


• Encaminhe-se aos pequenos grupos e oriente a ( ) ficar sozinho?
retirada de até duas cartelas do “leque”, confor- ( ) relaxar?
me o tempo disponível. ( ) realizar trabalhos sozinho?
• Oriente os grupos para responderem, à vonta-
de, aos questionamentos contidos na cartela. Cartela dois
• Os grupos terão dez minutos para a conversa. ( ) obter apoio?
( ) causar boa impressão?
• Ao final, organize um painel em que, espontanea- ( ) ser saudável?
mente, os alunos exponham seus pensamentos,
sentimentos, etc. • Depois de algum aquecimento com a turma, você
poderá, então, propor a elaboração do painel da
Sugestões de questionamentos turma.
Num primeiro momento, a atividade será individual
Você sente necessidade de e, depois, coletiva.

Capítulo 3: Assumindo a vida N.o de aulas: o de referência

Competências e habilidades a serem desenvolvidas pelo aluno


(objetivos específicos deste capítulo)

• Perceber a importância de valorizar a si mesmo.


• Conscientizar-se de toda a problemática das drogas, principalmente das conseqüências de seu uso.
• Ter uma atitude positiva diante da vida, levando em consideração o momento da adolescência.

Orientações / Sugestões

• Você deverá partir de atividades que enfatizem, • Minha maior esperança um dia...
em primeiro lugar, o autoconhecimento. • Às vezes, eu me sinto como se...
• Uma das dinâmicas existentes chama-se ABRIN- • Sinto-me mais próximo de alguém quando...
DO JANELAS. Nela, você, professor, iniciará fra- • O que mais me irrita é...
ses que deverão ser completadas pelos alunos, • Adoro...
em duplas. Exemplos de frases: • Detesto...
• Meu ponto fraco, mesmo, é...
• Sinto-me feliz quando... • Produzo muito mais, quando...
• Neste momento, estou sentindo que... • Uma pessoa, para ser minha amiga, tem de...
• Quando estou preocupado, numa situação • Se não me falha a memória, a última vez em
nova, geralmente eu... que eu chorei foi...
• O que mais me inibe nos grupos é... • Percebo que alguém gosta de mim, quando...
• Quando alguém atrapalha a realização de um • A coisa mais importante do mundo para mim
plano meu, eu... é...
• Fico muito alegre quando...
• O que mais me entristece é... • Você poderá, professor, adaptar as frases con-
forme o seu grupo de trabalho.
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• Para a sensibilização do tema droga, existe um • Lembre-se de que quanto mais você puder OU-
filme chamado “28 dias” que possibilita um bom VIR, ao tratar desse tema, mais fecundo será o
início de trabalho. Depois do aquecimento, siga trabalho.
o roteiro de trabalho descrito no livro.

Unidade II: Natureza, cultura e sociedade


Capítulo 4: E nós, temos direitos? N.o de aulas: o de referência

Competências e habilidades a serem desenvolvidas pelo aluno


(objetivos específicos deste capítulo)

• Conscientizar-se da cruel realidade que a humanidade está vivendo e sensibilizar-se para uma ação transformadora.
• Manifestar o desejo de agir, de fazer a sua parte, mostrando caminhos de atuação.

Orientações / Sugestões

• Abaixo está uma relação das doze pessoas que


• Você poderá iniciar a aula apresentando imagens estão tentando entrar no abrigo. Faça a sua es-
ou fotos de violência, pobreza, discriminação. Ao colha das seis pessoas que terão direito de sal-
final, pergunte à turma: Por quê? Até quando?... var suas vidas.
• Esta aula tem como pano de fundo toda a nossa
sociedade com os seus mais diversificados e ( ) Um músico, com 40 anos de idade, viciado em
cruéis problemas. Corremos o risco de tratar do narcóticos.
assunto como se nós não fôssemos integrantes ( ) Um advogado, com 25 anos de idade.
dela. Para evitar isso, professor, seria muito in- ( ) A mulher do advogado, com 24 anos, que aca-
teressante começar com uma dinâmica de gru- ba de sair de um manicômio. Ambos preferem
po, pois, através dela, você poderá levantar ques- ficar juntos de qualquer forma, seja no abrigo,
tões para debater. seja fora dele.
• A dinâmica chama-se ABRIGO ANTI-AÉREO. ( ) Um sacerdote, com 75 anos de idade.
Cada aluno receberá uma folha com a propos- ( ) Uma prostituta, com 30 anos de idade.
ta seguinte e, no primeiro momento, não deverá ( ) Um ateu, com 20 anos de idade, que já foi autor
ocorrer comunicação entre os participantes. de vários assassinatos.
• Vamos à dinâmica: ( ) Uma universitária que fez voto de castidade.
( ) Um físico, com 28 anos de idade, que só acei-
ABRIGO ANTI-AÉREO ta entrar no abrigo se puder levar consigo uma
arma.
• Imagine que nossa cidade esteja sob ameaça ( ) Um mendigo negro, com aproximadamente
de um bombardeio aéreo. Um funcionário da de- 35 anos.
fesa civil se aproxima e determina que você seja ( ) Uma menina, com 12 anos de idade, e com QI
o responsável por uma certa área e pede uma muito baixo.
decisão imediata a respeito de um problema: exis- ( ) Um homossexual, com 47 anos de idade.
te um abrigo subterrâneo que pode acomodar ( ) Um débil mental, com 32 anos de idade, que
no máximo seis pessoas. Há doze pessoas que sofre ataques epiléticos.
pretendem entrar no abrigo.
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• Primeiro haverá uma escolha individual, depois em


ESTABELECER CRITÉRIOS para enfocar QUE
pequenos grupos e, por fim, a turma deverá tirar
TODA VIDA HUMANA É IMPORTANTE.
os seis sobreviventes.
– Quem nos conferiu o direito de excluir pessoas?
• O mais importante nessa dinâmica é explorar os
– Quais são os nossos parâmetros para o respeito
argumentos levantados para a justificação da ida
à vida humana?
de um componente em detrimento do outro.
• A partir dessa discussão, o capítulo já está inicia-
• Estipule um tempo de argumentação do grupo e
do.
não interfira na discussão.
• Neste capítulo é, também, fundamental trabalhar
• No final, você assume os questionamentos que
com notícias de jornal, Internet, rádio, ou seja,
visam mostrar o quanto somos, por vezes,
trabalhar a partir da nossa realidade e com ela.
preconceituosos, elitistas, e não conseguimos

Capítulo 5: Limites, precisamos deles? N.o de aulas: o de referência

Competências e habilidades a serem desenvolvidas pelo aluno


(objetivos específicos deste capítulo)

• Refletir sobre o sentido e a necessidade dos limites em nossa vida.


• Atentar para seus próprios limites e os limites dos outros.
• Confrontar as práticas sociais já incorporadas no cotidiano com as práticas mais adequadas de comportamento nos
grupos de convivência.

Orientações / Sugestões
• Na turma, deverá ser escalado, antecipadamente,
• Introduza o capítulo com o filme: Mentes que bri- um grupo que fará o registro desse evento e o
lham ou algum filme que apresente situações pró- divulgará para toda a escola.
ximas às vividas no dia-a-dia pelos alunos. • A música “Há Tempos”1 também pode ser trabalha-
• Depois do filme, promova, se for possível, um da de muitas maneiras, lida, cantada, dramatizada.
grande debate que reúna vários professores, dire- • A tarefa de casa pode ser ampliada, inclusive su-
ção e pais para a discussão do tema. gerindo que os alunos façam uma poesia, a exem-
plo da que está no texto.

Capítulo 6: Liberdade, necessidade e desejo N.o de aulas: o de referência

Competências e habilidades a serem desenvolvidas pelo aluno


(objetivos específicos deste capítulo)

• Estabelecer a diferenciação entre liberdade, necessidade e desejo.


• Discutir a questão da massificação a que o jovem é exposto.
• Levantar saídas possíveis para uma convivência mais saudável.

1 Música “Há tempos”. Letra: Renato Russo. Música: Dado Villa-Lobos/Renato Russo/Marcelo Bonfá. (Como é que se diz eu te
amo. vd. 1, CD2.)
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Orientações / Sugestões

• Coloque o CD dos Titãs para tocar e convide os desejo. Assim, para se vender um produto, bus-
alunos para cantar a música “Comida”. Depois, ca-se convencer o consumidor de que é necessi-
peça-lhes que grifem as partes da letra que consi- dade. No entanto, se passarmos a escolher, por
deram mais significativas. exemplo, um modelo de roupa, já saímos do cam-
• Proponha uma dramatização a partir da historinha que po da necessidade e entramos no do desejo.
eles elaboraram. É interessante ressaltar que muitos, • O texto do antropólogo Ralph Linton pode ser
na sociedade hoje, confundem necessidade com explorado, especialmente, para perceber a inter-
relação entre as culturas.

Unidade III: Ética e valores


Capítulo 7: Protagonismo juvenil e cidadania N.o de aulas: o de referência

Competências e habilidades a serem desenvolvidas pelo aluno


(objetivos específicos deste capítulo)
• Perceber a importância do jovem como protagonista de suas próprias ações.
• Valorizar as práticas cidadãs já existentes e incentivar a ação dos jovens na sociedade.

Orientações / Sugestões

• Trabalhe a questão da cidadania a partir de situa- – Partir de perguntas que nos inquietam: O que
ções da sala de aula, das ações cotidianas, da coe- queremos? O que podemos, realmente, fazer?
rência entre a fala e a ação. Quais são os nossos limites? Quais os nos-
• Enfatize a importância da colaboração de cada sos sonhos? E assim por diante.
um através de dinâmicas, quebra-cabeças, ex- – Depois de organizadas as perguntas, come-
periências de voluntariado juvenil. çar a estabelecer metas a curto, médio e lon-
• Você poderá levar para a sala de aula recortes go prazo.
de jornal e revistas que relatem trabalhos envol- – Sempre iniciar o trabalho com estudo. Sem uma
vendo jovens. Essa sensibilização poderá ser fundamentação, fica difícil e frágil o projeto.
feita, também, através de vídeos ou filmes que – Conhecer experiências bem-sucedidas que po-
destaquem a participação do jovem como agen- dem servir de referencial.
te de mudança social. – Registrar as experiências, mesmo que sejam
• Depois dessa primeira etapa, inicie atividades pequenas.
dentro da sala de aula que comprovem a impor- • Para a orientação do trabalho, proposto no tópico
tância de cada um no processo de voluntariado. Interagindo, é improtante ajudar os alunos a focarem
• Proponha uma experiência concreta de voluntariado alguns temas para, então, elaborarem o jornal. O
que seja planejada e que possa ser executada próprio grupo pode levantar algumas possibilida-
pelos próprios jovens. des. Feita a seleção, cada grupo elaborará o seu
...mesmo que a rota de minha vida me leve a projeto.
uma estrela, nem por isso fui dispensado de per- • Ao final, organize uma feira de projetos que traba-
correr os caminhos do mundo. Saramago lhem, especificamente, com o protagonismo juvenil.
• A experiência concreta deverá vir dos próprios alu-
nos observando e sentindo sua realidade. Indicação bibliográfica sobre projetos pedagógicos:
• Para que a experiência possa ser realizada, suge- CALDEIRA, Anna Maria Salgueiro. Elaboração de um
rem-se os passos apontados a seguir. Projeto de Ensino. In: Revista Presença Pedagógi-
– Conhecer a realidade e querer interferir, de ma- ca. Editora Dimensão, v. 8, n. 44, mar/abr. 2002. p.
neira positiva e coletiva nela. 14-23.
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Capítulo 8: Direitos essenciais N.o de aulas: o de referência

Competências e habilidades a serem desenvolvidas pelo aluno


(objetivos específicos deste capítulo)

• Dar um novo significado à questão dos direitos e deveres.


• Cultivar valores que respeitem e promovam a vida.

Orientações / Sugestões

• Este capítulo pode ser primeiramente trabalhado • Num segundo momento, seria muito produtivo e
no próprio livro, pois os textos são sensibilizadores eficaz propor aos alunos a montagem de uma peça
para o trabalho. teatral que concretize, mesmo que idealmente,
as diferentes formas de viver em nosso planeta e
de conservá-lo.

Unidade IV: Abertura para o Transcendente


Capítulo 9: As religiões defendem a vida N.o de aulas: o de referência

Competências e habilidades a serem desenvolvidas pelo aluno


(objetivos específicos deste capítulo)

• Demonstrar o que as religiões têm em comum para defender a vida.


• Perceber que, mesmo que as religiões possuam limites, o objetivo delas, no geral, é defender e promover a vida.

Orientações / Sugestões

• Promova, na escola, se for possível, uma semana


• O debate poderá abordar a questão de que nem
que enfatize o conhecimento das diversas religiões.
sempre as religiões defendem a vida. É importante
Convide líderes religiosos para falarem sobre o
destacar que, como em toda organização humana, ne-
trabalho que realizam.
las também os desvios, os desequilíbrios, as ma-
• Elabore, junto com os professores de Educação
nipulações e os problemas estão presentes.
Artística, um grande painel ilustrado que tenha
como tema central: “Religião: contribuição para a
defesa da vida”.
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Capítulo 10: A palavra sagrada N.o de aulas: o de referência

Competências e habilidades a serem desenvolvidas pelo aluno


(objetivos específicos deste capítulo)

• Refletir sobre a importância da palavra no cotidiano da vida e nas tradições religiosas.


• Interessar-se pelas palavras consideradas sagradas, procurando destacar o bem que elas podem fazer para os
indivíduos, grupos e sociedade, quando fundamentadas na solidariedade e na justiça.

Orientações / Sugestões

• Para esta aula, leve diferentes textos considerados • É importante também ressaltar as palavras que
sagrados pelas religiões, para que os alunos pos- cada um considera sagradas ou por ter apreen-
sam tomar contato. Peça aos alunos que, aleatoria- dido da família ou em outros contextos. Há ditos
mente, leiam alguns textos. Nesse caso, é impor- populares, dependendo da região, que, às ve-
tante estar atento, pois os textos devem ser com- zes, são considerados pérolas de sabedoria e,
preendidos no seu contexto. Se não for assim, fica por isso, sagrados.
difícil lidar com os que, às vezes, são machistas,
excludentes e discriminatórios.

Capítulo 11: A ação sagrada N.o de aulas: o de referência

Competências e habilidades a serem desenvolvidas pelo aluno


(objetivos específicos deste capítulo)

• Refletir sobre a importância da ação sagrada nas religiões, especialmente os rituais.


• Compreender que, por mais significativa que seja uma ação sagrada, ela sempre é relativa e capta uma parte do
mistério da transcendência.

Orientações / Sugestões

• Parta das experiências que seus alunos possuem os desafios, os sonhos e as esperanças presen-
sobre ações sagradas, seja por terem participado tes nelas. É esse universo que é ritualizado.
efetivamente, seja por terem visto ações de ou- • Motive os alunos a organizar, em grupo, um ritual
tros. Esse é o caminho para iniciar a reflexão sobre sagrado que expresse questões que eles julgam
o tema. As ações sagradas se dão tanto individual- serem essenciais na vida. Essa atividade é inte-
mente como em comunidade. Grande parte das ressante como espaço para aprender a respei-
religiões acentuam a dimensão comunitária e as tar a ação religiosa do outro. Para ser eficaz, deve
suas ações se expressam nos cultos e rituais. É ser breve e com o máximo de respeito envolven-
interessante ressaltar que as expressões variam do todo o grupo.
segundo a cultura e as inquietações, os problemas, • A partir da lenda “Os cegos e o elefante”, você
poderá destacar, professor, que nenhuma religião
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esgota a dimensão da transcendência; cada uma, • Ressalte, também, que as ações sagradas bus-
de acordo com sua perspectiva, capta uma parte. cam uma relação com o Sagrado e que esse pro-
Evite que o debate seja canalizado no sentido de cesso acaba por influir significativamente na vida
qual é a religião verdadeira, pois a reflexão nessa dos que as realizam.
direção não possibilitará um avanço para compre-
ender o universo diversificado dos que realizam as
ações.

Capítulo 12: A morte é real N.o de aulas: o de referência

Competências e habilidades a serem desenvolvidas pelo aluno


(objetivos específicos deste capítulo)

• Refletir sobre a presença real da morte no cotidiano da vida.


• Compreender a realidade da morte, suas diferentes causas e as formas de agir do ser humano diante dela.

Orientações / Sugestões

• É interessante aprofundar na questão da proximi- interessante abrir espaço para que falem dessa
dade da morte e das diferentes formas de morte. experiência.
Para isso, leve jornais, revistas, etc. que mostrem a • Os textos de Alberto Caeiro, Rubem Alves e
morte de pessoas ou grupos. Para grande parte Vinicius de Moraes são provocativos. Se for opor-
dos adolescentes, a morte se apresenta como algo tuno, você poderá organizar debates sobre os as-
distante, longínqua, o que é natural nessa faixa pectos com os quais os alunos concordam ou dos
etária. Mas, sem dúvida, todos já tiveram contato quais discordam.
com uma ou outra situação de morte. Talvez seja

Capítulo 13: O mistério do futuro N.o de aulas: o de referência

Competências e habilidades a serem desenvolvidas pelo aluno


(objetivos específicos deste capítulo)

• Perceber que todos os povos em todos os tempos se preocuparam com o mistério do futuro e sistematizaram
explicações.
• Refletir sobre a imaginação humana e que, no geral, compreendem-se esses lugares como espaço em que todos
os problemas serão superados.
15 Ensino Religioso – CP07 – 17ERM1

Orientações / Sugestões

• Após fazer um levantamento do que os alunos • É importante ressaltar, professor, que as explica-
pensam sobre o mistério do futuro, será interes- ções sobre o futuro acabam tendo grande influên-
sante que eles tomem contato com os textos, seja cia no cotidiano da vida.
através da leitura coletiva ou em grupo. A partir • Destaque, também, que é necessário refletir se-
disso, você poderá solicitar que organizem uma riamente sobre as explicações. Não se pode acre-
dramatização sobre o mistério do futuro, a partir ditar cegamente nelas, é preciso saber a função
dos elementos que julgarem essenciais nos tex- que exercem na vida.
tos ou de outras afirmações que conhecerem so-
bre o tema.

Capítulo 14: A vida além da morte N.o de aulas: o de referência

Competências e habilidades a serem desenvolvidas pelo aluno


(objetivos específicos deste capítulo)

• Conhecer as diferentes doutrinas sobre a vida além-morte.


• Perceber que as concepções da vida além-morte exercem grande influência na organização e nas ações das
religiões.

Orientações / Sugestões

• O conteúdo sobre as diferentes doutrinas talvez dúvida, esse tema pode suscitar um bom debate.
fique um pouco pesado, mas parece fundamental Não se trata de optar por uma das doutrinas, pois
essa discussão para a compreensão do fenôme- elas têm a ver com a dimensão da fé e não com a
no religioso. Às vezes, essas concepções se inter- comprovação científica.
relacionam. Por exemplo, o texto de Estudos da • Os poemas demonstram a incessante busca de
CNBB, “A Igreja Católica, diante do pluralismo re- dar significado ao mistério que, efetivamente, é
ligioso no Brasil de 1991, afirma que 45% dos ca- a vida além-morte.
tólicos brasileiros se declaram adeptos da doutrina • Outro aspecto que pode ser destacado é a ques-
da reeencarnação. Isso mostra que nem sempre tão dos que acreditam que a morte é o fim – o
os adeptos de uma religião seguem apenas seus Nada. Se for oportuno, pode-se debater sobre
preceitos, pois recebem múltiplas influências. Sem essa forma de entender o além-morte.

Unidade V: Manifestações religiosas


Capítulo 15: Normas de conduta N.o de aulas: o de referência

Competências e habilidades a serem desenvolvidas pelo aluno


(objetivos específicos deste capítulo)
• Refletir sobre as normas de conduta e as questões referentes ao destino dos que as transgridem, procurando
perceber que elas exercem papel importante nas religiões.
• Compreender que a experiência religiosa de cada um deveria estar centrada no amor e não no medo.
16 Manual do Professor – ed 07

Orientações / Sugestões

• Este tema pode suscitar um significativo debate, • É importante ressaltar que o ser humano, devido
tendo em vista as concepções presentes no ima- ao fato de deturpar o que é essencial, tem a ten-
ginário da cultura brasileira sobre o inferno. A partir dência de imaginar o pior, inclusive em relação
da história do velhinho, é possível exercitar com às divindades, apresentando-as como seres que
os alunos a imaginação – que outras coisas pode- castigam eternamente.
ria fazer o velhinho na floresta? Se for oportuno,
pode-se organizar uma dramatização a partir de
diferentes boatos sobre a ação do velhinho na flo-
resta.

Capítulo 16: Jesus Cristo – quem foi? N.o de aulas: o de referência

Competências e habilidades a serem desenvolvidas pelo aluno


(objetivos específicos deste capítulo)
• Conhecer a proposta de Jesus dentro do contexto histórico-social.
• Conscientizar-se da importância da mensagem de Jesus.

Orientações / Sugestões

• Elabore um panorama histórico-bíblico que tenha • É preciso ficar atento, professor, pois, mesmo que
três grandes eixos: a grande maioria das religiões no Ocidente tenham
a) contexto histórico da época de Jesus; uma fundamentação na mensagem de Jesus, pode
b) fatos significativos da vida de Jesus; haver alunos de denominações religiosas funda-
c) relação da vida de Jesus com os nossos dias. mentadas em outras tradições. Nesse caso, torna-se
necessário passar informações que os auxiliem na
• Destaque a solidariedade de Jesus com os ex- compreensão do tema e não pressupor que to-
cluídos da sociedade do seu tempo. É importan- dos conhecem ou deveriam conhecer a história e a
te ressaltar textos bíblicos que expressem essa mensagem de Jesus.
solidariedade. Alguns textos podem ser drama-
tizados.

Capítulo 17: Histórias que Jesus contava N.o de aulas: o de referência

Competências e habilidades a serem desenvolvidas pelo aluno


(objetivos específicos deste capítulo)

• Refletir sobre as parábolas de Jesus.


• Compreender a forma que Jesus utilizava para transmitir uma mensagem.
17 Ensino Religioso – CP07 – 17ERM1

Orientações / Sugestões

• Retome com os alunos as parábolas que eles co- O texto de Frei Betto demonstra que o ser huma-
nhecem sobre Jesus. Motive-os para que contem no sempre está procurando ir além de si mesmo.
o que já conhecem e para que pontuem os aspec- • Os alunos poderão também dramatizar algumas
tos que julgarem essenciais. parábolas, ligando-as com grandes questões do
• Mostre aos alunos a importância da metáfora ser humano hoje.
para acionar a criatividade no pensar e no agir.

Capítulo 18: A voz dos profetas N.o de aulas: o de referência

Competências e habilidades a serem desenvolvidas pelo aluno


(objetivos específicos deste capítulo)
• Compreender a realidade vivida pelos profetas bíblicos.
• Refletir sobre a atuação dos profetas e profetisas no mundo.
• Perceber a importância de haver profetisas e profetas em nosso meio.

Orientações / Sugestões

• A partir de um texto bíblico ou outro texto proféti- Os profetas rompem com a exploração do
co, organize um júri simulado em que os grupos povo e, no geral, falam em nome de uma di-
defendam posições antagônicas. vindade. É importante contextualizar o profeta para
• Aprofunde no enfoque da importância da di- que a mensagem seja mais bem compreendida.
mensão profética nos dias de hoje, pois nessa • Relacione o sonho dos profetas com o Estatuto da
ação estão presentes a denúncia e o anúncio. Criança e do Adolescente para reforçar a importân-
cia de se garantirem os direitos de cada pessoa.

Capítulo 19: O iluminado e o profeta N.o de aulas: o de referência

Competências e habilidades a serem desenvolvidas pelo aluno


(objetivos específicos deste capítulo)
• Conhecer algo sobre a vida e os princípios de Buda e Maomé.
• Perceber as riquezas dos seus ensinamentos.

Orientações / Sugestões
• Organize a aula abordando os princípios propos- • É importante, professor, resgatar as informações
tos por Buda e Maomé e relacionando-os com o que os alunos possuem sobre esses líderes. Se
cotidiano da vida. Os dados sobre os dois são houver algum aluno que seja budista ou muçul-
importantes para contextualizar os textos. Leve mano, será interessante ouvi-los. Isso contribui para
mapas dos lugares em que, segundo as tradições, tornar o tema mais próximo.
eles nasceram e viveram.
18 Manual do Professor – ed 07

Capítulo 20: Sonho e realidade N.o de aulas: o de referência

Competências e habilidades a serem desenvolvidas pelo aluno


(objetivos específicos deste capítulo)

• Conscientizar-se do dinamismo do ser humano entre o sonho e a realidade.


• Compreender que a religião tem muito a auxiliar na significação da realidade, por ir além dela.

Orientações / Sugestões

• A partir das frases, você poderá organizar um de- imaginação pode auxiliar os alunos na busca de
bate em que alguns alunos defenderão as afirma- significação do cotidiano.
ções significativas, e outros discordarão delas e as • Destaque a idéia de que a vida sempre é aberta e
contestarão. que a busca para dar um significado a ela é perma-
• Como esta é a última aula, o grupo poderá assu- nente.
mir alguns compromissos que, talvez, possam • Motive os alunos a seguir nessa busca, não se
ser inspirados pelos poemas. A compreensão esquecendo da solidariedade e de estarem sem-
da experiência religiosa como possibilidade e pre abertos à transcedência.
19 Ensino Religioso – CP07 – 17ERM1

Referências

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20 Manual do Professor – ed 07

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Perigo para a sociedade. Mundial filmes.
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Santo Forte. Eduardo Coutinho, 1999.
28 dias. Direção: Bete Thomas. Columbia.

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