Erik Davis cunhou o termo "Techgnosis" para descrever como as crenças gnósticas antigas se misturam com as novas tecnologias de comunicação e informação. Ele argumenta que o mito da informação ajuda os humanos a superar limites e abrir possibilidades de transcendência através da modificação da consciência com a tecnologia.
Descrição original:
Título original
O Conceito de TechGnosis de Erik Davis _o Papel Do Mito Da Informação Na Crença de Transcendência Humana via Tecnologia.
Erik Davis cunhou o termo "Techgnosis" para descrever como as crenças gnósticas antigas se misturam com as novas tecnologias de comunicação e informação. Ele argumenta que o mito da informação ajuda os humanos a superar limites e abrir possibilidades de transcendência através da modificação da consciência com a tecnologia.
Erik Davis cunhou o termo "Techgnosis" para descrever como as crenças gnósticas antigas se misturam com as novas tecnologias de comunicação e informação. Ele argumenta que o mito da informação ajuda os humanos a superar limites e abrir possibilidades de transcendência através da modificação da consciência com a tecnologia.
O conceito de TechGnosis de Erik Davis: o papel do mito da informação na crença
de transcendência humana via tecnologia.
Resumo: Considerando o conceito de o conceito de “TechGnosis”, também conhecido
como “Gnosticismo Tecnológico”, criado por Erik Davis através de seus estudos sobre cibercultura em seu livro “Techgnosis: myth, magic and mysticism in the age of information” de 1998, como uma reedição das crenças do antigo gnosticismo somadas às novas tecnologias contemporâneas de comunicação e informação, deseja-se neste trabalho esmiuçar a relação entre o papel do mito da informação no desenvolvimento da crença na possibilidade de transcendência humana, que submerge a concepção do pós- humanismo. Ao recuperar tais crenças, Davis (1998) defende que a “techgnosis” é a tensão entre a consciência e a máquina, e sugere um rompimento dos limites tradicionais da consciência humana através das tecnologias de informação, ou seja, ao romper tais limites, cria-se a possibilidade de não ser apenas um único eu corporal, mas abre-se a possibilidade de criar diversas extensões do self através das tecnologias informacionais, modificando-o constantemente. Ao nos depararmos com a vontade de vencer as fragilidades do corpo e de abrir várias possibilidades através da consciência, estar-se-á transferindo a transcendência e a divinização para a consciência humana. Para isso, Davis (1998) apresenta o mito da informação como parte fundamental para a produção de uma tecnologia que ultrapasse a exploração da natureza e a produção de bens de consumo como na era industrial, e que garanta novas possibilidades para a vida humana. Em outras palavras, ele apresenta como o mito da informação ajudou o humano a superar as carências advindas do aspecto finito da natureza e de seu corpo, modificando diretamente a existência e abrindo caminho para as possibilidades de transcendência. E, também afirma que as tecnologias da informação compartilham alguns valores, mas principalmente a mesma ordem propulsora, ou seja, os mesmo mitos e valores cristãos e religiosos que serviram de propulsores para as tecnologias industriais. Portanto, o mito da informação, em conjunto com o debate do dualismo e a herança mística presente no imaginário ocidental colaboraram para a propagação de ideia de transcendência por via tecnológica. Mas principalmente nos leva a questionar qual é essa relação da informação – como tecnologia decorrente do mesmo fenômeno da máquina – com a possibilidade de transcendência humana. Palavras-chave: Techgnosis; informação; transcendência; tecnologia;gnosticismo.