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‫ע ֹזֽב ׃‬
ֲ ַ ‫ֽל־‬ ‫כ ֑ם ֽ ֝ ָרתִ֗ י‬
ֶ ‫ל‬
ָ ‫ל ֣קַ ח ֭ט ב נ ָתַ ֣ ִ י‬
ֶ ‫ִ ֤י‬
Pois eu vos dou boa doutrina (conhecimento); não abandoneis a minha Torah (Ensino).
Mishlei (Provérbios) 4:2
Shabat Shalom! Yom Shemini shel Pessahh – 22 de Nissan de 5772 (14/04/2012) Ano-5 N-253
Conta-se a história de um professor de filosofia que deu um exame final composto por uma só expressão: “Por
quê?”. Segundo a história, isso foi o suficiente para deflagrar longos ensaios pela maioria de seus alunos. No entanto, o
exame que recebeu a nota mais elevada era muito curto; consistia de três palavras: “Por que não?”. Pode ser que tenha
realmente havido um professor de filosofia que deu um “A” para essa resposta, mas, pela perspectiva da Torah, esta
resposta não pode ser correta... Tudo tem um “porquê” e um “portanto”. Hashem criou o mundo por boas razões e Ele
garante que o mundo está se movendo, a cada momento, para o estado final que Ele planejou. O Faraó, pensando que o
mundo funciona por si, permitiu-se perguntar a Moshê Rabenu com desdém: “Quem é Hashem para que eu deva ouvir a
Sua voz?” Faraó não podia ver qualquer evidência de que o mundo funciona de acordo com um plano. As forças que ele
podia ver agindo sobre o mundo eram locais, muito limitadas. Ele não podia ver qualquer evidência de uma inteligência
grande por trás da história. O pedido de Moshê para que o Povo Judeu fosse autorizado a deixar o Egito para adorar um
D-us Único, Que criou e controla o mundo, fugiu totalmente de tudo que o Faraó sabia e tinha experimentado durante
toda sua vida. Então, o Faraó foi forçadamente e dolorosamente ensinado, passo a passo, que todas as partes do mundo
estão sob o domínio de Hashem e nada mais. Hashem não iria contentar-se com apenas retirar o Povo Judeu do Egito
para o deserto... Ele anunciou que iria resgatá-los com “um braço estendido e com grandes juízos”. Esta expressão
significa que o modo, em toda sua plenitude, como o Povo Judeu saiu do Egito foi, evidentemente, a ação de Hashem,
como se Ele estivesse de pé com o braço estendido, garantindo que tudo corresse como Ele planejou. O Rav Chatzkel
Levenstein zt "l, o mashguiahh de Mir e Ponevezh, costumava dizer que, em Pessahh, nós absorvemos emunah (fé) a
partir das matsot. A emunah que devemos absorver não é apenas um conjunto de idéias filosóficas... É algo que devemos
incorporar em nós mesmos, algo que deve tornar-se uma parte de nós, semelhante à maneira como o alimento que nós
comemos é digerido e absorvido pelo nosso organismo. A chave para isso está no desenvolvimento de um sentimento
essencial sobre a intencionalidade na Criação: conhecer e estar totalmente consciente de que tudo o que aconteceu e vai
acontecer é parte de um plano Divino. Isso é algo que tornou-se seriamente enfraquecido nas gerações mais recentes. A
verdade é que Hashem está constantemente reinando sobre o mundo e orientando todos os eventos. O Ramban explica,
em uma famosa passagem no final da Parashá Bô, ao resumir o tema de Yetsiat Mitsrayim (o Êxodo do Egito), que não
há diferença essencial entre os eventos diários que estamos acostumados e os milagres evidentes. Segundo Ramban,
“Eles são todos milagres e não existe tal coisa como a natureza e os modos normais do mundo. O objetivo de todas as
Mitsvot é, portanto, que nós acreditemos em nosso D-us, agradeçamos a Ele e admitamos que Ele nos criou”. Esta é uma
lição que aprendemos constantemente, mencionando Yetsiat Mitsrayim várias vezes ao dia, e fazendo Mitsvot que
também lembram Yetsiat Mitsrayim. E isto tem uma ênfase especial em Pessahh. Se fosse fácil de se incorporar esta
idéia, não precisaríamos de tantos meios para o fazer. A noção sobre a contínua Providência Divina e o propósito
universal de Hashem não é algo fácil, mas é a chave para que tenhamos uma vida significativa. (Adaptado do site “Halacha for
Today”, que extraiu do site “Dei’ah veDibur”) Por Jaime Boukai (Hhazak Ubaruch)
Curiosidade da Semana: Pessahh – Nossos Filhos e o Manual de Instruções
Uma das passagens mais famosas da Hagadá , que lemos nas duas primeiras noites de Pessahh, é a seção do
“Arba Banim (quatro filhos)”, que descreve quatro protótipos de crianças. A Hagadá nos diz como devemos responder ao
filho brilhante (“Hhacham”), ao filho cínico ressentido (“Rashá”), ao filho simples (“Tam”), e ao filho com dificuldade
até mesmo para formular uma pergunta (“Eno yode'a li'sh'ol”). Todas as crianças pertencem a um desses grupos, e a
Hagadá dá instruções sobre como falar com cada um na Sêder. Curiosamente, esta seção é introduzida com uma
declaração exuberante, aparentemente espontânea de louvor a D-us: “Bendito é o Todo-Poderoso, Bendito é Ele! Bendito
seja Aquele Que deu a Torah a Seu povo, Israel!” Como devemos entender esta súbita explosão de louvor? Por que essa
exclamação introduz a seção dos quatro filhos? A experiência de “sa'ar guidul banim”, a dificuldade referente à criação
dos filhos, é algo que todos os pais, sem exceção, enfrentam. Não importa que tipo de filhos uma mãe tem, e não importa
que tipo de pessoa que ele ou ela é... criar os filhos é um desafio assustador, muitas vezes esmagador. Nenhum pai é
poupado das frustrações e dificuldades de criar os filhos. É natural que os pais ocasionalmente se perguntem: “Por que
eu? Por que eu fui preso com essas crianças problemáticas? Por que eu sou o único obrigado a passar o dia vagando por
especialistas e terapeutas?” Como resultado da pressão e do estresse, é normal que os pais, como seres humanos, tenham
tais pensamentos... Pessahh, no entanto, é o dia em que reforçamos a nossa crença e convicção na Providência Divina, no
controle absoluto de D-us e Sua autoridade sobre o mundo e sobre nossas vidas. Enquanto nos preparamos para discutir
os quatro filhos, e trazer à mente as nossas próprias lutas com nossos filhos, nós exclamamos: “Baruch haMakom,
Baruch Hu!”. Com isso, nós dizemos: “Obrigado, D-us, por nossos filhos!”. Em Pessahh, o festival da Providência, nós
lembramos que nossos filhos nos foram dados por D-us, e que Ele, em Sua infinita sabedoria, decidiu que essas almas nos
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deviam ser confiadas. E nós somos gratos pela Sua decisão! Mesmo se, às vezes, durante o resto do ano, nos sentimos
sobrecarregados e irritados com os desafios da paternidade, em Pessahh, sentimo-nos agradecidos e sensibilizados pela
bênção dos filhos, mesmo com as dificuldades inerentes. Na verdade, um pouco mais tarde na Hagadá, podemos citar um
verso (Yehoshua 24:4) em que D-us declara: “Eu dei a Itshhak Yaakob e Essav”. Na verdade, D-us deu a Itshhak uma
criança perversa, Essav. Mesmo as crianças difíceis são um presente de D-us, e devem ser reconhecidas como tal. Pela
mesma razão, nós exclamamos: “Bendito seja Aquele Que deu a Torah a Seu povo, Israel!”. A Torah é o nosso manual
de instruções para a vida e, portanto, as instruções para pais bem-sucedidos são encontradas lá também. D-us nos deu o
trabalho estafante da paternidade, mas também nos deu o livro de instruções – a Torah. Claro, é preciso mergulhar na
Torah para extrair as lições; elas não são apresentadas de forma clara e direta. Mas as instruções estão lá, e precisamos
apenas investir tempo e esforço para encontrá-las. Talvez a instrução mais fundamental para a paternidade seja
encontrada no Livro de Bereshit (18:19), onde D-us elogia o compromisso de Abraham com a criação dos filhos: “Porque
o conheci, e sei que ordenará a seus filhos e à sua casa depois dele [...]”. A palavra “aharav (depois dele)”, neste
versículo, provavelmente detém uma das chaves mais importantes para pais bem-sucedidos: perceber que as crianças
seguem o exemplo dos pais. Em vez de nos concentrarmos em criar os filhos, devemos concentrar-nos em elevar a nós
mesmos. Definir um exemplo positivo e conduzir-nos de acordo com os valores que ensinamos a nossos filhos são
atitudes muito mais eficazes do que sermões e palestras. De fato, a Torah registra apenas uma conversa que Abraham
teve com seu filho Itshhak. Ele não ensinou por palavras, mas por ações. A educação de Itshhak veio de observar seu pai
e passar a sua infância na presença de sua grandeza espiritual. Em Pessahh, agradecemos a D-us por nossos filhos, e nós
agradecemos a D-us pelas diretrizes que Ele nos deu para criá-los. Ao estudarmos estas diretrizes e mostrarmos aos
nossos filhos um exemplo vivo de uma vida de Torah, ajudaremos a garantir que eles abracem os nossos valores
religiosos e sejam uma fonte de orgulho para nós e todo Am Israel. (Baseado no “Daily Halacha” do Rabbi Eli Mansour.)
Por Maurício Cagy (Hhazak Ubaruch)
Tempo de Crescimento
Os comentaristas talmúdicos comentam que os dias de contagem do Ômer são os mais adequados para adquirir
altos níveis espirituais. Esta necessidade de crescimento próprio é enfatizada na descrição de Abraham Abinu na Torah:
“E Abraham era velho, entrado em seus dias; e o Eter-no o abençoara em tudo” (Bereshit 24:1). “Entrado em seus dias”
nos ensina que Abraham usou todos os dias de sua vida da maneira mais proveitosa possível. No fim de sua vida, estava
na velhice “com todos os seus dias” na mão. Não houve qualquer dia sem seu crescimento. Quando se trata de crianças,
supomos que o crescimento e o desenvolvimento são partes da infância. Não se espera que uma criança de 10 anos de
idade aja da mesma forma com que agiu aos cinco. Mas, de alguma maneira, nós, adultos, perdemos o impulso para
continuar crescendo. No entanto, uma pessoa de 30 anos deve agir da mesma forma que agiu aos 25 anos? Como adultos,
podemos usar estes cinco anos de um modo muito eficiente. A fórmula para estar sempre jovem é continuar crescendo.
Perder esta habilidade em qualquer idade é trágico. Quando não estamos crescendo e mudando, não estamos vivendo,
estamos somente existindo.
Um forte impedimento para o crescimento é o sentimento de estar dominado pela grandeza da tarefa. Mas o
Judaísmo não é tipo tudo-ou-nada. Se eu não posso ter 1000 moedas de ouro, isto não significa que não deva esforçar-me
para ter uma?! A razão pela qual as pessoas falham é o fato de fixarem uma meta muito alta e inacessível. Portanto,
inevitavelmente, falhamos e ficamos desencorajados. No famoso sonho de Yaakob Abinu, D-us lhe mostra a visão de uma
escada que alcança o céu. O crescimento espiritual é como subir uma escada. Devemos dar um passo de cada vez.
Fixando pequenas metas, estaremos encorajados pelo periódico sucesso. Para que o plano seja perfeitamente seguro,
tenha como meta inicial algo que sabe que pode alcançar. Experimentar a conquista trará mais confiança e determinação,
e, desta forma, esta energia será usada para se esforçar em metas mais altas. Lembre-se: a jornada mais longa começa
somente com um passo. E o que se consegue tranqüilamente, permanece. Esta história é contada pelo Rabino Yisrael
Salanter (Europa do século XIX), que tomou para si a função de guiar uma cidade inteira de volta à observância da
Torah. Ele marcou uma aula por semana e começou dizendo: “Se você tem que trabalhar no Shabat, tente, pelo menos,
minimizar a violação”. Hoje em dia, isso significaria caminhar em vez de dirigir, ou deixar sua TV programada. Com esta
abordagem, o Rabino Salanter conseguiu, depois de alguns anos, trazer a comunidade à observância total do Shabat, um
passo de cada vez. O prazer ao conquistar sua meta serve como motivação para melhorar mais. Não se castigue por não
ter sucesso sempre. Nenhum ser humano é perfeito. Os Cabalistas dizem que o crescimento espiritual são “dois passos
para frente e um para trás”. Inevitavelmente, teremos retrocessos. Mas o importante é que estejamos indo na direção
certa. O rei Salomão nos fala em Provérbios (24:16): “Porque sete vezes cairá o Tsadik e se levantará”. A definição de
um Tsadik não é alguém que nunca cometeu erros, e sim alguém que, embora possa falhar, não desiste. Tenta novamente
e não se desespera! (Aish Brasil – www.aishbrasil.com.br) Por Mair Haim Nigri (Hhazak Ubaruch)
Dedicado à pronta e total recuperação de Hhaim David ben Messodi, Shaul Eliahu ben Chana Rivka, Sh’muel ben Nehhama Dinah e Renee bat Sarita.
Em memória e elevação das almas de David Salomão Cohen Sara, Isaac Amario Ben Rahel, Haim Rafael Kauffmann Ben Etel, Saniar Balassiano Bat Bida, Isaac Nigri
Ben Sara, Ethel Goldman Bat Sarah, Joseph Mann Ben Sarah, Sucher Fleischman Ben Moshé, Eliahu Shelomo Balassiano Ben Miriam, Ersch (Gricha) Gopp Ben
Anchel, Esther Balassiano Nigri Bat Raina, Mourad Joseph Nigri e Victor Mussa Balassiano Ben Léa.

A Equipe agradece ao Templo Sidon e a Gerson e Teresa Bergher pela colaboração na impressão e na distribuição ao público. Tizkú LaMitsvot!

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