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Ezequiel 8:
5.E disse-me: Filho do homem, levanta, agora, os teus olhos para o caminho do Norte. E levantei os meus olhos para o
caminho do Norte, e eis que da banda do Norte, à porta do altar, estava esta imagem de ciúmes, à entrada.
6.E disse-me: Filho do homem, vês tu o que eles estão fazendo? As grandes abominações que a casa de Israel faz aqui,
para que me afaste do meu santuário? Mas verás ainda maiores abominações.
9.Então, me disse: entra e vê as malignas abominações que eles fazem aqui.
10.E entrei e olhei, e eis que toda forma de répteis, e de animais abomináveis, e de todos os ídolos da casa de Israel
estavam pintados na parede em todo o redor.
11.E setenta homens dos anciãos da casa de Israel, com Jazanias, filho de Safã, que se achava no meio deles, estavam
em pé diante das pinturas, e cada um tinha na mão o seu incensário; e subia uma espessa nuvem de incenso.
12.Então, me disse: Viste, filho do homem, o que os anciãos da casa de Israel fazem nas trevas, cada um nas suas
câmaras pintadas de imagens? E eles dizem: O SENHOR não nos ver, o SENHOR abandonou a terra.
14.E levou-me à entrada da porta da Casa do Senhor, que está da banda do Norte, e eis que estavam ali mulheres
assentadas chorando por Tamuz.
16.E levou-me para o átrio interior da Casa do SENHOR, e eis que estavam à entrada do templo do SENHOR, entre o
pórtico e o altar, cerca de vinte e cinco homens, de costas para o templo do SENHOR e com o rosto para o oriente; e
eles adoravam o sol, virados para o oriente.
INTRODUÇÃO
Nesta Aula trataremos das abominações praticadas no Templo na época do profeta Ezequiel e Jeremias.
Abominação é sinônimo de aversão, repulsão, repugnância, repulsa; é o ato ou efeito de abominar, de sentir horror por
alguma coisa. Ezequiel teve uma visão das iniquidades e abominações chocantes do povo de Judá em Jerusalém; ele viu
a idolatria ser praticada no próprio Templo, o lugar mais sagrado do povo judeu, onde a presença de Deus estava. Essas
abominações levaram a nação de Israel à ruína moral e espiritual, e o povo de Deus da Nova Aliança não está isento
desse perigo. Portanto, a presenta Aula tem o propósito de levar os crentes em Jesus à conscientização da ruína moral e
espiritual, causada pela idolatria. É preciso vigilância constante e prudência para não cairmos nas astutas ciladas de
Satanás que, na modernidade, traz uma idolatria com novas formas e estilos.
I. SOBRE A VISÃO
1. A segunda visão
“Sucedeu, pois, no sexto ano, no mês sexto, no quinto dia do mês, estando eu assentado na minha casa, e os anciãos
de Judá, assentados diante de mim, que ali a mão do Senhor Jeová caiu sobre mim” (Ez.8:1).
A data referida aqui aponta para 592 a.C., catorze meses depois da primeira visão, em 593 a.C., aquela da
carruagem da glória de Deus, que ocorreu “no quinto ano do cativeiro do rei Joaquim” (Ez.1:2). Enquanto a primeira
visão de Ezequiel (Ez.1-3) mostrava que o julgamento era de Deus, a segunda visão mostrava que o pecado era a razão
desse julgamento. O pr. Esequias Soares destaca que a segunda visão, diferentemente da primeira, não foi da glória de
Deus; o que Ezequiel viu foram as abominações praticadas no Templo, o que justifica a razão da ira divina sobre os
moradores de Jerusalém (Ez.8:18). Percebe-se que, nessa data, a cidade e o Templo não haviam ainda sido destruídos.
A segunda visão está registrada em quatro capítulos do livro de Ezequiel – capítulos 8 a 11. Enquanto os
capítulos 4 a 7 são os oráculos de juízo contra Israel, os capítulos 8 a 11 tratam da partida da glória de Deus de
Jerusalém. A mensagem da segunda visão, exarada nos capítulos 8-11, é especialmente dirigida a Jerusalém e seus
líderes. No capítulo 8, está registrada a visão de Ezequiel levado da Babilônia até o Templo em Jerusalém, para ver as
abominações que ali estavam sendo praticadas há gerações. O povo e seus líderes religiosos judeus eram completamente
corruptos.
É bom ressaltar que a visão trata de um período passado há muito tempo, 2600 anos, aproximadamente; mas
isso não exclui o futurismo, pois anuncia eventos que estavam para acontecer (Ez.8:18). Muito breve, Deus trará juízo
sobre todos os ímpios que praticam abominações, que insultam a Majestade de Deus com os seus vis pecados.
CONCLUSÃO
Aprendemos nestas Aula que o Deus santo não tolera a idolatria. No Antigo Testamento, todos os profetas
exortaram os israelitas a que se abstivessem deste terrível pecado, que trouxe ruína moral e espiritual ao povo de Israel.
O que dizer das advertências de Isaías, dos clamores de Oséias, dos desafios de Amós? E o quanto não sofreu Jeremias a
fim de reconduzir o seu povo ao Deus único e verdadeiro? Foi em consequência da idolatria que Israel e Judá foram
expulsos de suas possessões e experimentaram o amargo cativeiro.
Se a idolatria era combatida com rigor no Antigo Testamento, não será diferente no Novo. No Concílio de
Jerusalém, os apóstolos e anciãos, inspirados pelo Espírito Santo, recomendaram aos fiéis: “Que vos abstenhais das
coisas sacrificadas aos ídolos, e do sangue, e da carne sufocada, e da fornicação; destas coisas fareis bem se vos
guardardes” (Aros 15:29). Em suas diversas epístolas, os apóstolos condenaram duramente o envolvimento dos cristãos
com a idolatria (1Co.10:14; 1Pd.4:3).
Hoje, talvez não mais encontremos por aí o horrendo Moloque nem Marduque nem Tamuz nem Astarote nem a
infame Diana dos efésios, mas a moderna idolatria, além de seu aspecto tradicional e grosseiro (a adoração de imagens
de escultura) vem, de forma sorrateira, furtiva e até subliminar, minando a resistência do povo de Deus. Muitos são os
crentes que se vem deixando contaminar pelos promotores desse perverso e ímpio sistema idolátrico que, nos meios de
comunicação, recebe os mais insinuantes títulos: humanismo, nova era, filosofia holística e univérsica, regressão
psicológica, prosperidade, pensamento positivo, liberação sexual etc. Os agentes da impiedade não poupam esforços;
sabem como insuflar suas doutrinas até entre os crentes. Estejamos alerta! Não podemos traficar com a glória divina,
nem trocá-la pelos ídolos abomináveis, sejam quais forem as formas com que estes se apresentem. O Senhor não
negocia a Sua majestade.